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Farmacocinética

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Farmacocinética 
 
→ Refere-se ao processamento dos fármacos, 
incluindo sua: 
- Absorção; Distribuição; Biotransformação; 
Excreção 
→ Estuda o movimento das drogas no organismo. 
VIAS 
→ Principais vias: 
- Enterais: oral, retal e sublingual 
Metabolismo de primeira passagem (diminui a 
biodisponibilidade do medicamento). 
- Parenterais (injetáveis): intramuscular, 
subcutânea, intravenosa, intratecal, 
intraperitoneal, intra-arterial, subconjuntival… 
- Tópicas: cutânea e de mucosas 
- Inalatória 
ABSORÇÃO DE DROGAS 
→ O alcance de uma droga no organismo depende: 
- Absorção: envolve a passagem da droga do local 
de administração até o sangue 
- Distribuição: envolve a entrega da droga aos 
tecidos 
Todo esse movimento de fármaco é determinado 
pela capacidade de atravessar a membrana celular. 
Quanto mais fármaco atravessar a membrana 
celular, mais vai ser absorvido e maior sua 
distribuição. 
Movimento de drogas: 
→ Difusão em lipídeos: é mais fácil para moléculas 
apolares e com pequeno tamanho molecular 
O fármaco tem que ter uma certa capacidade de 
interagir com os lipídeos, pois a membrana é 
fosfolipídica. 
- Direção e velocidade de permeação depende: 
1) Do Gradiente - concentrações relativas nas fases 
fluidas da membrana 
2) Do Peso Molecular - difusão de substâncias com 
PM < 200 Da. Se for muito alto o PM não facilita a 
passagem por membrana. 
3) Do coeficiente de partição óleo-água (CPOA): é 
uma medida da lipossolubilidade do fármaco. 
Quanto maior for o CPOA, maior será a 
lipossolubilidade do composto. 
→ Difusão facilitada: através da região lipídica das 
membranas, a favor do gradiente de concentração. 
Usado por drogas maiores e hidrossolúveis. 
→ Transporte ativo ocorre em: 
- Plexo coróide 
- Células tubulares renais 
- Hepatócitos 
- Membrana neuronal 
→ Endocitose: para macromoléculas. 
Ex.: insulina 
→ Difusão através de poros: para moléculas 
pequenas e hidrossolúveis. 
Poros = 0,3 a 0,5 nm diâmetro 
Ocorre em tecidos renais, hepáticos e cerebrais. 
Ex: aquaporinas 
Processos de absorção ocorrem em: 
- Absorção Pulmonar 
Epitélio pulmonar e membranas mucosas - rápido 
acesso à circulação. 
- Absorção Enteral 
Epitélio é barreira, suplantada pela grande 
superfície (microvilosidades). 
- Absorção Oral 
Epitélio não queratinizado 
- Absorção tópica 
Epitélio escamoso (queratinizado) permite 
passagem apenas de drogas lipofílicas. 
O medicamento tem algumas propriedades físico 
químicas para ser usado por via tópica. Ele tem que 
ter um excelente poder de penetração. 
PRINCIPAIS FATORES QUE MODIFICAM A 
ABSORÇÃO DE DROGAS: 
O fármaco para ser melhor absorvido precisa ser 
lipossolúvel 
Fator 1 – pH e ionização 
O fármaco ácido e básico vão se encontrar em 
equilíbrio entre a forma ionizada e forma 
molecular. 
A depender do pH do meio, vai ter um predomínio 
da forma molecular ou ionizada. 
Para que o fármaco seja mais absorvido, é 
interessante que ele esteja em predomínio da 
forma molecular, pois é mais lipossolúvel. Assim, 
ele consegue atravessar a membrana. 
Os fármacos ácidos irão predominar a forma 
molecular em meios ácidos. 
Em pH básico, se tem predomínio dos fármacos 
básicos em sua forma molecular. 
Resumo: Fármacos ácidos são melhores absorvidos 
em meio ácidos e fármacos básicos são melhores 
absorvidos em meios básicos. Pois, nessas 
condições se tem o predomínio da forma 
molecular, que é mais lipossolúvel e atravessa a 
membrana. 
Tem medicamentos que podem interferir no pH do 
meio, assim atrapalhando a absorção do fármaco. 
Fator 2 – Interações entre drogas 
2.1 Alterações de pH 
Ex: bloqueadores H2 (antiácidos) e cetoconazol 
(antifúngico) 
Impacto: dissolução de cetoconazol é reduzida, 
resultando em redução da absorção 
Bloqueadores H2, bloqueiam a estimulação da 
secreção ácida, ocasionada pela histamina em 
receptores H2 presentes no estômago 
2.2 Complexação/ Quelação 
Ex: antiácidos + tetraciclinas (tetraciclina promove 
manchamento dentário) 
Impacto: complexo tetraciclina + cátions 
divalentes, formando quelato insolúvel 
Fator 3 – Presença de alimentos 
Tem alimentos que alteram o pH estomacal, 
aumentam o pH e diminui a acidez gástrica. 
Acidez gástrica diminuída: a absorção é afetada 
Em pacientes recebendo também medicamentos 
antiácidos (p. Ex.: hidróxido de alumínio), estes 
devem ser administrados pelo menos 2 horas após 
a ingestão do medicamento 
Fator 4 – Motilidade Gastro Intestinal 
Existem medicamentos que alteram a motilidade 
GI 
Aumento na motilidade GI: metoclopramida (usada 
para vômito) 
Diminuição motilidade GI: narcóticos, 
antidiarréicos, dieta altamente calórica / 
viscosidade (retarda esvaziamento gástrico). 
Se um medicamento passa mais rápido ou mais 
lento no GI, isso altera sua absorção. 
DISTRIBUIÇÃO DE DROGAS 
O fármaco vai ser distribuído pela corrente 
sanguínea. 
- Distribuição: fenômeno em que uma droga, após 
a absorção, sai da corrente sanguínea e dirige-se ao 
seu local de ação. 
- Vascularização (Perfusão) 
- Um tecido que é muito vascularizado ou pouco, 
interfere na penetração do fármaco, se um 
medicamento vai ou não fazer efeito 
OCORRE: 
- Capilares 
Quanto maior o fluxo sanguíneo de um tecido, 
maior a probabilidade do fármaco chegar ao tecido 
Drogas entram em todos os tecidos corporais 
através dos capilares 
Taxa de entrada depende do fluxo sanguíneo e 
facilidade de passar através das membranas 
capilares - difusão 
- Permeabilidade 
Drogas passam facilmente através dos poros da 
membrana (mas não hemácias ou proteínas) 
Independente da lipossolubilidade 
Drogas que se ligam a proteínas plasmáticas não 
passam pelos capilares 
FATORES QUE INTERFERAM NA DISTRIBUIÇÃO: 
Fator 1 - Compartimentos aquosos: água corporal 
 
B – fármaco ligado a proteínas plasmáticas 
O fármaco na forma livre faz todo o percurso, ele 
consegue ir para os tecidos 
Fator 2 - Ligação com proteínas plasmáticas 
Essas ligações com as proteínas são reversíveis 
A medida que o fármaco livre vai se difundido pelos 
tecidos, metabolizado e excretado, vai diminuindo 
sua quantidade. Os fármacos que estão ligados a 
proteínas plasmáticas vão se “desligar” e vão ficar 
na forma livre. 
- Reservatórios circulantes - caráter reversível 
- Ligação saturante: se aumentar muito a 
concentração do fármaco, vai chegar um ponto 
que todas as proteínas plasmáticas estarão 
ocupadas e a consequência é ter uma maior 
proporção de fármaco na forma livre 
Albumina (principal proteína plasmática): se liga 
em ácidos fracos 
Beta globulinas: bases fracas (alfa glicoproteínas *) 
Forma livre: ativa, forma que chega ao tecido alvo 
e aos sítios terapêuticos 
Forma ligada: inativa 
Efeitos da ligação a proteínas plasmáticas 
- Interação entre drogas 
Ex: fenitoína + ác valpróico (os dois se ligam no 
mesmo lugar na albumina - um deles ganha e o 
outro perde, um se liga e outro não/um deles vai 
predominar na forma livre – o que não se liga 
predomina na forma livre) 
Impacto: redução da ligação do ácido valpróico à 
proteína plasmática e alteração da curva de 
saturação – o ácido valpróico vai predominar na 
forma livre, tendo um maior efeito dele e 
consequentemente mais danos colaterais. 
- Hipoproteinemia 
Comum em pacientes hospitalizados, sem dieta 
adequado. O paciente hospitalizado tem uma 
demanda maior por nutrientes. Pode ter uma 
diminuição de fármaco na proteína plasmática, 
assim tendo maior fármaco na forma livre, pois o 
corpo vai “focar” no que é essencial no momento, 
as propriedades vitais, respiração por exemplo. 
Impacto: Aumento da atividade do fármaco 
Fator 3 - Barreiras orgânicas 
Tem alguns tecidos que são protegidos por essa 
barreira orgânica. Como por exemplo, a barreira 
hematocefálica, que tem por função proteger o 
sistema nervoso central de intoxicação. 
3.1 BHE - Cérebrotem 2% da massa corporal, usa 
25% da energia e 20% do fluxo sanguíneo que sai 
do coração (DC) 
- Com este fluxo necessita de mecanismos que 
“protejam” o cérebro contra substâncias não 
nutritivas 
- Para evitar intoxicações - BHE 
- Incompleta antes de 2 anos de idade 
Antibiótico passa mais fácil pela barreira 
hematocefálica 
O fármaco não pode ter alto peso molecular e 
lipossolubilidade 
3.2 Barreira Placentária 
Gestante não pode tomar qualquer medicamento, 
pois tem fármacos que 
ultrapassam a placenta. Mas, 
tem medicamentos, como os 
glicocorticoides, quem precisam 
ultrapassar a placenta para 
casos prematuros 
Dexametasona tem um bom poder de penetração 
na placenta 
Riscos da exposição de drogas ao feto 
- Podem ocorrer anomalias ou reações adversas no 
feto /neonato 
- Efeitos teratogênicos 
- Imediatos: aborto espontâneo, malformação ou 
alteração do crescimento fetal 
- Álcool, nicotina, maconha, cocaína e opióides: 
redução do peso ao nascimento e/ou 
encurtamento do período gestacional 
- Efeitos comportamentais a longo prazo 
- Efeitos tóxicos diretos 
3.3 Barreiras hemato-retiniana 
Poucos antibióticos administrados por via oral, tem 
poder de penetração em meio aquoso, por conta 
da barreira hemato-retiniana. Quando existe 
algum problema ocular, o antibiótico é em forma 
de colírio, ele é estilado no olho. 
3.4 Barreiras hemato-testicular 
Fator 4 - Coeficiente de Partição Óleo-Água 
Quanto maior o CPOA, maior a lipossolubilidade do 
composto 
Ex. Tiopental = 10 
Morfina = 0,4 
Lipossolubilidade muito alta também o fármaco 
não vai ser bem distribuído 
Lipossolubilidade do fármaco, importante para 
absorção e distribuição 
BIOTRANSFORMAÇÃO DE DROGAS 
A metabolização é um mecanismo de defesa, 
alteração de xenobióticos para facilitar a excreção, 
aquilo que é estranho ao corpo. 
- Transformação química - eliminação de 
metabólitos + polares e hidrossolúveis 
- Sistemas enzimáticos hepáticos, plasmáticos, 
intestinais, pulmonares, renais, tem metabolização 
até no sistema nervoso central 
Funções: inativar drogas ou formar compostos 
mais ativos (pró fármacos-administrado inativo e in 
vivo sofre uma biotransformação) 
Reações de fase I: no REL - citocromo P450 
(microssomal) 
Oxidação, redução e hidrólise – são catalisadas por 
enzimas do citocromo P450, que são as enzimas 
que promovem as reações de oxidação, essas 
reações são as principais das reações de fase I 
As enzimas do citocromo P450 são divididas em 
famílias, são as CYPS 
Enzimas, NADP, NADPH, O2 
Podemos ter ainda as reações de hidrólises, que 
são catalisadas por hidrolases, como as esterases e 
amidase 
Geralmente essas reações de fase I, inserem ou 
modificam um grupamento ou expõe um 
grupamento polar, para se tornar mais polar 
Um fármaco A – pode produzir um metabolito B, C 
e D (e um deles é responsável pelos efeitos 
colaterais do fármaco A). Algumas vezes os efeitos 
colaterais estão relacionados ao próprio 
mecanismo de ação do fármaco. Mas, na maioria 
das vezes são da produção de metabolitos. Isso 
acontece pois os metabolitos tem uma reatividade 
diferente do fármaco que foi originalmente 
administrado. 
Os metabolitos podem ter a mesma atividade dos 
fármacos originalmente administrados 
Diazepan como exemplo 
A reação de fase I, pode gerar metabolitos 
diferentes do fármaco originado. Pode ter uma 
ação semelhante, mas também diferente do 
fármaco que foi administrado. Isso acontece pois, 
o fármaco foi induzido, modificado ou exposto a 
grupamentos polares, essas moléculas são 
diferentes. 
Reações de fase II: reação de conjugação ou síntese 
Ao fármaco ou ao metabolito é inserido um 
substrato endógeno (geralmente esse substrato 
tem alta polaridade) 
Essa reação de fase II pode ser catalisada por 
enzimas citoplasmáticas e microssomiais, 
chamadas de transferases. 
Substratos: ácido glicurônico, SO4, acetona, aa 
(glicina, cisteína, metionina) 
As reações de acetilação e metilação, não 
diminuem a lipossolubilidade do composto, elas 
fazem aumentar. Mas, são importantes para a 
inativação. 
Reações de conjugação com glutationa, são 
importantes para fármaco que geram metabólicos, 
que são altamente eletrofílico, e podem causar 
danos em macromoléculas como proteínas e DNA. 
As reações de conjugação mais comum são as 
reações com ácido glicurônico (são moléculas 
endógenas de alta polaridade que facilita a 
excreção) 
Via de regra, as reações de fase II geram 
metabolitos inativos 
Exemplos de conjugação 
- Sulfatação 
- Glicuronidação 
 
Resumo: Temos um fármaco, esse fármaco pode 
passar por reações de fase I e após a fase I o 
fármaco pode ser ativado/inalterado. Mas, o que 
acontece frequentemente é ele ser inativado. Esse 
metabolito gerado na reação de fase I, pode sofrer 
com as reações de fase II, gerar produtos 
conjugados que são via de regra inativos e que são 
facilmente excretados, por via renal ou biliar. 
Alguns fármacos não passam por reações de fase I. 
Tem aqueles que já passam para reações de fase II, 
como o oxazepan (pró fármaco). 
Alguns fármacos nem sofrem reações metabólicas 
e são excretados de maneira alterada (classe de 
antibióticos, aminoglicosidicos). Eles já são 
bastante hidrossolúveis, então eles não precisam 
passar por reações metabólicas para serem 
excretados. 
O fármaco para ser melhor excretado, precisa ser 
hidrossolúvel, por isso eles passam por esse 
processo de biotransformação. 
Latenciação de Fármacos 
- Processo para obtenção de pró-fármacos 
A molécula do fármaco é inserida a uma unidade 
transportadora e in vivo essa unidade 
transportadora é retirada e se tem novamente um 
fármaco ativo. 
- Um composto inativo após reação enzimática ou 
química ‘libertará’ o fármaco ativo 
- Objetivos: alterar farmacocinética, 
biodisponibilidade, estabilidade, redução de 
efeitos adversos 
 
Exemplos de pró fármacos, são inibidores da ECA 
O captopril é o fármaco precursor dessa classe. Ele 
tem muitos efeitos colaterais, como tosse seca no 
paciente. 
Esses prós fármacos passam por reação de 
hidrolise, modificando a farmacocinética e 
reduzindo os efeitos adversos. 
FATORES QUE AFETAM A BIOTRANSFORMAÇÃO: 
Internos 
Existem fármacos que funcionam como inibidores 
ou indutores enzimáticos 
- Inibição enzimática (eles podem diminuir a 
produção ou podem competir com as enzimas que 
metabolizam outros fármacos. Eles vão inibir a 
metabolização daquele fármaco) 
Ex: cimetidina, cloranfenicol, organofosforados, 
cetoconazol, CCl4 (são substancias que promovem 
a inibição enzimática) – o fármaco vai ser 
metabolizado de maneira mais lenta. Assim, a 
biodisponibilidade aumenta. Se tem mais efeitos e 
efeitos adversos 
- Indução enzimática (aumentam a produção de 
enzimas metabólicas, como a enzima CP450) – eles 
induzem a metabolização deles mesmo, sendo 
necessária após um tempo, uma administração de 
uma dose maior, para que se tenha o mesmo 
efeito) 
Ex: fenobarbital, rifampicina, fenitoina, álcool 
*O que acontece com medicamentos que são 
administrados em concomitância a indutores 
enzimáticos? 
R. Ele vai ter o seu tempo de ação reduzido, uma 
menor biodisponibilidade, efeito menor, rápida 
metabolização. 
- Lipoafinidade (fármacos mais lipossolúveis, 
demoram mais tempo no organismo, pois ele vai 
passar por mais reações metabólicas para ser 
excretados) 
- Fluxo sanguíneo hepático (determina se o 
medicamento vai ser mais rapidamente ou 
lentamente metabolizado. Maior fluxo sanguíneo 
hepático, vai ser mais rapidamente metabolizado, 
pois infunde mais rapidamente no fígado) 
- Ligação com proteínas plasmáticas (se um fármaco 
se liga mais a proteínas plasmáticas, o fármaco 
demora mais para ser metabolizado) 
Externos 
- Dieta 
- Meio ambiente 
 
EXCREÇÃO DE DROGAS 
As principais vias de excreção são urinárias e fecais 
 
- Auxiliadapela biotransformação 
- Rins 
- Bile 
- Glândulas salivares/ mamárias/ sudoríparas 
- Pulmões 
Existem fármacos que não sofrem reações de fase 
I e nem II e é diretamente excretado 
A medida que o fármaco vai sofrendo 
metabolização, ele vai se transformando em 
moléculas hidrofílicas, facilitando sua excreção 
1.Excreção renal 
Ocorre por: 
- Filtração glomerular 
- Secreção tubular 
- Reabsorção passiva 
Drogas ionizadas em pH fisiológico 
Ex: penicilinas, cefalosporinas, diuréticos 
Filtração glomerular 
O principal processo de excreção é a filtração 
glomerular 
Fármacos são filtrados nos glomérulos e chegam ao 
túbulo contorcido proximal. 
Fármacos livres sofrem essa filtração glomerular. 
 Substâncias que tem alto peso molecular não 
conseguem sofrer filtração glomerular 
Algumas substâncias não sofrem essa filtração 
glomerular, mas sim uma secreção tubular 
Secreção tubular ativa 
Acontece graças a proteínas transmembranas que 
reconhecem certos padrões moleculares e “jogam” 
os fármacos pra dentro do túbulo 
- Túbulo proximal = sistemas de transporte ativo 
(bombas) 
- Mobilizam drogas do sangue para dentro do 
túbulo 
- Transportadores para drogas ácidas - carga 
negativa (ânions) 
- Transportadores para drogas básicas - carga 
positiva (cátions) 
- Tem medicamentos que competem pelo mesmo 
carreador. Um vai ganhar e o outro vai perder. O 
que perde vai se acumular e vai causar mais efeitos 
colaterais 
Ex: penicilina & probenecida - ácidas 
Cimetidina & procainamida - básicas 
Probenecida = antigotoso 
Procainamida = antiarritimico 
Enquanto umas substâncias estão sofrendo 
secreção, outras estão sofrendo reabsorção. 
Exemplos de fármacos secretados ativamente no 
túbulo contorcido proximal: 
- Acetazolamida (diurético) 
- Ác. Salicílico (esfoliante) 
- Indometacina (antiinflamatório) 
- Conjugados com glicina e sulfato (metabólitos) 
Os metabolitos hidrofílicos, quando o sangue 
perfunde o fígado ou rim, ele vai ser excretado. 
Se tem um fármaco que sofre bastante com 
metabolismo de primeira passagem, então a 
biodisponibilidade ou tempo de meia vida desse 
fármaco, vai ser menor. Pois, ele perfunde o fígado, 
maior parte dele vai se transformar em metabolito 
hidrossolúvel e vai ser facilmente excretado. 
Substâncias mais lipossolúveis, demoram mais 
tempo no organismo, pois tem que passar por mais 
reações metabólicas para se transformar em 
substâncias hidrossolúveis e serem excretados. 
Compostos de baixa lipossolubilidade 
(hidrossolúvel) e ionizados = excretados com 
rapidez 
Compostos não-ionizados e lipossolúveis = 
excretados com mais lentidão, tem tempo de meia 
vida maior 
Alcalinização / Acidificação Urinária: mudança do 
pH dentro dos túbulos favorece excreção de drogas 
de pH contrário 
Pessoas que se intoxicam com drogas ácidas, é 
administrado substâncias para promover a 
alcalinização da urina, facilitando a excreção. Isso 
acontece também com pessoas que se intoxicam 
com substâncias básicas, então é administrado 
uma substância ácida, facilitando a excreção. 
2.Excreção biliar/fecal 
Uma substância não é obrigatoriamente excretada 
só por uma via. Alguns fármacos sofrem excreção 
tanto renal, como biliar. 
Ex: cloranfenicol (3%); tiroxina (10%); estradiol 
(50%) 
A excreção biliar acontece com drogas que tem um 
alto peso molecular e grupamentos apolares e 
conjugação com ácido glicurônico nos hepatócitos. 
Hepatócitos - Bile - intestino - excreção e 
reabsorção 
PARÂMETROS FARMACOCINÉTICOS IMPORTANTES 
Volume de Distribuição 
- O quanto o medicamento consegue chegar aos 
tecidos 
- O volume de distribuição é uma constante de 
proporcionalidade fictícia, um conceito 
matemático 
- Quando o volume de distribuição é pequeno, a 
captação pelos tecidos é limitada (o fármaco fica 
basicamente só no sangue); já valores grandes para 
volume de distribuição, indicam uma ampla 
distribuição para os tecidos. 
 
Tempo de meia-vida = Meia-vida Biológica = t½ 
- Representa o tempo gasto para que a 
concentração plasmática ou a quantidade original 
de um fármaco no organismo se reduza à metade 
- Possibilita estimativa dos efeitos terapêuticos ou 
tóxicos dos fármacos, da duração do efeito 
farmacológico e do regime posológico (se tem um 
fármaco que tem um tempo de meia vida pequeno, 
quer dizer que o fármaco vai ser metabolizado e 
excretado mais rápido, então ele vai precisar ser 
administrado com uma maior frequência. Se tem 
um fármaco com tempo de meia vida longo, ele vai 
ser administrado com maior espaçamento de 
tempo) 
- Geral - após 4 meias-vidas a eliminação está 94% 
completa 
Tempo de meia-vida determina: 
1.Quanto demora para a droga deixar um sistema 
ou ser eliminada 
- Teoricamente (função hepática e renal normais) 
 
- Idosos (redução das enzimas metabólicas), 
crianças (não tem enzimas bem estabelecidas) ou 
doentes (distúrbio hepáticos ou renais demoram 
mais) podem depurar (excretar) mais lentamente 
2.A frequência de administração 
Fármaco com tempo de meia vida curta: 
administrado em uma maior frequência 
Fármaco com tempo de meia vida longo: 
administrado em um maior espaçamento 
Biodisponibilidade 
- Biodisponibilidade ou disponibilidade sistêmica 
ou Bioviabilidade 
Proporção de droga administrada que atinge a 
circulação sistêmica e que está disponível para 
chegar ao local de ação 
- Refere-se à via oral geralmente, mas pode ser 
obtida com a via e.v. 
- i.v. - 100% disponibilidade teórica 
- v.o. líquido - toda droga teoricamente disponível 
na mucosa gástrica para absorção. 
- v.o. comprimido ou cápsula - outros fatores 
envolvidos (desintegração do envoltório, taxa de 
dissolução da droga no líquido gástrico/intestinal, 
etc) 
Clearence (Cl) 
- Trata da excreção 
- Mede a velocidade de uma substância que está 
sendo excretada. Quanto maior o clearence maior 
o tempo de excreção 
 
- Cp – concentração plasmática 
- Cu – concentração urinária 
- Vu – velocidade do fluxo urinário 
Os diuréticos tendem a aumentar a excreção 
urinária de alguns fármacos. 
 
Rivana Farias – Odontologia - UNINTA

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