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PROJETO ESTÁGIO WANESSA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
PROJETO PRÁTICO
 TIMÓTEO
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
WANESSA ARAÚJO BATISTA BONIFÁCIO
PROJETO PRÁTICO
 DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
 
Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de Licenciatura em Educação Especial, como pré-requisito para aprovação.
 
TIMÓTEO
2021 
A EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA E SUAS PERSPECTIVAS
RESUMO - A Educação Especial e Inclusiva, tem se tornado um dos discursos mais presentes no contexto educacional, pois, visa contribuir com melhorias significativas na qualidade do ensino, atendendo, assim, as necessidades de todos os indivíduos. Contudo, muitos são os desafios relacionados à concretização de uma educação que de fato inclua os Portadores de Necessidades Educativas Especiais na Rede Regular de Ensino, e isso requer novas percepções e competências, pois, cabe à escola promover um ambiente acolhedor, formador de opiniões e alicerçado pelos ideais inclusivos, e que defendem, portanto, que a diversidade faz parte da vida, e deve ser valorizada e respeitada. Seguindo essa perspectiva, por meio de um levantamento de referências bibliográficas, busca-se consolidar essa pesquisa de cunho qualitativo e que aborda em seu contexto os desafios de inclusão, e as possíveis maneiras de vencê-los. Dentre essas maneiras encontra-se a Gestão Escolar Participativa e Democrática, que surge, assim, como uma ferramenta capaz de instigar a interação entre todas as esferas educativas, a melhoria do ensino, e assim, a inclusão dos Portadores de Necessidades Educativas Especiais na Rede Regular de Ensino.
PALAVRAS-CHAVE: Inclusão. Desafios. Gestão. Participação.
			
	
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	5
2.	DESENVOLVIMENTO	7
2.1	A Educação Especial e Inclusiva	7
2.2	Os Desafios da Educação Especial e Inclusiva: como vencê-los?	8
2.3	Gestão Participativa e Democrática como ferramenta de inclusão	9
3.	RELATO DE ESTUDO	11
4.	CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS	16
			
	
1. INTRODUÇÃO
A Educação Especial e à integração ou inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino tem sido, sem dúvida é um dos temas mais discutidos em nosso país nas últimas décadas. Deste modo, percebe-se que uma educação de qualidade e comprometida com o processo de formação do indivíduo, deve estar aberta a comunidade, buscando de forma coletiva meios para que a inclusão seja concretizada.
Nessa perspectiva, entende-se que incluir é muito mais do que inserir alunos Portadores de Necessidades Educativas Especiais na Rede Regular de Ensino; é necessário criar condições para que todos os alunos permaneçam na escola e tenham suas perspectivas atendidas, bem como capacitar e tornar os profissionais da educação comprometidos como o processo de ensino/aprendizagem, reavaliando, portanto, as práticas adotadas.
Diante do exposto, quais são as perspectivas no que cerne a educação especial e inclusiva?
Sabe-se que a educação é um direito constitucional de todos os indivíduos, e é por meio da prática da inclusão que este é oferecido e realizado aos alunos Portadores de Necessidades Educativas Especiais na Rede Regular de Ensino.
Recursos metodológicos como a sala de recursos multifuncionais, identificação das potencialidades e habilidades do portador de necessidades educativas especiais, capacitação e qualificação de educadores, o uso das artes e da ludicidade, bem como a literatura, são opções de ferramentas que auxiliam durante o processo de inclusão, desenvolvimento e aprendizagem.
Portanto, este projeto de estudo tem como objetivo central desenvolver uma análise expositiva reflexiva sobre o modo como os estudiosos da área vem tratando a inclusão e a educação especial na atualidade; e especificamente conceituar a educação especial e inclusiva, discorrer sobre como vencer os desafios encontrados na educação especial e inclusiva e apresentar a gestão escolar participativa e democrática como ferramenta de inclusão.
Sendo assim, este, justifica-se pela necessidade de ampliar o conhecimento sobre essa inovação escolar, nessa perspectiva, entende-se ainda, que incluir, é muito mais do que inserir alunos com Portadores de Necessidades Educativas Especiais na Rede Regular de Ensino uma vez que é preciso criar condições para que todos os alunos permaneçam na escola, e tenham suas perspectivas atendidas.
A metodologia utilizada será a pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo e descritivo, utilizando por base artigos científicos de periódicos e indexadores acadêmicos virtuais como Scielo e Google Acadêmico através das palavras chaves: educação especial, inclusão, ensino-aprendizagem, gestão participativa e democrática. Quanto à temporalidade, serão selecionados referenciais bibliográficos datados do ano 1984 ao ano 2019, utilizando-se como critério de inclusão/exclusão dos materiais bibliográficos a proximidade com os temas centrais elencados pelos os objetivos específicos deste trabalho. Sendo que abordagem que orientara este projeto será a educação especial e inclusiva e suas perspectivas.
Neste sentido, através de um levantamento de referências bibliográficas, busca-se abordar nesse projeto de pesquisa o contexto da Educação Especial e Inclusiva, demonstrando, portanto, os desafios, o papel da escola e de todos os envolvidos no processo de ensino/aprendizagem, a necessidade de participação, e, sobretudo, as contribuições da Gestão Escolar Democrática e Participativa frente aos desafios da Educação Especial e Inclusiva. Deste modo, percebe-se que uma educação de qualidade e comprometida com o processo de formação do indivíduo, deve estar aberta a comunidade, buscando de forma coletiva, meios para que a inclusão seja concretizada.
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1 A educação especial e inclusiva 
A Educação Especial e Inclusiva traz consigo grandes perspectivas, pois, visa oferecer um ensino de qualidade e para todos. Nesse processo inclusivo, as capacidades dos indivíduos são evidenciadas, e a diversidade passa a ser considerada como algo inerente a condição humana e imprescindível para o seu desenvolvimento. A Educação Especial e inclusiva defende que incluir está além da inserção de alunos com Necessidades Educativas Especiais na Rede Regular de Ensino. Ou seja, é preciso propiciar meios para que a permanência na escola se efetive de maneira prazerosa e apta a promover o desenvolvimento das capacidades e habilidades de todos os indivíduos. Deste modo, a educação Especial e Inclusiva sugere uma:
Transformação do sistema educacional, de forma a organizar os recursos necessários para alcançar os objetivos e metas para uma educação de qualidade para todos. Compreendida enquanto movimento de transformação, a inclusão é um processo e se fundamenta em três fatores: o primeiro é a presença do aluno na escola enquanto sujeito de direito estar na escola; o segundo é a participação, o relacionamento livre de preconceito e discriminação, em ambiente acessível para participar de todas as atividades escolares e o terceiro fator é a construção de conhecimentos, que significa o aluno estarem na escola (MANTOAN, 1997, p.27)
Neste sentido, nota-se que é preciso transformar o contexto escolar, tornando-o apto para o atendimento de todos os indivíduos portadores ou não de necessidades especiais. Contudo, é preciso compreender, que a Educação Especial e Inclusiva, não se destina apenas aos Portadores de Necessidades Especiais, mas a cada indivíduo, contribuindo, deste modo, com um ambiente mais justo e igualitário. As escolas precisam criar condições para que as crianças, ao se adentrarem pelo mundo escolar, reconheçam esse lugar como fonte de aprendizagem e prazer.
A escola precisa se consolidar como um ambiente igualitário e aberto a comunidade, pois, apenas por meio de parcerias, o ensino se fortalecerá, e todos compreenderão quea diversidade é um fator inerente a condição humana. Assim, inúmeros casos de preconceito poderão ser amenizados, pois, a diversidade será valorizada, e um novo olhar sobre a inclusão será consolidado, contribuindo, deste modo, com uma sociedade mais igualitária e baseada nos ideais de democracia e cidadania. Neste sentido, em consonância com Ferreira (2005, p.65) percebe-se que “a inclusão escolar é justamente garantir o acesso e a permanência do aluno na escola, seguida do mais pleno desenvolvimento escolar de todos os alunos, em um espaço de relações educacionais que valorize a diversidade como riqueza humana e cultural”.
Portanto, a Educação Especial e Inclusiva busca garantir um ensino que forme muitos mais do que decodificadores de símbolos linguísticos. Ela destina-se ao cumprimento pelo da cidadania e da democracia. E cumprir tais papéis é um trabalho que envolve compromisso, capacitação, e práticas que assegurem um ensino motivador, prazeroso, e apto a despertar em cada criança suas potencialidades.
Porém, sabe-se que são muitos os desafios que envolvem a consolidação da Escola Especial e Inclusiva, e muitos desses estão relacionados, a fragmentação de um modelo de Gestão Escolar Democrático e Participativo.
Há ainda fatores relacionados a práticas evasivas e autoritárias, a escassez de recursos humanos e físicos adequados. Tais fatores favorecem o fracasso e escolar, e não atendem aos anseios de uma escola inclusiva. Vencer tais desafios, não é uma tarefa fácil, por isso torna-se imprescindível um trabalho coletivo, pois ao integrar a comunidade nos segmentos escolares, a escola tornar-se -à forte e apta a se consolidar como um ambiente harmonioso e capaz de assegurar um ensino de qualidade e para todos. 
2.2 Os desafios da educação especial e inclusiva: como vencê-los?
Consolidar uma Educação de qualidade e para todos, é um dos maiores anseios educacionais, contudo, sabe-se que essa não é uma tarefa fácil, porém, é uma tarefa possível e necessária. E pra tanto, faz-se necessário um trabalho coletivo, e que seja capaz de integrar ao contexto escolar todas as esferas educativas, dentre elas a família. De acordo com Libâneo (1998):
A escola com a qual sonhamos deve assegurar a todos a formação que ajude o aluno a transformar-se em um sujeito pensante, capaz de utilizar seu potencial de pensamento na construção de reconstrução de conceitos, habilidades e valores. A escola precisa oferecer serviços de qualidade e um produto de qualidade, de modo que os alunos que passam por ela ganhem melhores e mais efetivas condições do exercício da liberdade política e intelectual (LIBÂNEO, 1998, p.10)
Portanto, é preciso compreender que a escola deve estar aberta a todo o indivíduo, portador ou não de necessidades especiais. A escola deve ainda, oferecer um ensino que seja capaz de formar para a cidadania, pois, são sujeitos pensantes que transformar o meio ao qual estamos inseridos. Então, acredita-se que, um dos meios de enfrentar os desafios relacionados a consolidação de uma Educação Inclusa e Especial, é oferecer um ensino de qualidade, e isso requer comprometimento dos profissionais da educação, que deverão estar em um processo de capacitação contínuo.
Neste sentido, compreende-se que:
A inclusão só é possível lá onde houver respeito à diferença e, consequentemente, a adoção de práticas pedagógicas que permitam às pessoas com deficiência aprender e ter reconhecidos e valorizados os conhecimentos que são capazes de produzir, segundo seu ritmo e na medida de suas possibilidades (SATORETTO, 2006, p.81).
As práticas devem estar voltadas para a motivação e para a valorização da diversidade, promovendo, neste sentido, um novo olhar sobre a inclusão. Neste processo inclusivo, a escola deve assegurar uma nova postura docente, e que por sua vez será determinante frente ao processo de ensino/aprendizagem. As escolas, bem como todas as esferas educativas, devem estar conscientes de seus papéis, compreendendo que o processo de ensino/aprendizagem, e assim, de inclusão, requer participação, comprometimento e a revisão das práticas adotadas, pois, a inclusão está além da simples inserção de alunos com necessidades especiais no contexto da rede regular de ensino.
É preciso criar condições para que a permanência de todos os alunos se concretize de maneira significativa e prazerosa, e para tanto é preciso vencer os desafios que recaem sobre os fatores humanos e físicos.
Não há como propor uma educação inclusiva, onde literalmente se jogue crianças com necessidades especiais nas salas de aula regulares, quando o professor não tem uma formação que lhe possibilite lidar com tais alunos (BEYER, 2005, p.56).
Portanto, vencer os desafios é um trabalho que envolve a coletividade, o diálogo e assim, a concretização de uma escola que atenda aos anseios de acessibilidade, resguardando ainda, a necessidade de capacitação continuada dos educadores, e, sobretudo, a participação de todas as esferas educativas no contexto escolar. Neste sentido, a escola precisa passar pela democratização, promovendo um trabalho coletivo e apto a transformar a escola em um ambiente justo, e capaz de valorizar a diversidade, considerando essa, como algo inerente a condição humana. 
Omote (2004) defende, portanto, que:
As adaptações que precisam ser introduzidas para tornar a escola acessível, acolhedora e adequada para alunos com qualquer espécie de deficiência não se limitam a aspectos físicos – como o ambiente arquitetônico, os recursos didático-pedagógicos, o mobiliário e o acervo de laboratórios e bibliotecas – nem aos aspectos educacionais – como o currículo, os objetivos essenciais às mudanças que precisam ocorrer no meio social, representado principalmente pelos diretores, professores, alunos e famílias desses alunos. Todos precisam estar disponíveis para enfrentarem juntos o desafio da convivência na diversidade (OMOTE, 2004, p. 1).
Neste sentido uma escola que se abre a comunidade se fortalece e possibilita um trabalho de qualidade e atento a formação de indivíduos críticos e reflexivos, pois, o que se espera da educação, é formar verdadeiros cidadãos. Os educadores também precisam estar capacitados, promovendo uma prática envolvente e que se torne capaz de desenvolver nas crianças as suas potencialidades, amenizando, portando, as dificuldades, e consequentemente o fracasso escolar. Contudo, o professor sozinho não conseguirá vencer todos os desafios educacionais. É preciso envolvimento de todos os responsáveis pelo processo de ensino/aprendizagem, e isso requer um modelo de gestão que seja capaz de motivar toda a equipe, incluindo ainda, a família como instituição fundamental frente a qualidade do ensino. 
E esse trabalho coletivo só se tornará possível quando a escola passar pela democratização, oportunizando a criação de associações de pais e mestres, colegiados, grêmios estudantis, e demais estratégias que asseguram o diálogo e um trabalho participativo, onde todos se tornam responsáveis e construtores de uma nova educação: Uma Educação Especial e Inclusiva. Uma educação que assegura a aprendizagem e a formação de indivíduos capazes de compreenderem seus direitos e deveres perante a sociedade. 
2.3 A gestão escola participativa e democrática: uma ferramenta de inclusão
 A inclusão depende de um trabalho coletivo e apto a formar verdadeiros cidadãos. Portanto, faz-se necessário que as escolas estejam pautadas em um modelo de Gestão Escolar Democrático e Participativo. As escolas devem buscar meios dinâmicos e criativos, capazes, portanto, de assegurar a permanência de todas as crianças na escola e, precisam, nessa dinâmica participativa, ouvir meninos e meninas, para que todas as expectativas sejam alcançadas de forma significativa educação: Uma Educação Especial e Inclusiva.
Uma educação que assegura a aprendizagem e a formação de indivíduos capazes de compreenderem seus direitos e deveres perante a sociedade. Uma educação de qualidade não se faz sozinha, ou seja, é preciso o envolvimento de toda sociedade. É precisoque a família esteja integrada ao contexto escolar para que juntas possam alcançar um ensino de qualidade e para todos. Transformar a realidade educacional é uma necessidade, pois, novas perspectivas são atribuídas às escolas, que hoje se caracterizam como um ambiente socializador a capaz de formar verdadeiros leitores de mundo.
A Educação Especial e Inclusiva sugere, portanto, que novas competências sejam adotadas pelas escolas e seus profissionais, tendo como intuito promover um ambiente democrático, participativo, e, enfim, inclusivo. É seguindo essa perspectiva que surge a Gestão Escolar Democrática e Participativa, que por sua vez, pode ser considerada como uma ferramenta de inclusão, e assim, de envolvimento e aprendizagem. A Gestão Escolar Democrática e Participativa instiga a interação entre todas as esferas educativas, dentre essas família e escola, e o que se sabe é que essas instituições se completam, e essa parceria torna-se imprescindível frente a consolidação de um ensino de qualidade e para todos.
Os gestores escolares precisam estar devidamente capacitados, e aptos a orientarem sua equipe, buscando, assim, inovar as práticas adotadas, tendo como intuito assegurar um ambiente inclusivo, e capaz de despertar em todos os indivíduos suas capacidades e habilidades. Não como se imaginar uma Educação de qualidade e para todos, sem a participação de todos os responsáveis pelo processo de ensino/aprendizagem. A escola precisa passar pela reestruturação, e isso requer muito mais do que mudanças físicas. É preciso dividir poder e responsabilidades, e buscar por meio da coletividade o bem comum. 
O trabalho em equipe torna-se essencial para se vencer os desafios que estão relacionados à aplicação de uma Educação Especial e Inclusiva, pois, a escola sozinha jamais alcançará seus ideais. É preciso que gestores, professores, família, alunos e demais responsáveis pelo processo de ensino/aprendizagem sejam parceiros, contribuindo de forma significativa com a consolidação dos ideais inclusivos. Uma escola pautada na democracia e participação está comprometida com a formação de leitores de mundo, e cumpre, assim, o seu papel, evidenciando-se como um cenário de cidadania e inclusão. Neste sentido, a educação Especial e Inclusiva só se tronará uma realidade quando as escolas estiverem pautadas em um modelo de Gestão Escolar Democrático e Participativo.
3. RELATO DE ESTUDO
3,1 Trabalhando diversas habilidades com alunos portadores de Autismo, Síndrome de Down e TID – Transtornos Invasivos do Desenvolvimento por meio de brincadeiras 
Diante as perspectivas apresentadas nos estudos bibliográficos deste projeto no que cerne a Educação Especial e Inclusiva e visando por em prática os ensinamentos apresentados, desenvolvi um jogo de bingo para ser trabalhado em sala de aula como objeto de inclusão e estímulo para o desenvolvimento de diversas habilidades como: percepção visual, tato, linguagem perceptiva, troca de turno, sim e não, interação, relacionamento interpessoal e controle para alunos portadores de Autismo, Síndrome de Down e Transtornos Invasivos do Desenvolvimento.
Além de desenvolver as habilidades, o jogo de bingo apresentado a seguir, também permite ao educador realizar diversas variações auxiliando na introdução e fixação de conteúdos à sua escolha. 
Este, elaborado por mim, tem como finalidade trabalhar os números de 1 a 5, como também as cores azul, verde, vermelho e laranja e as formas do quadrado, círculo, retângulo e triângulo.
Segue imagem da cartela do jogo de bingo:
As imagens contidas na cartela foram impressas, recortadas e colocadas dentro de uma caixinha para sorteio. Ganha o jogo o aluno que completar a cartela primeiro. 
Uma simples brincadeira, um jogo de bingo é capaz de estimular, ensinar comandos, respeitar a vez do próximo, relacionar entre os colegas de turma e educador, aprender e acima de tudo incluir o portador de necessidades educativas especiais.
Assim, como educadora estou fazendo minha parte quanto a buscar informações que me capacitem e me forneçam orientações para definir a melhor metodologia de ensino a ser utilizada para potencializar as habilidades previamente identificadas no aluno portador de necessidades educativas especiais, contribuindo, portanto com o exercício da inclusão.
4. CONCLUSÃO
Conclui-se, portanto, que muitos são desafios relacionados à consolidação de uma Educação de qualidade e para todos. Algumas escolas não apresentam recursos físicos e humanos adequados, e assim, não se tornam capazes de atender aos anseios de uma Educação Especial e Inclusiva. Neste sentido, é preciso rever o papel da escola, demonstrando que é preciso consolidar um modelo de gestão escolar que seja capaz de formar muito mais do que meros decodificadores de símbolos linguísticos. 
 O ensino especial ressalta o quanto somos afrontados em nossas convicções internas. Pois todos os indivíduos, sem exceção, trazemos dentro de si diferentes valores, e conhecimentos adquiridos ao longo da vida através da interação com os diversos integrantes de que é composto o grupo cultural na qual este está inserido.
 As considerações citadas no decorrer deste trabalho referente às diferentes formas de saberes e fazeres que nos leva a observa as diversas considerações que fazem parte do ensino e do aprendizado em educação especial, nos diferentes grupos sociais de que é composta nossa sociedade. É importante levar em consideração que quando um novo conhecimento nos é imposto como uma única forma correta de nos sentimos desmotivados, pois esse conhecimento se torna algo sem significado.
 À medida que este trabalho foi sendo desenvolvido, onde passamos a ter um maior conhecimento e um maior contato com o tema trabalhado –a educação especial – observou-se a importância que os educadores e responsáveis pela educação têm ao implantar e elaborar os planos e as leis referentes à educação em uma determinada sociedade. Pode-se observar ainda que o professor tem uma função muito mais árdua do que simplesmente passar conteúdo. Que ao se preparar uma aula deve-se levar em consideração que a sala é composta por alunos de diferentes e com necessidades múltiplas, e com diversas capacidades tendo ainda que se observar que a turma é composta por diversos indivíduos que já trazem consigo diferentes conhecimentos adquiridos ao longo de sua vida através da interação com o meio na qual esse está inserido.
 Cabe ao professor encontrar a melhor metodologia para cada turma, para que assim esses conhecimentos possam servir de base para a elaboração de novos conhecimentos. Sendo importante ainda que se perceba que lidamos com seres humanos onde cada um possui seu tempo de aprendizagem, suas diversas sensibilidades, emoções e costumes que fazem parte da sua vida social. Assim faz-se necessária a utilização de metodologias diferenciadas para cada tipo de turma. Tais procedimentos devem proporcionar ao aluno um aprimoramento das suas habilidades já existentes. Ressalta-se ainda, a importância de que se forme um cidadão crítico capaz de analisar e interpretar as mais diversas informações que lhes serão apresentadas ao longo de sua vida, sendo que o aluno deve ser capaz de elaborar seus próprios conhecimentos.
É necessário formar verdadeiros cidadãos, e assegurar um ambiente cercado de práticas dinâmicas e que desenvolvam as potencialidades contidas em cada indivíduo, concretizando, portanto, uma escola de qualidade e para todos.
Deste modo, percebe-se, que diante das dificuldades encontradas pelas escolas nesse processo de inclusão, medidas participativas devem ser consolidadas, pois, só por meio do envolvimento de todas as esferas educativas, é que poderemos efetivar uma educação de qualidade e para todos. Tendo como base os princípios da educação inclusiva, verifica-se que é preciso não só transformar o conceito de Educação Especial, como, também, rever e assume o paradigma da inclusão.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Saberes e práticas da inclusão – Dificuldades acentuadas de aprendizagem – DeficiênciaMúltipla. (coords.) Francisca Rosineide Furtado de Monte, Idê Borges dos Santos – reimpressão - Vol. 4 – Educação Infantil. Brasília/DF: MEC/SEF/SEESP, 2005.
_______. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e Publicações, Subsecretaria de Edições Técnicas, Brasília, 2006.
BAYER, H.O. Inclusão e avaliação na escola de alunos com necessidades educacionais especiais. Porto Alegre: mediação, 2005.
CHIARELLI, L. K. M.; BARRETO, S. DE J. A importância da musicalização na educação infantil e no ensino fundamental: a música como meio de desenvolver a inteligência e a integração do ser. Revista Recre@rte. n. 3, 2005.
FERREIRA, Maria Cecília Carareto. Ressignificando as práticas pedagógicas da escola comum na perspectiva da educação inclusiva. In: Anais do IX Seminário capixaba de educação inclusiva – Ressignificando conceitos e práticas: a contribuição da produção científica. Vitória: UFES, 2005.
LIBÂNEO, José Carlos: Democratização da escola pública – a pedagogia crítico-social dos conteúdos. – 13. ed. São Paulo, Ed. Loyola, 1998.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia, GO: Alternativa, 2003.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. O direito de ser, sendo diferente, na escola. In: inclusão e Educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. David Rodrigues (org.). São Paulo, 2006.
MANTOAN, M.T.E. A inclusão Escolar de Deficientes Mentais: Contribuições para o Debate.In: Revista Integração, Brasília, 1997.
MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: Contextos Sociais. Editora: Artmed, São Paulo, 2003. 
OMOTE, S. Inclusão: intenção e realidade. Marília: Fundepe, 2004.
PIAGET, Jean. A representação do mundo na criança. Rio de Janeiro: Record, 1984.
SARTORETTO, M. L. M. Inclusão: teoria e prática. In: III Seminário Nacional de Formação de Gestores e Educadores, 2006, Brasília. Ensaios Pedagógicos. Educação Inclusiva: Direito a Diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.

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