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Caso: Sergio, domiciliado em Volta Redonda/RJ, foi 
comunicado pela empresa de telefonia ALFA, com sede em São 
Paulo/SP, que sua fatura, vencida no mês de julho de 2011, 
constava em aberto e, caso não pagasse o valor 
correspondente, no total de R$749,00, no prazo de 15 dias 
após o recebimento da comunicação, seu nome seria lançado 
nos cadastros dos órgãos de proteção ao crédito. Consultando a 
documentação pertinente ao serviço utilizado, encontrou o 
comprovante de pagamento da fatura supostamente em aberto, 
enviando-o via fax para a empresa ALFA a fim de dirimir o 
problema. Sucede, entretanto, que, ao tentar concretizar a 
compra de um veículo mediante financiamento alguns dias 
depois, viu frustrado o negócio, ante a informação de que o 
crédito lhe fora negado, uma vez que seu nome estava inscrito 
nos cadastros de maus pagadores pela empresa ALFA, em 
virtude de débito vencido em julho de 2011, no valor de 
R$749,00. Constrangido, Sérgio deixou a concessionária e 
dirigiu-se a um escritório de advocacia a fim de que fosse 
proposta a ação cabível. Elabore a peça processual adequada ao 
caso comentado. 
AO JUÍZO DE DIREITO DA COMARCA DE VOLTA 
REDONDA - RJ 
Sergio, estado civil [...], profissão [...], inscrito no cadastro de 
pessoas físicas no n. [...], registrado sob o n. [...], residente e 
domiciliado na Rua [...], com endereço eletrônico [...], vem à 
presença deste Juízo propor a presente: 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CUMULADA COM 
OBRIGAÇÃO DE FAZER E DECLARAÇÃO DE 
INEXISTÊNCIA DE DÉBITO 
em face da telefonia ALFA, com Cadastro Nacional da Pessoa 
Jurídica sob o n. [...], sediado em [...]. 
I - DOS FATOS 
O Autor foi comunicado pelo Réu que sua fatura, vencida no 
mês de julho de 2011, constava em aberto e, caso não pagasse o 
valor correspondente, no total de R$749,00 (setecentos e 
quarenta e nove reais), no prazo de 15 dias após o recebimento 
da comunicação, seu nome seria lançado nos cadastros dos 
órgãos de proteção ao crédito. 
Consultando a documentação pertinente ao serviço utilizado, 
encontrou o comprovante de pagamento da fatura 
supostamente em aberto, enviando-o via fax para a empresa Ré 
a fim de dirimir o problema. 
Ao tentar concretizar a compra de um veículo mediante 
financiamento alguns dias depois, viu frustrado o negócio, ante 
a informação de que o crédito lhe fora negado, uma vez que seu 
nome estava inscrito nos cadastros de maus pagadores pela 
empresa Ré, em virtude de débito vencido em julho de 2011, no 
valor de R$749,00 (setecentos e quarenta e nove reais). 
O fato causou enorme constrangimento ao Autor que, diante da 
recusa da empresa em dirimir o problema, não lhe restou outra 
alternativa que não a proposição da presente ação. 
II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
II.I DA RELAÇÃO DE CONSUMO 
A presente relação jurídica está albergada pela lei n. 8.078/90 
(Código de Defesa do Consumidor), em que de um lado temos 
a figura do Consumidor (art. 2º, CDC), de outro a figura do 
Fornecedor (art. 3º, CDC), vinculados pela prestação de 
serviços telefônicos (art. 3º, § 2º CDC). 
II.II DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E 
DA OBRIGAÇÃO DE FAZER 
No caso concreto, houve falha na segurança do serviço 
prestado pela empresa Ré, evidenciando, assim, o fato do 
serviço. 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, 
independentemente da existência de culpa, pela reparação 
dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à 
prestação dos serviços, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
O Autor realizou tempestivamente o pagamento dos valores 
que estavam sendo cobrados e possuía o comprovante da 
transação, porém, independentemente da inexistência de saldo 
devedor, a Empresa Ré passou a cobrar valores em aberto. 
A comunicação do Autor informando o cumprimento 
tempestivo de suas obrigações não foi suficiente para que a 
Empresa Ré agisse com zelo e sobriedade, continuando a 
cobrar por valores indevidos, inscrevendo, por fim, o Autor no 
cadastro de inadimplentes. 
O fato impediu que o Autor realizasse um financiamento de 
veículo, sofrendo vexame e humilhação na agência em 
decorrência de um erro por parte da Ré. 
Segundo o CDC, o fornecedor responde, independentemente 
de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores 
por defeitos relativos à prestação dos serviços, dessa forma, 
deve a empresa Ré ser responsabilizada pela ausência de 
cuidado no exercício de sua atividade. 
Dessa forma, estando comprovado o adimplemento da 
obrigação e o ato ilício da Ré em inscrever o Autor no cadastro 
de inadimplentes, requer a imediata retirada de seu nome dos 
respectivos órgãos de proteção ao crédito. 
II.IV DA INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MORAIS 
O direito à indenização por danos morais foi consagrado em 
nossa Constituição, que em seu art. 5º, inc. X irá defender: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à 
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes: 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua violação; 
Seguindo a lógica constitucional, o CDC garantiu que 
consumidores lesados, material ou moralmente, tivessem o 
direito de ser reparados da lesão sofrida, dessa forma o art. 6º, 
inc. VI do CDC irá dispor: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e 
morais, individuais, coletivos e difusos; 
Os fatos narrados causaram no Autor imenso constrangimento 
e ofensa, que foi impedido de realizar negócios em decorrência 
da falha do fornecedor Réu. 
É dever da empresa, portanto, reparar os danos morais 
perpetrados, respeitando-se a devida proporcionalidade. 
Assim, requer indenização pelos danos morais sofridos no 
valor de R$ [...]. 
III - DA TUTELA DE URGÊNCIA 
Conforme dispõe nosso Código processual, a tutela de urgência 
será concedida quando se '' houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo.'' (art. 300, CPC). 
No caso em apreço, o Autor se encontra inscrito no cadastro de 
inadimplentes pela total ausência de zelo da empresa Ré, sendo 
provado conforme doc. anexo que a dívida cobrada - e que 
gerou a inscrição indevida - se encontra devidamente 
adimplida. 
Nesse ínterim, a probabilidade do direito está evidente na falha 
da prestação de serviços da empresa Ré, fundamentado no 
art. 14 do CDC, e o comprovante da transação que demonstra a 
inexistência de qualquer débito em aberto. 
Por outro lado, o perigo de dano está consubstanciado na 
incapacidade do Autor em realizar determinados negócios 
jurídicos em decorrência do fato, inviabilizando o exercício dos 
mais variados atos da vida civil. 
Pelo exposto, é de lídima justiça a concessão initio litis de 
antecipação de tutela (art. 300, § 1º, CPC) para excluir seu 
nome dos cadastros de inadimplente, sob pena de multa a ser 
arbitrada por este Juízo. 
IV - DOS PEDIDOS 
Por tudo que foi exposto, requer o Autor: 
a) a concessão initio litis de antecipação de tutela para excluir 
seu nome dos cadastros de inadimplente, sob pena de multa. 
b) a citação do Réu para, querendo, responder os termos da 
presente ação sob pena de revelia. 
c) no mérito, a declaração de inexistência do débito e 
confirmação da tutela antecipada eventualmente deferida. 
d) indenização pelos danos morais sofridos no valor de R$ [...]. 
e) condenação do réu a pagar custas processuais e honorários 
advocatícios. 
f) A juntada do pagamento das custas iniciais. 
g) Requer que as intimações e demais atos sejam direcionados 
ao endereço profissional [...]. 
Ainda, protesta por todas as produções de provas em direito 
admitidas, mormente, provas documentais. 
Dá-se à causa o valor de [...] 
Data [...], Local [...]ADVOGADO, OAB.

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