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Semiologia do Sistema Respiratório Infantil

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Semiologia do Sistema Respiratório Infantil 
Vitórria Araujo T7 
 
Anatomia 
- O sistema respiratório é constituído por todos os órgãos que participam na ventilação e troca de O2 e CO2 entre o sangue e o ar. 
Þ Nariz 
Þ Fossas nasais 
Þ Faringe 
• A faringe é um canal comum ao sistema digestivo e respiratório que se divide em três regiões anatómicas: nasofaringe, orofaringe e 
laringofaringe. 
Þ Laringe 
• Localização: situado no plano mediano e anterior ao pescoço que, além de via aerifica é órgão da produção de som. 
• Estende-se da faringe a traqueia e é composto por cartilagens revestidas por uma membrana mucosa que fica dobrada, formando as 
pregas vocais. 
• Função: 
1. Válvula protetora que oclui a passagem de ar durante a deglutição e ao mesmo tempo, impossibilitando a entrada de conteúdos 
externos na via respiratória. 
2. Produção do som. 
Þ Traqueia 
Þ Brônquios/ bronquíolos 
Þ Pulmões. 
Þ Participam ainda o tórax ósseo, musculatura respiratória e pleura. 
 
Tórax 
-Inspeção 
 
-Palpação 
Þ Frêmito; 
Þ Expansibilidae; 
-Percussão: 
 
-Ausculta (MV, ruídos): 
Þ Normal (sons fisiológicos) 
1. Murmurio vesicular: som alveolar bem distribuído por todo o pulmão, com exceção da área sob o esterno; 
2. Murmurio broncovesicular: som tubular dos brônquios e bronquíolos de frequência variável, que normalmente só deve ser ouvido no 
centro do tórax. Quando pode ser ouvido nas periferias indica processo inflamatório ou hemorrágico. 
3. Respiração laringo-traqueal: som tubular 
da laringe e traqueia, mais intenso e prolongado na expiração, ouvido nas partes centrais superiores do tórax. 
Þ Anormal (estertores, sibilos, roncos, atrito pleural) 
1. Estertores: ruídos pulmonares anormais causados pela passagem de ar por vias aéreas estreitas ou cheias de fluídos 
a. Creptantes (Início da inspiração, são sons de maior frequência e menor duração. Causados por líquidos nos alvéolos) 
b. Subcreptantes (Final da inspiração como sons de menor frequência e maior duração. Indicam a presença de muco e bolhas 
nos brônquios 
2. Sibilos: Produzidos pelo ar que flui por vias respiratórias estreitadas. Frequente em asmáticos e em portadores de doença 
pulmonar 
3. Roncos: Sons grosseiros e ásperos que ocorrem quando o ar está bloqueado por muco, podendo ocorrer tanto na inspiração como 
na expiração. 
4. Estridor: Som agudo ouvido melhor na inspiração, geralmente devido à obstrução do fluxo de ar na traqueia ou laringe. Indica 
fluxo turbulento nos brônquios, traqueia ou laringe. Pode indicar epiglotite, crupe, tumor, corpo estranho ou estenose/espasmo 
laringotraqueal. 
5. Atrito pleural: Som contínuo, de baixa frequência, ouvido ao inspirar e ao expirar, causado pela fricção entre a pleura parietal e 
visceral. Presentes na pleurite, câncer de pulmão ou derrame pleural. 
 
Na criança 
-Avaliar: 
Þ FR, Batimento de asa de nariz, gemência, cianose 
Þ Instridor/ Estridor respiratório 
Þ Tiragens, sibilos, creptos, alterações do murmúrio vesicular 
 
 
 
 
 
Cianose 
 
Boletim de Silverman Andersen 
 
 
Principais patologias que levam a desconforto respiratório na infância 
-Laringite viral: 
Þ Também denominada de crupe viral. 
Þ Inflamação da porção subglótica da laringe, que ocorre durante uma infecção por vírus respiratórios, levando a congestão e edema dessa 
região. 
Þ Acomete com maior freqüência lactentes e pré-escolares. 
Þ O vírus parainfuenza I e II e o vírus sincicial respiratório (VSR) são os agentes causais mais comuns. 
Þ Adenovírus, influenza A e B e vírus do sarampo também podem estar envolvidos. 
Þ Manifestações clínicas: 
1. Pródromos: coriza, obstrução nasal, tosse seca e febre baixa. 
2. Evolução: tosse rouca, disfonia, afonia ou choro rouco e estridor inspiratório. 
3. Em casos de obstrução mais grave, surge estridor mais intenso, tiragem supra-esternal, batimentos de asa do nariz, estridor 
expiratório e agitação. 
4. Nos casos extremos, além de intensa dispnéia e agitação, surgem palidez, cianose, torpor, convulsões, apnéia e morte. 
Þ Diagnóstico: 
1. Clínico: 
2. Rx cervical; 
a. Sinal “torre de igreja” 
 
 
-Supraglotite/ Epiglotite: 
Þ Infecção bacteriana grave, de rápida evolução que, muitas vezes, pode causar obstrução das vias respiratórias. 
Þ Na maior parte dos casos, em aproximadamente 95%, esta moléstia tem como agente etiológico a bactéria Haemophilus influenzae tipo B. 
Þ As manifestações clínicas consistem em dor de garganta, estridor, rouquidão e, normalmente, febre alta. Sialorréia pode ser observada. 
Þ O paciente tende a adotar uma posição inclinada para frente, ao mesmo tempo em que estende o pescoço para trás 
Þ Rx cervical: 
1. Sinal do “polegar” ou dedo em luva 
 
 
-Pmeumonia: 
Þ A pneumonia é a principal causa de mortalidade em crianças menores de cinco anos nos países em desenvolvimento. 
Þ O diagnóstico correto e a intervenção precoce são os pontos fundamentais para reduzir a mortalidade. 
Þ Na criança com sinais de infecção respiratória aguda como febre e tosse, a frequência respiratória (FR) deverá sempre ser avaliada. 
Þ Na ausência de sibilância, as crianças com taquipneia podem ser diagnosticadas com PAC. 
Þ Sinais e sintomas: 
1. Tosse, febre, taquipneia, presença de 
retrações do tórax (tiragens subcostais), 
estertores finos (crepitações), dor torácica, 
hipoxemia e sintomas sistêmicos associados. 
Þ Sinais de gravidade: 
1. < 2 meses 
a. FR≥60irpm 
b. Tiragem subcostal 
c. Febre alta ou hipotermia 
d. Recusa do seio materno por mais de três mamadas 
e. Sibilância 
f. Estridor em repouso 
g. Sensório alterado com letargia 
h. Sonolência anormal ou irritabilidade excessiva 
i. Cianose central 
2. 2 meses 
a. Tiragem subcostal 
b. Estridor em repouso 
c. Recusa de líquidos 
d. Convulsão 
e. Alteração do sensório 
f. Vômitos incoercíveis 
g. Cianose central 
Þ Principais agentes etiológicos: 
1. Os vírus são responsáveis pela maioria das PAC, em torno de 90% até um ano de idade e 50% em escolares. 
2. Destaca-se o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), como o de maior incidência. 
3. Os quadros bacterianos são responsáveis por infecções mais graves, com maior comprometimento do estado geral. Desses o 
S.pneumoniae é o agente mais frequente. 
4. Nas pneumonias atípicas, o Mycoplasma pneumoniae é o agente mais importante e acarreta um quadro menos grave. 
Responde por cerca de 10% a 40% das PAC e 15% a 18% das internações por PAC. 
5. O S. aureus está relacionado, principalmente à faixa etária menor (lactentes jovens), à associação com infecção cutânea e 
gravidade clínica. 
 
Þ Pneumonia afebril do lactente: 
1. Chlamydia trachomatis e Ureaplasma urealyticum. 
2. Chlamydia: Infecta trato genital feminino. Transmissão para o RN durante o parto (50%). 
3. Infecção: conjuntiva, nasofaringe, reto ou vagina do RN. História de parto vaginal (ou cesáreo se bolsa rota prévia). 
4. Quadro clínico insidioso: (Antes dos 3 meses de idade) 
a. Conjuntivite (5 a 14 dias). 
b. Coriza e obstrução nasal. 
c. Tosse seca e taquipneia (bom estado geral). 
d. Não há febre! 
5. Exames Complementares: Eosinofilia no sangue periférico. 
6. Diagnóstico: material da nasofaringe ou conjuntiva (cultura e técnicas imunoenzimáticas). 
7. RX de tórax: infiltrado intersticial bilateral, pode haver hiperinsuflação. 
8. Tratamento: Eritromicina 50 mg/kg/dia. 
Þ Pneumonia por Mycoplasma e C. pneumoniae: 
1. Início gradual: cefaléia, mal-estar, febre, rinorreia e dor de garganta; coriza é incomum. 
2. Rouquidão e tosse (piora 2 primeiras semanas). 
3. Remissão dos sintomas em 3 a 4 semanas. Evolução de 7 a 21 dias. Tosse e expectoração persistem. 
4. Complicações: Otite média, pericardite, miocardite, eritema nodoso, síndrome de Stevens-Johnson. 
5. Diagnóstico específico por meio de avaliação sorológica. 
Þ Pneumonia por S. aureus: 
1. Infecção grave e rapidamente progressiva. 
2. Morbidade prolongada e alta mortalidade. 
3. Pouco comum. Maioria dos casos no primeiro ano de vida. 
4. Broncopneumonia confluente com extensasáreas de necrose hemorrágica e áreas irregulares de cavitação. Pneumatocele, 
derrame pleural ou abscesso pulmonar. 
5. História de furúnculos, internação recente, trauma, infecção supurada à distância (osteomielite). 
Þ Pneumonia Estreptocócica: 
1. Estreptococos do grupo A:Tende a complicar sarampo e varicela. Escarlatina pode ocorrer simultaneamente. 
2. Necrose da mucosa traqueobrônquica (traqueíte, bronquite e pneumonite intersticial) com formação de úlceras. 
3. Broncopneumonia difusa, com derrame volumoso e seroso, às vezes serossanguinolento ou purulento. 
4. Manifestações clínicas semelhantes à pneumonia pneumocócica. 
5. Mais comumente limitada ao trato respiratório superior. 
Þ Pneumonia por H. influenza: 
1. H. influenzae tipo B é causa frequente de infecção bacteriana grave em lactentes não vacinados.Rara devido à vacinação 
indiscriminada. 
2. Início insidioso e quadro prolongado. Precedidas de infecção nasofaríngea. 
3. Radiografia: Geralmente, têm padrão lobar. Não há padrão típico. 
4. Pode cursar com empiema.Complicações (lactentes pequenos): Bacteremia, pericardite, celulite, empiema, meningite e 
pioartrose. 
-Asma: 
Þ Doença inflamatória crônica, caracterizada por hiperresponsividade brônquica, limitação variável ao fluxo aéreo e sintomas respiratórios. 
Þ É a mais comum das doenças crônicas na infância 
Þ Em resumo, o diagnóstico de asma em crianças baseia-se em 3 quesitos: 
1. História clínica de crises de insuficiência respiratória aguda 
2. que melhoram com broncodilatadores. 
3. Avaliação imunológica com níveis elevados de IgE e positividade em testes cutâneos de leitura imediata com aeroalérgenos. 
4. Avaliação funcional com espirometria pré e pós-broncodilatador e medida da hiper-responsividade brônquica positiva 
 
 
Þ 30 a 70% das crianças tem pelo menos um episódio de sibilância ao longo da vida 
Þ Sibilância recorrente = Asma 
Þ 30% dos pré-escolares com sibilância recorrente terão asma na idade de 6 anos 
Þ Quando menor a idade, maior a possibilidade de um diagnóstico alternativo 
Þ Não existem marcadores bioquímicos ou testes clínicos capazes de fornecer com precisão o diagnóstico de asma em lactentes e pré-escolares 
 
Quando solicitar Rx de Tórax 
-Se há dúvida de diagnóstico, embora radiografia normal não exclua pneumonia e radiografia anormal pode ser interpretada como 
normal; 
-Pneumonia com hipoxemia, desconforto respiratório, entre outros sinais de gravidade; 
-Falha de resposta ao tratamento em 48 a 72h ou se piora progressiva, para verificar se há complicações (empiema, pneumotórax, 
escavação); 
-Paciente hospitalizado (PA e perfil). 
*A radiografia não deve ser realizada após tratamento de pneumonia com boa resposta clínica;

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