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Vírus, Viroides e Prions - Microbiologia básica

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Aul� 12  
Víru�, Viroide� � Prion�  
 A ciência responsável pelo        
estudo dos vírus é a virologia. Ela              
estuda o modo de infecção dos            
sistemas celulares, as formas e como            
se multiplicam, entre outros aspectos          
dos vírus.    
 
O interior d� víru�  
O tamanho dos vírus varia de 20 a                
1000 nm.  
São imperceptíveis ao microscópio        
ótico.  
As partes que compõem os          
vírus são:  
Ácido nucleico – DNA ou RNA; pode              
ser fita simples ou dupla, linear ou              
circular.  
Capsídeo - protege o material          
genético (ácido nucleico),      
envolvendo-o. É composto por        
subunidades protéicas: os      
capsômeros. Cada vírus tem uma          
organização diferente desses      
capsômeros.   
Envelope – não são todos os vírus que                
possuem essa estrutura; é formado          
por proteínas e lipídeos. Envolve o            
vírus, conferindo-lhes maiores      
proteção e resistência.  
  
Mor����gi�  
Podemos classificar os vírus, com          
base na estrutura do capsídeo, em:  
➜ poliédricos: têm várias faces. Ex.:          
adenovírus – forma de icosaedro, com            
20 faces triangulares;  
➜ helicoidais: parecem com      
bastonetes. Ex.: vírus da raiva e do              
ebola;  
➜ envelopados: como o próprio nome          
já sugere, possuem envelope.        
Normalmente são esféricos. Ex.:        
herpesvírus;  
➜ complexos: têm estruturas mais        
complicadas. Ex.: bacteriófagos –        
formados por capsídeo poliédrico e          
bainha da cauda helicoidal.  
 
Multiplicaçã� vira�  
 Acontece somente no interior        
da célula hospedeira, já que o vírus              
necessita do maquinário celular para          
ter metabolismo, ou seja, para replicar            
seu material genético e realizar a            
síntese dos seus outros componentes.  
 Os bacteriófagos podem ter        
dois tipos de ciclos: o lítico, onde              
ocorre lise celular do hospedeiro e o              
lisogênico, onde a célula hospedeira          
sobrevive, mas ainda tem a presença            
do vírus.  
  
Cic�� líti��  
   O exemplo mais comum que          
apresenta esse ciclo são os          
bacteriófagos T-pares (T2, T4 e T6).   
As etapas do ciclo lítico são:  
Adsorção: interação de proteínas da          
parte externa do vírus com os            
receptores da superfície da célula          
alvo.  
Penetração: o vírion injeta seu          
material genético na célula        
hospedeira (uma bactéria). A        
degradação da parede celular para          
que o material genético possa ser            
penetrado é realizada por uma enzima            
(lisozima fágica), liberada pelo vírus          
através da cauda.  
Biossíntese: com o DNA dentro da            
célula, inicia-se a replicação e a            
biossíntese das proteínas virais. Para          
poder fazer tudo isso, o vírus utiliza              
todo o maquinário celular que possa            
ajudá-lo: nucleotídeos, ribossomos e        
proteínas.  
Maturação: ocorre a montagem do          
vírus para serem formados vírions          
completos.  
Liberação: etapa final. É a saída dos              
bacteriófagos de dentro da célula. A            
célula é lisada, rompida, devido à ação              
de uma lisozima viral, liberando os            
vírions para infectar outras células.  
 
Cic�� Lis��êni��  
Não provoca a morte da célula            
hospedeira.  
Exemplo: bacteriófago λ.  
1)   O DNA do bacteriófago é injetado            
na célula. Anteriormente linear, o          
DNA se torna circular.  
2) O DNA do vírus se integra ao DNA                
(cromossomo) da célula      
hospedeira por meio da        
recombinação. Dessa forma, não        
há prejuízos para a bactéria, que            
pode se reproduzir normalmente.  
3) A qualquer momento, de forma          
espontânea, o DNA do vírus pode ser              
removido do cromossomo bacteriano,        
desencadeando o ciclo lítico.  
 
Virologi� n� clínic�  
 Os vírus que infectam humanos          
podem ser classificados em de          
material genético DNA e material          
genético RNA.  
De acordo com Brooks et al (2014),              
temos as seguintes variações:  
  
Víru� co� D�A  
Poliomavírus – genoma circular, fita          
dupla, sem envelope; simetria cúbica.          
Provocam infecção crônica, podendo        
estar associados a formação de          
tumores.  
Papilomavírus – parecidos com os          
poliomavírus, mas tem o tamanho          
maior. Associados à formação de          
“verrugas”. Alguns podem causar        
sérios problemas para a saúde, como            
cânceres genitais.  
Adenovirus – DNA linear de fita dupla,              
sem envelope, de tamanho médio          
(70-90nm). As mucosas são as mais            
infectadas. Causam doenças do        
sistema respiratório, gastrenterite e        
conjuntivite.  
Hepadnavírus – tamanho pequeno        
(40-48nm). Genoma composto por        
DNA circular de fita dupla. Associados            
à hepatites e aumento do risco de              
câncer hepático.  
Herpesvírus – tem envelope e DNA            
linear dupla fita. Diferenciam-se em          
tipos 1 e 2 (lesões genitais e orais),                
citomegalovírus, vírus varicela-zoster,      
vírus Epstein-Barr (neoplasias e        
mononucleose infecciosa),    
herpes-vírus 6 e 7 (linfotrópico T) e              
herpes-vírus 8 (sarcoma de Kaposi).  
Poxvírus – grandes;têm envelope e          
DNA linear dupla fita. Alguns causam            
patologias em humanos (vacínia,   
varíola, molusco contagioso). 
 
Víru� co� R�A  
Picornavírus - RNA fita simples,          
polaridade positiva. Alguns causam        
infecções em humanos: enterovírus e          
hepatovirus (hepatite A).  
Astrovírus – RNA linear fita simples,            
polaridade positiva. Associados à        
gastroenterite em humanos.  
Calicivírus – RNA fita simples,          
polaridade positiva, não têm envelope.          
Ex.: norovírus, que causam        
gastroenterite aguda epidêmica.  
Reovírus – não têm envelope, de            
tamanho médio, RNA fita dupla linear.            
Podem causar doenças em humanos,          
como os rotavírus (gastroenterite).  
Arbovírus – têm artrópodes como          
vetores. Vírus da febre amarela,          
dengue, encefalite e vírus oeste do            
Nilo.  
Coronavírus – têm envelope, RNA fita            
simples, polaridade positiva. Causam        
patologias do sistema respiratório, como          
gripes e resfriados, além das síndromes            
tipo SARS, MERS e COVID-19*.  
Retrovírus – 2 cópias de RNA linear fita                
simples. São eles: vírus da leucemia e do                
sarcoma, lentivírus (HIV) e vírus          
espumosos dos primatas.  
Ortomixovírus – tamanho médio, com          
envelope e RNA fita simples, polaridade            
negativa. Vírus influenza.  
Filovírus– têm envelope, RNA linear fita              
simples; polaridade negativa. Vírus de          
Marburg e Ebola: causam febre          
hemorrágica.  
*Recente – 2019.  
Vir���e� e p�íon�  
Viroides – causam doenças em          
plantas. Formados por RNA sem          
revestimento de proteínas. Estão        
entre os menores patógenos      
conhecidos. O RNA é de fita simples e                
tem tamanho entre 246-399        
nucleotídeos. Penetram o hospedeiro        
através de lesões anteriormente        
causadas por insetos ou outros danos.  
Ex.: viróide do tubérculo afilado de            
batata e viróide do coco          
cadang-cadang (MADIGAN et al .,        
2016).  
Prions – partícula infecciosa        
proteinácea: proteína comum PrP c –          
PrP Sc (alterada). Dentre as doenças,          
temos: encefalopatias espongiformes      
(causa o aparecimento de vacúolos          
proeminentes no cérebro dos animais          
infectados). Em humanos, temos a          
doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD) e a            
insônia familiar fatal.

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