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Resumo Neoplasias >> Introdução Referências: Em organismos multicelulares, a taxa de proliferação de cada tipo de célula é controlada com precisão por um sistema altamente integrado que permite replicação celular apenas dentro dos limites que mantêm a população normal em níveis homeostáticos. Como na maioria dos tecidos e órgãos há divisão celular contínua para restaurar as perdas naturais, a replicação celular é atividade essencial para o organismo. No entanto, ela deve seguir o controle rígido imposto ao sistema, pois, se for feita para mais ou para menos, o equilíbrio se quebra. Uma das características principais das neoplasias é justamente proliferação celular descontrolada. Em neoplasias, em geral ocorre, paralelamente ao aumento da proliferação, perda da diferenciação celular. Como resultado de tudo isso, as células neoplásicas progressivamente sofrem perda de diferenciação e tornam-se atípicas. A célula neoplásica sofre alteração nos seus mecanismos regulatórios de multiplicação, adquire autonomia de crescimento e torna-se INDEPENDENTE de estímulos fisiológicos. Dessa forma, uma NEOPLASIA pode ser definida como: “A lesão constituída por proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, em geral com perda ou redução de diferenciação, em consequência de alterações em genes ou proteínas que regulam a multiplicação e a diferenciação das células” Nesse contexto, o que diferencia uma neoplasia de uma displasia e hiperplasia é exatamente a autonomia de proliferação. Tumor: Qualquer aumento de volume em alguma parte do corpo. Comumente é chamado de SINÔNIMO DE NEOPLASIAS. Neoplasias: Vem do grego “neoplasma” novo crescimento de células, que: – Pode ser benigna: relativamente inocente - Pode ser maligna: a lesão pode invadir e destruir estruturas adjacentes e disseminar-se para locais diferentes (metástase). Estas provocam perturbações homeostáticas graves que acabam levando o indivíduo à morte. Câncer: NEOPLASIA MALIGNA * É associado ao caranguejo pelo seu crescimento rápido. Mas afinal, como os cientistas definem o termo “NEOPLASIA”?? O que é uma neoplasia? “Um tumor é uma massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo e incoordenado em relação aos tecidos normais, e persiste na mesma maneira excessiva após a cessação dos estímulos que desencadearam a alteração”. Rupert Willis, 1967 "Tumor ou neoplasia é um tecido em crescimento ativo, composto de células derivadas de células que sofreram um tipo anormal de diferenciação irreversível; seu crescimento é progressivo devido a um atraso persistente na maturação de suas células mãe. A natureza essencial da diferenciação irreversível não é conhecida, tanto em termos biológicos como químico e se está necessariamente determinada por um vírus" Berenblun, 1974 Neoplasia ocorre quando um grupo de células se liberta dos mecanismos normais de controle do crescimento, cresce independente dos aspectos estruturais e funcionais normais de um tecido ou órgão e, para usar uma linguagem figurativa, torna-se num estado rebelde autônomo”. Thomson, 1978 Portanto, teremos: > Proliferação celular anormal - alteração da diferenciação das células > Falta de controle do crescimento – células independentes - alterações em genes ou proteínas de regulação > Perda de função ou redução de diferenciação Em células normais, danos do DNA ativam a proteína p53 que irá levar um aumento da proteína p21, inibindo o complexo Ciclina-CDK, interrompendo, assim, o ciclo celular. Por isso, a importância de se ter um bom controle do ciclo celular. Quando temos uma neoplasia precisamos de uma: > Iniciação: Alteração no DNA, por exemplo raios ultra violeta, fumaça do cigarro. > Promoção: Ativação do oncogene e inativação do supressor > Progressão: Poder mitótico descontrolado Características de uma célula neoplásica: Qual a diferença entre METAPLASIA, DISPLASIA e NEOPLASIA? METAPLASIA – Diante de uma lesão, as células tendem a se adaptar, havendo a alteração de um tecido por outro de uma mesma linhagem. Exemplo: Em pulmões de fumantes, o tecido deixa de ser pseudoestratificado colunar ciliado e passa a ser estratificado pavimentoso. Haverá a perda de células caliciformes, ou seja, perda da formação de muco e da retenção de partículas exógenas (diminuição do fator protetivo). Além disso, por conta da perda dos cílios, o corpo possui dificuldade em se livrar dessas partículas exógenas. O tecido metaplásico é mais resistente às agressões. Geneticamente a METAPLASIA... Resulta da inativação de alguns genes (cuja a expressão) condiciona a diferenciação do tecido que sofre metaplasia e desrepressão de outros que vão condicionar o novo tipo de diferenciação (expressão de outros genes que condicionam o novo tipo de diferenciação) DISPLASIA Alterações da proliferação e da diferenciação celulares acompanhadas de redução ou perda de diferenciação das células afetadas Cirrose: Degeneração Esteato Hepatite Cirrose Quando temos processo de degeneração, há o acumulo de substancias intracelulares. Se acumula demais essa célula tende a se romper causando a Esteato hepatite (inflamação), isto pode influenciar na mutação do DNA e alteração do ciclo. Como o estímulo é muito agressivo, ela nem passa pelo estado de displasia, vai direto pro estado de neoplasia. Até NIC 1, se o estimulo sessar, tem chance de ser uma lesão reversível, após isso o mais comum é estacionar, permanecer como está. Na METAPLASIA, o epitélio volta ao normal entre 5 – 6 anos. Na metaplasia tudo é uniforme, só há a troca de tecido. Já na displasia, não há uniformidade, não há organização (há a perda da arquitetura). As neoplasias benignas e malignas têm dois componentes: (1) células neoplásicas (parênquima); (2) estroma conjuntivo vascular. As propriedades biológicas das neoplasias dependem das características desses componentes e das interações entre eles. Parênquima – é a porção do órgão constituída pelas células características deste órgão. Se for uma glândula exócrina é a porção constituída pelas células secretoras e dutos. Se for uma glândula endócrina são as células secretoras. Representa, portanto, a parte funcional do órgão, que exerce as funções típicas daquele órgão. Estroma – é a porção responsável pela sustentação e nutrição do órgão. É constituído por tecido conjuntivo que existe em volta e entre as porções secretoras e os dutos. Sua função é dar suporte à glândula, manter unidas suas diferentes partes, conduzir vasos, nervos e dutos excretores e eventualmente recobrir a glândula como um todo formando uma cápsula. Nomenclatura e classificação das NEOPLASIAS: Os tumores podem ser classificados de acordo com vários critérios: (1) pelo comportamento clínico (benignos ou malignos); (2) pelo aspecto microscópico (critério histomorfológico); (3) pela origem da neoplasia (critério histogenético). Nem sempre esses elementos são usados na denominação da lesão, sendo comuns alguns epônimos, como tumor de Wilms, linfoma de Hodgkin, tumor de Burkitt etc. Algumas regras são importantes: (1) o sufixo -oma é empregado na denominação de qualquer neoplasia, benigna ou maligna; (2) a palavra carcinoma indica tumor maligno que reproduz epitélio de revestimento; quando usada como sufixo, também indica malignidade (p. ex., adenocarcinoma, hepatocarcinoma); (3) o termo sarcoma refere-se a uma neoplasia maligna mesenquimal; usado como sufixo, indica tumor maligno de determinado tecido (p. ex., fibrossarcoma,lipossarcoma etc.); (4) a palavra blastoma pode ser usada como sinônimo de neoplasia e, quando empregada como sufixo, indica que o tumor reproduz estruturas com características embrionárias (nefroblastoma, neuroblastoma etc.). Exemplo: FibrOMA – Vem de fibroblasto (não epitelial) + OMA (por ser benigna) Se fosse maligno seria um fibroSARCOMA. TERATOMA – origem nas células germinativas. O QUE DIFERENCIA SE O TUMOR É BENIGNO OU MALIGNO? Diferenciação celular: Como que é essa célula comparada com o normal; ela pode ser bem diferenciada – células semelhantes ao tecido de origem; o processo de diferenciação foi tão bem feito que ela ficou muito parecida com o tecido de origem; moderadamente diferenciada; pouco diferenciada (indiferenciada) TECIDO NERVOSO Normal / Neoplásico Pleomorfismo – alteração do formato e tamanho das células Quanto a taxa de crescimento Em um cenário geral, as neoplasias benignas possuem uma taxa mitótica lenta. Ambas possuem fatores que induzem a angiogênese para nutrir esse tecido proliferativo. Nesse crescimento lento, há tempo do estroma ir acomodando essas células, realizando angiogênese para a nutrição. Quando há um crescimento rápido, um alto índice mitótico (geralmente nas neoplasias malignas), há muita proliferação e o estroma não dá conta de acompanhar esse crescimento, fazer angiogênese de forma adequada, portanto não consegue suprir. Se não chega oxigênio, nutrientes suficientes, há um processo necrótico. KI67 – marcador especifico de proliferação celular >> Epidemiologia e Estadiamento Epidemiologia = Estudo sobre a população Exemplo: Tabaco – estratégias contra o uso do TABACO ESTADIAMENTO – Só é feito de NEOPLASIA MALIGNA. Processo para determinar a localização e a extensão do câncer presente no corpo de uma pessoa. É a forma como o médico determina o avanço da doença no organismo de um paciente. Sistema TNM T – Extensão do Tumor primário N – Ausência ou presença e a extensão de metástase em LinfoNodos regionais (próximos à região) M – Metástase à distancia Sistema cTNP – Classificação química Sistema pTNM – Classificação patológica Graduação histológica >> Mecanismos de carcinogênese As nossas células se multiplicam (células neoplásicas se proliferam muito rápido), portanto, o ciclo celular está envolvido nesse processo Uma célula tem uma série de receptores. Algum dos receptores que nossa célula possui são receptores para fatores de crescimento. Nossas células são induzidas a proliferar porque moléculas chamadas de FATORES DE CRESCIMENTO se ligam a receptores específicos. Toda vez que um receptor é ativado (receptores tirosina quinase que sofrem fosforilação – a grande maioria) ele muda a sua conformação estrutural e se autofosforila (auto ativação de seu receptor na face interna) – ativando uma resposta intracelular. Dessa forma moléculas intracelulares são ativadas. Em uma via clássica a molécula Ras é ativada, ativando uma série de outras moléculas. RAS RAF MEK ERK Esse ERK vai ativar a transcrição genica de Ciclina D – molécula que vai induzir a molécula a entrada no ciclo celular. O aumento de fator de crescimento faz a célula proliferar mais, gerando uma HIPERPLASIA. Você pode ter uma mutação em qualquer um elemento dessa via (fatores de crescimento, proteínas com atividade de quinase – aquelas que fosforilam outras, fatores de transcrição e ciclinas) MUTAÇÕES DE ATIVAÇÃO Se remete ao tipo de função que os genes terão ao serem mutados (mutação pode fazer com que um gene fique hiper expresso ou suprimido – nesse caso sempre é ativação). Exemplo: No caso de uma neoplasia, podemos fazer com que uma via fique sempre ativa mesmo sem a presença de um fator de crescimento. A proteína Ras por exemplo é ativada quando seu receptor se liga a um GTP, tendo, portanto, mutações em que o Ras fique sempre ligado ao GTP. Obrigatoriamente você precisa ter mutação em um PROTO ONCOGENES dando origem a um ONCOGENE (genes que induzem proliferação e de maneira DESCONTROLADA). Quem induz a proliferação? Qualquer elemento daquela via que foi mutado! Não necessariamente precisa ser um fator de crescimento, pois como vimos a via pode continuar ativa mesmo sem a presença desse fator de crescimento. Exemplo: Câncer de mama – a mutação de um receptor (HER-2) Câncer de pulmão – mutação na proteína Ras Melanoma – mutação na proteína RAF Portando, é possível caracterizar mutações em vários tipos de membros RESUMO: A mutação de um oncogene induz a proliferação descontrolada HIPERPLASIA é algo CONTROLADO, um processo de adaptação! Diferente de uma NEOPLASIA que é um processo independente e SEM CONTROLE! A célula se prolifera de maneira incontrolada, no câncer não precisa de fator de crescimento, a célula possui independência. A ciclina D que passou a existir na célula irá se ligar a uma Cdk (quinase dependente de ciclina – ela possui esse nome porque ela já existe na célula, mas não consegue exercer função de quinase porque depende da ciclina). Nas nossas células (normalmente) o complexo Ciclina/Cdk induz a entrada da célula no ciclo celular. Esse complexo ativa uma série de enzimas que induzem a transcrição de uma série de outras ciclinas. O ciclo celular, portanto, vai ser regulado por uma série desses complexos Ciclina/Cdk. Cada complexo desses faz uma série de modificações celulares para dar continuidade ao ciclo celular. Podemos ter também a mutação dessas Ciclinas, com isso, uma neoplasia é formada pulando toda aquela via que vimos anteriormente. Basta ter a mutação de uma ciclina que já teremos uma proliferação descontrolada MECANISMO DE CONTROLE do Ciclo Celular são os pontos de checagem. As proteínas que atuam são os genes supressores de tumor (p53 p21/p27/p16) Como que interrompe esse ciclo?? Danos no DNA – fazendo a parada desse ciclo celular. Se houver algum dano (químico, físico ou biológico) enquanto a célula está proliferando, proteínas sensoras de dano ao DNA são ativadas (exemplo: ATM e ATR). Essas moléculas ativadas ativam a P53, a P53 é um fator de transcrição pra P21/P27 e moléculas que irão ativar a APOPTOSE. A P21 vai interromper o ciclo celular se ligando ao complexo e inibindo o processo – ele pode ser ligar a qualquer um complexo ciclina/Cdk em qualquer uma das fases. O ponto chave de uma célula é NUNCA proliferar com dano, pois isso irá culminar na Apoptose dessa célula. Genes supressores de TUMOR são reguladores do ciclo celular, portanto, mutações nesses genes possuem caráter INATIVADOR. Todo câncer sempre terá mutação tanto em oncogenes como nos supressores de tumor. Fazendo uma analogia, oncogenes é como o acelerador de um carro e supressores é como o freio. Não adianta apertar fundo o acelerador se o freio continua ativado. Retomando, a P53 faz a ativação de genes pro apoptóticos e diminui a expressão de anti apoptóticos. Obrigatoriamente, em neoplasias, teremos mutações em genes da via da apoptose, fazendo com que haja uma diminuição dos pro apoptóticos e aumento dos anti apoptóticos. > ETAPAS DA CARCINOGÊNESE Iniciação – Agentes mutagênicos (químico, físico ou biológico) causam dados e induzem mutações em uma das 3 classes: Oncogenes Supressores de tumor Genes envolvidos na apoptose Sobre essa célula que foi mutada, ela vai sofrer um estimulo proliferativo (inflamação, hormonal, lesão tecidual). Uma célula mutada se proliferandoacaba gerando acumulo de mutações – FASE DE PROMOÇÃO. FASE DE PROGRESSÃO – Quando a célula acumula diversas mutações – mutações em todas as classes (consequência da fase de promoção) > GENES MUTADOS DURANTE A CARCINOGÊNESE - Oncogenes - Supressores tumorais - Genes envolvidos no controle da apoptose Todas as classes foram mutadas em tempos diferentes, na fase final temos a fase de progressão. Quando mutamos o APC tivemos uma fase de proliferação formando um pequeno adenoma (neoplasia benigna). Com a mutação do K-Ras temos o aumento da mutação e com a mutação em um supressor de tumor entramos na fase de progressão e damos início a uma neoplasia maligna. A característica morfológica é primordial para identificarmos o tipo de neoplasia. Carcinogênese A carcinogênese um processo de múltiplas etapas decorrente do acúmulo de inúmeras alterações genéticas que geram coletivamente o fenótipo transformado e todas as características associadas, discutidas mais adiante. As células neoplasias passam por um processo de seleção natural, muitas morrem e clones mais adaptados vão sobrevivendo e dando origem a novos clones, até que temos células resistentes a apoptose, células que escapam do sistema imunológico e com todas aquelas outras características do câncer. Esse processo é parecido a arvore de Darwin A seleção das células mais aptas pode explicar não só a história natural do câncer, como também as mudanças no comportamento do tumor após a terapia. Principal característica das células cancerígenas: Sinalização proliferativa através de oncogenes Evasão de supressores de crescimento Mutação nos supressões de tumor Resistencia a morte por conta de mutações em proteínas da via apoptótica Capacidade de formação de metástase (principal diferença que torna ela uma neoplasia maligna) Indução à angiogênese pelos oncogenes (importante lembrar que o TNF alfa inibe a angiogênese) Ativação de imortalidade replicativa – telomerase > Oncogenes • Proto oncogenes: genes que codificam moléculas que promovem a proliferação e crescimento celular; •Oncogenes: são versões mutadas superexpressas de genes proto oncogenes. Os oncogenes codificam proteínas chamadas de oncoproteínas. Mutações em fatores de crescimento – sua super expressão por exemplo pode causar um astrocitoma Cada categoria de mutação caracteriza um tipo especial de tumor Os oncogenes podem ser gerados por diversos mecanismos: Mutações puntiformes: Em um ponto especifico de uma base nitrogenada - Mutações em códons específicos do RAS. A troca de apenas um aminoácido na cadeia polipeptídica da proteína RAS produz alterações conformacionais que impedem a GAP de estimular a atividade GTPase. Como resultado, a proteína RAS fica constantemente ativada (ligada ao GTP), resultando em estimulação incontrolada dos efetores. Mutação por inserção: A inserção de uma sequência viral ao DNA celular é potencialmente mutagênica, pois pode inativar genes diretamente ou aumentar a expressão de genes nativos por colocá-los sob a ação de promotores da expressão gênica. Translocação: Consiste na mudança de posição dos genes, podendo ativar um proto-oncogene quando este passa a localizar-se próximo a um promotor potente ou quando se formam proteínas de fusão, resultantes da união de parte de um oncogene com parte de outro gene, gerando transcrição de um produto híbrido. Os exemplos mais conhecidos são os do linfoma de Burkitt e da leucemia mieloide crônica. Amplificação gênica: Aumento do número de copias de um gene - Refere- se a duplicações repetitivas de um gene. Exemplos: Neuroblastomas – amplificação do MYC. Hiperexpressão gênica: Aumento de expressão de um gene, geralmente pela justaposição de um promotor potente a um proto-oncogene, é mecanismo frequente de síntese aumentada de receptores de fatores de crescimento em muitas neoplasias. Hiperexpressão do ERBB2, que resulta na produção aumentada do receptor do EGF, é encontrada em carcinomas da mama, do pulmão, estômago e ovário. Essas mutações são ATIVADORAS Na pratica clínica, por exemplo, um câncer de mama, onde o gene mutado é o HER-2 pode ser tratado por um inibidor dessa molécula. > Genes supressores de tumor Os genes supressores de tumor normalmente impedem o crescimento descontrolado (regula o ciclo celular) e, quando mutados ou perdidos de uma célula, permitem desenvolver o fenótipo transformado. - PROTEINA P53 “guardiã do genoma” É um fator de transcrição que ativa a P21 que ao se ligar aos complexos Ciclina/Cdk inibem o ciclo celular. > Proteína Rb (proteína do retinoblastoma) O primeiro complexo Ciclina/Cdk ele hiper fosforila a proteína Rb, proteína essa que fica ligada ao E2F. Quando acontece essa hiper fosforilação essa proteína Rb se solta, tendo a ligação do E2F e permitindo a transcrição dos genes necessários para a fase S. Essa RB normalmente nas nossas células está ligada a E2F. O E2F é um fator de transcrição para as ciclinas da fase D. Enquanto esse RB estiver ligado ao E2D há um BLOQUEIO TRANSCRICIONAL. > Escape do processo de morte celular programada Mutação em genes que regulam a apoptose. Em neoplasias teremos um aumento das proteínas anti apoptóticas. > Mecanismos epigenéticos na carcinogênese Alteração na expressão gênica por causa de fatores genéticos - Um fator ambiental altera a expressão de genes sem mutações no DNA Silenciamento gênico por hiper metilação de sequências CpG em promotores gênicos; quando isso acontece, não há expressão do gene correspondente (silenciamento gênico). Alguns tumores humanos apresentam metilação em genes supressores de tumor (BRCA-1 no carcinoma da mama) e em genes de reparo do DNA (MLH1 no câncer colorretal) Os complexos proteicos de acetilação e de desacetilação estão associados aos nucleossomos e controlam a associação de histonas ao DNA; alterações na estrutura da cromatina são capazes de modificar a expressão gênica. >> AGENTES CARCINOGÊNICOS E SUAS INTERAÇÕES CELULARES Carcinógenos: Poder ser químicos, físicos ou biológicos. > A nossa célula sofre alguma alteração genética que não é letal – célula sofre uma mutação (fase de iniciação). Essa alteração genética faz que alguma coisa que controla normalmente nosso ciclo celular seja alterada e acaba passando despercebida pela vigilância imunológica. A célula continua se dividindo e possui uma chance maior de sofrer uma nova mutação (expansão clonal de uma célula precursora – aquela que sofreu a alteração genética e não morreu). Essas mutações ocorrem em genes regulatórios - Proto-oncogene - Gene supressor de tumor - Gene indutor de apoptose - Gene de reparo do DNA no ciclo A formação de uma célula neoplásica maligna se dá quando há mutação em 3 classes diferentes. > Definição de uma célula neoplásica: o Capacidade de auto sinalização para proliferação o Gera nela mesma uma insensibilidade a inibidores de crescimento – perda das proteínas que regulam o ciclo celular (p53 p21, p27). INIBIÇÃO POR CONTATO o Evasão de APOPTOSE o Defeitos no reparo de DNA o Replicações ilimitadas – células não envelhecem – aumento da atividade das telomerases, a célula continua fazendo telômeros (não há desgastes no cromossomo após as sucessivas mitoses) o Angiogênese persistente – Secreção de fatores angiogênicos (VEGF A e B, FGFb) pelas células tumorais do estroma e leucócitos – Inibição de fatores anti-angiogênicos. o Potencial de invasão e metástase – enzimas quedestroem MEC e sinalizações parácrinas ou endócrinas. > DIFERENCIAÇÃO até ANAPLASIA Aquela célula que sofreu a primeira alteração genética e não morreu é a “stem cell” tumoral – a que iniciou tudo. Quanto menos diferenciado for a célula desse tumor, mais agressivo ele é, mais difícil fica de identificar as proteína expressas para identificar a origem do tecido. ANAPLASIA – A célula se modificou tanto que para você entender que tecido ela virou é necessária uma biopsia, fazer várias analises imuno-histoquímicas. CÉLULA ANAPLÁSICA = CÉLULA INDIFERENCIADA (perdeu a diferenciação) > Características morfológicas O patologista ao realizar a biopsia vai identificar qual o pleomorfismo daquele tecido (se há diferenciação na forma e tamanho). Anormalidades nucleares. Desproporção entre o núcleo x citoplasma Células tumorais gigantes Mitoses atípicas Perda de polaridade (desorganização da arquitetura do tecido) Hiperplasia – aumento no número de células Displasia – crescimento de células de maneira DESORGANIZADA O câncer é invasor a partir do momento em que houve o rompimento da camada basal > GENE SUPRESSOR DE TUMOR Sofre a alteração de uma proteína e isso já é um fator pra gerar problema Hipótese “dois eventos” No gene supressor tumoral, para termos a iniciação é preciso ter pelo menos 2 eventos de mutação em 2 alelos selvagens (caráter recessivo) >> Mecanismos de metástase Metástase = mudança de lugar, transferência Processo no qual a célula neoplásica MALIGNA irá se destacar da neoplasia primária (sítio primário), conseguir chegar até um vaso (via de disseminação), atingindo um novo sítio até formar um novo foco. É uma característica exclusiva de células neoplásicas malignas indica MALIGNIDADE e um mau prognóstico Importante causa de mortalidade em indivíduos com neoplasias malignas Em algumas situações, a primeira manifestação clínica do paciente é a metástase (em alguns casos nem se encontra o sítio primário de uma neoplasia) As metástases podem aparecer meses ou anos depois da retirada do tumor primário. Em casos raros, após a remoção cirúrgica do tumor primário, a metástase regride. Infiltração por contiguidade – é uma disseminação local, MAS não configura metástase Ela só vai conseguir fazer uma metástase se passar por todos esses processos. INVASÃO DA MEC As células perdem adesão entre elas. Essa adesão é feita pelas CADERINAS – garantem a adesão célula-célula. Em células neoplásicas ela perde a expressão dessa molécula. Assim que essa molécula consegue se destacar, ela precisa chegar ao vaso sanguíneo. Assim, essas células degradam a membrana basal e MEC (degradação de colágeno...) e vão sofrendo uma transição através de movimentos ameboides – vai se fixando aos elementos que ela mesmo degradou (as células possuem receptores para esses produtos q foram degradados). Quimiocinas endoteliais - atraem células neoplásicas TEORIAS Como essa célula sai do vaso? Pra ela poder fazer esse extravasamento ela se liga ao endotélio. O órgão de destino libera fatores quimiotáticos pra essa célula tumoral
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