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lk O conhecimento vem do árduo trabalho do estudo 1. Diferencie farmacocinética e farmacodinâmica. A farmacocinética está relacionada à uma série de processos que o fármaco sofre a partir do momento em que o fármaco é administrado no organismo. A farmacodinâmica, por sua vez, está relacionada ao processo de ligação do fármaco aos seus receptores específicos e o seu consequente mecanismo de ação, sendo que alguns fármacos podem ser classificados como agonistas, os quais irão exercer alguma ação de excitação quando entrarem em contato com os seus receptores, ou como antagonistas, que não vão exercer efeitos quando estão livres no organismo, mas irão impedir a ligação do agonista aos seus receptores, fazendo com que o agonista não possa realizar o seu efeito. Ainda, há vários tipos de receptores na farmacodinâmica do medicamento, que mudará o mecanismo de ação do fármaco, podendo ser receptores de canais iônicos, que ficam na parte membranar e vão formar canais que possibilitarão a passagem de íons para a membrana. Há também os receptores enzimáticos, que serão ativados através da ligação do agonista e a partir disso, ocorrerá a desfosforilação do seu elemento característico, podendo ser uma tirosina, que induzirá a cascata de sinalização necessária para a ação do fármaco. Há também os receptores acoplados à proteína G, em que o fármaco não vai se ligar direto ao receptor, mas sim à uma proteína acoplada a ele, que após a ligação, irá ativar um segundo mensageiro a partir da unidade alfa que foi ativada a partir da ligação, mudando de GDP para GTP, que dará o efeito desejado do fármaco. Por fim, há ainda os receptores intracelulares, que ficam dentro da célula e vão se dimerizar quando forem ligados ao fármaco e se ligarem a uma parte do DNA responsável pela transcrição, ativando uma determinada proteína. 2. Diferencie remédio e medicamento. Cite exemplos. O remédio pode ser definido como qualquer cuidado utilizado que induza a uma função terapêutica, sendo que não precisa ser formulado em uma farmácia, como por exemplo um chá caseiro ou repouso. O medicamento, por sua vez, também tem função terapêutica, mas é criado em laboratório, com eficácia e segurança comprovada, sendo que foi estudado a possibilidade de haver interações com outros medicamentos. Um exemplo de medicamento é a dipirona. Assim, pode-se dizer que um medicamento é um remédio, mas um remédio não é um medicamento. ESTUDO DIRIGIDO Gabriel de Jesus Santos Vágner Leonan Silva Sá @gzuis_8 @vagnerleonann 3. Quais as fases da farmacocinética. Ela é dividida em 4 fases, sendo estas a absorção, a qual é a fase em que o indivíduo vai administrar o fármaco em alguma via até que ela chegue à circulação sistêmica; a distribuição, que ocorre após a fase de absorção, e leva em conta o processo em que o fármaco vai ser distribuído no órgão alvo, sendo que, em alguns órgãos o fármaco será distribuído em uma quantidade maior por conta do seu fluxo sanguíneo. Tem-se ainda a parte do metabolismo, que ocorre quando o fármaco chega ao fígado, que possui atividade enzimática e induzirá o fármaco à sofrer processo de oxidação/redução ou conjugação/hidrólise, que fazem com que o fármaco mude sua estrutura ou seja inativado, facilitando a etapa de excreção, a qual é a última fase da farmacocinética, em que os fármacos que não estão ligados a proteínas plasmáticas vão chegar aos rins pelo glomérulo, onde sofrerão a filtração glomerular, podendo sofrer reabsorção e voltar a corrente sanguínea quando atravessar os néfrons e a parte não absorvida será excretada pelo líquido tubular. Pode haver também a excreção pela bile, que irá ocorrer com fármacos não absorvidos. O conhecimento vem do árduo trabalho do estudo 4. Com relação a biodisponibilidade, cite exemplos de vias de administração que favorecem boa biodisponibilidade e outras que não favorecem. A biodisponibilidade pode ser definida como a parte do fármaco que vai ser absorvida e conseguir chegar à circulação sistêmica e posteriormente realizar a sua ação no órgão-alvo. A biodisponibilidade pode ser afetada pela via de administração, tendo em vista que a partir dela, o fármaco pode ter sua absorção afetada por diversos fatores, sendo que a pior via é a oral, uma vez que o fármaco não vai ser totalmente absorvido pelo fato de poder sofrer metabolismo de primeira passagem, diminuindo a concentração que chegará à circulação sistêmica. A melhor via, por sua vez, é a intravenosa, uma vez que o medicamento chegará diretamente na circulação sistêmica, evitando perda do fármaco na absorção. 5. O que é meia-vida farmacológica e qual a sua importância na posologia? O tempo de meia-vida do fármaco pode ser definido como o tempo necessário para que o fármaco alcance metade da sua concentração inicial no organismo, sendo que a partir disso, pode-se chegar a uma concentração plasmática adequada para cada fármaco, uma vez que a partir do tempo de meia-vida, pode-se definir a porção do fármaco que está sendo eliminada e por meio disso, repor essa concentração perdida. Assim, em uma posologia, ela é muito importante, uma vez que permite que o paciente tenha o efeito do medicamento de maneira controlada. Ainda, fatores como a excreção e distribuição podem afetar o tempo de meia-vida do fármaco, uma vez que se a excreção é diminuída, o fármaco tende a ser absorvido, e por conta disso, ficar mais tempo na corrente sanguínea, aumentando o tempo de meia- vida. A distribuição também afeta, pois se um fármaco não conseguir ficar no órgão, ele vai para a corrente sanguínea, onde será eliminado de forma mais rápida, diminuindo seu tempo de meia-vida. 6. Qual a relação o pH do meio com a absorção dos fármacos? Os fármacos são absorvidos com base em sua estrutura e polaridade, sendo que, fármacos sem cargas e lipossolúveis terão mais facilidade em passar pela membrana do que fármacos com cargas e hidrossolúveis. Assim, no processo de absorção, o pH do meio influenciará na entrada do fármaco na membrana, sendo que, como a forma ionizada, ou seja, com carga, tem dificuldade em atravessar a membrana, o fármaco terá que ser absorvido em um pH que impedirá a sua ionização. No caso, um fármaco de caráter ácido, sofrerá absorção no estômago, pois este apresenta pH ácido e não vai favorecer a dissociação do fármaco, uma vez que seu ambiente também é ácido e por conta disso, nem o fármaco, nem o estômago vão receber prótons para que ocorra a ionização, fazendo com que o medicamento fique na sua forma natural. Em pH básico, por sua vez, o medicamento será absorvido na sua forma padrão se ele também tiver um caráter básico, pois como propriedade da basicidade, o elemento tende a receber prótons, assim, nem o fármaco, nem o intestino, vão liberar prótons no meio, fazendo com que o fármaco seja absorvido em sua forma não-ionizada. . 7. O que é pró-droga? São drogas administradas em sua forma inativa, e que serão ativadas no processo de metabolismo por reações enzimáticas, fazendo com que a biodisponibilidade do fármaco aumente e com isso, o efeito será maximizado e efeitos tóxicos serão diminuídos. O conhecimento vem do árduo trabalho do estudo 8. Diferencie efeito colateral e reação adversa. Cite exemplos. O efeito colateral pode ser considerado como um efeito indesejado ao organismo por conta da administração do medicamento, sendo que esse efeito pode ser bom ou ruim, como por exemplo, sonolência por conta de um medicamento que tenha outro efeito específico desejado. Já a reação adversa está relacionada a um efeito indesejado, mas que é ruim ao indivíduo, como por exemplo, tontura em pessoas que tomam medicamentospara hipertensão. 9. O que é interação medicamentosa? Pode ser definida como a presença ou ausência de um efeito que acontece por conta da interação entre um medicamento e outro fator, que pode ser outro medicamento, alimentos ou bebidas alcoólicas. Isso pode acontecer por diversos fatores, como por exemplo, a competição por um mesmo receptor, que acaba diminuindo o efeito do medicamento, pois esse não conseguirá se ligar de forma a exercer sua ação totalmente, pois estará disputando o receptor com outro medicamento ou alimento. Além disso, pode fazer com que o efeito seja aumentado, quando o medicamento não compete pelo mesmo receptor. Isso pode ainda ocorrer por inibição alostérica, ou inativação enzimática promovida pelo fator. 10. Diferencie indutor enzimático e inibidor enzimático. Cite exemplos. Os indutores e inibidores enzimáticos estão relacionados ao processo de metabolismo do fármaco, em que haverá a metabolização dos medicamentos por conta da presença de diversas enzimas. Na indução enzimática, ocorrerá o processo de estimulação da atividade enzimática, fazendo com que os fármacos sejam transformados em metabólitos de forma mais rápida e consequentemente diminuindo o tempo de meia- vida no corpo. Com isso, a concentração de droga no corpo do paciente irá diminuir. Os inibidores enzimáticos, por sua vez, vão fazer com que a atividade enzimática seja diminuída, fazendo com que o fármaco fique mais tempo no organismo e seu tempo de meia-vida seja aumentado. Um exemplo de indutores é o Fenobarbital, e um exemplo de inibidor é o Corpromazina. 11. Conceitue agonistas totais, parciais e antagonistas. Os agonistas podem ser definidos como substâncias endógenas ou exógenas que conseguem se ligar ao receptor, desencadeando uma reação. Eles podem ser classificados em totais, que é quando eles têm alta afinidade pelo receptor e conseguem se ligar a um pequeno número variável de receptores, produzindo uma resposta máxima. Os parciais, por sua vez, também apresentam alta afinidade pelo receptor, mas não produzem uma resposta máxima. Ainda, os agonistas parciais podem impedir a ligação dos agonistas totais, impedindo que esses se liguem totalmente ao receptor e consequentemente não produzam sua resposta máxima. Ademais, há a presença dos antagonistas, que são substâncias que vão se ligar ao mesmo receptor dos agonistas, fazendo com que eles não consigam se ligar ao receptor e consequentemente não induzir a sua resposta. 12. Cite os tipos de antagonismo e comente as características de cada um. Os antagonistas podem ser classificados como antagonistas de receptores e sem-receptores. Os antagonistas de receptores têm que se ligar ao receptor para impedir a ligação do agonista. Eles são classificados antagonistas de sítio ativo, que vão se ligar ao receptor de forma reversível, podendo competir com os agonistas pelo mesmo sítio ativo, diminuindo assim a potência do agonista, uma vez que estes não vão conseguir atingir metade do seu efeito em uma concentração específica. Eles podem também se ligar de forma irreversível, fazendo com que os agonistas não possam competir pelo mesmo receptor e dessa forma diminuindo a eficácia dos agonistas, tendo em vista que estes não conseguirão induzir uma resposta máxima, já que não vão conseguir se ligar ao fármaco. Os antagonistas ainda podem se ligar a um sítio alostérico de forma competitiva ou não-competitiva, mudando a conformação do receptor e impedindo a ação do agonista, mesmo se este estiver ligado ao seu sítio ativo. O conhecimento vem do árduo trabalho do estudo Os antagonistas ainda podem ser sem receptores, os quais não vão precisar se ligar ao sítio ativo do ligante. Eles podem ser químicos, os quais vão se ligar aos agonistas, mudando a estrutura deles e diminuindo a atividade pelo receptor. Podem ser farmacocinéticos, que vão reduzir a concentração do agonista através da aceleração da biotransformação e da excreção. Podem ser fisiológicos, os quais vão se ligar a receptores diferentes dos agonistas, mas vão realizar um efeito fisiológico oposto ao dos agonistas. 13. Cite os 4 tipos de receptores farmacológicos e explique o mecanismo de ação de cada um destes receptores. No processo de ligação entre os ligantes e os receptores, há diversos tipos de proteínas que vão conseguir se ligar aos fármacos e realizarem uma determinada ação, como por exemplo, os canais iônicos, os quais são especializados na passagem de íons pela membrana, que inicialmente estarão fechados, e após a ligação da substância ao receptor, esses canais vão ser abertos, facilitando a passagem dos íons. Esses canais ainda podem ser abertos por conta da mudança da voltagem, onde haverá um processo de despolarização e hiperpolarização, que vão resultar na abertura do canal iônico. Há também os receptores de ligados a enzima, em que haverá a ligação do agente ao receptor, promovendo um processo de fosforilação dos resíduos de tirosina presentes nos receptores, que vão resultar em uma sinalização, ativando os receptores. Ademais, há os receptores acoplados à proteína G, que após o ligante realizar a ligação com o receptor, ele será transformado de GDP para GTP na sua subunidade alfa, onde essa subunidade irá sair da proteína e ativar a enzima fosfolipase C beta, que vai ser responsável por cliva a PIP2 em DAG e IP3, onde o IP3 irá em direção aos canais iônicos, se ligando a esses canais e induzindo o efluxo de Ca2+, que vão se ligar, junto ao DAG, a proteína quinase C, que quando ativada, irá promover a fosforilação de várias proteínas na membrana. Por fim, há ainda os receptores intracelulares, que podem ficar no citoplasma ou núcleo da célula, onde vão ser ativados após a ligação do agente, podendo ser endógeno e exógeno, vão se dimerizar e se ligar a uma parte do DNA, promovendo a transcrição. 14. Quais os principais segundos mensageiros ativados via proteína G? Os segundos mensageiros são compostos originados da ativação da adenilciclase, podendo produzir AMP-c, que terá a função de fosforilar as proteínas. Há também o IP3 e DAG, que são originados a partir da fosfolipase C e vão ter a função de se ligar ao canal iônico, induzindo a saída de CA2+ e DAG, que vai ativar a proteína quinase C. Há também o CA2+ que também será importante na ativação da proteína quinase C.
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