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MorfoSSintaxe AVA-2

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UVA 
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LETRAS 
PORTUGUÊS/LITERATURA 
 
 
 
 
 
MORFOSSINTAXE E ENSINO DA LINGUA PORTUGUESA 
 
PRECISAMOS FALAR SOBRE NOMENCLATURAS: 
UMA QUESTÃO PARA OS ESTUDOS SOBRE ORAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
WILLIAN SILVA BOY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO GONÇALO 
2021 
A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) advinda da Portaria número 36 de 
28 de janeiro de 1959 é uma recomendação, de acordo com o primeiro artigo, e não uma 
lei. No ‘caput’ da portaria registra por quem foi elaborada: Filólogos e Linguistas de todo 
o País. Dividindo em três partes as nomenclaturas (Fonética, Morfologia e Sintaxe). A 
princípio a elaboração visava solucionar o problema das múltiplas denominações dos 
termos, pois um mesmo termo possuía, por exemplo, três nomes diferentes. Mas, com a 
falta de fundamentação teórica surgiram críticas. 
 
As críticas contra a NGB, foram feitas por estudiosos, professores, gramáticos e 
linguistas. Podemos citar alguns: Baldini (1999) critica ser, apenas, uma relação de nomes 
e não uma gramática; mostrando apenas a divisão, nada mais; não há amparo teórico. 
Guimarães (1996, p.132) critica na mesma da ausência de teoria, escrevendo: “se reduz a 
ser uma organização terminológica sem teoria que o sustente adequadamente.” Para 
finalizar temos Câmara Jr. (1975, p. 216) dizendo que não na NGB: “qualquer doutrina 
gramatical coerente. O erro fundamental foi, mesmo, o de se querer com isso regularizar 
e simplificar a nomenclatura, sem intenção de firmar qualquer doutrina. Ora, a 
terminologia está visceralmente dependente de uma teoria e sem esta não tem real 
utilidade. A consequência é que o estatuto, oficialmente estabelecido, funciona como um 
empecilho, que cerceia e desorienta os esforços para uma teoria satisfatória em gramática 
descritiva.” 
 
Portanto, a gramática gerativa e a gramática sistêmico-funcional ajudam no 
planejamento de atividades e reflexão sobre a língua quando proporciona para o professor o 
conhecimento sobre a aquisição da linguagem. A partir dos conhecimentos que a linguagem é 
inerente ao ser humano e como o falante usa a língua no contexto social e cultural, o professor 
não limita-se à uma única gramática. Conduz o aluno a amplitude da linguagem, levando o 
aluno as variações linguísticas: históricas, sociais, regionais, culturais e políticas. Pode-se usar 
as ambiguidades lexicais nos textos para aplicação nas aulas de acordo com a teoria gerativa, 
para identificar o conhecimento do léxico por parte dos alunos. Por exemplo o vocábulo manga, 
dependendo do contexto, pode ter significados diferentes. 
 
 
 
 
Diante do exposto, precisamos saber das gramáticas existentes: gramática 
tradicional, gramática histórico-comparativa, gramática estrutural, gramática gerativa, 
gramática sistêmico-funcional. Assim, como equacionar o ensino de nomenclaturas da 
gramática na sala de aula, sem ficar restrito a simplesmente nomear os termos. Precisamos 
contextualizar o ensino da gramática de acordo com os aspectos inatos, sociais, históricos, 
regionais e políticos. O ensino de nomenclaturas descontextualizadas não atendem aos 
parâmetros nacionais curriculares e a base nacional curricular. Para exemplificar podemos 
utilizar uma frase famosa do professor Evanildo Bechara: “temos de ser poliglotas na 
nossa própria língua.” Se abordagem for, só, a identificação dos termos constituintes da 
frase, iremos nomear o sujeito em oculto, o predicado com o verbo e objeto. E com isso 
estamos descontextualizando a frase e os termos, ficando sem sentido palpável ao aluno. 
Mas mudando abordagem para o aluno, podemos identificar os sintagmas e suas relações. 
Como os determinantes, por exemplo, o ‘na’ determinando o pronome ‘nossa’ formando 
um sintagma ligado ao sujeito (‘nós’) oculto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA: 
 
BALDINI, Lauro José Siqueira. A Nomenclatura Gramatical Brasileira Interpretada: 
definida, comentada e exemplificada. 1999. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem) 
– Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade de Campinas, Campinas, 1999. 
 
CÂNDIDO JUCÁ (FILHO). 132 Restrições ao Anteprojeto de Simplificação e 
Unificação da Nomenclatura Gramatical Brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 
1958. 
 
GUIMARÃES, Eduardo. Sinopse dos Estudos do Português no Brasil. In: 
GUIMARÃES, Eduardo; ORLANDI, Eni Puccineli (org.). Língua e Cidadania: O Português 
no Brasil. Campinas; Pontes, 1996. p. 127-138. 
 
MATTOSO CÂMARAJR. , Joaquim. Dispersos. 2. Ed. Rio de Janeiro; Ed. Da FGV, 
1975.

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