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Questões de IED - aula 06

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS – UEMG
UNIDADE ACADÊMICA DE PASSOS
CURSO DE BACHEREL EM DIREITO
Discentes: Bruna Ramos, Laura Sanches e Roque Junior 
Disciplina: Introdução ao Estudo do Direito		Turma: 1º Período
Docente: Prof. Camila Silva Machado G.	 Data: 19/06/2021 
Atividade: Resolução de questões da aula 06
1. Apresente, de acordo com a divisão de Herbert Hart, sobre as normas secundárias, exemplos de normas de reconhecimento, de modificação e de julgamento.
R: Para Herbert Hart, as normas secundárias são atributivas de poderes, sejam públicos ou privados, criadas para solucionar a fragilidade das primárias. Essas outorgam poderes a agentes para criar, modificar, abolir, identificar e aplicar regras.
Normas de reconhecimento possuem validade jurídica e definem as competências. Hoje em dia, a Constituição Federal é um exemplo.
Normas de modificação dão poder ao indivíduo para alterar, extinguir ou criar novas regras primárias para a sociedade. O poder legislativo é um exemplo de regra de alteração/modificação, pois tem a tarefa de fazer leis e modificá-las quando veem necessidade.
Normas de julgamento dão poder ao indivíduo julgador a identificar, processar e decidir um crime cometido. O exemplo é o Poder Judiciário, por meio da investigação, apuração, julgamento e punição. 
2. Associe, numa experiência social, um fato particular que corresponde a um fato tipo e apresente qual o resultado para a situação em que uma pessoa é responsável por este fato particular, citando a norma como exemplo.
R: Fato-tipo roubo (art. 157 do CP). Um indivíduo, portando arma de fogo, invade uma residência, rende os moradores e subtrai do local um notebook, dois smartphones e o carro deles. Após fugir, as vítimas ligam para a polícia, descrevem o acontecido e o criminoso é encontrado com os pertences delas, caracterizando flagrante. Por meio da norma de reconhecimento, identifica-se a hipótese da prática de roubo no Código Penal, e pela norma de julgamento, o magistrado terá poderes para analisar as provas, julgar e, caso necessário, aplicar a pena que está prevista para esse tipo de delito, que é de 04 a 10 anos de detenção. 
3. Características da Norma Jurídica. Leia atentamente o texto a seguir e, após, responda ao que se pede.
“De acordo com a lógica de funcionamento do Estado de Direito, no momento em que uma norma se torna jurídica qualquer que tenha sido sua origem remota (e.g.: a religião, a moral ou a economia) seu cumprimento passa a ser obrigatório para todos – inclusive para o Poder Público – o que requer um aparato estatal capaz de impor essa obediência, direta ou indiretamente, caso ela não seja obtida de forma voluntária”. (BARCELLOS, Ana Paula de. A Eficácia Jurídica dos Princípios Constitucionais – O Princípio da Dignidade da Pessoa Humana – Rio de Janeiro: Renovar, 2002, p. 33).
O trecho acima cuida de algumas características da norma jurídica. Identifique-as e explique-as
R: Norma Jurídica tem como característica fixar pautas do comportamento do indivíduo perante outros em sociedade, determinando padrões de conduta social impostos pelo Estado. Verifica-se no texto que, a partir do momento em que um comportamento, antes exigido por uma religião por exemplo, passa a ser exigido pelo Estado de Direito, esse deve ser cumprido como regra, a fim de que a ordem social seja mantida. Para que haja a garantia desse cumprimento, o Estado dispõe de reguladores no Poder Executivo que façam cumprir as consequências aos desviados.
4. Quais os tipos de regras jurídicas? Como é apresentada a estrutura das regras jurídicas de conduta? O que há de comum e o que há de distinto nos tipos de regras jurídicas?
R: Os tipos de regras estão classificados como ordens, permissões e proibições. A estrutura das regras jurídicas de conduta revela um juízo hipotético, prevendo uma situação que pode ocorrer ou não e estabelece uma consequência que sucede a hipótese, essa estrutura se formula por: Se F é, deve ser C; se não C, deve ser SP, ou seja, o fato deve ser conforme a regra; se não for feita conforme a regra, então se aplica uma sanção.
Os tipos de regras têm em comum a generalidade (para todos os cidadãos), a hipoteticidade (condicionais: “se A, então B”) e o imperativo (comando). O que têm de distinto é em relação ao sistema a que pertencem (nacionais, estrangeiras), à fonte (legislativa, jurisprudencial) e à hierarquia (constitucional, complementar, ordinária, etc).

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