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ARTIGO GICELIA

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- UNEB 
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
 
 
 GICELIA SILVA SANTANA 
 
 
 
 
ANALISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS MORADORES DOS 
POVOADOS CAIÇARA I E II EM RELAÇÃO AO RIO SÃO FRANCISCO, 
PAULO AFONSO-BA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAULO AFONSO- BA 
 MARÇO -2020 
 
 
GICELIA SILVA SANTANA 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS MORADORES DOS 
POVOADOS CAIÇARA I E II EM RELAÇÃO AO RIO SÃO FRANCISCO, 
PAULO AFONSO-BA. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), apresentada à 
Banca examinadora da Universidade do Estado da Bahia – 
UNEB/Departamento de Educação- DEDC/Campus VIII 
Paulo Afonso, como parte dos requisitos necessários para 
obtenção do título de Licenciada em Ciências Biológicas. 
 
Orientadora: Profa. Msc. Rita de Cássia Matos 
dos Santos Araújo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAULO AFONSO- BA 
MARÇO-2020 
 
 
 
 FICHA CATALOGRÁFICA 
Sistema de Bibliotecas da UNEB 
Dados fornecidos pelo autor 
S232 
Silva Santana, Gicélia 
___ ANÁLISE DA PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS MORADORES DOS 
POVOADOS CAIÇARA I E II EM RELAÇÃO AO RIO SÃO FRANCISCO, 
PAULO AFONSO-BA. / Gicélia Silva Santana.-- Paulo Afonso, 2020. 
___ 33 fls : il. 
___ Orientador(a): Rita de Cássia Matos dos S. Araújo. 
___ Inclui Referências 
___ TCC (Graduação - Ciências Biológicas) - Universidade do Estado da 
Bahia. 
Departamento de Educação. 
___ 1.Desmatamaento. 2.Mata ciliar. 3.Agricultura familiar 4.Zona rural. 
5.Educação ambiental. 
CDD: 607 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esta monografia a Deus e Nossa 
Senhora aparecida, por nortear minha vida. 
Aos meus pais e meu irmão pelo exemplo, 
incentivo, amor e carinho. 
Aos meus amigos pela convivência, apoio e 
atenção nos momentos alegres e tristes. 
 
 
 
 
 
 
 AGRADECIMENTOS 
 
A Deus e a Nossa Senhora Aparecida, por cada vitória ao longo deste percurso e 
também pelas derrotas, as quais serviram de aprendizados. Sem esse milagroso apoio, eu 
até poderia ter conseguido, porém, não teria o mesmo sentido. Obrigada pois nos dias de 
angústia, o amor e o conforto se fizeram presentes, vocês sim, são realmente os maiores 
responsáveis pela minha conquista. 
Ao meu pai Gilberto, que por mais que não teve condições de ir a uma escola, sempre 
incentivou a mim e meu irmão a estudar. A minha mãe Neidivania, por sempre me 
incentivar e apoiar minhas decisões, sei que como mãe não foram fáceis. A vocês dois 
agradeço por dedicarem a vida a mim e a meu irmão. 
A meu irmão Gilberto, por sempre ter me apoiado e também saber que como uma 
irmã mais velho sou um exemplo para você. 
Ao meu esposo Gleidson, por seu meu conforto e minha luz, que compartilhou 
durante toda a minha graduação momentos tristes e alegres, pela paciência por aturar 
minhas ausências e chatices, pelo apoio moral durante toda a graduação. 
A minhas amigas da universidade para a vida Naiane, Taine, paloma e Agiley 
agradeço também aos meus colegas de turma que torceram e acompanharam minha 
jornada, aos meus colegas de trabalho que nesses últimos meses estiveram ao meu lado 
me dando total apoio Ana Caroline, Savio, Jaqueline, Mayke e Cicero. 
Agradeço a minha orientadora Rita de Cassia pela paciência e dedicação e 
gentilmente me ajudar a concretizar meu sonho, me dando o total suporte necessário. 
E agradeço também as demais pessoas que sempre torceram pela minha vitória e que 
de alguma maneira contribuiu para a minha conquista, agradeço também as que de alguma 
maneira dificultou minha estadia e minha permanência no curso, só tenho uma coisa a 
dizer (eu consegui, e obrigada), só consegui crescer e amadurecer com cada aprendizado. 
 Muito obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sou caipira, Pirapora 
Nossa Senhora de Aparecida 
Ilumina a mina escura e funda 
O trem da minha vida... 
 Romaria – Renato Teixeira 
 
 
 
SANTANA, Gicélia Silva analise da percepção ambiental dos moradores dos 
povoados caiçara I e II em relação ao rio são Francisco, (Paulo Afonso-Ba). 
“Monografia (Licenciatura em Ciências Biológicas). Orientação: Profa. Msc. Rita de 
Cássia Matos dos Santos Araújo. Universidade do Estado da Bahia – UNEB / Campus 
VIII - Paulo Afonso, Bahia. 2020. 
 
 
Resumo 
 
A educação ambiental é de suma importância da preservação do Meio Ambiente para a 
nossa vida e todos os seres vivos, afinal vivemos nele e precisamos que todos os seus 
recursos naturais e que sejam sempre puros. Portanto, torna-se importante realizar um 
diagnóstico sobre a percepção ambiental de pessoas que residem em áreas banhadas pelo 
Rio São Francisco, buscando analisar à saúde ambiental do povoado e, assim, utilizar os 
resultados obtidos em prol de melhorias da própria localidade, com relação ao uso e 
cuidado com o rio e, a partir daí, futuramente, repassar esses dados para subsidiar projetos 
com esta finalidade. O presente trabalho tem por objetivo analisar a percepção ambiental 
dos moradores, dos povoados Caiçara I e II, Paulo Afonso/BA, no que diz respeito à saúde 
ambiental na comunidade e sua relação com o Rio São Francisco. Escolhidos 
aletoriamente, foram formados por uma parcela de moradores residentes nos Povoados, 
estes responderam um questionário com perguntas abertas, No levantamento buscou-se 
informações com uma parcela de moradores, acerca da percepção ambiental, através de 
entrevista direta. Os quais foram analisados e, após, foram traduzidos, e aplicados em 
forma de tabela. Conclui-se, portanto, que é importante compreendermos a percepção 
ambiental ao nosso redor, pois coisas simples do dia a dia nos passam despercebidas. Na 
pesquisa foi possível observar como alguns moradores tratam de maneira natural, os 
desmatamentos da mata ciliar, a poluição dos rios, os esgotos jogados a céu aberto e no 
leito dos rios, entre outros problemas causados pelos homens na natureza. 
 
Palavras chaves: Desmatamento, Mata ciliar, Agricultura familiar, zona rural, Educação 
ambiental. 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Environmental education is of paramount importance for the preservation of the 
environment for our lives and for all living beings, after all we live in it and we need all 
its natural resources to be always pure. Therefore, it is important to make a diagnosis about 
the environmental perception of people who live in areas bathed by the São Francisco 
River, seeking to analyze the environmental health of the locality and, thus, use the results 
obtained in favor of improvements in the locality, regarding the use and care of the river 
and, from there, in the future, transfer this data to subsidize projects with this purpose. The 
present work aims to analyze the environmental perception of the residents, of the Caiçara 
I and II villages, Paulo Afonso / BA, with regard to environmental health in the community 
and its relationship with the São Francisco River. Chosen at random, they were formed by 
a portion of residents living in the towns, they answered a questionnaire with open 
questions. In the survey, information with a significant quantity and quality about the 
environmental perception wassought, through direct interview. These were analyzed and, 
afterwards, translated, and applied in the form of a table. It is concluded, therefore, that it 
is important to understand the environmental perception around us, because simple things 
from day to day go unnoticed. In the research it was possible to observe how some 
residents treat in a natural way, the deforestation of the riparian forest, the pollution of the 
rivers, the sewers thrown in the open and in the river beds, among other problems caused 
by men in nature. 
Key words: Deforestation, riparian forest, family farming, rural areas, environmental 
education. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.Introdução...........................................................................................9 
2.Fundamentação teórica.....................................................................10 
2.1 Importância do rio para comunidades ribeirinhas.............................10 
2.2 Rio São Francisco.............................................................................12 
2.3 Percepção ambiental.........................................................................15 
3. Metodologia da pesquisa.................................................................. 17 
3.1 Local da Pesquisa..............................................................................18 
4. Resultados e discussões......................................................................19 
5. Considerações finais ..........................................................................27 
6.Referencias...........................................................................................27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 Percepção é importante para a construção e a formação de novos valores e condutas 
no espaço educacional, pois na compreensão da percepção ambiental dos atores sociais é 
possível conhecer e/ou identificar aspectos relacionados às relações: Homem – Sociedade 
- Natureza. (SATO, 2002). 
Segundo Malazo (2005), Estudo da percepção ambiental se torna fundamental para 
que possamos compreender melhor as inter-relações entre o homem e o ambiente, no qual 
suas perspectivas vão além do saber que existe permeiam as influencias e a importância 
de algo que está em nosso cotidiano. Para Faggionato (2005), tornam-se relevantes e pode 
ser definida como sendo uma tomada de consciência das problemáticas ligadas ao 
ambiente. 
Embora tema educação ambiental seja cada vez mais recorrente mesmo com muita 
formação de ideias estabelecidas, ainda não são suficientes para conter o crescente descaso 
com o nosso planeta. A tomada de consciência em relação a degradação é essencial. Para 
Pacheco e Silva (2007) está consciência, é relevante para a compreensão das inter-relações 
entre o homem, ambiente, suas expectativas, suas satisfações e insatisfações, expectativas, 
julgamentos e, condutas. 
Será que as pessoas já pararam para refletir o quão nossas atitudes e hábitos estão 
afetando e afetarão a qualidade de vida em relação ao ambiente em que moram? Como 
podemos sensibilizar as pessoas para a necessidades de uma mudança nos hábitos e no 
consumo desordenado dos recursos naturais, e em especial, no uso das águas e o respeito 
aos rios? 
O Rio São Francisco, foco desta pesquisa, está aos poucos sendo assoreado e 
devastado por pessoas que, mesmo dependo dele para sobrevivência, não cuida do bem 
maior, que é a água que mata a sede e que alenta a vida. Mas, segundo Thé (2010) o rio 
São Francisco é também composto de gente, de trabalhadores que escolhem ou já 
tradicionalmente vivem, reproduzem-se e produzem sua cultura a partir dele: os 
pescadores, vazanteiros, agricultores familiares, quilombolas, indígenas. 
12 
 
Portanto, torna-se importante realizar um diagnóstico sobre a percepção ambiental 
de pessoas que residem em áreas banhadas pelo Rio São Francisco, buscando analisar à 
saúde ambiental da localidade e, assim, utilizar os resultados obtidos em prol de melhorias 
da própria localidade, com relação ao uso e cuidado com o rio e, a partir daí, futuramente, 
repassar esses dados para subsidiar projetos com esta finalidade. 
O presente trabalho tem por objetivo analisar a percepção ambiental dos moradores, 
dos povoados Caiçara I e II, Paulo Afonso/BA, no que diz respeito à saúde ambiental na 
comunidade e sua relação com o rio são Francisco. 
O corpo do trabalho cientifico aqui apresentado é constituído de (3) três partes, assim 
direcionado: O item 1 traz a introdução, o item 2, traz um retrospecto geral sobre a 
importância do Rio para a comunidade ribeirinha, e um breve histórico sobre o Rio São 
Francisco; também será possível no item 3, o acesso aos aspectos metodológicos que 
nortearam a pesquisa em sua coleta de dados; no item 4, serão apresentadas as análises dos 
resultados sobre a percepção ambiental dos moradores dos Povoados Caiçara I e II em 
relação ao Rio São Francisco, por fim , no item 5 , as considerações finais. 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
2.1 Importância do rio para comunidades ribeirinhas. 
 
 
 
 A comunidade é diferente da sociedade. O que essencialmente caracteriza a 
comunidade é a “vida real e orgânica” que liga os seres humanos fazendo- os se afirmarem 
reciprocamente. As relações que se estabelecem são pautadas pelos graus de parentesco, 
vizinhança e amizade. “Tudo aquilo que é partilhado, íntimo, vivido exclusivamente em 
conjunto, será entendido como a vida em comunidade” (1947, p. 35). Segundo Gusfield 
(1975), ao analisar o conceito de comunidade, distinguiu dois usos principais, os quais 
podem ser, assim, descritos: a) uso no sentido territorial e b) uso no sentido relacional. O 
autor focaliza pontos de qualidade ou de caráter dos relacionamentos sociais, sem 
13 
 
referência à localização. Chaves (2001) afirma que os ribeirinhos são uma referência de 
população tradicional na Amazônia, a iniciar pela forma de comunicação, no uso das 
representações dos lugares e tempos de suas vidas na relação com a natureza, a diversidade 
e biodiversidade, uma grande fonte de recursos naturais a ser exploradas, o maior problema 
é a desconstrução dos processos históricos constituídos a partir da territorialização 
diferentes grupos e por consequência produz a invisibilidade das populações ribeirinhas. 
De acordo com Coelho (2005), decorrente do processo de ocupação realizado às 
margens do Velho Chico, formou-se um “verdadeiro colar de agrupamentos humanos” que 
deu origem às cidades ribeirinhas existentes até hoje. Essa característica é 
fundamentalmente específica desse rio, pois esse fenômeno não ocorreu ao longo de outros 
rios brasileiros, como os da bacia do rio Amazonas e do rio Prata. 
Ao longo do seu percurso, as águas do rio São Francisco são captadas com o objetivo 
de atender aos interesses do capital. Suas águas são utilizadas para a geração de energia, 
através das usinas hidrelétricas, e também para alimentar atividades do agronegócio que 
usa a água via projetos de irrigação (CRUZ, R., 2010). 
Outro elemento relevante é o processo de irrigação que é desenvolvido em todo o 
Vale do São Francisco. Ao mesmo tempo em que se produzem as mais variadas culturas 
destinadas a suprir necessidades do mercado interno – muitas vezes cultivadas por 
agricultores familiares, inclusive nas vazantes do rio, e que compõem a alimentação básica 
da população regional e do país, como por exemplo, milho, feijão, arroz, mandioca, batata 
doce e cebola – há uma grande produção de frutas voltadas para o mercado externo 
(CAMELO FILHO, 2005). 
 Chaves (2001) afirma que os ribeirinhos são uma referência de população tradicional 
na Amazônia, a iniciar pela forma de comunicação, no uso das representaçõesdos lugares 
e tempos de suas vidas na relação com a natureza. Desde a relação com a água, seus 
sistemas classificatórios da fauna e flora formam um extenso patrimônio cultural. Para a 
autora, os agentes sociais identificados como ribeirinhos. 
[...] vivem em agrupamentos comunitários com várias famílias, 
localizados, como o próprio termo sugere, ao longo dos rios e seus 
tributários (lagos). A localização espacial nas áreas de várzea, nos 
barrancos, os saberes sócio históricos que determinam o modo de 
produção singular, o modo de vida no interior das comunidades 
ribeirinhas, concorrem para a determinação da identidade 
sociocultural desses atores (CHAVES, 2001, p. 78). 
14 
 
 
 Assim, as comunidades tradicionais ribeirinhas são o lócus onde os ribeirinhos 
estabelecem as relações sociais, em que o rio lhes traduz um significado muito grande, 
configurando-se como complemento de suas vidas ou, até mesmo, suas próprias vidas, 
como descreve (Cruz, 1999, p. 04), [...] Rio e ribeirinho são partes de um todo. Se o rio 
oferece os seus alimentos, fertiliza as suas margens no subir e baixar das águas. O 
ribeirinho lhe oferece sua proteção, através de suas representações (seus mitos) como a 
mãe-d`água, a cobra-grande que come os desavisados (que não respeitam a natureza) e 
tantas outras, que nascem desta humanização da natureza e naturalização do homem. 
Essas comunidades são detentoras de amplo saber sobre o ambiente amazônico e 
suas diversas formas de uso e manejo. Assim, compreende-se que as comunidades 
ribeirinhas se apropriam dos recursos florestais, baseado na reciprocidade com a natureza, 
percebendo o tempo ecológico dos recursos naturais para organizar o trabalho na 
heterogeneidade das diversas formas de utilização dos recursos naturais, tais como: 
agricultura, criações de pequenos animais, extrativismo animal (pesca e caça) e 
extrativismo vegetal (madeireiro e não-madeireiro) (FRAXE, 2009). 
Noda (2001), Especialmente sobrea pesca é de grande representatividade, 
principalmente, porque o peixe é a principal fonte de proteína das famílias ribeirinhas. A 
prática da pesca é intensa, sendo executada nos lagos, igapós, igarapés e rios, utilizando, 
como meio de transporte, normalmente, a canoa movida a remo e/ou motor de rabeta. 
Executada, quando para o consumo, pelos adultos e jovens do sexo masculino e pelas 
crianças, como mecanismo de liberação dos outros membros da família para outras 
atividades e como processo educativo sobre o manejo do ambiente aquático. Conforme a 
autora, a pesca é praticada tanto na cheia, quanto na vazante dos rios, ao passo que a caça 
é mais importante na composição alimentar das famílias produtoras na época da cheia. 
 
 
 
2.2 Rio São Francisco, um pequeno histórico. 
 
 
 
Durante o período Colonial, o rio São Francisco foi fundamental para a ocupação da 
região, uma vez que permitiu a penetração para o interior do território, bem como o 
controle do povoamento pela Coroa Portuguesa e a expansão do seu domínio para além do 
15 
 
litoral, desde a foz do rio e se estendendo cerca de 300 km para o interior, onde teve início 
o desenvolvimento da pecuária extensiva, fundamental para o desenvolvimento da 
economia açucareira, realizada na costa litorânea (CAMELO FILHO, 2005). 
Nesse sentido, o rio São Francisco foi fundamental para a ocupação do Brasil pelos 
colonizadores à medida que foi a porta de entrada para o território das minas e de todo o 
interior. Foi também a rota para serem atingidos os campos do Piauí e Maranhão, assim como 
as bacias do Tocantins-Araguaia e do Paraná (COELHO, 2005). 
O rio São Francisco desempenharia um fundamental papel no que diz respeito à 
navegação durante a Segunda Guerra Mundial, como via estratégica para assegurar o 
suprimento de mercadorias no interior do país, em caso de ocupação do litoral. A sua 
navegação fluvial tinha dois percursos: da sua foz a Piranhas (AL) e de Juazeiro (BA) a 
Pirapora (MG). Era feita em barcos simples, baseados na navegação indígena e, somente 
a partir de 1866, é que foram introduzidos os primeiros barcos a vapor (CAMELO FILHO, 
2005). 
Pouco tempo depois, Dom Pedro II também passou a defender a transposição como 
o meio mais eficaz de lidar com as secas no Nordeste e o Projeto de Transposição do rio 
São Francisco começou a ser delineado. Por volta de 1850, o engenheiro Henrique 
Fernando Halfeld foi encarregado pelo Governo Imperial de fazer um estudo sobre o rio, 
publicado em 1860, sob o título “Atlas de relatório concernente à exploração do rio São 
Francisco desde a cachoeira da Pirapora até ao Oceano Atlântico” (VILLA, 2004, p. 1). 
Segundo Cappio (2008) o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) tem se 
caracterizado pelo endereçamento das águas para uso econômico, deixando em segundo 
plano o princípio ético da função essencial para o abastecimento humano e animal. 
 
 Desde o século XIX, a transposição do rio São Francisco vem sendo defendida como 
a solução para “os problemas do Nordeste”. A primeira proposta, ainda que muito vaga, 
tratava da abertura de um canal que levasse água do rio São Francisco ao rio Jaguaribe, 
idealizada no século XIX, pelo ouvidor José Raimundo dos Passos Barbosa, em 1818 
(VILLA, 2004, p. 1). 
 De acordo Rodrigues et al., (2004), a poluição causada pelo inadequado destino 
final de lixo urbano reflete as fragilidades em tela. Não é difícil concordar que a maioria 
16 
 
dos estados e municípios brasileiros não apresentam sistemas de vigilância capazes de 
monitorar o despejo de resíduos. 
O rio São Francisco é composto também de gente, de trabalhadores que escolhem ou 
já tradicionalmente vivem, reproduzem-se e produzem sua cultura a partir dele: os 
pescadores, vazanteiros, agricultores familiares, quilombolas, indígenas, entre outros 
(THÉ, 2010). 
Neste estudo, o Engenheiro Halfeld defendeu a ideia de transpor as águas do rio São 
Francisco para o rio Jaguaribe, identificando o ponto para a retirada das águas em Cabrobó 
(PE) (LEITE, 2005, p. 7). Segundo estudos da Codevasf (1993) e Embrapa/Aneel (2001), 
a maior produção de sedimentos na Bacia do Rio São Francisco (associada à ocupação das 
margens) ocorre nas regiões Alta e Média, como por exemplo, em Morpará (BA) com 21,5 
x 106 t/ano, onde estão localizados os seus maiores tributários. 
Em 1503, outra expedição alcançou foz do rio São Francisco, comandada por 
Gonçalo Coelho e também acompanhada por Américo Vespúcio. Desde então, esse rio 
passou a ser visitado regularmente pelas naus europeias para, mais tarde, se tornar o 
principal canal que levaria os portugueses a colonizarem os sertões goianos, o que hoje 
entendemos por Brasil-Central (CODEVASF, 2007). 
O Rio São Francisco, pode-se dizer, é um milagre da natureza, pois faz o capricho 
de correr ao contrário e se estende do Sul, mais abaixo, para o Norte, mais alto, devido à 
falha geológica denominada “depressão sanfranciscana”. Isto o torna muito vulnerável, 
pois a pequena declividade (em média 7,4 cm por km) na maior parte de sua extensão, 
justamente a que recebe poucos afluentes, favorece o desbarrancamento e assoreamento 
(ZELLHUBER; SIQUEIRA, 2007: 9). 
A luta dos índios ao resistirem à colonização fez com que, somente após duas 
décadas da chegada dos portugueses à foz do rio São Francisco, fosse fundado o primeiro 
povoado às suas margens. Isso aconteceu em 1522, quando o primeiro donatário da 
capitania de Pernambuco, o português Duarte Coelho, funda o povoado que hoje 
conhecemos como Penedo (AL)18, a histórica cidade Alagoana, atualmente declarada 
patrimônio histórico brasileiro. Com a autorização da Coroa Portuguesa, no ano de 1543, 
inicia-se na região a criação de gado, atividade econômica que marca a história do Vale do 
São Francisco e dá outra forma de chamar esse rio: o Rio dos Currais (CODEVASF, 2007).17 
 
Segundo Camelo Filho (2005), é a partir de um cenário mais contemporâneo que ele 
passa a ocupar o imaginário da sociedade brasileira como o Rio da Integração 
Nacional. Tal nome se justifica pelo fato de o rio São Francisco ter servido de canal para o povoamento 
e controle do interior brasileiro e de ligação entre as regiões Nordeste e Sudeste. 
 
 
2.3 Percepção ambiental 
 
 
 Segundo Sato (2002), a percepção é importante para a construção e a formação de 
novos valores e condutas no espaço educacional, pois na compreensão da percepção 
ambiental dos atores sociais é possível conhecer e/ou identificar aspectos relacionados às 
relações: Homem – Sociedade - Natureza. 
De acordo com Oliveira (2005) quando enunciamos o conceito de percepção do meio 
ambiente, queremos dizer como as pessoas percebem ativamente o meio ambiente, mais 
ainda, como as pessoas conhecem o meio ambiente [...], percebemos somente o que nossa 
mente atribui significado. A percepção é seletiva, exploratória, antecipadora. 
Segundo Rodrigues (1998), entende-se por percepção a forma como o indivíduo 
sente seu ambiente geográfico. Ela resulta de vários fatores, entre eles, o grau de 
dependência da pessoa frente ao ambiente no qual está inserido. De modo que as 
características do ambiente, percebidas por uma pessoa como desejáveis ou indesejáveis, 
dependerão da intensidade do impacto direto do meio geográfico sobre suas atividades e 
modo de vida. 
Segundo Piaget (1967) define percepção à medida que a diferencia de inteligência, e 
também aborda a distância como um de seus condicionantes. A percepção ambiental é a 
precursora do sistema que estimula a conscientização do sujeito em analogia às realidades 
ambientais contempladas (Macedo, 2000). 
 De acordo com Davidoff (1993), a percepção implica em interpretação, ou seja, é 
um processo de organização e interpretação das sensações recebidas para que a consciência 
do ambiente se desenvolva pelo que nos cerca. Tuan (1983) acrescenta que essa relação 
com o meio ambiente se manifesta por meio de nossas ações, no entanto, é dispensável 
18 
 
generalizar normas, justamente pelas diferenças culturais que influenciam a interpretação 
de cada sujeito em relação ao meio ambiente. 
 De acordo com o artigo 225 da Constituição Federal: “Todos têm direito ao meio 
ambiente ecologicamente equilibrado, bem como de uso comum do povo e essencial á 
sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e á coletividade o dever de defendêlo 
e preservá-lo para os presentes e futuras gerações”. (BRASIL, 1988). 
Segundo Ferreira (1997) acrescenta que essa transição aconteceu devido à 
incorporação de forma adaptada de estudos básicos da psicologia, do estabelecimento de 
elos com outras áreas de estudos e sua gradual interrelação com o meio ambiente, como 
ocorreram, por exemplo, com as análises de percepção ambiental. 
Siqueira (2008), destaca que os problemas ambientais são percebidos e interpretados 
de diferentes maneiras, uma vez que as pessoas encaram os problemas de acordo com as 
peculiaridades de suas percepções. Tais peculiaridades influenciam a percepção de 
determinados aspectos do ambiente em detrimento de outros problemas que, de fato, são 
ameaças imperceptíveis aos órgãos sensoriais. 
Segundo Vasco e Zakrzevski (2010) afirmam que estudos focados na percepção 
ambiental são fundamentais para a compreensão das interrelações entre homem e 
ambiente, de suas expectativas, satisfações, anseios, julgamentos e condutas (no espaço 
em que está inserido). Tais estudos fornecem subsídios para a construção de estratégias 
que minimizem problemas socioambientais e implementem programas de educação e 
comunicação, de forma a assegurar a participação dos atores envolvidos no processo de 
gestão ambiental. 
Segundo Rigotto e Augusto (2007), o adensamento da crise socioambiental em 
diferentes territórios expressa a apropriação dos recursos naturais e espaços públicos para 
fins específicos, que geram exclusão e expropriação, sendo produzidas reações por parte 
de movimentos sociais, grupos e populações atingidas em seus direitos fundamentais como 
saúde, trabalho, cultura e preservação ambiental. 
Segundo Macedo, (2000, p. 69) a percepção ambiental é considerada uma precursora 
do processo que desperta a conscientização do indivíduo em relação às realidades 
ambientais observadas. O conhecimento é um importante aspecto na compreensão da 
interação homem-natureza, fazendo-se então necessário o desenvolvimento do 
aprendizado que envolva elementos de ordem científica, ética e estética, e que essa 
19 
 
interação seja explicitada e favoreça a conscientização ambiental, estimulando ações 
relativas à conservação da natureza. 
3. METODOLOGIA DA PESQUISA 
 
 Dessa forma, consoante a Bluhm et al. (2010), para alguns pesquisadores, a 
pesquisa qualitativa é considerada como a pesquisa segunda classe, deixando-a de 
empregá-la na condução das pesquisas. Apesar disso, uma das principais críticas à pesquisa 
qualitativa é a falta de representatividade, não permitindo generalizações e sendo 
demasiadamente subjetiva, fruto da proximidade do pesquisador e pesquisado, além da 
crítica referente ao caráter descritivo e narrativo, diferentemente da abordagem 
quantitativa, que é a explicativa (OLLAIK; ZILLER, 2012). Essa diversidade de 
abordagens é uma consequência das diferentes linhas de desenvolvimento na história da 
pesquisa qualitativa (OLIVEIRA, 2012). Observa-se, portanto, que a metodologia de 
pesquisa qualitativa possui seus próprios critérios de rigor científico para ratificar a 
legitimidade dos dados e resultados gerados no estudo. Em geral, a forma de pesquisa 
Etnográfica e Levantamento. Envolvem o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: 
questionário e observação sistemática, (GIL, 2002). 
Os participantes da pesquisa, foram escolhidos aletoriamente, formados por uma 
parcela de moradores com diversas faixa etária de idade, compostos por homens e 
mulheres alguns ainda a idade escolar residentes nos Povoados. Participaram da pesquisa 
50 moradores, estes responderam um questionário contendo 10 (dez) perguntas abertas. 
As perguntas versaram sobre a percepção ambiental dos entrevistados com relação ao Rio 
São Francisco e as implicações ambientais a ele relacionados. Os questionários foram 
aplicados durante o mês Dezembro de 2019. Após aplicação dos questionários, deu-se 
início a tabulação dos resultados, na qual foram analisadas as respostas sendo apresentados 
os dados levantados em tabelas. 
 
 
3.1 Local da Pesquisa 
 
20 
 
A pesquisa foi desenvolvida com moradores dos povoados Caiçara I e II, pertencente 
ao município de Paulo Afonso na Bahia. Os povoados estão localizados a 14 km do centro 
de Paulo Afonso (latitude -9,437198, longitude -38.260349) (Fig.1). localidade é banhada 
por um “braço” do Rio São Francisco. Este rio é de suma importância para o sustento das 
famílias que se mantêm através da agricultura familiar e da pesca, sendo as águas do rio 
utilizadas para o consumo em geral, irrigação de plantações e produção de peixes. 
 
 
Os referidos Povoados foram colonizados e habitados por moradores em duas 
situações: O povoado Caiçara I (Fig. 2) é composto por moradores que nasceram, e 
continuaram vivendo na localidade, constituindo família, tendo em vista que o povoado é 
composto por uma base de cinco famílias. O povoado Caiçara II (Fig. 3) foi erguido por 
moradores originados de outros estados, principalmente Alagoas e Pernambuco, para Os 
dois povoados possuem cerca de 1.200 habitantes. Dentre outras instituições possuem duas 
escolas de ensino fundamental I, contendo aproximadamente 60 alunos que residem na 
localidade, com a faixa etária entre 6 a 12 anos, os jovens com idade superior a faixa citada, 
se deslocam para estudar na cidade de PauloAfonso. 
21 
 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 
Os resultados obtidos neste estudo, depois de analisados os dados coletados, 
revelaram a representatividade da comunidade com relação à pesquisa, entre os 50 
entrevistados, 32 ( 64%) do sexo feminino 18 ( 36%) do sexo masculino e, a idade variou 
entre 10 a 60 anos, ressalta-se que a maioria dos entrevistados que responderam às 
perguntas possuíam idades que variaram entre os 16 aos 20 anos (nove pessoas, 18%), 
seguidos dos que possuíam 26 a 30 anos (oito pessoas, 16%) e 56 a 60 anos (sete pessoas, 
14%), conforme visualizado na Tabela 1. 
Tabela 1: Percentuais por idade dos moradores da Caiçara I e Caiçara II, Paulo Afonso, BA : 
 
 IDADE (ANOS) QTD / % 
 10 - 15 3 /6% 
16 - 20 9/18% 
22 
 
21 - 25 4/4% 
26 - 30 8/16% 
31 - 35 5/10% 
36 - 40 5/10% 
41 - 45 4/8% 
46 - 50 4/8% 
51 - 55 4/4% 
56 - 60 7/14% 
 Fonte: Tabela produzida a partir de dados coletados pela autora. 
 
 Com relação ao gênero, mais mulheres participaram das entrevistas 32 (64%), 
muitos homens rejeitaram, participando apenas, 18 (36%). Na literatura analisada observa-
se que as mulheres são maioria respondente nas pesquisas com foco em estudos de 
percepção (PALMA, 2008; ALVES et al., 2018, CAMARA et al., 2019). 
Já, com relação a idade, os entrevistados com faixa etária entre 16 e 20 anos, 9 
pessoas (18%), foram mais representativos, isso pode ser decorrente da ociosidade, já que 
muitos estão à espera de uma vaga no mercado de trabalho (primeiro emprego) ou, estudam 
no turno oposto ao da entrevista, poucos destes jovens se dedicam a agricultura familiar. 
De acordo com Almeida e Kudlavicz (2011), terra é sinônimo de vida e trabalho e, 
sem dúvida, os agricultores familiares vêm trabalhando arduamente para conquistarem 
uma vida digna no meio rural. Mediante as culturas por eles cultivadas, buscam diferentes 
estratégias, como a diversificação, para a geração de renda. 
O quadro 2 revela as respostas sobre o tempo que os moradores convivem naquela 
localidade, de acordo os entrevistados, duas pessoas (4%) responderam que já moram no 
Povoado a aproximadamente 41 a 45 anos, 15 pessoas (30%) responderam que já residem 
entre 26 a 30 anos e, apenas três pessoas (6 %), residem entre 5 a 10 anos. As respostas 
indicam que os povoados tiveram uma colonização não muito tardia, tendo seu ápice de 
colonização trinta anos atrás, havendo uma queda significativa de moradores residentes de 
5 a 10 anos e, antes deste período nenhum dos entrevistados foi contemplado. 
 
Tabela 2: Perguntado a quanto tempo moravam na localidade: 
 
23 
 
 Tempo Qtd / % 
 1 - 5 0/0% 
 5 - 10 3/6% 
 10 - 15 8/16% 
 16 -20 10/20% 
 21 - 25 4/8% 
 26 - 30 15/30% 
 31 - 35 4/8% 
 36 - 40 4/8% 
 41 - 45 2/4% 
 46 - 50 0/ 0% 
 51 - 55 0/ 0% 
 56 - 60 0/ 0% 
Fonte: Tabela produzida a partir de dados coletados pela autora 
 
 As pessoas que são moradores dessas comunidades já residem no povoado há 
aproximadamente 41 a 45 anos; são moradores que nasceram nesse povoado e continuam 
vivendo nessa localidade, bem como, tem famílias oriundas de fora em busca de trabalho 
e continuaram morando na comunidade, onde construíram sua prole, tendo como sustento 
a pesca e a agricultura familiar. 
Para a Lei 11.326, de 24 de julho de 2006, ao estabelecer as diretrizes para a 
formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares 
Rurais, tem beneficiado os pescadores que praticam a atividade pesqueira artesanal 
(praticada por profissional, em regime de economia familiar, com meios de produção 
próprios ou em regime 106 de parceria) ou de subsistência (com fins de consumo 
doméstico ou escambo sem fins de lucro). Na prática, geralmente, estes pescadores são 
agricultores familiares, pois, na agricultura familiar, as atividades de produção não 
envolvem, apenas, o ambiente ‘terra’. 
 A Tabela 3 evidencia a importância do Rio para a comunidade, percebe-se que todos 
têm consciência da utilidade da água para o consumo geral, para a pecuária e a agricultura 
de subsistência. Contudo, percebe-se nos Povoados o descaso e a falta de cuidado com o 
Rio que alimenta, mata a sede e é fonte de renda familiar. Assim, 24 pessoas (48%) 
entrevistadas mencionaram que o Rio é importante para as atividades domesticas, 16 
(32%) responderam que é importante para o abastecimento da casa, seis (12%) disseram 
24 
 
ser importante para a agricultura e, apenas quatro (8%) citaram que é muito importante 
para o consumo diário. 
 Tabela 3: Qual a importância do rio na localidade? E como é utilizada a agua do rio na localidade? 
Importância do rio e sua 
utilidade 
Qtd / % 
É importante para as atividades 
domesticas 
 24/48% 
É importante para o abastecimento 
das casas 
 16/32% 
É importante para a agricultura 6/ 12% 
É importante para o consumo. 4/ 8% 
Fonte: Tabela produzida a partir de dados coletados pela autora. 
 
Conforme tabela 4 os entrevistados revelaram respostas sobre o que é feito nos 
povoados para a redução do desperdício de água. Muitos dos entrevistados mencionaram 
que não fazem nada para evitar o desperdício inapropriado de água na comunidade, 16 (17 
%) as maiorias responderam que utilizam mangueiras de gotejamento, 43 (45, 7 %) 
entrevistados relataram o cuidado com a reutilização da água, bem como, o controle do 
tempo de irrigação e utilizando quantidades adequada de água para o consumo. 
 
Tabela 4: O que é feito para reduzir o desperdício de agua? 
 REDUÇÃO QTD/% 
 Utilizar a quantidade necessária 5/ 5,3% 
 Reutilizar quando pode 6/ 6,3% 
 Nada 16/ 17% 
 Mangueira de gotejamento 43/ 45,7% 
 Controlar o tempo de irrigação 6 / 6,3% 
 Aspersor 14/14,8% 
 Valetas 4/4,2% 
 Fonte: Tabela produzida a partir de dados coletados pela autora 
 
 De acordo com as respostas dos entrevistados, a maioria se preocupa com a minimização do 
desperdício da água e, optam pelo sistema de gotejamento, ressalta Ribeiro et al., (2010), a irrigação 
por gotejamento é um dos sistemas mais apropriados e em notável expansão, o qual apresenta 
25 
 
vantagens, como a economia de água e energia, possibilidade de automação e fertirrigação das áreas 
cultivadas. Chamou atenção na pesquisa o fato dos entrevistados não fazerem referências ao uso de 
bombas de sucção instaladas no leito do rio para puxar e jogar água para atender agricultores locais 
(Fig. 4), talvez seja pelo fato, de terem a consciência do ato infrator. Esta ação é fortemente condenada 
para fins privados, fundamentada pela Resolução n°662, de 29 de novembro de 2010, que regulamenta 
as ações acerca das atividades de fiscalização do uso dos recursos hídricos em corpos d’água de domínio 
da União, apurando infrações e aplicando penalidades. 
 
Na Tabela 5 sobre a proteção natural do Rio: a maioria dos entrevistados 
mencionaram que não existe mata ciliar para a proteção do leito do rio, 17 (17%) pessoas 
disseram que foi desmatada, 14 (14%) não responderam à pergunta, 12 (12%) relataram 
que desapareceu com o passar do tempo e, sete (7%) pessoas, mencionaram que a mata 
ciliar serviu de pastos para as criações. 
 
 
 
Tabela 5: Perguntado sobre a proteção do rio através da mata ciliar: 
 
26 
 
Já teve algum dia? O que aconteceu?QTD/% 
 Sim 36 / 36% 
 Sim 12 / 12% 
 Não souberam responder 2 / 2% 
 Foi desmatada 17 / 17% 
 Desapareceu com o tempo 12 / 12% 
 Serviu de pastos para as criações 7 / 7% 
 Não souberam responder 14 / 14% 
 Fonte: Tabela produzida a partir de dados coletados. 
 
 A mata ciliar desempenha um importante papel na proteção dos rios, tornando 
fundamental a sua conservação e recuperação. A sua existência é benéfica para a boa 
qualidade de vida aos seres vivos, tanto animais quanto vegetais. Ela possui funções 
ambientais e ecológicas importantes tanto para a natureza quanto para a humanidade. 
(PANIZZA, 2016). Ainda, quando perguntado sobre quais espécies vegetais compunham 
a mata que banha o rio do Povoado, a maioria respondeu: 
Percebe-se a falta de conhecimento dos moradores dos povoados com relação as 
espécies e a importância da mata ciliar para a preservação do rio e das espécies que lá 
habitam (Fig.5). Segundo Fabricante & Siqueira-filho (2013) os ambientes ciliares 
formados por algaroba formam maciços populacionais com altas densidades, promovendo 
a homogeneização da flora, afetando a resiliência dos sítios invadidos, alterando a química 
e a fertilidade dos solos e, assim, diminuindo a disponibilidade de recursos hídricos. De 
acordo Franco (2008), a algaroba encontrou condições propícias, nas áreas antropizadas 
em margens de corpos d´água da caatinga, para se propagar sem nenhum controle, 
tornando-se é uma invasão biológica e uma ameaça, em potencial, à existência de espécies 
nativas da região. 
Já, as plantas aquáticas, como as Taboas encontradas na margem do rio nos povoados 
estudados, são caracterizadas por Marcondes & Tanaka (1997) como espécies que 
proliferam nos reservatórios e rios provocando vários inconvenientes, como: acúmulo de 
lixos e outros sedimentos, incidência de vetores de doenças, dificuldades de navegação, 
prejuízos ao turismo regional e a pesca, sendo nestes casos, denominadas de daninhas. 
 
27 
 
 
 Figura 5. Visão panorâmica das espécies vegetais nas margens do “braço” do Rio São 
Francisco” que banha os Povoados de Caiçara I e II. F. Taboa (Typha domingensis Pers); 
G. Algaroba (Prosopis juliflora L.) que situam à beira do rio visto nas imagens. 
 
Na tabela 6, perguntado se gostaria que o rio fosse como antes, 34 (33,3 %) 
entrevistados mencionaram que este seria o desejo, sete (6,8 %) citaram que a água não 
serve mais para beber e, 12 (11.7%) sem poluição, e sem baronesas e taboas, 
Tabela 6: Gostaria que o rio fosse como antes. O que tinha no rio antes que não tem hoje? 
Tem esgotos sendo despejando no rio? 
Gostaria que o rio fosse como Antes 
 
 QTD/% 
 Sim 34/33,3% 
 Sim, sem poluição, baronesas e taboas 12/11,7% 
 Sim, Não serve para beber 7/ 6,8% 
 Sim 34/33,3% 
Não 4/3,9% 
Não, é usado fossa séptica 9/8,8% 
Esgoto a céu aberto 2/1.9% 
 Fonte: Tabela produzida a partir de dados coletados. 
 
28 
 
Percebe-se na fala dos moradores a vontade da busca dos tempos em que o rio era 
frondoso e desprovido de poluição, com água potável propícia ao uso. Falta, talvez, na 
comunidade uma liderança que motive e sensibilize os moradores para as questões 
ambientais e busquem apoio político para sanar a falta de saneamento básico nos 
Povoados, assim evitaria a grande quantidade de esgotos a céu aberto. Apesar de não 
mencionado nas entrevistas observou-se esgotos residenciais sedo despejados no leito do 
rio, demonstrando falta de cuidado e ética com o único meio de obtenção de água na 
comunidade. 
 
A presença no rio, das baronesas (Eichhornia sp.), citadas na pesquisa, indica que 
o rio do povoado recebe grande quantidade de matéria orgânica propícia ao seu 
desenvolvimento, segundo Araujo (2015) Refletem, certo grau de eutrofização que vem 
sendo provocado pelo lançamento de efluentes sanitários e dejetos das residências. As 
macrófitas, podem ser utilizada como indicadora de qualidade ambiental, principalmente 
em reservatórios e a análise de sua estrutura permite avaliar alguns efeitos decorrentes da 
alterações ambientais, (ARAUJO 2015). 
Na tabela 7 No apurado dos dadas dos entrevistados mencionaram as espécies de 
animais que habitam o rio, sendo grande parte aquáticos, como o Pato d’ agua (Mergus 
octosetaceus), Galinha d’agua (Gallinula chloropus), Jacarés (Alligatoridae), Capivaras 
(Hydrochoerus), esses animais foram mencionados por 28 (56%) entrevistados; 12 (24%) 
pessoas mencionaram existir no rio vários tipos de peixes Piranha (Pygocentrus ), Pacú ( 
Metynnis ), Traíra (Hoplias ), Corró (Ciclhasoma ), Tucunaré (Cichla sp), Apanharí 
(Astronotus ocellatus), Cari (Hypostomus ), Cumatá (Prochilodus ) e, 8 (16%) pessoas 
apenas ressaltaram ter vários animais, sem denominá-los, outras duas disseram não ter 
nenhum animal. 
Tabela 7: Quais espécies de animais habitam o Rio? 
 Resposta 
 
 QTD/% 
 Nenhuma 2/4% 
 Várias 8/16% 
Pato d’agua, Galinha d’agua, Peixes, 
Jacarés e Capivaras 
 28/56% 
29 
 
Piranhas, Pacú, Traíra, Corró, Tucunaré, 
Apanhari, Cari e cumatá. 
 12/24% 
Fonte: Tabela produzida a partir de dados coletados. 
 
 
 
De acordo com as respostas dos entrevistados evidencia-se que dos animais 
habitantes do rio, a maioria é aquático, sendo utilizados para o sustento nutricional e 
garantia da renda familiar, como os vários tipos de peixes, que ainda habitam o referido 
rio. 
 
 
5. Considerações finais 
 
 Conclui-se, portanto, que é importante compreendermos a percepção ambiental ao 
nosso redor, pois coisas simples do dia a dia nos passam despercebidas. Na pesquisa foi 
possível observar como alguns moradores tratam de maneira natural, os desmatamentos da 
mata ciliar, a poluição dos rios, os esgotos jogados a céu aberto e no leito do rio, entre 
outros problemas causados pelos homens na natureza. 
 Alguns moradores são conscientes em relação aos seus atos, mais não tomam 
nenhuma atitude, como também uma pequena parcela, geralmente os mais velhos, 
preocupam-se com o futuro da localidade e tenta fazer o mínimo para preservar o ambiente 
que mora. 
 
 
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	UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA- UNEB
	LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
	GICELIA SILVA SANTANA
	POVOADOS CAIÇARA I E II EM RELAÇÃO AO RIO SÃO FRANCISCO, PAULO AFONSO-BA.
	PAULO AFONSO- BA
	PAULO AFONSO- BA
	MARÇO-2020
	Resumo
	1. INTRODUÇÃO
	2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	2.1 Importância do rio para comunidades ribeirinhas.
	2.2 Rio São Francisco, um pequeno histórico.
	2.3 Percepção ambiental
	3. METODOLOGIA DA PESQUISA
	3.1 Local da Pesquisa
	4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

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