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NOME ALUNO(a): Keliane Alves Mendes MATRÍCUA: 600576674 TURMA:M1 Obs: Professor, entrei um pouco depois da turma formada, não consegui entrar em nenhum grupo, por isso fiz sozinha esta Petição Inicial. COMENTÁRIO SOBRE A PETIÇÃO INICIAL: A peça cabível consiste em uma Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Obrigação de Fazer e Indenização por Danos Morais. Poderá ser proposta no foro do domicílio do consumidor ou do fornecedor (art. 101, I, CDC e art. 94, CPC). Sergio deve figurar no pólo ativo e a pessoa jurídica ALFA deve figurar no pólo passivo, sendo ambos qualificados, atendendo ao disposto no art. 282, do CPC. Ao explicitar os fatos, deve o candidato destacar a existência de relação jurídica material entre as partes, referente ao serviço de telefonia, caracterizando-se como relação de consumo, nos termos da Lei n.8.078/90. Apontar que houve uma falha na segurança do serviço prestado pela empresa ALFA, evidenciando o fato do serviço (art. 14, CDC), vez que lhe fora cobrada dívida já paga e indevidamente lançado seu nome nos cadastros de inadimplentes. Salientar que as consequências da falha foram danosas, atingindo sua honra, reputação e bom nome, causando-lhe constrangimento que caracteriza o dano moral, o qual deve ser indenizado, nos termos do art. 6º, VI, da Lei n. 8.078/90. AO JUÍZO DE DIREITO DA COMARCA DE VOLTA REDONDA - RJ Sergio, estado civil XXX, profissão XXX, inscrito no cadastro de pessoas físicas no n. XXX, registrado sob o n. XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, com endereço eletrônico XXX, vem à presença deste Juízo propor a presente: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO CUMULADA COM OBRIGAÇÃO DE FAZER E DECLARAÇÃO DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO em face da telefonia ALFA, com Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica sob o n. XXX, sediado em XXX. I - DOS FATOS O Autor foi comunicado pelo Réu que sua fatura, vencida no mês de julho de 2011, constava em aberto e, caso não pagasse o valor correspondente, no total de R$749,00 (setecentos e quarenta e nove reais), no prazo de 15 dias após o recebimento da comunicação, seu nome seria lançado nos cadastros dos órgãos de proteção ao crédito. Consultando a documentação pertinente ao serviço utilizado, encontrou o comprovante de pagamento da fatura supostamente em aberto, enviando-o via fax para a empresa Ré a fim de dirimir o problema. Ao tentar concretizar a compra de um veículo mediante financiamento alguns dias depois, viu frustrado o negócio, ante a informação de que o crédito lhe fora negado, uma vez que seu nome estava inscrito nos cadastros de maus pagadores pela empresa Ré, em virtude de débito vencido em julho de 2011, no valor de R$749,00 (setecentos e quarenta e nove reais). O fato causou enorme constrangimento ao Autor que, diante da recusa da empresa em dirimir o problema, não lhe restou outra alternativa que não a proposição da presente ação. II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS II.I DA RELAÇÃO DE CONSUMO A presente relação jurídica está albergada pela lei n. 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), em que de um lado temos a figura do Consumidor (art. 2º, CDC), de outro a figura do Fornecedor (art. 3º, CDC), vinculados pela prestação de serviços telefônicos (art. 3º, § 2º CDC). II.II DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DA OBRIGAÇÃO DE FAZER No caso concreto, houve falha na segurança do serviço prestado pela empresa Ré, evidenciando, assim, o fato do serviço. Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. O Autor realizou tempestivamente o pagamento dos valores que estavam sendo cobrados e possuía o comprovante da transação, porém, independentemente da inexistência de saldo devedor, a Empresa Ré passou a cobrar valores em aberto. A comunicação do Autor informando o cumprimento tempestivo de suas obrigações não foi suficiente para que a Empresa Ré agisse com zelo e sobriedade, continuando a cobrar por valores indevidos, inscrevendo, por fim, o Autor no cadastro de inadimplentes. O fato impediu que o Autor realizasse um financiamento de veículo, sofrendo vexame e humilhação na agência em decorrência de um erro por parte da Ré. Segundo o CDC, o fornecedor responde, independentemente de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, dessa forma, deve a empresa Ré ser responsabilizada pela ausência de cuidado no exercício de sua atividade. Dessa forma, estando comprovado o adimplemento da obrigação e o ato ilício da Ré em inscrever o Autor no cadastro de inadimplentes, requer a imediata retirada de seu nome dos respectivos órgãos de proteção ao crédito. II.IV DA INDENIZAÇÃO PELOS DANOS MORAIS O direito à indenização por danos morais foi consagrado em nossa Constituição, que em seu art. 5º, inc. X irá defender: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Seguindo a lógica constitucional, o CDC garantiu que consumidores lesados, material ou moralmente, tivessem o direito de ser reparados da lesão sofrida, dessa forma o art. 6º, inc. VI do CDC irá dispor: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; Os fatos narrados causaram no Autor imenso constrangimento e ofensa, que foi impedido de realizar negócios em decorrência da falha do fornecedor Réu. É dever da empresa, portanto, reparar os danos morais perpetrados, respeitando-se a devida proporcionalidade. Assim, requer indenização pelos danos morais sofridos no valor de R$ XXX. III - DA TUTELA DE URGÊNCIA Conforme dispõe nosso Código processual, a tutela de urgência será concedida quando se '' houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.'' (art. 300, CPC). No caso em apreço, o Autor se encontra inscrito no cadastro de inadimplentes pela total ausência de zelo da empresa Ré, sendo provado conforme doc. anexo que a dívida cobrada - e que gerou a inscrição indevida - se encontra devidamente adimplida. Nesse ínterim, a probabilidade do direito está evidente na falha da prestação de serviços da empresa Ré, fundamentado no art. 14 do CDC, e o comprovante da transação que demonstra a inexistência de qualquer débito em aberto. Por outro lado, o perigo de dano está consubstanciado na incapacidade do Autor em realizar determinados negócios jurídicos em decorrência do fato, inviabilizando o exercício dos mais variados atos da vida civil. Pelo exposto, é de lídima justiça a concessão initio litis de antecipação de tutela (art. 300, § 1º, CPC) para excluir seu nome dos cadastros de inadimplente, sob pena de multa a ser arbitrada por este Juízo. IV - DOS PEDIDOS Por tudo que foi exposto, requer o Autor: a) a concessão initio litis de antecipação de tutela para excluir seu nome dos cadastros de inadimplente, sob pena de multa. b) a citação do Réu para, querendo, responder os termos da presente ação sob pena de revelia. c) no mérito, a declaração de inexistência do débito e confirmação da tutela antecipada eventualmente deferida. d) indenização pelos danos morais sofridos no valor de R$ XXX. e) condenação do réu a pagar custas processuaise honorários advocatícios. f) A juntada do pagamento das custas iniciais. g) Requer que as intimações e demais atos sejam direcionados ao endereço profissional XXX. Ainda, protesta por todas as produções de provas em direito admitidas, mormente, provas documentais. Dá-se à causa o valor de R$XX.XX,XX Data 15 de Setembro de 2021, Local Belo Horizonte ADVOGADO, OAB.
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