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O nome da rosa

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O longa "O nome da rosa" é baseado em um livro de mesmo título escrito por Umberto Eco,
a obra se passa em um mosteiro italiano em 1327, o narrador conta que o seu mestre, um
monge fraciscano, vai àquele lugar para uma reunião com outros membros do clero, porém,
acabam investigando assassinatos estranhos que foram a acontecer. O filme traz ao público
uma série de reflexões acerca do período da Idade Média. Logo, em se tratando
especificamente sobre o Direito Canônico é possível refletir sobre alguns pontos: a posição
da mulher no processo jurídico; a inquisição e o seu rito irracional; a concepção dos direitos
humanos da época.
Primeiramente, o filme retrata a situação da mulher no Período Sombrio. A única
personagem feminina era uma menina que se prostituía em troca de alimento, np julgamento
não foi ouvida. Todavia, não eram só esses os abusos sofridos, os religiosos da época
colocavam-nas como perdição e pecado, logo deveriam estar sujeitas à agressão.
Ademais, o processo inquisitório, além de ser sem fundamentos lógicos, era exemplo de
péssimo curso jurídico. Pois, os trâmites de julgamento, em sua maioria, eram rápidos e com
a menor chance do réu ser absolvido, pelo contrário, quase sempre o acusado era apenado
com a morte.
Outro ponto a se salientar é a violação dos direitos humanos. O filme mostra o paralelo entre
o clero rico, bem vestido, detentor do conhecimento e dotado de soberania sobre os
indivíduos e instituições e o restante da população faminta, mal vestida, desabrida e
humilhada, contudo, a riqueza dos primeiros era as custas dos segundos.
Portanto, pode-se concluir que o Direito Canônico tinha um caráter antropocentrista, o que
permitiu que o Direito fosse moldado à vontade da Igreja Católica, igreja que no período
exerceu poder de Estado. Porém, é de fundamental relevância destacar que o Direito
Canônico, por contraditório que pareça, trouxe avanços no fortalecimento das intimações,
surgindo o que hoje se chama de pessoa jurídica, sendo assim, tais instituições passaram a ter
a liberdade de se formarem a de terem seus estatutos e hierarquias. No filme essa organização
pode ser vista nas figuras do monge franciscano, no abade, e no inquisidor cada um
representando uma pessoa jurídica com certa independência mas ligadas.

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