Buscar

Recurso de Apelação

Prévia do material em texto

Brenda Amengol 
1 
 
Recurso de Apelação. 
 
• Regra geral de cabimento: 
 
Art. 1.009. Da sentença cabe apelação. 
§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não 
comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em 
preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 
 
Art. 724. Da sentença caberá apelação. 
 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos. 
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o 
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos Arts. 485 e 487, põe fim à fase 
cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. 
 
• Legitimidade para propor recurso de apelação: 
 
Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo 
Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica. 
Art. 103. A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem 
dos Advogados do Brasil. 
 
• Procedimento da apelação perante juízo a quo: 
 
Art. 1.010. A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: 
I - os nomes e a qualificação das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; 
IV - o pedido de nova decisão. 
§ 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o (recurso interposto pelo apelado na forma 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art485
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art487
Brenda Amengol 
2 
 
adesiva), os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de 
admissibilidade. 
 
Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela 
legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena 
de deserção. 
§2º A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará 
deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo em 5 dias. 
§4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do 
preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, 
para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção. 
§5º É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte 
de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4o. 
 
Art. 1.002. A decisão pode ser impugnada no todo ou em parte. 
 
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado 
conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito à lei exige iniciativa da parte. 
 
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar 
a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. 
§ único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional. 
 
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na 
apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior. 
 
• Procedimento de apelação perante juízo ad quem: 
 
Art. 931. Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 (trinta) 
dias, depois de elaborar o voto, restitui-los-á, com relatório, à secretaria. 
Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator: 
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V; 
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do 
recurso pelo órgão colegiado. 
 
Art. 932. Incumbe ao relator: 
 
- não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art932iii
Brenda Amengol 
3 
 
especificamente os fundamentos da decisão recorrida; 
 
III - negar provimento a recurso que for contrário a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
IV - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao 
recurso se a decisão recorrida for contrária a: 
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do 
próprio tribunal; 
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de 
Justiça em julgamento de recursos repetitivos; 
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de 
assunção de competência; 
 
Art. 933. Se o relator constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a 
existência de questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser considerados 
no julgamento do recurso, intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 dias. 
§ 1o Se a constatação ocorrer durante a sessão de julgamento, esse será imediatamente 
suspenso a fim de que as partes se manifestem especificamente. 
§ 2o Se a constatação se der em vista dos autos, deverá o juiz que a solicitou encaminhá- los 
ao relator, que tomará as providências previstas no caput e, em seguida, solicitará a inclusão 
do feito em pauta para prosseguimento do julgamento, com submissão integral da nova 
questão aos julgadores. 
Art. 934. Em seguida, os autos serão apresentados ao presidente, que designará dia para 
julgamento, ordenando, em todas as hipóteses previstas neste Livro, a publicação da pauta no 
órgão oficial. 
Art. 935. Entre a data de publicação da pauta e a da sessão de julgamento decorrerá, pelo 
menos, o prazo de 5 dias, incluindo-se em nova pauta os processos que não tenham sido 
julgados, salvo aqueles cujo julgamento tiver sido expressamente adiado para a primeira 
sessão seguinte. 
§ 1o Às partes será permitida vista dos autos em cartório após a publicação da pauta de 
Brenda Amengol 
4 
 
julgamento. 
 § 2o Afixar-se-á a pauta na entrada da sala em que se realizar a sessão de julgamento. 
 
Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente 
dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao 
membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada 
um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do 
caput do art. 1.021: 
 
I - no recurso de apelação; 
 
Art. 941. Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando 
para redigir o acórdão o relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto vencedor. 
§ 1o O voto poderá ser alterado até o momento da proclamação do resultado pelo presidente, 
salvo aquele já proferido por juiz afastado ou substituído. 
§ 2o No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão 
colegiado, pelo voto de 3 (três) juízes. 
 
• Efeitos: 
 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões 
suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que 
relativas ao capítulo impugnado. 
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um 
deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. 
 
• Julgamento de questões preliminares: 
Art. 938. A questão preliminar suscitada no julgamentoserá decidida antes do mérito, deste 
não se conhecendo caso seja incompatível com a decisão. 
§ 1o Constatada a ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser conhecido de 
ofício, o relator determinará a realização ou a renovação do ato processual, no próprio tribunal 
ou em primeiro grau de jurisdição, intimadas as partes. 
§ 2o Cumprida a diligência de que trata o § 1o, o relator, sempre que possível, prosseguirá no 
julgamento do recurso. 
§ 3o Reconhecida a necessidade de produção de prova, o relator converterá o julgamento em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1021
Brenda Amengol 
5 
 
diligência, que se realizará no tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, decidindo-se o 
recurso após a conclusão da instrução. 
§ 4o Quando não determinadas pelo relator, as providências indicadas nos §§ 1o e 3o 
poderão ser determinadas pelo órgão competente para julgamento do recurso. 
 
Art. 939. Se a preliminar for rejeitada ou se a apreciação do mérito for com ela compatível, 
seguir-se-ão a discussão e o julgamento da matéria principal, sobre a qual deverão se 
pronunciar os juízes vencidos na preliminar. 
 
• Julgamento de mérito diretamente pelo tribunal (incongruência de 
matéria): 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde 
logo o mérito quando: 
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido 
ou da causa de pedir.

Continue navegando