Buscar

Exame físico do aparelho cardiovascular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ordem do exame físico: 
1º) Inspeção 
2º) Palpação 
3º) Ausculta 
4º) Pulsos 
Anatomia e focos de ausculta 
O coração se encontra atrás do 
esterno e um pouco mais lateralizado 
para a porção esquerda do tórax ➜ 
possui alguns focos importantes, são 
eles: 
 
 
Os átrios se enchem de sangue ➜ 
quando há muito sangue nos átrios as 
válvulas atrioventriculares (tricúspide e 
mitral) se abrem e contraem, jogando o 
sangue para os ventrículos ➜ essas 
válvulas atrioventriculares se fecham e 
os ventrículos que estão cheios se 
contraem ➜ o sangue é jogado para a 
circulação sistêmica pela artéria 
pulmonar e pela aorta (pelas válvulas 
semilunares) 
 
 
 
 
Inspeção 
OBS: O examinador deve SEMPRE 
estar à direita do paciente. 
1º etapa ➜ o paciente deve estar em 
decúbito dorsal (preferencialmente 
entre 10 a 30º) ➜ o paciente não pode 
estar em pé ou sentado 
 
2º etapa ➜ é observado se há: 
• Varizes ou circulação colateral ➜ 
indicam problemas quanto a circulação 
normal 
 
• Cicatrizes, máculas (“manchas”), 
abaulamentos (convexidade para 
dentro) ou retrações (encurtamento) 
• Ingurgitamento/estase jugular ➜ é o 
acúmulo de sangue venoso nas veias 
jugulares ➜ é analisado em uma 
relação da permanência da estase de 
acordo com a angulação ➜ paciente 
em decúbito dorsal completo pode não 
necessariamente indicar patologia ➜ 
deve-se atentar, principalmente, para a 
presença de estase em 30, 45 e 90º 
 
• Refluxo hepatojugular ➜ é uma 
distensão na veia jugular quando uma 
compressão é aplicada no abdome 
• Ictus cordis ➜ é o ápice do coração 
(“ponta”) ➜ geralmente se localiza na 
linha hemiclavicular à esquerda no 5º 
espaço intercostal (abaixo do mamilo) 
➜ no ictus avalia-se se ele é visível ou 
não. 
OBS: O ictus, apesar de geralmente se 
localizar no foco mitral, é diferente do 
foco ➜ o ictus ser visível é uma 
condição normal. 
 
 
Palpação 
1º etapa ➜ é realizada a palpação 
superficial daquela região, procurando: 
• Sopro cardíaco (frêmito) ➜ pode ser 
palpável a partir de 4 cruzes em 6 (de 
sopro) ➜ a palpação dos sopros se 
caracteriza pela palpação de todos os 4 
focos cardíacos ➜ é realizada com a 
palma dos dedos da mão. 
2º etapa ➜ palpa-se o ictus cordis, 
busca-se identificar: 
• Se o ictus é palpável ou não 
• A localização do ictus ➜ se não 
estiver sendo possível palpar o ictus 
pedir o paciente para deitar mais 
lateralmente para a esquerda ➜ facilita 
a palpação pela aproximação do 
coração em relação a caixa torácica 
 
 
• Amplitude ➜ se o ictus está batendo 
forte (hipercinético) ou não (normal). 
• Duração ➜ se ocorre uma duração 
normal ou persistente (na sístole). 
• Extensão ➜ se é 1 ou 2 polpas 
digitais ➜ se a extensão for muito 
grande pode-se pensar em patologias 
Ausculta 
OBS: Sons mais graves devem ser 
auscultados pela campânula do 
estetoscópio ➜ a campânula deve ser 
posicionada de forma leve, sem 
pressionar contra a caixa torácica. 
 
 
- Na ausculta é utilizado o diafragma 
para ouvir B1 e B2 (são os batimentos 
normais do coração) ➜ fechamento 
das válvulas atrioventriculares e 
semilunares ➜ e para ouvir 
regurgitações. 
- Utiliza-se a campânula para auscultar 
B3 e B4 (possuem complacência 
reduzida) ➜ usado também para 
auscultar ruídos de estenose 
(diminuição do espaço para a passagem 
de sangue) 
OBS: Pedir o paciente para lateralizar 
seu corpo pode ajudar também na 
ausculta cardíaca do foco mitral, de B3 
e de B4 
 
OBS: O paciente inclinado e expirando 
são momentos que auxiliam na ausculta 
de sopros aórticos 
 
Ausculta normal do coração 
É auscultado nitidamente o B1 (“TUM”) 
e o B2 (“TA”) ➜ o B1 é o fechamento 
de válvulas atrioventriculares ➜ o B2 é 
o fechamento das válvulas semilunares 
 
A sístole é entre B1 e B2 e a diástole é 
depois de B2 ➜ após a diástole o ciclo 
recomeça. 
Desdobramentos 
B2 
- No desdobramento de B2 a válvula 
aórtica geralmente fecha um pouco 
antes da pulmonar (ausculta-se 
normalmente só a aórtica) ➜ mas 
devido a alguns fatores, como na 
inspiração profunda, pode haver um 
retardo do fechamento da pulmonar, 
ou até mesmo se o foco de ausculta 
 
for o pulmonar consegue-se ouvir a 
pulmonar melhor do que a aórtica ➜ 
nesses casos é possível perceber o 
desdobramento ➜ ao invés de ser 
“TUM” e “TA” vira “TUM” e “TRA” ➜ 
no “TRA” é como se tivesse 2 
componentes sendo auscultados ➜ 
esse desdobramento pode ser 
fisiológico ou possuir alguns achados 
patológicos 
 
OBS: Esse desdobramento na 
inspiração é fisiológico, mas é 
patológico se for muito amplo (se a 
válvula pulmonar fechar muito depois 
da aórtica), se for fixo (se a todo 
momento há esse desdobramento e 
não só com a inspiração) e se for 
paradoxal (quando acontece na 
expiração). 
B1 
- No desdobramento de B1 o 
fechamento da tricúspide não ocorre 
ao mesmo tempo do fechamento da 
válvula mitral (a mitral se sobressai a 
tricúspide) ➜ ausculta-se primeiro uma 
válvula atrioventricular e depois a outra 
(não significa que está associado a 
patologias mas pode também ser 
patológico) ➜ o melhor local para 
auscultar o desdobramento de B1 é no 
foco tricúspide ➜ o som será “TRUM” 
OBS: Esse desdobramento é patológico 
quando há um bloqueio de ramo direito 
ou com extrassístoles ventriculares 
B3 
É o enchimento do ventrículo ➜ 
acontece depois de B2 ➜ ocorre 
quando o ventrículo está com pouca 
complacência (+ duro) e o sangue na 
hora da passagem pelas 
atrioventriculares em direção ao 
ventrículo bate em sua parede, 
emitindo um barulho (B3) ➜ barulho 
sonoro: “TUM” e “TA” “TA” 
 
B4 
O sangue ejetado do átrio para o 
ventrículo na sístole em um coração 
com baixa complacência (+ duro) pode 
resultar em um barulho (B4) ➜ então 
pode ser auscultado B3 quando o 
sangue cai no ventrículo com baixa 
 
complacência e faz o ruído e B4 logo 
em seguida quando o átrio de baixa 
complacência termina de ejetar esse 
sangue até o ventrículo e produz mais 
um ruído ➜ B4 é no final da diástole 
praticamente iniciando uma nova sístole 
➜ o som será “TUM” “TUM” e “TA” 
 
OBS: Realiza-se a manobra de valsava 
para distinguir se é B4 ou o 
desdobramento de B1 (na manobra é 
possível perceber se há mudança no 
desdobramento, se não alterar significa 
que é B4) 
Sopros 
- Os sopros se caracterizam pela ideia 
de uma bulha se “arrastando” até outra 
(o som fica mais abafado) ➜ se for na 
sístole e nas semilunares ocorre devido 
a uma estenose (diminuição do 
diâmetro de uma válvula), o que 
dificulta a passagem de sangue por 
essa válvula e produz esse ruído 
(sopro) e se ocorrer na sístole e nas 
atrioventriculares ocorre devido a 
regurgitação (as válvulas estão frouxas 
e não conseguem fechar para segurar 
esse sangue ➜ condição característica 
de insuficiência cardíaca) ➜ se o sopro 
for na diástole nas atrioventriculares é 
estenose (produz ruídos para passar 
pelas válvulas que estão com menor 
diâmetro) e se for na diástole e nas 
semilunares indica 
regurgitamento/insuficiência 
(afrouxamento das válvulas permitindo 
o retorno do sangue e produzindo os 
ruídos = sopro) 
- O sopro pode ser B1 se “arrastando” 
até B2 (sopro sistólico) ou B2 se 
“arrastando” até B1 (sopro diastólico): 
 
DICA: Para conseguir saber se o sopro 
é sistólico ou diastólico basta palpar o 
pulso juntamente à ausculta ➜ se o 
sopro for auscultado simultâneo a hora 
da pulsação arterial significa que é um 
sopro de B1 até B2 (sistólico) 
 
Ao avaliar os sopros deve ser descrito: 
• A sua cronologia (se aparece no 
início, meio ou fim do ciclo cardíaco 
 
Pode ser: 
- Sístólico ➜ pansistólico (dura a sístole 
toda), protosistólico (início da sístole), 
meio da sístole (mesosistólico) e no fim 
(telesistólico) 
- Diastólico ➜ pandiastólico (dura a 
diástole toda), protodiastólico (início da 
diástole), meio da diástole 
(mesodiastólico)e no fim (telediastólico) 
• Local de intensidade máxima ➜ qual 
foco de ausculta cardíaca o sopro está 
mais evidente 
• Irradiação ➜ caracterizar para onde 
irradia 
• Qualidade ➜ se o sopro é mais 
regurgitado ou de estenose 
 
OBS: Grau 4 inicia-se a percepção de 
frêmito palpável 
Pulsos 
- A palpação de pulsos busca avaliar se 
são cheios, rítmicos e simétricos 
(comparando os 2 lados). 
- Palpa-se os seguintes pulsos: 
• Carotídeo ➜ a palpação deste é 
feita de forma unilateral, não é 
simultânea dos dois lados. 
 
• Braquiais ➜ palpação simultânea. 
 
• Radiais ➜ palpação simultânea. 
 
• Poplíteos (atrás do joelho e realizado 
com as 2 mãos) ➜ a palpação não é 
simultânea aos 2 joelhos. 
 
 
• Tibiais posteriores ➜ palpação 
simultânea ➜ encontrar o maléolo 
medial e palpar abaixo dele. 
 
• Pediosos (dorso do pé) ➜ palpação 
simultânea. 
 
OBS: A palpação ausente dos pulsos 
pediosos tibiais posteriores são fatores 
de risco para doença arterial obstrutiva 
periférica (DAOP) ➜ se não tratado 
pode evoluir para a amputação 
• Femoral ➜ é o mais palpável mas o 
menos utilizado, palpa-se a região da 
inguinal (virilha). 
 
Descrição comum/normal 
Inspeção: Ausência de abaulamentos, 
retrações, máculas, cicatrizes ou 
circulação colateral. Reflexo 
hepatojugular ausente e ingurgitamento 
jugular ausente. Íctus não visível. 
Palpação: Ausência de frêmito. Ictus não 
palpável (se for palpável colocar o 
espaço intercostal, a linha, as polpas 
digitais e mobilidade). 
Ausculta: Bulhas normorrítmicas e 
normofonéticas, em 2 tempos, sem 
sopro, estalido ou atrito pericárdico 
(BRNF, 2T, SS) 
Pulsos: pulsos carotídeo, braquiais, 
radiais, poplíteos, tibiais posteriores e 
pediosos cheios, rítmicos e simétricos. 
OBS: A descrição de 2 tempos se 
refere a B1 e B2, 3 tempos de 
houvesse uma B3 ou um 
desdobramento, 4 tempos se houvesse 
B4 ou 2 desdobramentos... 
- Fonese se refere à intensidade do 
som ➜ normofonética, hipofonética e 
hiperfonética

Continue navegando