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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI - UNIASSELVI CURSO DE ADMINISTRAÇÃO TURMA: ADG 0995 FELIPE D’AVILA MARINA BORSSATTO PATRÍCIA MACHADO DIAGNÓSTICO EMPRESARIAL: LILI KIDS Relatório apresentado como requisito para avaliação da Disciplina de Diagnóstico Empresarial do Curso de Administração Orientador: Prof. Juarez Camargo Borges Capão da Canoa 2020 2 1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 1.1 HITÓRICO DA EMPRESA A empresa Lili Kids é uma loja de varejo que atua no ramo de enxoval de bebê e confecção infantil, situada na Avenida Paraguassú, número 2081, centro da cidade de Capão da canoa – RS. Existindo há oito anos tem a frente à proprietária Michelle, que acompanhou seu pai durante sua infância a administrar vários segmentos de comércios deixando enraizado em seu DNA a profissão. Com isso brotou em seu coração a vontade de iniciar algo novo para sua própria satisfação, diferente daquilo que cresceu vendo seu pai realizar. Isso fez com que criasse forças para dar o primeiro passo. Com o apoio de seu esposo Cleiton, inaugurou uma loja de confecção que foi batizada de Michelle Modas, uma extensão do nome já consagrado originado da outra loja de artigos de presentes e decorações denominada Michelle Presentes. Apesar de a loja ter um espaço físico limitado, possui uma grande variedade de mercadoria e diversidades de marcas, porém não foi o suficiente para encantar o público, nem a Michele, mas despertou nela a identificação com a confecção infantil onde tomou a decisão de migrar para este ramo de atividade. Com uma repaginação da loja inclusive a mudança do nome, para homenagear na época sua única filha, Lindsey, foi criado o nome de Lili Kids. Em meados de 2015 foi aberto uma filial no Shopping Lynemar, também no centro da cidade, onde permaneceu apenas quatro meses por não apresentar receita suficiente para manter o negócio tendo como contribuição a falta de mão de obra qualificada, então optou-se pelo fechamento da mesma. Em sete de setembro de 2019, a empresa deu mais um passo e inaugurou uma nova filial. A filial situa-se á Rua Maranguab 467 – Loja 01 e 02, em um espaço novo, amplo e com layout moderno, assim aumentando ainda mais sua diversidade em mercadorias apostando no sucesso total e consistente da empresa. Missão - Proporcionar um atendimento exclusivo e personalizado, atendendo as necessidades dos clientes, gerando satisfação, confiança e respeito mútuo. Visão - Ser referência no mercado varejista, sendo reconhecida pela excelência de seus produtos e serviços e pelo relacionamento com seus clientes, fornecedores e colaboradores, pelo atendimento e tratamento personalizado e único. Valores - Trabalhar com honestidade, transparência e integridade para atender aos interesses dos nossos clientes, fornecedores e colaboradores com ética e respeito. 3 1.2 DADOS GERAIS DA EMPRESA Nome da Empresa: M.P NEGRINE DE MORAES ME Nome Fantasia: LILI KIDS Data da Fundação: 30/11/2016 (Lili Pop) | 07/09/2019 (Lili Kids) Forma Jurídica: Empresário Individual Área de atuação: Comércio varejista de artigos e acessórios Porte da Empresa: ME Número total de empregados: 04 Produto: A empresa LILI KIDS atua no ramo varejista, no que diz respeito a vestuário e acessórios. A empresa trabalha com uma linha de confecção que veste a idade de até 21 anos, dependendo do manequim. Também possui acessórios, roupas de festa e enxovais para bebê. 1.3 OS CARGOS DA EMPRESA A empresa LILI KIDS, conta com 04 funcionárias, sendo 01 vendedora e 01 caixa na filial (LILI KIDS) e 01 vendedora e 01 caixa na Matriz (Lili Pop). Os proprietários da empresa também fazem parte desse quadro, sendo a Michelle na parte de compras e organização da loja e o Cleiton ficando com toda a parte administrativa da empresa. 1.4 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A estrutura organizacional da empresa apresenta um número pequeno de colaboradores, esses não têm sido suficientes para as funções diárias. FIGURA 01 – Organograma da empresa Fonte: Autores (2020) Conforme organograma acima nota-se que as funções sobrecarregam todos os envolvidos, pois os gestores também organizam a parte administrativa, contábil, financeira, de marketing, compras e etc., os colaboradores vendedores organizam e distribuem os produtos em seus lugares além de utilizarem suas redes sociais para o marketing da loja e as caixas tem Gestor (es) 02 proprietários Caixa 02 colaboradores Vendedor 02 colaboradores 02 4 outras responsabilidades como cuidar do what‘sApp da empresa na parte do brechó, além de cuidarem do caixa. 2. ÁREA DE RECURSOS HUMANOS Neste item serão apresentados os principais conceitos de RH com base em pesquisas bibliográficas. 2.1.1 Evolução da área de gestão de pessoas O primeiro movimento considerado marcante no processo de gestão de pessoas ocorreu através do trabalho de Frederick W. Taylor e Henri Fayol. Eles passaram a defender o fim do empirismo e da improvisação, para a implantação da administração científica, a qual é construída junto com informações obtidas através de análises adequadas (MOTTA, 2006). Taylor passou a identificar que as pessoas não atingiam o máximo de desempenho, de modo que ele sugeriu o desenvolvimento da administração científica, que tem como foco central a racionalização do serviço (MARTINS, 2014). Depois de diversas discussões a respeito da temática, criou-se a Escola das Relações Humanas, que como enfoque a constatação da necessidade de considerar a relevância dos fatores psicológicos e sociais na produtividade. As bases desses movimentos foram dadas pelos estudos do psicólogo americano Elton Mayo (SANTOS; SILVA, 2011). Ao longo do tempo, as relações de trabalho acabaram passando por diversas mudanças, o que favoreceu a gestão das pessoas. A criação de sindicatos trouxe à tona uma preocupação com as condições de trabalho, salários, entre outros fatores (CHIAVENATO, 2010). A instituição sindical, dentro da sociedade capitalista, tem a função de realizar a organização dos trabalhadores, na busca por salários justos e melhores condições de trabalho. No Brasil, em 1930, com a criação do Ministério do Trabalho, os sindicatos tinham sua regulação realizada pelo Estado, podendo ele intervir nas regras que eram estabelecidas. Através do decreto nº 19.770/1931, sindicatos de patrão e empregados passaram a serem objetos diferenciados, porém ambos deveriam ter registro no Ministério do Trabalho (MARTINS, 2014). Outro fator importante é a inclusão de pessoas com deficiências nos locais de trabalho. As oportunidades passaram a ser dadas de forma igualitária, o que trouxe inúmeros benefícios, não somente para os trabalhadores, como também para as organizações. Mais do 5 que nunca é essencial o gerenciamento das pessoas dentro de uma organização, de modo que todos trabalhem em prol do desenvolvimento do negócio, mas sintam-se valorizados por isso (SANTOS; SILVA, 2011). Desse modo, é importante destacar que a evolução dos direitos trabalhistas foi fundamental no processo de gestão de pessoas, pois permitiu olhar de um modo diferente para o trabalho, garantindo melhores condições de trabalho. Vale destacar que isso favoreceu e muito no melhor desenvolvimento das potencialidades dentro das organizações, pois os colaboradores sabem que tem seus direitos respeitados. 2.1.2 Recrutamento e seleção Atualmente, o processo de recrutamento e seleção dentro das organizações é algo muito importante, visto que é nesse momento que é possível monitorar os colaboradores e suas potencialidades. Esse processo tem como base o planejamento das necessidades da empresa bem como a força de trabalho. É por meio dele que se dá a entrada dos colaboradores dentro de uma organização(REIS, 2005). Ele se baseia basicamente na seleção de indivíduos que se encontram mais adequados para os cargos que se quer prover, com o intuito de manter ou melhorar a eficiência do trabalho (CHIAVENATO, 2010). A participação de uma equipe de Recursos Humanos no processo de seleção e recrutamento auxilia na redução da rotatividade de funcionários, sendo esse um dos fatores que mais atrapalha o desenvolvimento de uma organização (FLEURY, 2002). Segundo Lacombe (2006) o conceito de recrutamento e seleção consiste em um ―conjunto de práticas e de processos usados para atrair candidatos para uma vaga existente‖. Ainda segundo o autor A seleção e recrutamento são dois órgãos distintos, porém, devem trabalhar alinhados, pois um depende do outro. O recrutamento de pessoal subentende, sempre, o mercado de trabalho. Recrutar significa chamar, atrair, ir ao encontro de pessoal que possua, pelo menos, qualidades mínimas capazes de atenderem as necessidades da empresa. O processo de recrutamento tem início na solicitação de contratações para uma área específica, no qual são estabelecidos alguns critérios básicos para o preenchimento da vaga. Feito isso, inicia-se a seleção, onde por meio de uma metodologia específica, o pessoal encarregado dos Recursos Humanos analisa os candidatos pretendidos para as vagas (CHIAVENATO, 2010). 6 A metodologia aplicada pode fazer uso de testes psicológicos, entrevistas, análise de currículo, dinâmicas em grupo, entre outras atividades. Selecionados os candidatos, eles são submetidos a exame médico e posteriormente, são admitidos. 2.1.3 Plano de Cargos e salários O Plano de Cargos e salários consiste em uma ferramenta que determina e estrutura os cargos, com o objetivo de alcançar o equilíbrio interno. Além disso, é por meio desse plano que são determinadas as atribuições, direitos e deveres de cada colaborador, além do seu nível salarial (REIS, 2005). Outro ponto importante, é que por meio desse plano de cargos e salários, as organizações conseguem oferecer ao colaborador uma plano real de carreira, indicando possível promoções e o período para que elas sejam alcançadas (CHIAVENATO, 2010). Existem alguns pontos que precisam ser lavados em conta no momento da criação desse plano: organização e planejamento do trabalho, levantamento das atribuições, descrições do cargo, avaliação e classificação dos cargos, pesquisa salarial, determinação da estrutura salarial, exercício de enquadramento de cargos e salários e as políticas de cargos e salários (FLEURY, 2002). Vale ressaltar que, ao realizar esse processo de forma correta e implantá-lo na empresa, o número de ações trabalhistas tendem a reduzir, pois cada indivíduo sabe o seu cargo e sua remuneração, aliado as suas competências e responsabilidades desde o ingresso na organização (REIS, 2005). Desse modo, o plano de cargos e salários serve como um mecanismo motivacional para os colaboradores, pois eles sabem as metas que devem atingir, e que em caso de sucesso, serão recompensados com promoções e bonificação salarial. 2.1.4 Plano de carreira Segundo Schuster e Dias (2012) a carreira está relacionada com a evolução e o desenvolvimento profissional dos indivíduos ao longo do tempo. Isso quer dizer que ela ocorre como uma evolução em etapas, e sua constituição se dá pela agregação de novos conhecimentos e habilidades. A definição de carreira segundo Hall (2002) consiste em uma sequência de atitudes e comportamentos aliados a experiências laborais e pessoais. O planejamento da carreira, 7 segundo Tachizawa, Ferreira e Fortuna (2001) compreende ―um processo de contínua interação entre o empregado e a organização, visando atender os objetivos e interesses de ambas as partes‖. Segundo Griza e colaboradores (2012), as mudanças organizacionais têm gerado inúmeras transformações nas práticas administrativas, e consequentemente na ideia de carreira. Nesse contexto, o colaborador torna-se o principal responsável pelo planejamento e administração da própria carreira, o que colabora para que ele sinta valorizado. Nesse contexto, o trabalhador, ao ingressar em uma organização, já sabe como se dá o plano de carreira, e saber quais são as metas a seguir para que possa desenvolver-se dentro do plano. Isso tem favorecido no processo de crescimento empresarial e também na maximização de resultados, pois o trabalhador entende que será recompensado, e busca sempre estar atualizado e atingindo resultados melhores. 2.1.5 Integração de novos colaboradores Para Fernandes (2020): Integração de novos colaboradores é o processo de preparar um funcionário para que ele inicie seu trabalho na empresa. Se o treinamento de integração for falho, o colaborador pode se sentir deslocado, não entender como os processos funcionam ou não saber exatamente como realizar seu trabalho. Uma boa integração, quando realizada corretamente, faz com que a empresa retenha novos talentos aproveitando a máxima entrega do antigo e do novo profissional. Conforme informa Kenoby (2020): A integração na empresa é um processo realizado pelas organizações para inserir os novos funcionários no ambiente de trabalho e para engajar os colaboradores antigos a buscarem a qualidade em todos os procedimentos. A integração tem como finalidade reforçar, com os funcionários, a importância de trabalhar em equipe e somar as forças existentes para conquistar resultados satisfatórios e o crescimento da organização. A integração deve acontecer no primeiro dia de trabalho para que os novos funcionários se sintam inclusos desde o primeiro momento, assim facilitará a adaptação dos colaboradores. A integração de novos membros serve para esclarecer a relação entre o novo trabalhador e a organização, para que ele seja socializado por suas regras, visão e cultura. 8 2.1.6 Cultura e desenvolvimento organizacional O conceito de cultura pode ser o mais variado, a partir do ponto de vista de cada autor, e captado de em duas linhas básicas. Conforme Azevedo (2012, p. 29): Na primeira, é concebido como sistema de ideias no qual os campos social e cultural são distintos, mas inter-relacionados. Na segunda, é tido como sistema sociocultural, e a cultura é percebida como componente de um sistema social, manifestada em comportamentos e produtos de comportamentos. A Cultura organizacional em outras palavras é o código de conduta da empresa, onde se encontram as regras, filosofias e valores. Ela está ligada ao propósito de existência e, é o molde para nortear todo funcionamento da organização. O desenvolvimento organizacional diz respeito a um conjunto de atividades diferentes realizadas por pessoas diferentes que trabalham em prol da empresa. Para Scatolin (RH PORTAL, 2015): O Desenvolvimento organizacional é uma resposta da organização às mudanças. É um esforço educacional muito complexo, destinado a mudar atitudes, valores, comportamentos e a estrutura da organização, de tal maneira que esta possa se adaptar melhor às novas conjunturas, mercados, tecnologias, problemas e desafios que estão surgindo. O Desenvolvimento Organizacional visa a clara percepção do que está ocorrendo nos ambientes interno e externa da organização, a análise e decisão do que precisa ser mudado e a intervenção necessária para provocar a mudança. Exige a participação ativa, aberta e não manipulada de todos os elementos que serão sujeitos ao seu processo e, mais do que tudo, um profundo respeito pela pessoa humana. A maioria dos autores defende o Desenvolvimento organizacional como valorização do crescimento humano e organizacional. No entanto, a realidade das empresas considera o desenvolvimento organizacional como esforço organizacional, sendo que grande parte das vantagens das organizações deve-se ao grau de sucesso da administração das relações entre a organização e oscolaboradores. 2.1.7 Pesquisa de Clima Organizacional A pesquisa de clima serve para medir o clima organizacional da empresa, sabendo que cada organização é única. Também auxilia a empresa a entender se a cultura organizacional atual está apoiando ou prejudicando o ambiente de trabalho, utilizando os resultados para montar um novo planejamento entendendo os pontos fortes e fracos. Para Sólides (2020): Pesquisa de clima organizacional é uma ferramenta utilizada nas empresas para mapear as percepções dos profissionais sobre diferentes aspectos. Em forma de questionário físico ou virtual, o colaborador assinala as questões conforme sua experiência dentro da organização, demonstrando seu grau de engajamento e https://blog.solides.com.br/como-melhorar-o-clima-organizacional-dicas-para-otimizar-a-sua-empresa/ 9 satisfação nos pontos abordados. Os dados coletados são de extrema importância para que o RH — em conjunto com os gestores e demais lideranças — definam ações de curto, médio e longo prazo. Dessa forma, é possível assegurar um diagnóstico mais preciso do ambiente e das motivações no dia a dia e, principalmente, como instrumento para manter a saúde da empresa. Além de conhecer a impressão que os funcionários têm sobre o ambiente interno, a pesquisa também permite investigar mais a fundo os motivos que repercutem de forma direta nos lucros e nos rendimentos. Toda organização passa por alguns conflitos. Esses momentos, por vezes, deixam os colaboradores desanimados, isso gera um impacto na produtividade alterando os resultados negativamente. Se não for tratado logo, esse tipo de tensão pode gerar muitas consequências. O clima organizacional está ligado ao cotidiano e às percepções e é transformado a partir dos colaboradores. Para Fernandes (TWYGO, 2020): O clima organizacional é um indicativo do bem-estar coletivo da empresa. O clima de uma organização diz respeito às questões cotidianas, a como colaboradores lidam com o que acontece no dia a dia da empresa. É o clima organizacional que diz o que os funcionários pensam da empresa e o quanto estão (ou não) motivados. O clima organizacional impacta diretamente na forma com que os colaboradores vêem a empresa, como eles estão engajados com ela. E, como os colaboradores impactam diretamente na produtividade do negócio, podemos dizer que o clima organizacional de uma empresa está no centro de seus resultados. O clima organizacional varia conforme o momento da empresa. Ele é facilmente alterado por situações diversas como crítica ou mudanças nos processos internos da empresa. 2.1.8 Treinamento e desenvolvimento O treinamento e o desenvolvimento têm objetivos diferentes. Treinamento é um aperfeiçoamento das atividades já executadas, enquanto o desenvolvimento prepara o profissional para o que poderá vir a acontecer. Conforme Fernandes (TWYGO, 2020): Treinamento é uma prática de curta duração que tem o objetivo de preparar o colaborador para executar suas atividades com excelência dentro da empresa. Já o desenvolvimento é um conjunto de práticas educacionais de longo prazo para melhorar o desempenho pessoal dos colaboradores. Enquanto o treinamento está ligado a ações pontuais para resolver determinadas necessidades imediatas, o desenvolvimento está mais ligado à aprendizagem contínua e holística, que não possui começo, meio e fim, mas acontece durante todo o período que o colaborador se dedica ao aprimoramento profissional e pessoal, explorando todo o seu potencial de aprendizagem. É possível dizer, inclusive, que o desenvolvimento é obtido a partir da repetição e da continuidade dos treinamentos. A falta de treinamento influencia, gradativa e negativamente, as atividades diárias da empresa e a vida profissional do colaborador quanto aos atendimentos aos respectivos clientes. Os resultados negativos levam os clientes a não terem tanta assiduidade mais naquele https://blog.solides.com.br/motivacao-no-trabalho/ https://binds.co/pesquisa/de-clima-organizacional/ https://binds.co/pesquisa/de-clima-organizacional/ 10 ambiente. Logo o desenvolvimento deve ser visto como um investimento estratégico, gerando novos negócios e reduzindo os prejuízos. 2.1.9 Gestão e Remuneração por competências nas organizações. O mercado permanece em constante transformação e é isso que possibilita o crescimento ou até mesmo o declínio de determinadas empresas. Mesmo assim, as mudanças são de suma importância quando o assunto é resultado, reconhecimento e impacto aos clientes. As adaptações realizadas nas empresas normalmente abrem inúmeras oportunidades para algumas, porém podem causar grandes transtornos, conflitos e medos para outras. Neste sentido, não é estranho que determinadas mudanças encontrem resistência e barreiras, que em alguns casos tornam-se intransponíveis. Com tanta inovação, as empresas necessitam adequar-se mais rapidamente, pois aquelas que não possuem essa sensibilidade, o tato e a expertise que o mercado exige, podem sofrer sérias consequências como a perca de clientes, a obsolescência e até mesmo, como em muitos casos, o encerramento das atividades (COSTA, 2007). Durante muito tempo as empresas não procuravam remunerar os seus colaboradores pelo seu capital intelectual ou por atividades realizadas além do que é sua função. Segundo Costa (2007), algumas empresas ao passar por um processo de transformação e reinstalação da estrutura, estariam confiantes de que tudo estaria bem e que daquele momento em diante era apenas prosseguir. Neste caso, a notícia não é nada agradável, pois os clientes estão cada vez mais exigentes e as mudanças no cenário econômico estão mais constantes. Sendo assim, a única solução é estar atento ao público-alvo para não se torne obsoleto e manter-se plenamente atualizado para responder imediatamente as expectativas. Nesse contexto, a remuneração por competências passou a ser vista com um olhar diferenciado, com o intuito de inovar a valorizar o seu colaborador. Ao aplicar esse tipo de benefício aos funcionários, os empreendedores passaram a observar que os mesmos se sentem mais motivados, e os resultados obtidos também se tornam mais positivos. Segundo Hipólito (2002): A gestão da remuneração sempre foi considerada aspecto crítico para as organizações. Embora todas tenham como objetivo reconhecer a contribuição, o valor agregado pelas pessoas, a dificuldade se encontra justamente em estabelecer uma medida capaz de capturar esse valor agregado. Os sistemas funcionais de remuneração (centrado em cargos) podem ser vistos como um exemplo de mecanismo elaborado para medir a contribuição dos profissionais, tendo por pressuposto um mundo estável e previsível, ou seja, assumem ser possível organizar a gestão de pessoas de uma forma ampla e a remuneração em particular, definindo 11 a priori o conjunto de atividades que cada trabalhador deveria desempenhar […]. No entanto, à medida que os pressupostos que sustentam a prática funcional de gestão de pessoas veem-se rompidos, com a intensificação da velocidade das mudanças nas organizações o resultado do avanço tecnológico, globalização, aumento na competição, entre outros-, os parâmetros, que por muito tempo ajudaram a organização à prática da compensação, passam a se demonstrar inadequados. Atualmente, em qualquer organização, espera-se que as pessoas consigam produzir além do que está descrito em seu cargo, e isso tem proporcionado inúmeras vantagens, não somente para o empregador como também para o empregado. Nesse contexto, Hipólito (2002) trata diretamente sobre a remuneração por competências: O desafio, então, passa a se encontrar modelos alternativos de gestão da remuneração que considerem a crescente transformação do mundo e essa nova dinâmica de atuação dos profissionais. Desconsiderar este fenômeno e não reconhecer aquelas pessoas que vão além doslimites estabelecidos pelo cargo, tem sido, certamente, motivo de frustração e descontentamento para aqueles profissionais talentosos, que buscam assumir, de forma sistemática, responsabilidades adicionais. E são justamente esses profissionais que as organizações devem tentar preservar. As formas de recompensa que surgem devem, portanto, ser capazes de reconhecer as diferenças individuais e os diversos ritmos que as pessoas tem em assumir responsabilidade uma vez que estes aspectos acabam por traduzir diferentes contribuições para com a organização. Mais que isto, devem ser buscados critérios flexíveis que acompanhem as mudanças que ocorrem na empresa e no mercado. A revisão do composto remuneratório, que vem apontando um contínuo decréscimo da parcela fixa, quando comparado à parcela variável de remuneração, consiste numa das iniciativas voltadas para reconhecer a contribuição e absorver a volatilidade do ambiente organizacional. Desse modo, esse tipo de benefício ao trabalhar é de suma importância e tem se mostrado positivo no rendimento dos trabalhadores. Entretanto, é preciso observar alguns critérios para se avaliar o desempenho dos indivíduos, e assim, poder aplicação a remuneração por competência. 2.1.10 Avaliação de Desempenho. A avaliação de desempenho consiste em uma análise sistemática do desempenho de cada indivíduo. Ela é capaz de mensurar a contribuição individual do colaborador, e criar a relação de entre desempenho e competências essenciais. É importante destacar que não somente as atividades que são realizadas além da função do cargo são remuneráveis por competência, é importante que as que se relacionam especificamente com o cargo também sejam efetivas (COSTA, 2013). 12 Para realizar as avaliações de desempenho em instituições pode-se utilizar do método dos objetivos e das competências. O primeiro é mais antigo e já não é tão utilizado pelas empresas, mas que se embasava no atingimento das metas pré-estabelecidas pelo gestor. Um dos pontos negativos é a estagnação das metas, visto que ao alcançar o objetivo proposto, a tendência é que o funcionário não tente superá-la. Já na avaliação por competências é avaliado o desenvolvimento do colaborador junto ao que é proposto pela empresa. Um dos pontos diferenciais desse método é a capacidade de avaliar metas e objetivos, mas também as competências técnicas, comportamentais e gerenciais. Esse tipo de avaliação melhora o alinhamento dos objetivos organizacionais e maximiza a produtividade (COSTA, 2013). Nesse contexto, a avaliação por desempenho de competências tem papel essencial no planejamento estratégico, pois favorece que sejam identificadas a necessidade da empresa. Assim, é possível desenvolver novas competências para suprir o que falta na organização, e assim alavancar o negócio. 2.1.11 Programas de QVT. Os Programas de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) tem como objetivo central uma instituição mais organizada, mediante um grande de responsabilidade e autonomia de trabalho maior. Também é importante destacar que o colaborar tem o feedback sobre o seu desempenho de forma constante, e suas atividades são variadas, colaborando para o desenvolvimento pessoal de cada indivíduo. O QVT permite que a resolução dos problemas se dê de forma participativa, sendo reestruturado o trabalho, bem como as competências e o meio onde o colaborador está inserido. Nesse contexto, é possível fazer uso da Matriz Swot, que é capaz de identificar as oportunidades e ameaças, mas também os pontos definidos como forças e fraquezas. As oportunidades e ameaças tem a necessidade de ser analisada simultaneamente, pois a cada nova oportunidade existe a eminência de uma ameaça, por este motivo que existe a importância de visualizar antecipadamente questões que maximizam ou minimizam os resultados do planejamento estratégico, o autor ressalta também, a importância de se manter sob controle as forças e manter um rigoroso sistema para monitorar as fraquezas (COSTA, 2009). 13 Segundo Tavares (2008) e Kotler (1992) Análise SWOT se trata de uma ferramenta estrutural da administração, que possui como principal finalidade avaliar os ambientes internos e externos, formulando estratégias de negócios para a empresa com a finalidade de aperfeiçoar seu desempenho no mercado. A análise Swot também é utilizada para identificar os pontos fortes e fracos de uma organização, assim como as oportunidades e ameaças das quais a mesma está exposta. Essa ferramenta é geralmente aplicada durante o planejamento estratégico, promovendo uma análise do cenário interno e externo, com o objetivo de compilar tudo em uma matriz e assim facilitar a visualização das características que fazem parte da sigla. Sabe-se que a técnica foi fundamentada por Kenneth Andrews e Roland Christensen, e tinha por objetivo auxiliar e aprimorar o planejamento estratégico empresarial, que já vinha sendo bastante estimulado nas escolas tradicionais americanas ao longo das décadas de 60 e 70 (DRUCKER, 1999). Kloter (1992) também relata que a Análise SWOT divide-se em dois ambientes: o interno e o externo. O ambiente interno se refere basicamente a própria organização, nela se encontram suas forças e fraquezas. Já o ambiente externo refere-se às questões externas, ou seja, questões de força maior, que estão fora do controle da empresa. As forças e fraquezas são avaliadas a partir do momento atual da organização. Elas serão seus pontos fracos, recursos, experiências, conhecimentos e habilidades. As oportunidades e ameaças serão as previsões de futuro que estão ligadas direto ou indiretamente aos fatores externos. 2.1.12 Planejamento Estratégico Estratégia é o método utilizado para que uma meta ou objetivo seja alcançado, ou seja, é um conjunto de ações aos quais os interessados se utilizam para a conquista do que foi planejado. O planejamento estratégico requer certo envolvimento e modo de pensar mais apurado e habilidoso, voltado para o que se tem interesse de colocar em prática. Esta forma de pensar deve ser estruturada para se obter respostas a questionamentos como: o que, onde, para quem, quando e como fazer? Neste caso, também é necessária certa habilidade daquele que toma as decisões do planejamento a ser realizado e isto implicará no sucesso do objetivo (BRAGA; MONTEIRO, 2005). Ainda que em condições de incerteza, o autor faz uma reflexão sobre planejamento estratégico, afirmando que ele faz parte de uma atividade administrativa da empresa, com o intuito de dar resultados positivos, de longo prazo e sustentáveis. 14 Segundo Tavares (2008), o termo planejamento estratégico é amplamente conhecido, seja no ensino médio, superior ou especializações, porém muito pouco utilizado, principalmente em empresas de pequeno e médio porte. A dificuldade da implantação de um planejamento se dá, por conta dos inúmeros fatores externos, fazendo com que as instituições trabalhem muito mais provisionando o futuro, do que realmente detendo-se a um planejamento. Essa programação refere-se também a todas as questões relacionadas à prosperidade da empresa em curto, médio e longo prazo. Sabe-se que o esperado é que a instituição tenha lucro, cresça acima da média e se solidifique no mercado. No entanto, para que isso ocorra conforme o esperado é necessário uma série de medidas e táticas para auxiliar a empresa a provisionar seus resultados e impactos no futuro. Qualquer tipo de planejamento deve ser sustentado pelos conceitos científicos, lógicos e éticos. Dessa forma, programar o funcionamento de uma instituição não deve se restringir ao que se pode calcular, padrões matemáticos e financeiros. É de suma importância que o imprevisível seja levado em conta e ter consciência de que podem surgir situações inesperadas e que se deve sempre estar pronto para o caso de mudanças repentinas. Mesmolevando em conta as possíveis falhas é necessário seguir algumas diretrizes que podem trazer mais qualidade ao processo, como o comprometimento do corpo administrativo, diminuindo os riscos. A adaptação organizacional também é um item importante, pois a empresa precisa estar preparada para a execução do planejamento e cada área deve assumir as responsabilidades e trabalhar para o êxito da empresa (OLIVEIRA et al., 2005). 2.2 COLETA DE DADOS DO SETOR DE RH Neste item serão apresentados os dados do setor de RH levantados na empresa Lili Kids, por meio de um roteiro de entrevista (anexo 01). 2.2.1 - Evolução da área de gestão de pessoas: Se existe constantemente o processo de melhorias em relação à área de gestão de pessoas. Quais foram as melhorias implementadas, descreva-as. Resposta: Sim, iniciamos com treinamento específico a cada 3 meses. 2.2.2 - Recrutamento e seleção: Verificar COMO esses processos acontecem dentro da organização, ou é se é feito por terceiros. Exemplo agência de empregos. Como é aplicado e de que maneira. 15 Existe recrutamento interno antes de acontecer admissão externa. Além de verificar quais as técnicas de seleção utilizadas. É feito pelos proprietários. Faz-se entrevista e teste para ver se há adaptação do novo colaborador. Resposta: O recrutamento é feito externamente. 2.2.3 - Plano de Cargos e salários: Verificar se esse processo existe dentro da organização, e de que maneira são avaliados os cargos e os salários de cada cargo. Há descrição de cargos, como e por quem é feito. Há pesquisa de salário, como e por quem é feito. Resposta: Futuramente estão planejando fazer plano de carreira com os colaboradores. Salário e comissão com base no tempo de serviço, não recebe pelo piso do comércio, recebe um valor maior por fazer mais funções. 2.2.4 - Plano de carreira: Verificar se a organização possui um plano de carreira para os funcionários. Como funciona. Como ocorrem as promoções. Como e por quem foi elaborado. Resposta: Os colaboradores têm conhecimento desse plano. 2.2.5 - Integração de novos colaboradores: Como ocorre. Existe um manual do colaborador. Resposta: Os novos colaboradores ficam bem à vontade conhecendo a empresa com os colegas. O colaborador fica responsável por um setor específico. 2.2.6 - Cultura e desenvolvimento organizacional: Descrever se existe a participação de todos os envolvidos na organização, em relação à cultura e o desenvolvimento da mesma, subtendendo-se dos princípios e valores da organização. Resposta: Todos participam e tomam decisões juntos. Colaboradores e empregadores andam juntos e sabem das necessidades da empresa. 2.2.7 - Pesquisa de Clima Organizacional: Analisar como é a elaboração e de que maneira é aplicado esse processo. Qual o resultado alcançado. Resposta: A empresa não possui pesquisa de clima, mas deixam aberto ao que o pessoal tem a dizer. 16 2.2.8 - Treinamento e desenvolvimento: Como é desenvolvido este processo e quais tipos e métodos de treinamento são utilizados. Resposta: Treinamento a cada 3 meses feito através dos proprietários. 2.2.9 - Gestão e Remuneração por competências nas organizações: Verificar se há mapeamento de competências entre os gestores e os colaboradores. Resposta: Não há 2.2.10 - Avaliação de Desempenho: Verificar se esse processo é ou não aplicado, por quem, quantas vezes ao ano, de que maneira, qual a ferramenta utilizada, se é feito feedback, e qual o resultado alcançado. Resposta: Não é feito nenhuma aplicação, mas é observado no dia a dia. Fazem orientação para o bom funcionamento. Por ser uma empresa pequena não necessita dos testes. 2.2.11 - Programas de QVT (Qualidade de Vida no trabalho): A organização se preocupa com a qualidade de vida dos colaboradores oferecendo um ambiente de trabalho agradável. Quais programas/ações de QVT a empresa aplica. Resposta: A empresa ainda não faz essa parte. 2.2.12 – A empresa possui PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO? como esse plano contempla a área de Recursos Humanos? Resposta: O planejamento estratégico foi feito de acordo com o plano de negócios. Em feriados há parceria com escolas e outros estabelecimentos quanto as roupas gerando descontos. 17 2.2 DESCRIÇÃO DOS PONTOS FORTES E FRACOS DA ÁREA DE RH Neste item serão destacados os pontos fortes e fracos no setor de recursos humanos com base nos dados coletados e apresentados no item anterior. Pontos fortes: Pontos fracos: Empresa possui os métodos de Treinamento e desenvolvimento. Planejamento estratégico é bem elaborado, buscando parceria com escolas infantis da cidade. Empresa aberta a receber opiniões dos funcionários Não existe pesquisa de clima organizacional. Não é feito avaliação de desempenho. Empresa não possui manual do colaborador FONTE: Autores (2020) 3 ÁREA DE MARKETING Neste item serão apresentados os principais conceitos na área de marketing. 3.1 Conceitos Marketing, segundo Kotler (2011, p. 32), "é o processo social e gerencial pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor com outros". O marketing está mais presente em nossas vidas do que imaginamos. O marketing tem como finalidade criar valor para as necessidades dos consumidores conseguindo assim a atenção do cliente, criando um relacionamento lucrativo para ambas as partes. Alguns dos principais conceitos de marketing são expostos por Kotler (2011, pag. 28), conforme descrição a seguir: Necessidades, desejos e demandas: As pessoas em si possuem muitas necessidades, principalmente de alimentos, ar, água, abrigo para sobreviver, são as necessidades básicas. No entanto, também possuem necessidades de lazer, educação, entre outros serviços, e buscam, através de suas preferências, por versões e marcas 18 específicas conforme seus desejos. Para isso temos que ter em mente e distinguir corretamente o que são necessidades, desejos e demandas. Produtos (bens, serviços e idéias): É sabido que nossos desejos e necessidades nos satisfazem no momento da aquisição de um produto ou a solicitação de um serviço, ou seja, para um entendimento melhor, o produto é oferecido para a satisfação das necessidades ou desejos dos consumidores. Independentemente de serem bens físicos, serviços ou ideias, o desejo das pessoas é adquirir e consumir coisas, não importa a classe social, todos terão a oportunidade de buscar seus desejos e necessidades, levando em consideração o alcance em possuir condições para pagar pelo produto ou serviço. Valor, satisfação e qualidade: Sabemos que possuímos desejos e necessidades completamente diferentes, e isso é um grande problema para os marqueteiros, ou seja: como alcançar a satisfação dos consumidores? Ou ainda, uma certa necessidade? Vamos a um exemplo: suponhamos que uma pessoa de 30 anos, casada e com dois filhos, tem a necessidade de ir ao trabalho, que fica mais ou menos a dez quilômetros da sua casa, para isso ela tem a necessidade de um meio de transporte; pode ser por transporte público, táxi, Uber, veículo próprio, bicicleta ou outros meios que sejam sustentáveis, dessa forma ela tem um grande número de opções para satisfazer sua necessidade. Agora vamos supor que a pessoa gostaria de satisfazer outras necessidades, por exemplo, a segurança, a velocidade, o bemestar, a economia e a sustentabilidade. Podemos perceber que existe muitas situações para satisfazê-la, no entanto, quem vai escolher é ela, levando em conta quais suas condições em adquirir um produto e o que mais a deixará satisfeita. Troca e transação: Esse modelo de necessidade já vem desde os primórdios do tempo e existem quatro formas de obter algum produto, sendo a primeira a autoprodução, como a caça, pescaou coleta de frutas para minimizar a fome, nesse caso não existe mercado e, assim, sem a necessidade de marketing; a segunda forma é a coerção, em extrema necessidade as pessoas podem retirar à força de outras pessoas, imaginem o desencadeamento da fome, nesse caso não existe benefício, apenas a exceção de alguém sair ferido; a terceira é a mendicância: continuando com o exemplo da fome, as pessoas, por estarem famintas, podem implorar por comida; e, por fim, a quarta forma é a troca, pessoas com a necessidade de alimentação podem trocar algum produto, serviço e até mesmo com moedas, para a aquisição de alimentos. Para ficar claro, o marketing surge quando as pessoas propiciam a necessidade de satisfazer suas necessidades e desejos através da troca. Sendo assim, a troca é o ato de obter um produto desejado que pertence a alguém, lhe dando em permuta algo em contrapartida. A transação tem algumas variações e várias dimensões, sendo essas: a necessidade de estar protegida por um contrato e com ao menos dois objetos de valores; condições de acordo; tempo e local para a negociação, de outra forma, as pessoas veriam como desconfiança e ambas sairiam perdendo. Também pode ser levada em consideração uma transação de presentes por gratidão, recebemos um presente em troca de gratidão com a pessoa. Para ficar claro, transação pode ser considerada como uma negociação consensual entre duas ou mais partes, e uma dessas partes propõe uma compensação por um serviço prestado ou uma composição a um dano causado pela outra, e, ao mesmo tempo, esta outra parte aceita receber esta compensação. Nota-se que Kotler (2011) tem em sua definição de marketing como base as necessidades dos consumidores, bem como desejos e demandas por produtos, bens e serviços e a busca pela satisfação. No caso do marketing há um gerenciamento das necessidades dos consumidores, então, se identifica, antecipa e satisfaz a necessidade obtendo-se lucro. 19 3.1.1 Pesquisa de mercado A pesquisa de mercado é de suma importância para que seja gerado, de maneira mais evidente, o conhecimento sobre um mercado e seu público, identificando as oportunidades e reduzindo os riscos nas tomadas de decisões estratégicas. O produto precisa estar de acordo com aquilo que o público-alvo deseja, segundo Las Casas (2010, p. 4 e 5): O primeiro fator é ter um produto para comercializar. O produto deve ser desenvolvido para atender a uma demanda do mercado a ser trabalhado. Com um produto, há necessidade de se ter um preço para criar valor e, consequentemente, uma base para troca. Porém, apenas ter um produto e um preço não são condições suficientes. Há a necessidade de identificar um meio de distribuir o produto. Isto certamente envolverá uma série de decisões estratégicas, como localização dos pontos de venda, tipo de lojas que comercializarão o produto, armazéns para os estoques, entre outras decisões estratégicas. Posteriormente, após a determinação dos principais aspectos para a comercialização dos produtos, é necessário que os empresários pensem em formas de divulgá-los, pois assim há uma conscientização por parte dos consumidores e as vendas serão mais rápidas. A pesquisa de mercado é um instrumento adotado para facilitar o entendimento e a realidade do mercado, aumentando a efetividade das ações tomadas em relação a empresa. Basicamente, é uma forma de coletar informações importantes para auxiliar e empresa na tomada de decisões mais seguras e acertadas. 3.1.2 Ferramentas de marketing De competição de preços para competição de valor: à medida que as empresas empregam mais gestão de marcas, diferenciação de produtos, propaganda e promoções de vendas, elas passam a necessitar de informações sobre a efetividade dessas ferramentas de marketing (KOTLER, 2000, p. 122). 3.1.3 Endomarketing De acordo com Clemente (2018): Endomarketing é uma estratégia de marketing institucional voltada para ações internas na empresa. É também chamado de Marketing Interno e visa melhorar imagem da empresa entre os seus colaboradores, culminando em uma equipe motivada e reduzindo o turnover. 20 O endomarketing tem como objetivo estreitar laços no relacionamento das pessoas com seu cliente interno, cultivando certa harmonia para fortalecer as relações interpessoais e principalmente as relações internas. Conforme Brum (2010 p.13): A função de uma empresa, hoje, não é apenas produzir e vender bens e serviços, mas principalmente proporcionar um nível interna que consiste e fidelize os clientes. O objetivo do endomarketing é, portanto, criar uma consciência empresarial (visão, missão, princípios, procedimentos etc.), dentro de um clima organizacional positivo. O propósito é transformar o colaborador em facilitador para consolidar a imagem das empresas e o seu valor de mercado. Ainda segundo Brum (2010), o ―endomarketing é portanto, uma das principais estratégias de gestão de pessoas nas empresas que buscam não apenas o sucessos em termos de mercado, mas a perenização‖. O endomarketing está ligado ao relacionamento da empresa com seu colaborador, portanto, isso pode trazer para empresa um novo olhar, novos valores, novas culturas, ela pode se renovar e se reinventar através dos bons resultados apresentados. 3.1.4. Estratégias de marketing Para buscar alcançar o sucesso no mercado competitivo atual, as empresas precisam ser voltadas para o cliente, isso envolve ganhar o cliente da concorrência se diferenciar dos demais em algum quesito, mantê-los e cultivá-los, porém para se obter sucesso nessa etapa, a organização precisa buscar entender do que o seu cliente precisa e gosta, ou melhor, suas necessidades e desejos. Se o profissional de marketing souber identificar essas necessidades, desenvolver produtos de valor superior, definir bem seus preços e realizar uma boa distribuição e promoção, esses produtos serão vendidos com facilidade (KOTLER; ARMSTRONG, 1998). Para encontrar o melhor mix de estratégias de Marketing, a empresa se engaja na análise, no controle, no planejamento, entre outros. Através dessas atividades ela observa qual estratégia se adaptará ao ambiente e surtirá o efeito planejado. 3.1.5. Composto de marketing O composto de marketing é conhecido também como marketing mix, definido por Kotler (1998, p. 97) como "o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado-alvo‖. 21 Para Cobra (2006, p.34) composto de marketing: Significa entender que, para satisfazer as necessidades dos consumidores, é preciso que os produtos ou serviços a ser ofertados tenham boa qualidade, características que atendam aos gostos dos consumidores, com boas opções de modelos e estilos com nome atraente – produto, Preço, Promoção e Place (distribuição). Esses tópicos, bem administrados, são capazes de proporcionar resultados positivos através da satisfação das necessidades dos clientes pertencentes ao escolhido mercado alvo pela organização. Produto: O termo produto pode ser definido como algo que possa ser oferecido para aquisição, uso ou consumo em um determinado mercado que, por sua vez, busca satisfazer ao desejo ou necessidade do consumidor (KOTLER; ARMSTRONG, 1998). Preço: A sobrevivência de uma empresa está necessariamente ligada a esse P. O preço é, na verdade, o valor que será cobrado pela solução que você oferece. Promoção: Na verdade, ela tem o sentido de promover sua marca e suas soluções, fazendo sua mensagem de marketing chegar aos ouvidos certos. Assim, você transforma sua empresa em uma possível solução para necessidades e desejos de um cliente. Praça: Praça envolve as atividades da empresa que disponibilizam o produto aos consumidores alvo. (KOTLER; ARMSTRONG, 1998). As empresas devem tornar os produtos ouserviços disponíveis para os clientes, quando e onde eles desejem comprá-los 3.1.6 Pós-venda Segundo Rosa e Marion (2004), o processo de pós-vendas é o vínculo continuado com o cliente. Esse processo envolve entrar em contato com o cliente após a compra com o intuito de identificar sua satisfação ou não, com relação ao serviço prestado (KLOTER; KELLER, 2012). Toda organização tem como objetivo satisfazer os desejos e necessidades dos seus consumidores, sempre com o intuito de fidelizar seus clientes, reduzir custos e maximizar sua lucratividade. Não há como superar expectativas sem conhecer o público-alvo e o padrão de comportamento que eles possuem. https://rockcontent.com/br/blog/gestao-de-precos/ 22 A chave para criar relacionamentos duradouros com o cliente é criar valor superior à satisfação para ele. Clientes satisfeitos tem maior probabilidade de serem clientes fiéis e conceder as empresas uma participação maior em seus negócios. [...] Valor para o cliente – Atrair e reter clientes pode ser uma tarefa difícil. Com frequência, os clientes têm a sua disposição uma grande variedade de produtos e serviços para escolher. Um cliente compra de uma empresa que lhe oferece o mais alto valor percebido pelo cliente. A avaliação que o cliente faz da diferença entre todos os benefícios e todos os custos de uma oferta ao mercado em relação as ofertas dos concorrentes. (KOTLER; ARMSTRONG, 2007. p.10). Ao pensamento de Barros e Bonfani (2014), o conceito de qualidade é conhecido por todos, mas ainda existe muito a ser estudado. Ao ser adquirido um produto, independente se for roupas, materiais de limpeza, eletrônicos, eletrodomésticos, automóveis, automaticamente pensam em qualidade. Todo consumidor procura qualidade nos produtos adquiridos ou nos serviços contratados, pois desejam consumir o que atenda suas necessidades e supere suas expectativas, por mais diferentes que sejam. 3.1.7 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Para Carpinetti (2010), a palavra qualidade é umas da mais divulgadas entre a sociedade e em organizações. O autor ressalta a confusão que esta palavra gera pela sua subjetividade e pelo uso em demasia, servindo de termo representativo para diversas coisas. Os critérios utilizados são vários e de diferentes formas para esta avaliação, uns analisam apenas preço, outros aparência, durabilidade, e assim por diante. Isso gera inúmeras maneiras de interpretações de qualidade. Ainda segundo Carpinetti (2010), qualidade é algo que atenda satisfatoriamente às necessidades e supere as expectativas dos usuários e/ou consumidores. Complementando o pensamento de Las Casas (2008), voltado à qualidade do serviço, o autor relata que nesta vertente, o produto sempre é um sentimento. Os consumidores ficarão ou não satisfeitos conforme suas expetativas, dessa forma pode-se dizer que qualidade do serviço é uma incógnita e varia de pessoa para pessoa. Segundo Hoffman, Bateson, Ikeda e Capomar (2009), para falar de Qualidade do serviço, é necessário distinguir medição da qualidade de serviço de medição da qualidade de satisfação do cliente. O autor ressalta que, para muitos especialistas, satisfação do cliente é uma medida de curto prazo e específica da transação. Já qualidade de serviço é uma atitude formada por uma avaliação em longo prazo do desempenho em geral. Sem dúvida, os dois conceitos estão entrelaçados, mas alguns acreditam que a satisfação do cliente leva a percepção da qualidade 23 do serviço. Há também quem acredite que a qualidade do serviço resulta na satisfação do cliente. Corroborando Johnston e Clark (2002), qualidade do serviço e qualidade percebida diferencia-se uma da outra. Qualidade do serviço é algo mais duradouro, é um atributo, uma expectativa do cliente. Já a qualidade percebida consiste na qualidade entregue e/ou a satisfação do cliente. O autor denomina sendo o resultado e a experiência do serviço recebida pelo cliente (como o cliente percebe a qualidade). Somente organizações dedicadas a servir e escutar seus consumidores poderá gerar empolgação contínua. E é com consumidores empolgados / satisfeitos que se gera uma lucratividade sólida (WHITELEY, 1992). 3.2 LEVANTAMENTO DE DADOS DO SETOR DE MARKETING Neste item serão apresentados os dados coletados do setor de marketing, na empresa Lili Kids, por meio de um roteiro de entrevista (anexo2). 3.2.1 Pesquisa de mercado: a empresa realiza suas pesquisas de mercado ou é contratada uma empresa terceirizada. Com qual finalidade é feita a pesquisa. Como utiliza os resultados da pesquisa. Resposta: Sim, é realizada por conta própria, através de comparações com os concorrentes referente a preço e qualidade. 3.2.2 Ferramentas de marketing: Descreva quais são as ferramentas de marketing que a empresa utiliza. Como e por quem são definidas as ferramentas. Resposta: Instagram, Facebook e Whatsapp. As ferramentas são divididas em grupos etários, além das vendas online por meio do brechó virtual, e o uso de um (a) digital influencer. Os responsáveis pelas mídias são as funcionárias e a dona da loja. 3.2.3 Endomarketing: a empresa faz uso do endomarketing para que os colaboradores tenham conhecimento dos produtos/serviços que a empresa comercializa. Como é feita essa comunicação. Resposta: Quando chega mercadoria nova, o produto é apresentado aos colaboradores. 24 3.2.4 Estratégias de marketing: Descreva quais as estratégias de marketing adotadas pela empresa. Como e por quem são definidas as estratégias. Resposta: Não existe no local um plano de estratégia de marketing específico, entretanto são realizadas algumas ações com o intuito de aprimorar a exposição da loja e potencializar as vendas. O Brechó online é uma das ferramentas de marketing, onde a cliente vende a peça dela no brechó e o valor é convertido em produtos da loja. Além disso, são deixados sapatinhos nos laboratórios da cidade para presentear as mulheres que vão realizar os testes de gravidez, e ele dá positivo. 3.2.5 Composto de marketing: descreva cada um dos 4Ps da organização (produto, preço, praça e promoção). Resposta: Produto e Preço – Lili Kids trabalha com uma linha mais elitizada e na Matriz trabalha com uma linha mais popular; Praça – A empresa possui dois tipos de clientes: Os que prezam mais pela marca e qualidade e outro tipo que preza pela qualidade, porém com preços menores. Promoção – Para cada período diferente do ano a empresa possui uma estratégia diferente promocional. 3.2.6 Pós-venda: a organização possui uma ouvidoria, SAC. Como faz o atendimento e o retorno a críticas e sugestões de clientes? Resposta: Não tem pós-venda no local, isso porque normalmente o cliente dá o retorno sobre o atendimento e o produto. 3.2.7 A empresa possui PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO? Caso positivo, como esse plano contempla a área de Marketing? Resposta: Sim. Existe uma campanha para cada época do ano. 25 3.2.8 – Descrição dos Pontos Forte e Fracos no setor de Marketing Com base nos dados disponibilizados pela empresa, neste item serão apresentados os principais pontos fortes e fracos levantados pelos autores no setor de marketing da empresa. Quadro 02 – Pontos fortes e fracos da área do marketing Pontos fortes Pontos fracos A empresa faz a divulgação da loja física e também vendas online, através de redes sociais como instagram, facebook what‘sapp, e conta com parcerias de digitais influencers para divulgação dos seus produtos; A empresa conta com um brechó virtual onde os cliente colocam suas peças usadas para venda e o valor é convertido em produtos da loja, o brechó só funciona online, e as funcionárias são as responsáveis pela página e pelas vendas através das mídias sociais; Planejamento estratégico a empresa costuma fazer uma campanha paracada época do ano. Traçar uma estratégia de pós vendas pois hoje a empresa não conta com nenhum tipo de pesquisa ou atendimento pós venda para cada cliente; Pesquisa de mercado, buscar resultados através da pesquisa, como quais os pontos que a concorrência está se destacando e que posso melhorar, traçar melhorias com o estudo do mercado. Fonte: Autores (2020) 26 4 ÁREA FINANCEIRA Neste item serão apresentados os principais conceitos da área financeira com base em pesquisas bibliográficas. 4.1 CONCEITOS A gestão financeira é uma área funcional presente em toda e qualquer organização. O conceito e a importância das finanças têm assumido um papel dominante, deixando de ser apenas um centro de apuração de resultados e análise das contas, para torna-se um ponto de fator crítico de sucesso. Segundo o site Administradores (2010) ―a área financeira é responsável por viabilizar a atividade fim da empresa através da alocação de recursos. É nesta área que as análises, decisões e direcionamentos dos recursos da empresa são definidos.‖ A atuação do setor financeiro se resume na integração e controle de recursos. Segundo Bartel (2011, pág. 03) A Gestão Financeira é uma atividade dinâmica, que deve começar por você. Cada um precisa saber gerenciar o seu dinheiro, fazê-lo render. Além deste autogerenciamento, obviamente, o seu campo de atuação estende-se para as empresas públicas e privadas, todas precisam também fazer render o dinheiro. Ou seja, para gerenciar as finanças é preciso ter informação selecionada para uma gestão correta. Ainda segundo Bartel (2011, pág. 04) A Gestão Financeira tem uma relação direta com a teoria econômica e com a contabilidade. Em relação à teoria econômica, é preciso compreender e estar atento aos diferentes níveis de atividades econômicas, às mudanças políticas, à análise da oferta e da demanda, à teoria da formação de preços etc. Já com a contabilidade, a Gestão Financeira também tem uma relação direta, pois é desta movimentação financeira que ocorrem os registros contábeis. A gestão financeira tem como objetivo um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital. 4.1.1 INSTRUMENTOS DE GESTÃO FINANCEIRA 4.1.1.1 Fluxo de Caixa Sobre o fluxo de caixa, Assaf Neto e Lima (2014, p. 670) afirmam que: Fluxos de caixa são os recursos que transitam (entram e saem) pelo caixa em determinado intervalo de tempo. Nos fluxos de caixa são consideradas unicamente 27 as transações que repercutem sobre o caixa. Por exemplo, a depreciação, despesa dedutível para cálculo do resultado do exercício, não exige qualquer desembolso financeiro. Em outras palavras, não tem reflexo sobre o caixa. O fluxo de caixa permite visualizar e compreender as movimentações financeiras em um determinado período. A visualização do saldo financeiro futuro, possibilita que o administrador possa planejar medidas e evitar ausência ou desordem entre os recebimentos e despesas. Conforme Sebrae (2020): O objetivo do fluxo de caixa é apurar o saldo disponível para se tomar a decisão de captar os recursos necessários, ou aplicar os recursos disponíveis. O saldo de caixa não indica, necessariamente, que a empresa está tendo lucro ou prejuízo em suas atividades operacionais. No fluxo de caixa deverão ser registrados todos os recebimentos (vendas à vista, recebimento de duplicatas e outros recebimentos) e todos os pagamentos (compras à vista, pagamentos de duplicatas, pagamento de despesas, outros pagamentos) previstos para o dia. Para o Sebrae (2020) ―O objetivo dessa ferramenta é apurar e projetar o saldo disponível para que exista sempre capital de giro, para aplicação ou eventuais gastos.‖ 4.1.1.2 Demonstrativos de Resultados Para o Sebrae (2020): Demonstração do Resultado do Exercício, também conhecida como DRE, é um documento contábil de demonstração cujo objetivo é detalhar a formação do resultado líquido de um exercício pela confrontação das receitas, custos e despesas de uma empresa, apuradas segundo o princípio contábil do regime de competência (receitas e despesas devem ser incluídas na operação do resultado do período em que ocorrem). O DRE é um resumo dos resultados das finanças da empresa operacionais ou não. Legalmente abrange um período, estabelecido como exercício financeiro, de 12 meses. Mas para fins administrativos pode ser efetuada mensalmente ou trimestralmente. 4.1.2 INFORMAÇÕES CONTÁBEIS Conforme Tsoca (2018, pag. 03): Informações contábeis são ferramentas de apoio indispensáveis para a gestão empresarial. A contabilidade é a ciência que registra e classifica todas as transações e eventos de caráter financeiro de uma empresa. também é a arte de fazer relatórios significativos, análises e interpretações dessas transações e eventos, e com muito, critério, comunicar os resultados aos gestores e empresários responsáveis pelas tomadas de decisões mais importantes da corporação. A contabilidade pode e deve https://www.nibo.com.br/educacao-financeira/modelos-de-documentos/ 28 ser utilizada como uma das ferramentas de gestão do negócio, dada á importância dos dados por ela levantadas, analisa e armazenados. Gestão é o processo de planejamento, organização, recursos humanos, direcionamento, coordenação e controle das atividades empresariais. Gestão também é definido como técnicas de liderança, tomadas de decisões e coordenação de equipes, processos e fluxos estratégicos e operacionais. As informações contábeis se forem utilizadas como ferramenta de gestão, podem trazer grandes resultados para a empresa. Elas são responsáveis por fornecer dados fundamentais sobre a saúde financeira do negócio.4.1.3 CONTROLES FINANCEIROS Segundo o SEBRAE (2020): Os controles financeiros são ferramentas e processos úteis indispensáveis para o planejamento e a estruturação financeiro do negócio. Fazer esse acompanhamento é fundamental para o dia a dia da empresa. Pode-se dizer que as informações geradas com esses controles representam o primeiro estágio para a gestão do capital de giro da sua empresa. Entre os principais temos: controle de caixa, controle de bancos, controle de contas a receber, controle de contas a pagar, controle de estoques e fluxo de caixa. Gerenciar as finanças corretamente possibilita paz interior para investir em novos projetos, inovar a empresa e efetuar melhorias estruturalmente na empresa. 4.1.3.1 Controle diário de caixa O controle diário de caixa de qualquer empresa é de extrema importância para a sua saúde financeira. Administrar o caixa com eficiência mantém dinheiro no caixa da empresa para realizar o custeio das atividades operacionais, já na micro e pequena empresa esta responsabilidade, em grande parte delas, é do próprio dono do negócio e pode ser feita uma planilha Excel simples. Para Antonik (2016, p. 32) ―o caixa é um mal necessário, trata-se de um dinheiro ―parado, cuja finalidade é manter o ciclo operacional ―girando‖‖. Administrar o caixa é tarefa essencial em uma empresa bem-sucedida. Ainda sobre o controle diário, o SEBRAE (2020) diz que: Registra todas as entradas e saídas de dinheiro, além de apurar o saldo existente no caixa. A principal finalidade do controle de caixa é verificar se não existem erros de registros ou desvios de recursos. O caixa é conferido diariamente e as diferenças porventura existentes têm de ser apuradas no mesmo dia. Quando a diferença ocorrer por erros de registros, corrigem-se os erros e a diferença está zerada. Na hipótese de a diferença ocorrer por desvios de recursos, resta ao empresário tomar imediatamente uma decisão drástica: demitir a(s) pessoa(s) responsável(eis) pelos desvios. Além disso, o controle de caixa fornece informações para: Controlar os 29 valores depositados em bancos; controlar e analisar as despesas pagas e fornecer dados para elaboração do fluxo de caixa. Resumindo, o controle diário de caixa é uma rotina financeira executada nas empresas para verificação de movimentações registradas de entradas e saídas. 4.1.3.2 Controle bancário É um instrumento importante da gestão; com ele a empresa verifica com rapidez e eficiência a disponibilidade dos recursos existentes. Para o Sebrae (2020): É o registro diário de toda a movimentação bancária e do controle de saldos existentes, ou seja, os depósitos e créditos na conta da empresa, bem como todos os pagamentos feitos por meios bancários e demais valores debitados em conta (tarifas bancárias, juros sobre saldo devedor, contas de energia, água e telefone, entre as principais). O controle bancário tem duas finalidades: a primeira consiste em confrontar os registros da empresa e os lançamentos gerados pelo banco, além de apurar as diferenças nos registros se isso ocorrer; a segunda é gerar informações sobre os saldos bancários existentes, inclusive se são suficientes para pagar os compromissos do dia. Serve para verificar se o saldo é suficiente, mas também para uma tomada de decisão correta, entendendo onde e como aplicar os valores. 4.1.3.3 Controle diário de vendas Tudo é questão de informação e com o controle diário de vendas não seria diferente. Ele serve para que decisões sejam tomadas para que as metas aumentem. Segundo o Sebrae (2020): Sua principal finalidade é acompanhar as vendas diárias e o total das vendas acumuladas durante o mês, possibilitando ao empresário tomar providências diárias para que as metas sejam alcançadas. Pode ser organizado para fornecer as seguintes informações: Controlar o total das vendas diárias e os respectivos prazos de recebimentos: à vista, com 7, 15, 30, 45, 60 dias etc.; Totalizar as vendas mensais pelos prazos de recebimentos; Fornecer dados para conferência de caixa (para certificar se os valores das vendas à vista foram registrados no caixa); Controlar os registros dos valores das vendas a prazo no controle de contas a receber; Dar informações para compras e fluxo de caixa. O controle diário de vendas possibilita que haja um o acompanhamento das metas diariamente para que as medidas cabíveis sejam tomadas em tempo. 30 4.1.3.4 Controle de contas a receber Segundo o Sebrae (2020): O Controle de contas a receber tem como finalidade controlar os valores a receber, provenientes das vendas a prazo, e deve ser organizado para: fornecer informações sobre o total dos valores a receber de clientes; estimar os valores a receber que entrarão no caixa da empresa, por períodos de vencimento, por exemplo, 3, 5, 7, 15, 30, 45 e 60 dias; conhecer o montante das contas já vencidas e os respectivos períodos de atraso, bem como tomar providências para a cobrança e o recebimento dos valores em atrasos; fornecer informações sobre os clientes que pagam em dia e fornecer informações para elaboração do fluxo de caixa. Fornece informações para tomada de decisões sobre os ativos que a empresa possui ou seja, créditos a receber, necessitando de uma maior atenção por serem imprescindíveis para a saúde financeira da empresa. 4.1.3.5 Controle de contas a pagar Algumas empresas deixam a desejar essa parte de contas a pagar e isso é um erro grotesco. O controle de contas a pagar serve para a empresa honrar seus compromissos financeiros. Conforme o Sebrae (2020): É importante organizar os totais a pagar, obedecendo a seus períodos de vencimento: dia, semana, quinzena, 30, 45, 60 dias, entre outros. Mantendo as contas em dia é possível evitar estresse e ainda adquire uma série de vantagens como estabelecer prioridades de pagamento em caso de dificuldades financeiras; controlar o montante dos compromissos já vencidos e não pagos, em situações de dificuldade e fornecer informações para elaboração de fluxo de caixa. Com um controle de contas a pagar eficiente, evita-se pagamento de juros desnecessários decorrentes de vencimentos, ajuda a prever a margem de lucro e pode-se avaliar o saldo em caixa. 4.1.3.6 Controle mensal de despesas O Controle mensal de despesas serve para registrar o valor de cada despesa, acompanhando sua evolução. Algumas delas necessitam de um controle mais rigoroso ou até de providências urgentes, como cortar gastos que podem e devem ser eliminados. (SEBRAE, 2020). 31 4.1.3.7 Controle de estoque Por fim, o controle de estoque tem inúmeros benefícios, como evitar desvios, fornece informações para reposição dos produtos vendidos e ainda facilita as providências para redução dos produtos parados no estoque. O controle de estoque deve ser organizado para fornecer as seguintes informações: montante financeiro do estoque e o valor por linha de produtos; as quantidades em cada item de estoque; a quantidade e custo das mercadorias vendidas; os estoques sem movimentação e a necessidade de compras/reposição de estoques e fluxo de caixa (SEBRAE, 2020). 4.1.4 ANÁLISE FINANCEIRA É um processo importante e primordial, onde entende-se melhor a saúde da empresa em relação aos valores. Entretanto, não é simples e, envolve alguns conceitos. Segundo Navarro (ICF, 2016): A análise financeira foi criada com base no princípio de que tudo que você faz, seja na sua vida pessoal ou em empresas, reflete em fatores econômicos que circundam o seu cotidiano. Aprovar uma contratação na empresa tem reflexos econômicos, da mesma maneira que ocorra quando compramos um imóvel. E como saber se aquele dinheiro pode ser gasto? Como entender onde eu me encontro em relação aos demais em termos econômicos? É para isso que serve uma análise aprofundada de suas finanças.A análise financeira também ajuda a tomar decisões e acabar com os problemas possíveis. É com base em preceitos econômicos e na sua situação financeira atual que você fará escolhas. Essas escolhas, por sua vez, são realizadas com o objetivo de crescimento e de desvio dos problemas dos quais falamos. Verificar pontos fortes, se atentar às entradas e saídas e corrigir as falhas são processos executados pelos profissionais da área de análise financeira. Serve para o bom funcionamento dos negócios. 4.1.5 PLANEJAMENTO FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO Segundo o Biz Capital (2018) ―O planejamento orçamentário e financeiro, nada mais é que um provisionamento de recursos para as atividades que serão executadas. Todo empresário tem planos para melhorar e expandir seu negócio, mas muitos não sabem como isso será feito.‖ Enquanto o planejamento orçamentário diz respeito a curto prazo, o planejamento financeiro implica no curto e longo prazo. Auxilia a empreender, criar estratégias, tomar decisões importantes e alcançar os objetivos. 32 4.1.6 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL (CMPC) Conforme Reis (2018): Em contabilidade, o conceito de WACC é muito discutido e utilizado como um medidor de retornos de um investimento. Podemos dizer que o WACC (vem do inglês Weighted Average Capital Cost) é o custo médio ponderado de capital. Ela representa a taxa de desconto ou o custo de capital utilizado em uma análise de retorno. O custo médio ponderado de capital (WACC) de uma empresa aumenta à medida que o beta e a taxa de retorno sobre o patrimônio aumentam. Isso acontece porque um aumento nessa taxa indica uma diminuição na avaliação e um aumento no risco. Todas as fontes de capital, incluindo ações ordinárias, ações preferenciais, títulos e qualquer outra dívida de longo prazo, todos estão incluídos no cálculo da taxa de desconto. (grifo do autor) O CMPC é uma taxa de medição de remuneração sobre o capital investido em uma determinada empresa ou entidade com fins lucrativos. 4.1.7 INVESTIMENTOS NO ATIVO FIXO, MÉTODOS DE ANÁLISE PARA INVESTIMENTO. Segundo Catelli, Parisi e Santos (2003): Sob o enfoque financeiro, os ativos fixos constituem investimentos de capital, geralmente de somas elevadas, de retorno incerto e a longo prazo, devendo esse risco ser considerado para efeito de remuneração do capital, bem como para a gestão da liquidez da empresa. A consideração da taxa de risco é feita, por exemplo, mediante a aplicação de probabilidades na projeção dos resultados. As decisões para investimentos são acompanhadas por decisões de financiamentos, são tratadas como eventos econômicos específicos, podendo ser consolidadas no resultado do investimento. Catelli, Parisi e Santos (2003) ainda nos mostram o conceito com base no enfoque econômico: Do ponto de vista econômico, o ativo fixo deve produzir um fluxo de benefícios futuros superiores ao fluxo de todos os custos, operacionais e financeiros, por ele ocasionados. O resultado econômico do investimento que constitui o ativo fixo sintetiza, portanto, na forma de custos e receitas, todos os eventos presentes e futuros originados pelo ativo. O investimento em ativo fixo é, portanto, um evento que, como todos os outros eventos da empresa, deve gerar um resultado positivo, como tal, contribuindo para o resultado do todo. O investimento em ativos fixos impacta o resultado durante os vários anos da vida útil desse ativo. https://www.sunoresearch.com.br/artigos/taxa-de-retorno/ 33 Os principais métodos de análise de investimento segundo Valor easy (2020) são: O payback corresponde ao tempo que o investimento inicial será recuperado. Esse método é amplamente utilizado por empresas dos mais diversos portes para organizar seu planejamento com relação às aplicações que um empreendimento é capaz de fazer. Esse método tem a desvantagem de não considerar o que ocorre com o projeto após o seu payback. Então, pode ser que em alguns casos, o payback seja relativamente rápido, mas depois disso não traga grandes lucros para a empresa. Por ser um cálculo simples, é preciso analisar outros fatores antes de tomar uma decisão. O payback não considera o custo de capital da empresa nem o valor do dinheiro no tempo. Por isso, não é tão confiável, tendo em vista as oscilações que o valor do capital investido pode ter por fatores políticos ou econômicos. Um exemplo é o aumento da inflação, que reduz a valia da moeda com relação ao que foi pago no passado. O Valor Presente Líquido (VPL) costuma ser usado para investimentos isolados e de curto prazo. Ele representa o quanto vale o patrimônio naquele momento, ao ser calculada a diferença entre o valor presente dos pagamentos previstos e o valor inicial que será investido. O objetivo do VPL é mostrar que os projetos valem mais do que realmente custam, por isso, é sempre esperado que o resultado seja positivo. Para que o ele seja o mais realista possível, são utilizadas variáveis, como a taxa mínima de atratividade. A Taxa Interna de Retorno (TIR) representa a taxa de retorno esperada pelo investimento feito. Esse índice é o que faz com que o valor das entradas se iguale com o valor das saídas. Para utilizar tal método, é preciso ter conhecimento tanto sobre fluxo de caixa quanto sobre taxa mínima de atratividade. Diferentemente do VPL, o resultado é em unidade relativa, o que faz com que essa taxa seja mais utilizada pelas empresas para decidir entre fazer ou não o investimento. A TIR considera o valor do dinheiro no tempo, então é mais confiável do que outros métodos que não o fazem. A desvantagem dessa metodologia está em considerar que o valor do fluxo de caixa será reinvestido na própria TIR. Porém, isso raramente ocorre, sendo assim, podem existir equívocos no resultado final da análise. O índice de lucratividade (IL) é simples e pode ser utilizado por qualquer empresa, já que indica simplesmente se ela está lucrando com o projeto. Para tal, expressa qual está sendo o lucro daquela determinada atividade para a organização. O cálculo é feito pela relação entre o valor presente dos fluxos de entrada e saída do caixa. Ele pode ser aplicado somente para analisar um projeto ou para visualizar se o conjunto de todos os projetos está sendo rentável para o empreendimento. Ponto de Fisher - Esse método é um dos menos utilizados, mas trouxemos o conceito para que, em casos nos quais os índices já citados se conflitarem nos resultados, você tenha mais uma opção para analisar em conjunto. Ele serve justamente para comparar, entre dois ou mais projetos, qual é o mais viável para investir. Para isso, é feito um gráfico comparativo entre os valores até que se encontre o ponto de intersecção. Esses métodos de avaliação são eficientes e indicam se o gasto feito pela empresa trará retornos. Apesar das vantagens, essas ferramentas são esquecidas por empresários e gestores e isso resulta em prejuízos para a Instituição. 4.1.8 COMO SE DÁ A GESTÃO DA LIQUIDEZ DO CONTAS A RECEBER? Segundo Almeida (1996, p. 50), ―o controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, https://valoreasy.com.br/blog/politica-no-brasil/ 34 produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa.‖ Os controles internos são instrumentos os quais as empresas utilizam para acompanhar as operações acontecem no ambiente da empresa e suas conseqüências. Ao definir controles internos do contas a receber, Franco e Marra (1992, p. 207) comentam que: São meios de controle interno todos os registros, livros, fichas, mapas, boletins, papéis, formulários, pedidos, notas, faturas, documentos, guias, impressos, ordens internas, regulamentos e demais instrumentos de organização administrativa que formam
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