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historia do maranhão

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ENTREGA: ATÉ 18.04.2021 16___/______
 DISCIPLINA 
MARANHÃO IMPERIAL 2020.2
 
2ª NOTA
	
QUESTÃO: COMENTE O CAPÍTULO 2 DA TESE “NO AVESSO DA FORMA: APONTAMENTOS PARA UMA GENEALOGIA DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO” (J. S.).
	1. 
	 Logo no início do capitulo é possível perceber o resgate historiográfico sobre as heranças 
	2. 
	herdadas na província proveniente justamente do período colonial, demonstrando que para um 
	3. 
	melhor entendimento do movimento histórico, faz necessário a interpretação da configuração 
	4. 
	social antecedente, como é apresentado até então sobre os fatores sociais, políticos, 
	5. 
	administrativos, econômicos, religioso e geográficos que se apresentam como fatores que se 
	6. 
	 relacionam de maneira coordenadas como um conjunto de inter-relações que se intercalam e se 
	7. 
	relacionam entre si trazendo novas interpretações em um âmbito de relações de poder. No 
	8. 
	decorre do texto podemos perceber como as relações de topografia sempre estar interligada a 
	9. 
	uma outra relação condicionante, como a definição da narrativa histórica, como a observação de 
	10. 
	Evaldo Cabral de Melo sobre a percepção geográfica do maranhão, no qual a divisão do brasil 
	11. 
	se apresentava de acordo com a titularidade das províncias do norte como amazonas até Bahia e 
	12. 
	as províncias do sul, como espirito do Sul ao Rio de Janeiro, interessante que o maranhão se 
	13. 
	apresentava como uma província do norte em oposição as províncias do sul, de modo que os 
	14. 
	povos que aqui viveram neste momento ficaram conhecidos como brasileiro do norte ou 
	15. 
	nortistas em oposição a síntese do Brasil que se apresenta como a centralidade das relações de 
	16. 
	poder no Rio de Janeiro. Dessa forma, o maranhão se expressou muitas vezes como uma relação 
	17. 
	de polaridade, no qual os brasileiros do norte eram opostos aos brasileiros do sul ganhando 
	18. 
	diversas designações como: habitantes do Equador, brasileiros do norte ou até mesmo gente 
	19. 
	aquecida pelos raios do Sol. Na página 83 podemos observar a base da sociedade do período 
	20. 
	regencial no maranhão classificados desde então entre classes superiores como a elite política entre 
	21. 
	eles estavam grandes proprietários de terras, senadores, ingleses, Portugueses dono de escravos 
	22. 
	entre outros e a classe inferior que eram praticamente a massa e a densa população desse momento, 
	23. 
	somando a isso, os índios que conviviam em uma guerra de resistência permanente. Interessante,
	24. 
	destacar a classificação matriarcal feita pelo senhor de terras e escravos José Raimundo Sousa 
	25. 
	Gayoso que trouxe uma classificação mais heterogênea, no topo da hierarquia os filhos do rei, 
	26. 
	segunda classe os nacionais ou descendentes de europeus e a terceira e maior com subdivisões 
	27. 
	mulatos: negros com europeus e místicos: europeus com índios. Diante disso, para José Raimundo 
	28. 
	os filhos do rei, europeus, estão neste momento, no alto escalão da governabilidade, administração 
	29. 
	pública, a junta da justiça, a junta da fazenda real e nos mais diversos mecanismos de governo da
	30. 
	administração como forma de controlar os mais diversos segmentos da sociedade econômica neste 
	31. 
	momento, como o controle de setores estratégicos como igrejas corporações militares, marinha, 
	32. 
	coroa e os Portugueses estavam de frente com as relações de negócios com a Europa e as relações 
	33. 
	entre outras províncias e relações com interior do Maranhão controlando e condicionamento da 
	34. 
	vida política e econômica da província do Maranhão. 
	35. 
	Paralelamente a isso, tinham aqueles chamados de “capitalistas” que controlavam a praça do 
	36. 
	comercial de São luís e as relações de compra e venda de escravos, assim como negociações de 
	37. 
	compra de algodão dos produtores nos interiores como revenda de algodão para os ingleses. 
	38. 
	Podemos observar o destaque que a diversidade apresentada por Gayoso que vai além de uma 
	39. 
	classificação, mas também traz a predominância do imaginário social desta época. Para Gayoso a 
	40. 
	“classe” dos brancos nacionais, tinha como característica a inatividade decorrente de fatores 
	41. 
	econômicos e a política premeditada da elite dominante dos meios administrativos. A configuração 
	42. 
	social que pode ser vista como um fator natural trata-se do processo de miscigenação, Gayoso nos 
	43. 
	apresenta este processo como um fator determinante para configuração social que marcou tanto 
	44. 
	brancos do reino quanto brancos nacionais foi o justamente as relações sexuais entre brancos com 
	45. 
	índias e negras que reproduziu o fenômeno de pluralidade racial hoje existente. 
	46. 
	Interessante destacar a forma que Gayoso apresenta a última classe, os índios divididos em dois 
	47. 
	grupos índios “gentio bravo” ou índios selvagens e os índios domesticáveis. Certamente, neste momento
	48. 
	é possível observar a discricionariedade do modo de vida dos índios em contestação a cultura e costumes,
	49. 
	como o modo de conviver e sobreviver no meio natural sob lei dos seus desejos. Desse modo, é 
	50. 
	possível observar que o imaginário predominante neste momento, onde se apresentava como um 
	51. 
	 parâmetro hierárquico que tem como ponto de partida categorias raciais (brancos, negros, índios, 
	52. 
	mestiços, e mulatos. A classificação de Gayoso ainda fora confirmada por viajantes que deixaram 
	53. 
	escritos sobre o Maranhão no final da era colonial trazendo singularidades similares a sua classificação 
	54. 
	e apresentando uma classificação dividida em índios selvagens, negros escravos, homens 
	55. 
	de cor, brancos pobres e ricos; que é dominado pela alta burocracia portuguesa, como o governador
	56. 
	e as classes com grande poder econômico nos setores de negócios chamados negociantes e plantadores
	57. 
	portugueses e brasileiros. 
	58. 
	uma outra narrativa também se destaca pela exclusão dos povos indígenas proferida por Magalhães
	59. 
	que trouxe o critério racial da cor e dividiu a população do Maranhão em três grupos: brancos, 
	60. 
	mesclados e negros, interessante destacar que essas classificações se tornaram a base para a 
	61. 
	reafirmação das teorias degenerativas sobre os povos negros e indígenas, no que diz respeito aos seus 
	62. 
	costumes, cultura e modo de vida com fundamentações no discurso de distinções de raças. 
	63. 
	Interessante como a história do maranhão se apresenta na “gênese colonial do programa” na página 98,
	64. 
	que nos traz a história do maranhão como um somatório de conjunto de fatores indissociáveis, como 
	65. 
	Uma rede ou uma arvore genealógica, onde no período colonial surgiu um conjunto de obras de que
	66. 
	autores foram fundamentais na construção do imaginário básico do Maranhão e dos maranhenses, a 
	67. 
	de modo que a história se apresente como um movimento, no qual faz parte um conjunto de relações 
	68. 
	Inter focal e multireferencial, tornando-se inviável a escrita da história do maranhão sem levar em
	69. 
	conta as questões, os temas, os juízos, os recortes, as abordagens, deixada por esses escritores 
	70. 
	Antecedentes. Desse modo, o movimento histórico surge a partir de um conjunto de condicionantes e 
	71. 
	interrelações, e assim se constituiu a narrativa histórica do Maranhão. A nova geração de escritores 
	72. 
	usufruiu da herança deixada para trazer uma narrativa sobre os acontecimentos que marcaram e 
	73. 
	influenciaram da constituição da história do Maranhão. A compreensão dessa lógica é importante, 
	74. 
	mais tarde a geração que escreveu sobre história do Maranhão e dos maranhenses levando em 
	75. 
	consideração todo esse arcabouço cultural e buscando uma construção sobre história, geografia, 
	76. 
	costumes, sociedade e política apresentaram uma diversidade gigantes ao ponto de trazer as 
	77. 
	contradições internas, posicionamentos políticos, influenciasteórica e a base que condiciona a 
	78. 
	elaboração de novas pesquisas ultrapassando barreiras teóricas e trazendo as singularidades do 
	79. 
	movimento histórico.
	80.

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