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INCONTINÊNCIA URINÁRIA: Definição: toda e qualquer perda urinaria involuntária Fatores de risco: idade, paridade, obesidade, cirurgias prévias e tabagismo Anatomia e fisiologia vesical: • Músculo detrusor → músculo da bexiga • Esfíncter interno • Esfíncter externo → incontinência • Peritônio → bexiga • Ureter → onde leva o xixi pra bexiga Mecanismos de continência: 1. Pressão vesical – bexiga se enche 2. Pressão do esfíncter > P vesical 3. Musculatura do assoalho pélvico INCONTINENCIA DE ESFORÇO: Defeito no assoalho pélvico: defeito esfincteriano intrínseco da uretra ou hipermobilidade vesical Sintomas: perda de urina quando aumenta a pressão intra-abdominal. Pode causar disuria, sensação de esvaziamento incompleto. Causas: genética, gestações, obesidade e constipação. INCONTINENCIA DE URGENCIA: Defeito do DETRUSOR durante a fase de enchimento vesical Sintoma: desejo incontrolável miccional, pode haver disuria, polaciuria e noctúria Causas: idiopática, doenças neurológicas – Parkinson e Alzheimer Anamnese: • Tipo de perda urinaria • Hábitos: ingestão de cafeína • Uso de diuréticos • Hábitos miccionais • Ingesta hídrica Exame físico: • Não demonstrar objetivamente a perda urinaria • Mensurar objetivamente – diário miccional de perdas urinarias Exames complementares: Urina Tipo I + urinocultura: • Investigação começa por eles para afastar infecção • Se hematúria: investigar • Se inocente: seguir para urodinâmica Urodinâmica: Segunda parte do exame: cistometria Colocação de sonda na vesícula e na vagina na paciente. Medida indiretamente da pressão intra- abdominal. 1. Bexiga enche pelo soro. O primeiro desejo de urinar corresponde de 20 a 30% da capacidade da bexiga: avalia a sensibilidade. a. Entre 150 e 200ml. 2. Desejo forte: 300 a 400ml. 3. Quando o desejo de urinar for muito forte, a capacidade cistométrica fica entre 500 e 600ml. 4. Bexiga se distende conforme o volume aumenta: complacência – normal distender de 10 a 100ml/cm. Cistometria avalia: pressão do detrusor, a pressão abdominal e a vesical. Avaliação da hiperatividade. P detrusor = P vesical – P abdominal (hiperatividade). • Detrussor em atividade: incontinência hiperativa. • A pressão abdominal aumenta e a do detrusor não aumenta: incontinência por esforço. • Pede-se para a paciente tossir para avaliação do esforço. Manobras de esforço (VLPP): • Realizar manobra de Valssalva quando a bexiga estiver cheia • Objetivo: verificar em qual pressão ocorrer perda urinário. TRATAMENTO DE INCONTINENCIA DE ESFORÇO: Conduta conservadora: • Para quem? Quadros leves, risco cirúrgico proibitivo, pouco comprometimento anatômico • Exercício de Kegel – fortalecimento do assoalho pélvico • Pessáricos • Tratamento farmacológico: o Associar ao conservador o Duloxetina: IRSS o Agonista alfa-adrenérgico: contração do colo vesical e esfíncter uretral diminuindo a eliminação urinaria o Estrogênio tópico: mulheres com atrofia e no pré-operatório. Usar 1x por dia por 2 semanas e após usar 2x na semana. • Cirurgia: o Para quem? Falha da conduta conservadora. Achados moderados. o Objetivo: reposicionar e sustentar a uretra em sua forma anatômica. o VLPP > 90 – hipermobilidade uretral – cirurgia de Burch o VLPP < 60 – insuficiência de esfíncter – cirurgia de Sling – que mais usa, faixa subuteral associada a fixação retropúbica TRATAMENTO HIPERATIVIDADE DETRUSORA E BEXIGA HIPERATIVA: Tratamento prioritariamente clínico • Mudança de estilo de vida • Fármacos: anticolinérgicos • Usados por 6 semanas o Cl: arritmias, gestação, glaucoma, colite ulcerativa o Oxubutilina o Toterodina o Imipramina • Outras opções: injeção vesical de toxina botlininca e eletroestimulação.
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