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Curso Gratuito Introdução à 
Biblioteconomia 
 
Carga horária: 35 hs 
 
 
 
Conteúdo programático 
 Informação 
Suportes de Informação 
Documento 
Órgãos de documentação 
Arquivo 
Museu 
Centro de Documentação ou Informação 
Biblioteca 
Tipos de Biblioteca 
Atividade de uma Biblioteca 
A biblioteconomia no Brasil 
Exercício da Profissão de Bibliotecário no Brasil 
Técnico em Biblioteca 
Compreender a importância da formação ético profissional do bibliotecário 
Ética 
Formação Ético Profissional do Bibliotecário 
Código de ética profissional do bibliotecário 
Referências 
CONCEITOS 
 
 
Informação 
 
 
A informação é um conhecimento inscrito (gravado) sob a forma escrita 
(impressa ou numérica), oral ou audiovisual. A informação comporta um 
elemento de sentido. É um significado transmitido a um ser consciente por meio 
de uma mensagem inscrita em um suporte espacial / temporal: impresso, sinal 
elétrico, onda sonora etc. (LE COADIC, 1996). 
 
 
 
 
Essa inscrição é feita graças a um sistema de signos (a linguagem), signo 
este que é um elemento da linguagem que associa um significante a um 
significado: signo alfabético, palavra, sinal de pontuação. O objetivo da 
informação permanece sendo a apreensão de sentidos ou seres em sua 
significação, ou seja, continua sendo o conhecimento; e o meio é a transmissão 
do suporte, da estrutura (LE COADIC, 1996). E agora, vamos verificar o que é 
suporte? 
 
Suportes de Informação 
 
 
O suporte pode ser entendido como toda e qualquer mídia que armazene 
informação ao longo dos tempos. Monte e Lopes (2004) definem suporte da 
informação como o produto utilizado para o armazenamento das informações, 
podendo conter dados, histórias, documentos, imagens, filmes, sons símbolos 
entre outros partir da popularização da informática este termo ficou conhecido 
como mídias ou 
dispositivos de armazenamento. Um dos primeiros suportes utilizados para 
registrar a expressão gráfica humana, remonta à pré-história e utilizava a pedra 
como mídia. São exemplos clássicos desse período, os painéis de arte rupestre, 
executados nas paredes das cavernas onde o homem primitivo desenhava o seu 
cotidiano (LOPES, 2004). A arte rupestre iconizava normalmente rituais 
primitivos para boa colheita, condições ambientais, guerras, cotidiano, entre 
outros. 
 
Pintura rupestre 
 
 
Você percebeu, assim como vimos antes, que a pedra foi o mais primitivo 
suporte utilizado para armazenamento de informações, porém, com o advento 
da escrita sistemática, outros materiais foram sendo testados, utilizados e 
substituídos, evoluindo em direção à eficiência do registro e da comunicação. As 
formas mais importantes de suportes utilizados antes do aparecimento do papel 
foram o papiro e o pergaminho. 
O Papiro era um suporte orgânico de origem vegetal, feito a partir de tiras 
de uma planta da família das ciperáceas (cyperus papyrus). Segundo Donato 
(1951), atingia até três metros de altura, haste nua, formada por uma série de 
películas concêntricas, umas sobre as outras. O papiro foi bastante difundido 
como suporte de informações, sendo encontrado há mais de 3500 anos, nas 
margens do Rio Nilo, Egito. Martins (2002) afirma que o papiro foi o mais célebre 
de todos os produtos vegetais empregados na escrita na antiguidade. Embora 
não se conheça o momento exato em que se transformou 
em material de escrita, tudo indica que se trate de época extraordinariamente 
longínqua. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Papiro 
 
 
Pergaminho 
 
 
O pergaminho tornou-se o principal suporte da escrita na Idade Média. 
Segundo Luccas e Seripierri (1995), sua preparação era semelhante ao curtimento do 
couro. Depois de lavada, a pele era depilada, estendida num retângulo de madeira e 
amaciada com pedra-pomes, até a obtenção de uma superfície lisa e 
clara. O Pergaminho, segundo Martins (2002, p. 68) viabilizou o aparecimento das 
cores nome dado aos manuscritos cujas folhas eram reunidas entre si pelo dorso, e 
recobertas de uma capa semelhante à das encadernações modernas‖ pergaminho foi 
largamente utilizado até a descoberta e difusão do papel, uma invenção dos chineses. 
O papel foi inventado por ’sai-Lun, Diretor das Oficinas Imperiais, na província 
de Hunan, ao norte da China, por volta do ano 105 d.C. (LUCCAS; SERIPIERRI, 1995) 
e revolucionou o mundo da escrita, rapidamente, tornando-se o suporte mais utilizado 
para guarda e armazenamento de informações no mundo moderno. Mas dá para 
perceber que os recursos que existiam no passado ainda eram limitados para viabilizar 
a disseminação da informação e ficava restrito a poucos. O surgimento das 
tecnologias da informação e comunicação (TICs) provocou uma grande revolução nos 
registros de informação e do conhecimento. Com o aparecimento da internet e com 
os novos processos de gestão, guarda, preservação e disseminação de informações, 
novos estoques foram desenvolvendo-se e pressionando a indústria de Tecnologia da 
Informação (TI) a produzir suportes mais eficientes para o armazenamento de 
registros em meio digital. 
No decorrer de uma década, romperam-se seguidamente, diversos limites de 
armazenamento, vencendo com facilidade a barreira dos gigabytes de capacidade, 
por unidade de memória. Com o advento da informática, da internet e com a expansão 
geométrica do volume de usuários e pontos de presença na web, novos produtos de 
informação foram gerados e, consequentemente, novos suportes para o 
armazenamento destas informações foram desenvolvidos. O disquete, fita magnética, 
disco rígido, CD, DVD, Blue-Ray, HD Externo, Pen Drive, são exemplos recentes do 
esforço tecnológico realizado para o armazenamento da informação digital gerada. 
Será que cada um de vocês já utilizou alguns destes suportes digitais para armazenar 
informação? 
 
 
 
Documento 
 
 
Documento pode ser definido como o registro de uma informação, 
independente da natureza do suporte que a contém (PAES, 2004). Outra designação 
para documento o suporte material do saber e da memória da humanidade. 
 
Características do Documento: 
 
 
 
1 
Atualização em Administração e Organização 
dos Serviços Pediátricos e Neonatais 
 
 
Atualização em Acesso Venoso na UTI 
 
 Pediátrica e Neonatal 
2 
 Atualização em Administração de 
3 Medicamentos 
4 Atualização em Tratamento de Feridas 
Atualização em Manejo Clínico ao Recém-
Nascido Cirúrgico: Um Enfoque da 
Enfermagem 
 
 
 
5 
 
 
6 
Atualização em Cuidado na UTI Neonatal 
Atualização em Diálise Peritoneal 
Atualização em Infecção Hospitalar 
 
7 
8 
 Atualização em Enfermagem em Saúde 
9 Mental 
 Atualização em Sistema de Saúde Pública no 
10 Brasil 
 Atualização em Cuidados ao Paciente 
11 Cirúrgico 
 
 
12 
Atualização em Enfermagem e a Saúde do 
Idoso 
 
 
 
Atualização em Emergência em Nefrologia 
 
 
 
Atualização em Instrumentação Cirúrgica 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
14 
 
15 
Atualização em Procedimentos Técnicos em 
UTI 
Atualização em Urgência e Emergência 
 
Atualização em Primeiros Socorros 
 
 
16 
 
 
17 
 
 
18 
Atualização no Exame Físico do Adulto 
 
Atualização em Avaliação dos Sinais Vitais 
 
 
19 
 
 
20 
Atualização em Cálculo de Medicação em 
Enfermagem 
 
Atualização em Anemia Falciforme 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS DE DOCUMENTAÇÃO 
 
 
Com o aumento da produção de documentos, tornou-se necessária a criação 
de instituições para organizá-los e torná-los disponíveis para as pessoas/usuários da 
informação. Essas instituições são também chamadas Órgãos de Documentação. 
 
Arquivo 
 
 
Há dúvidas quanto à origem do termo arquivo. Alguns afirmam ter surgido na 
antiga Grécia, com a denominação arché, atribuída ao palácio dos magistrados. Daí 
evoluiu para archeion, local de guarda e depósito dos documentos. As definições 
RESUMINDO 
Informação= Conteúdo 
Documento = Suporte em que se encontra a informação 
antigas acentuavam o aspecto legal dos arquivos, como depósitos de documentos e 
papéis de qualquer espécie, tendo sempre relação com os direitos das instituições ou 
indivíduos. 
 
 
 
 
Arquivo é o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos por um 
governo, organização ou firma, no decorrer de suas atividades, arquivados e 
conservados por si e seus sucessores para efeitos futuros (SOUZA, 1950). 
Pode ser também definido como a acumulação ordenada dos documentos, em 
sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, 
e preservados para a consecução de seus objetivos, visando à utilidade que poderão 
oferecer no futuro. 
Desse conceito deduzimos três características básicas que distinguem os 
arquivos: 
1. Exclusividade de criação e recepção por uma repartição, firma ou 
instituição. Não se considera arquivo uma coleção de manuscritos históricos, reunidos 
por uma pessoa. 
2. Origem no curso de suas atividades. Os documentos devem servir de prova 
de transações realizadas. 
3. Caráter orgânico que liga o documento aos outros do mesmo conjunto. Um 
documento, destacado de seu conjunto, do todo a que pertence, significa muito menos 
do que quando em conjunto. 
 
O termo arquivo pode também ser usado para designar: 
• conjunto de documentos; 
• móvel para guarda de documentos; 
• local onde o acervo documental deverá ser conservado; 
• órgão governamental ou institucional cujo objetivo seja o de guardar e 
conservar a documentação; 
• títulos de periódicos — geralmente no plural, devido à influência inglesa 
e francesa. 
Museu 
 
 
O termo museu vem do latim museum que por sua vez se origina do grego 
mouseion, denominação, na antiga Grécia, do templo ou santuário das musas. 
Segundo a mitologia grega havia nove musas que presidiam as chamadas artes 
liberais: história, música, comédia, tragédia, dança, elegia, poesia lírica, astronomia, 
a poesia épica e a eloquência. O termo estava mais ligado ao clima ou à atmosfera 
do local do que às suas características físicas. 
É uma instituição de interesse público, cujo objetivo é a informação e o 
entretenimento. Os documentos do museu são peças e objetos de valor cultural, tendo 
os mais variados tipos e dimensões. Por serem objetos, são caracterizados como 
tridimensionais. 
Vamos fazer um tour por alguns museus virtuais? Mas o que é um museu 
virtual? Museu virtual pode ser definido como um museu no ambiente web, na internet. 
Você pode ver todas as exposições, peças, o acervo em geral, diretamente on-line, 
sem precisar sair de casa! Vamos fazer uma visita virtual e conhecer alguns museus? 
 
Centro de Documentação ou Informação 
Instituição que agrupa qualquer tipo de documento, exigindo especialização 
para aproveitá-los com eficiência. Os documentos de um centro de documentação 
são, em sua maioria, reproduções (audiovisuais) ou referências virtuais (bases de 
dados). 
O Centro de Documentação representa uma mescla das entidades 
anteriormente caracterizadas, sem se identificar com nenhuma delas. Reúne, por 
compra, doação ou permuta, documentos únicos ou múltiplos de origens diversas (sob 
a forma de originais ou cópias) e/ou referências sobre uma área específica da 
atividade humana. 
Esses documentos e referências podem ser tipificados como de arquivo, 
biblioteca e/ou museu e, têm como características: 
• possuir documentos arquivísticos, bibliográficos e/ou museológicos, 
constituindo conjuntos orgânicos (fundos de arquivo) ou reunidos artificialmente, sob 
a forma de coleções, em torno de seu conteúdo; 
• ser um órgão colecionador e/ou referenciador; 
• ter acervo constituído por documentos únicos ou múltiplos, produzidos 
por diversas fontes geradoras; 
• possuir como finalidade o oferecimento da informação cultural, científica 
ou social especializada, realizar o processamento técnico de seu acervo, segundo a 
natureza do material que custodia. 
Os Centros de Documentação extrapolam o universo documental das 
Bibliotecas, embora possam conter material bibliográfico (que será sempre e 
unicamente aquele relacionado à temática na qual o Centro é especializado), e 
aproximam-se do perfil dos arquivos, na medida em que recolhem originais ou 
reproduções de conjuntos arquivísticos. 
A acumulação desse acervo possibilita aos Centros cumprirem suas funções 
de preservação documental e apoio à pesquisa, no mais amplo sentido: não só 
colocando à disposição do pesquisador referências para a localização das fontes de 
seu interesse, mas também se tornando um polo de atração da produção documental 
de pessoas e entidades que atuam ou atuaram no seu campo de especialização. 
São, portanto, competências gerais de um Centro de Documentação: 
• reunir, custodiar e preservar documentos de valor permanente e 
referências documentais úteis ao ensino e à pesquisa em sua área de especialização; 
• estabelecer uma política de preservação de seu acervo; 
• disponibilizar seu acervo e as referências coletadas aos usuários 
definidos como seu público; 
• divulgar seu acervo, suas referências e seus serviços ao público 
especializado; 
• promover intercâmbio com entidades afins. 
 
 
Biblioteca 
 
 
A origem exata das bibliotecas, assim como a da linguagem e a da escrita, é 
desconhecida. Entretanto, podemos considerar que, diferentemente da linguagem e 
da escrita, as bibliotecas apareceram na era histórica, ou seja, quando tem início a 
preservação de registros escritos: conhecimentos. É necessário, contudo, esclarecer 
que as expressões culturais vão além da escrita e se expressam em diversos produtos 
e artefatos, mas, no contexto de bibliotecas, a linguagem escrita tornou-se a forma 
mais comum para registrar conhecimentos. 
A palavra biblioteca vem do grego bibliothéke, através do latim bibliotheca. A 
primeira significa livro, apontando, como a raiz latinaliber, para a entrecasca de certos 
vegetais com a qual se fabricava o papel na Antiguidade. Théke, por sua vez, é 
qualquer estrutura que forma um invólucro protetor: cofre, estojo, caixa, estante, 
edifício. 
Aurélio (2007) consigna as seguintes definições: 1. Coleção pública ou privada 
de livros e documentos congêneres, organizados para estudo, leitura e consulta; 2. 
Edifício ou recinto onde se instala essa coleção; 3. Estante ou outro móvel onde se 
guardam e/ou ordenam livros; 4. Processamento de Dados. Coleção ordenada de 
modelos ou de rotinas ou sub-rotinas por meio da qual se pode resolver os problemas 
e suas partes. 
A palavra acrescente-se ao novo dicionário da língua portuguesa também é 
usada em sentido institucional, designando órgãos da administração pública ou 
privada e como título de coleções bibliográficas e mesmo de obras individuais e 
coletivas. 
Pode ser conceituada como o espaço onde os documentos são conservados 
para fins culturais, sendo obtidos por compra, doação ou permuta de diversas fontes. 
O bibliotecário avalia o material a ser adquirido por sua instituição como peças 
isoladas. Os documentos são unidos pelo seu conteúdo, e caracterizados, em sua 
maior parte, como impressos. A biblioteca é órgão colecionador, e o seu público é 
formado pelo pesquisador, estudantes e o cidadão comum, possuindo, portanto, um 
maior número de consulentes, com os mais 
Tipos de Biblioteca 
Segundo a finalidade, as bibliotecas se dividem em: 
a) Nacionais - tem como principal finalidade a preservação da memória 
nacional, isto é, da produção bibliográfica e documental de uma nação. 
b) Públicas - surgiram com a missão de atender as necessidades de 
estudo consulta e recreação de determinada comunidade independentemente 
de classe social cor, religião ou profissão. Seus objetivos principais são: estimular nas 
comunidades o hábito de leitura; preservar o acervo cultural. 
c) Universitárias - a finalidade desse tipo de biblioteca é atender as 
necessidadesde estudo, consulta e pesquisa de professores e alunos 
universitários. 
d) Especializadas - são aquelas dedicadas a reunião e organização de 
conhecimentos sobre um só tema ou de grupos temáticos em um campo específico 
do conhecimento humano. 
e) Escolares - são destinadas a fornecer material bibliográfico necessário 
às atividades de professores e alunos de uma escola. 
f) Infantis - devem estar mais voltadas para a recreação e devem 
proporcionar outras atividades como: escolinhas de arte, exposições, dramatizações, 
etc. Necessitam de um acervo bem selecionado para seus usuários. 
g) Especiais - são aquelas que se destinam a atender a um tipo especial 
de leitor e, por isso, detêm um acervo especial, como, por exemplo, as bibliotecas 
para deficientes visuais, presidiários e pacientes de hospitais. 
h) Biblioteca ambulante ou Carro-biblioteca ou Bibliobus - são bibliotecas 
volantes, que objetivam a extensão dos serviços bibliotecários às áreas suburbanas e 
rurais, quando estes são deficientes ou inexistentes. São serviços de extensão de 
bibliotecas já existentes, como bibliotecas públicas ou universitárias. 
i) Popular ou comunitária - é um tipo de biblioteca criada e mantida pela 
comunidade. Tem os mesmos objetivos da biblioteca pública, mas não se vincula ao 
poder público. É mantida por órgãos, como associações de moradores, sindicatos e 
grupos estudantis. 
j) Biblioteca Digital – é um tipo de biblioteca muito difundida atualmente 
devido as novas tecnologias de informação e comunicação e com a internet que reúne 
coleções digitais disponibilizada via web. Nela cria-se, compartilha-se e disseminam-
se novos conhecimentos. 
Vimos os tipos de bibliotecas existentes, mas quais atividades são realizadas 
em uma biblioteca? Isso dependerá do tipo, porém, iremos elencar algumas atividades 
desenvolvidas. 
Atividade de uma Biblioteca 
 
 
A biblioteca ou outra unidade de informação, aqui entendida como uma unidade 
que trata de informação, desde a organização até sua difusão, pressupõe atividades 
bem características por trabalhar a informação. Isso faz com que esse tipo de 
instituição ou serviço ofereça serviços e produtos particularizados. 
 
A biblioteca como uma organização pressupõe três grandes funções: 
1. Função gerencial – administração e organização. Esta é desenvolvida 
pelo profissional bibliotecário, devidamente registrado em Conselho de Classe. 
2. Função organizadora - seleção, aquisição, catalogação, classificação, 
indexação. Coordenada pelo profissional bibliotecário com o apoio do Técnico em 
Biblioteconomia. 
3. Função divulgação - referência, empréstimo, orientação, reprografia, 
serviços de disseminação, extensão. Coordenada pelo profissional bibliotecário com 
o apoio do Técnico em Biblioteconomia. 
 
A função gerencial pressupõe gestão e políticas para a biblioteca/unidade de 
informação para buscar o seu melhor desempenho. Visto dessa maneira, toda 
biblioteca deve ter uma gestão e políticas específicas nos seguintes aspectos: 
organização de serviços, pessoal, equipamento, recursos financeiros, serviços aos 
usuários, produção, interação com os usuários e com a instituição a que está 
subordinada, intercâmbio com outros organismos e outras unidades de informação. 
A função organizadora aglutina atividades muito especializadas do 
profissional de informação: selecionar materiais para aquisição, catalogar, classificar 
e indexar aqueles materiais. 
Seleção e aquisição - a seleção é uma atividade intelectual importante que deve 
ser realizada com o responsável pelo tema tratado, com a participação dos usuários. 
Tanto a seleção quanto a aquisição faz parte de uma política de gestão da unidade e, 
por isso, estarão condicionadas a elementos da política organizacional como: 
natureza dos serviços prestados, orçamento, objetivos da unidade. 
Catalogação - pode ser entendida como o trabalho de descrever a estrutura 
física dos objetos ou documentos que fazem parte de um acervo ou coleção. Este 
trabalho pode se desdobrar na elaboração de catálogos impressos ou online e ainda 
na chamada catalogação na fonte, que consiste na inserção da descrição física do 
documento, no próprio documento. Os catálogos, por sua vez, se apresentam sob a 
forma de listas onde são registrados e descritos, fisicamente, os documentos 
conservados em uma Biblioteca ou Unidade de Informação. Geralmente, são 
organizados alfabeticamente e apresentados em uma ordem específica: por autor, 
assunto, local ou título. 
Classificação ou ato de classificar pode ser entendido como um processo 
mental, por meio do qual se dá a reunião de objetos em classes ou grupos que 
apresentam, entre si, certos traços de semelhança ou, ainda, de diferença. 
Na Biblioteconomia, a classificação e a tarefa de descrever o conteúdo de um 
documento de onde é extraído o assunto principal e, eventualmente, um ou dois 
assuntos secundários, os quais são traduzidos para o termo mais apropriado da 
linguagem documental adotada na unidade de informação. 
Indexação - é uma das principais atividades desenvolvidas numa 
Biblioteca ou Unidade de Informação. Consiste na descrição dos conteúdos dos 
documentos e possui como principal objetivo a recuperação da informação desejada 
pelo usuário. 
A função divulgação é uma atividade fundamenta nas unidades de 
informação e, por isso, deve ser sua principal preocupação. Ela consiste em 
comunicar ao usuário as informações que ele necessita e, dependendo do 
procedimento, antecipar-se à pesquisa do usuário, como, também, propor-lhe as 
possibilidades de acesso a estas informações/ documentos. 
A Biblioteca é um organismo vivo a serviço da comunidade; nela, obtemos 
respostas às nossas mais diversas indagações. O lugar de destaque que ela ocupa 
no mundo atual decorre da importância que a informação tem para cada sociedade. 
Assim, a biblioteca participa do aprimoramento intelectual, humanístico, técnico e 
científico de todos os segmentos sociais. 
 
A BIBLIOTECONOMIA NO BRASIL 
Você já parou para pensar o que é Biblioteconomia? Ou já percebeu que 
quando falamos essas palavras, as pessoas estranham e perguntam logo, o que é 
isso? 
A Biblioteconomia, como área do conhecimento, passou a existir, no Brasil, a 
partir de 1911, quando Manuel Cícero Peregrino da Silva, então Diretor da Biblioteca 
Nacional, conseguiu oficializar a criação do primeiro Curso de Biblioteconomia do 
Brasil, primeiro também da América do Sul e 3º no mundo. Esse curso começou a 
funcionar somente em 1915, na própria Biblioteca Nacional e continuou durante anos 
até chegar ao atual da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). 
A partir da década de 1930, graças especialmente aos esforços de Rubens 
Borba de Moraes, a biblioteconomia começou a progredir em passos mais largos, com 
a criação da primeira Escola de Biblioteconomia, que funcionou inicialmente junto ao 
Departamento de Cultura da Cidade de São Paulo e depois na Escola de Sociologia 
e Política da mesma cidade. Essa Escola, dirigida por Rubens Borba de Moraes, tinha 
uma orientação estritamente americana, e abriu as portas para os alunos recém-
saídos do Curso Secundário, o 2º grau de hoje. A seguir vamos visualizar os primeiros 
cursos/escolas de Biblioteconomia que se desenvolveram no Brasil. 
 
ANO CURSO/ESCOLA LOCAL 
1915 Curso de Biblioteconomia – Biblioteca Nacional Rio de Janeiro 
1929 Curso de Biblioteconomia - Mackenzie São Paulo 
1936 Curso de Biblioteconomia – Departamento de 
Cultura 
São Paulo 
1942 Escola de Biblioteconomia e Documentação UFBA 
1945 Faculdade de Biblioteconomia PUCCAMP 
1947 Escola de Biblioteconomia e Documentação UFRS 
1950 Curso de Biblioteconomia e Documentação UFPR 
1950 Escola de Biblioteconomia UFMG 
 
Em 1965, já existia no Brasil 14 Escolas e Cursos de Biblioteconomia. A 
profissão já tinha sido regulamentada em 1962, graças aos esforços de bibliotecárias, 
como Laura Garcia Moreno Russo,que, com persistência e coragem, vinham 
trabalhando em prol da regulamentação da profissão, há vários anos. 
Na década de 1970, a Biblioteconomia tomou novo impulso com a criação de 
seis Cursos de Mestrado, o surgimento de revistas especializadas e a expansão de 
oportunidades de emprego, principalmente junto aos órgãos federais, bibliotecas 
especializadas e universitárias. Os Cursos de Doutorado começaram a surgir durante 
a década de 1980. Atualmente a classe bibliotecária já se encontra consolidada a nível 
nacional, em processo de reconhecimento cada vez maior pela sociedade e com os 
seus órgãos de classe: Conselhos e Associações, implantados e organizados e com 
uma participação cada vez maior nas ações relacionadas com o MERCOSUL. 
Agora estamos sabendo um pouco da história da Biblioteconomia no Brasil as, 
quando a profissão do Bibliotecário e do técnico foram regulamentadas? Vamos 
conhecer? 
 
Exercício da Profissão de Bibliotecário no Brasil 
 
 
Segundo o Conselho Federal de Biblioteconomia, na década de 1950, algumas 
bibliotecárias brasileiras, lideradas pela dinâmica figura de Laura Garcia Moreno 
Russo, de São Paulo, iniciaram os esforços para ver a biblioteconomia oficialmente 
reconhecida junto aos poderes públicos e junto à sociedade brasileira. 
A primeira vitória veio em 1958, com a Portaria nº 162 do Ministério do Trabalho 
e Previdência Social (MTPS), através da qual a profissão de bibliotecário foi 
regulamentada no Serviço Público Federal, tendo sido incluída no 19º Grupo das 
profissões liberais. Mas até o momento, não havia uma lei que regulamentasse a 
profissão de bibliotecário. 
Foi quando em 1962 veio a coroação de todos esses esforços, com a 
aprovação da Lei nº 4.084, que regula, até hoje, o exercício da profissão de 
bibliotecário no Brasil e estabelece as prerrogativas dos portadores de diploma em 
biblioteconomia no país. 
Sabemos que a leitura de legislações, às vezes, torna-se cansativa, mas 
salientamos a importância de você verificar cada artigo e conhecer detalhes sobre o 
exercício do profissional bibliotecário. 
Nesta lei, foram definidas as atribuições dos Bacharéis em Biblioteconomia e, 
consequentemente, Bibliotecários. Mas o que é ser Bacharel em Biblioteconomia? 
Bacharel é um grau acadêmico que corresponde ao grau obtido após a 
conclusão de um curso do ensino superior, Faculdade ou Universidade. Mas onde 
podemos encontrar, aqui no Brasil, cursos que formem bacharéis em 
Biblioteconomia? 
Vamos conhecer? 
 
Cursos de Biblioteconomia no Brasil 
Faculdades/Universidades Quantidade 
Universidades Federais e Estaduais 26 
Faculdades Particulares 13 
Total 39 
 
Os Cursos de Biblioteconomia estão distribuídos por Universidades e 
Faculdades Federais, Estaduais e Particulares. No total, temos 39 cursos de 
Biblioteconomia no Brasil e, a maior concentração deles, está em Universidades 
Federais e Estaduais. No quadro, logo abaixo, vocês podem visualizar a 
distribuição dos cursos, de acordo com as regiões brasileiras e, é na Região 
Sudeste, que existem mais cursos de Biblioteconomia. 
 
 
 29 Atualização em Enfermagem Obstétrica 
Atualização em Fisiologia 
 30 Geral 
 Atualização em 
 Assistência a 
Vítimas de 
 
31 
 Desastres 
Naturais 
 
 Atualização em 
 Triagem em 
Serviços de 
 
 
32 
Urgência e 
Emergência 
 
 Atualização em 
 Unidades de 
Tratamento 
 
 
33 
Intensivo Móvel 
- UTIM 
 
 Atualização do 
 
34 
Calendário de 
Vacinas 
 
 Atualização em 
 Assistência de 
 
35 
Enfermagem em 
Diabetes 
 
 Atualização em 
 36 Assistência de 
Enfermagem em 
Hipertensão 
Atualização em 
Diabetes 
37 Mellitus 
 
 
 
Já sabemos que, a partir de 1962, foi desenvolvida e regulamentada a 
profissão do bibliotecário e quais as instituições que possuem o curso de 
Biblioteconomia no Brasil. Mas quais as atividades do bibliotecário? 
 
O Decreto No 56.725, de 16 de agosto de 1965, dispõe sobre o exercício 
dessa profissão. 
São atribuições do bibliotecário: a organização, direção e execução dos 
serviços técnicos de repartições públicas federais, estaduais, municipais e 
autárquicas, bem como de empresas particulares, concernentes as matérias e 
atividades seguintes: 
I. O ensino das disciplinas específicas de Biblioteconomia; 
II. A fiscalização de estabelecimentos de ensino de Biblioteconomia 
reconhecidos, equiparados ou em via de equiparação; 
III. Administração e direção de bibliotecas; 
IV. Organização e direção dos serviços de documentação; 
Execução dos serviços de classificação e catalogação de manuscritos e de 
livros raros ou preciosos, de mapotecas, de publicações oficiais e seriadas, de 
bibliografia e referência. 
 
São atividades do Bibliotecário: 
 
 
• demonstrações práticas e teóricas da técnica biblioteconômica, em 
estabelecimentos federais, estaduais ou municipais; 
• padronização dos serviços técnicos de Biblioteconomia; 
• inspeção, sob o ponto de vista de incentivar e orientar os trabalhos de 
recenseamento, estatística e cadastro de bibliotecas; 
• publicidade sobre material bibliográfico e atividades da biblioteca; 
• planejamento de difusão cultural, na parte que se refere a serviços de 
biblioteca; 
• organização de congressos, seminários, concursos e exposições 
nacionais e estrangeiras, relativas a Biblioteconomia e a Documentação ou 
representação oficial em tais certames. 
 
 
SIMBOLO DA BIBLIOTECONOMIA 
 
 
Vejamos o significado dos símbolos da Biblioteconomia, segundo consta no site 
do Conselho Federal de Biblioteconomia. 
 
O Anel de Grau do Bibliotecário 
 
 
O anel deve ser feito em ouro, com a pedra preciosa ametista, de cor violeta, 
que é uma variedade de quartzo encontrada no Brasil, Uruguai, Sibéria e no Ceilão. 
Em sua lateral, deve haver a lâmpada de Aladdin e o livro aberto, ambos em platina. 
 
Simbolismo: 
 
 
• Ametista: Clássica pedra da amizade, reforça a memória, preserva de 
alucinação e defende contra a embriaguez. 
• Lâmpada de Aladdin: Desde os tempos antigos simboliza a perene 
vigília, a atividade intelectual e o trabalho árduo de pesquisa e das investigações litero-
científicas. 
• Livro aberto: Significa o oferecimento indiscriminado da educação e da 
cultura. 
 
Falamos sobre a carreira e as atividades do profissional bibliotecário e, agora, 
eu pergunto para vocês: quais são as atividades do Técnico em Biblioteconomia? 
Quais são as suas atribuições? Vamos conhecer? 
 
 
Técnico em Biblioteca 
 
 
De acordo com a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), tanto o 
Bibliotecário quanto o Técnico em Biblioteconomia se enquadram na categoria 
Profissionais da Informação, descrevendo as atividades/diretrizes deste profissional 
conforme estrutura a seguir: 
 
O Profissional da Informação deve: 
 
 
• Disponibilizar informação em qualquer suporte; 
• Gerenciar unidades como bibliotecas, centros de documentação, 
centros de informação e correlatos, além de redes e sistemas de informação; 
• Tratar tecnicamente e desenvolver recursos informacionais; 
• Disseminar informação com o objetivo de facilitar o acesso e geração 
do conhecimento; 
• Desenvolver estudos e pesquisas; 
• Realizar difusão cultural; 
• Desenvolver ações educativas; 
• Prestar serviços de assessoria e consultoria. 
 
 
Segundo a CBO, o Bibliotecário pode ser chamado também de: 
 
 
Bibliotecário Bibliógrafo Consultor de informação Gerente de informação 
Biblioteconomista Cientista de informação Especialista de informação Gestor de informação 
 
Especificamente, o Técnico em Biblioteconomia deve atuar nas seguintes 
atividades e serviços: 
• Tratamento, recuperação e disseminação da informação; 
• Executar atividades especializadas e administrativas relacionadas à 
rotina de unidades ou centros de documentação ou informação quer no atendimento 
ao usuário, quer na administração do acervo, ou na manutenção de bancos de dados; 
• Participar da gestão administrativa,elaboração e realização de projetos 
de extensão cultural; 
• Colaborar no controle e na conservação de equipamentos; 
Participar de treinamentos e programas de atualização. 
 
Já que conhecemos um pouco a respeito dos profissionais da informação, 
especificamente, bibliotecários e técnicos em biblioteconomia, bem como suas 
atividades desenvolvidas, convidamos vocês a saberem, também, sobre a formação 
ética de tais profissionais e os órgãos responsáveis pela regulamentação da profissão. 
 
COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO 
ÉTICOPROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIO 
 
Iremos compreender a importância da formação ético-profissional do 
bibliotecário, as associações de classe e sindicatos. 
 
Será que vender ou comprar trabalhos acadêmicos é ético? O profissional da 
informação, como o bibliotecário ou o técnico em biblioteconomia, geralmente, é 
requisitado para realizar a venda de trabalhos de conclusão de curso (TCC) para 
alunos que estão finalizando a graduação, e não têm tempo ou não querem fazer o 
TCC. 
Quanto a copiar e colar da internet, livros ou outras fontes, o trabalho da 
escola, do curso profissionalizante, da graduação ou pós-graduação sem citar a 
autoria do texto, por exemplo? Será que é correto? Pensemos sobre isso... 
Diante de tais situações, nosso propósito é abordar sobre ética, nessa nova 
competência e analisarmos se as práticas citadas, bem como outras corriqueiras na 
área, são atitudes éticas. 
 
Ética 
 
 
A ética, também chamada de filosofia moral, é a parte da filosofia que reflete 
sobre os princípios da vida moral, isto é, dos valores em sociedade. É a reflexão crítica 
sobre a moralidade e busca a consistência dos valores morais (MARTINS, 1994). Mas 
o que é ética e moral? 
A ética está diretamente relacionada aos fundamentos e princípios da vida 
moral e a moral estabelece as regras do que é considerado boa conduta em uma 
cultura e em um tempo histórico. Mas o que seria, então, ética profissional, ou seja, 
ética, no exercício de uma determinada profissão? 
A ética profissional pode ser definida pelo conjunto de regras morais, que 
devem ser respeitadas no exercício de uma profissão e, a adesão a este ―código de 
ética normalmente é feita na formatura sobre a forma de juramento (MARTINS, 1994). 
 
 
— Ao prestar o juramento, o profissional está não só tomando conhecimento 
das regras morais da profissão como a está abraçando-a livremente. 
Os chamados códigos de ética, constituem não apenas um conjunto de 
orientações para a atuação dos profissionais, mas também uma espécie de garantia 
à sociedade de que as atividades por eles desenvolvidas representam mais do que os 
interesses pessoais de seus membros e significam uma efetiva contribuição à 
coletividade (VERGUEIRO, 1994). 
 
 
Formação Ético Profissional do Bibliotecário 
 
 
Vergueiro (1994) discute sobre a formação ética do bibliotecário e discute um 
postulado ético que deve ser levado em consideração quando se trata de ética 
profissional que é o da neutralidade. Mas o que é neutralidade? Como o Bibliotecário 
deve ser neutro? 
O Bibliotecário em suas atividades profissionais, não deve se posicionar em 
relação às informações disseminadas e acessíveis no que diz respeito ao ponto de 
vista político, religioso ou moral. Neste sentido, o Bibliotecário deve ser neutro em 
todas as informações que são solicitadas e fornecidas para seus usuários, sem 
questionamentos, em relação ao que o usuário fará com as informações recebidas 
(VERGUEIRO, 1994). 
O Bibliotecário também não deve permitir que suas crenças ou opiniões, de 
acordo com o conteúdo dos documentos, possam interferir em seu trabalho de 
seleção e disseminação das informações (VERGUEIRO, 1994). 
Como foi apresentado, um postulado muito importante no Código de Ética do 
Bibliotecário é o da neutralidade. Imagine-se como usuário em uma biblioteca ou outro 
órgão de documentação e, o bibliotecário ou técnico em biblioteconomia que lhe 
atender, ficar atrapalhando sua pesquisa, inclusive, por que fica expressando a 
opinião dele a respeito do assunto que você está pesquisando? 
Outra situação que podemos abordar é: você está precisando muito fazer uma 
pesquisa sobre o assunto sustentabilidade. Com isso, vai a uma biblioteca e o 
profissional que lhe atende não faz muito esforço para lhe ajudar - mesmo a biblioteca 
tendo material sobre o assunto – deixando-lhe, portanto, sem a informação desejada. 
Você gostaria de passar por isso? 
Acrescentamos mais situações práticas retomando as questões apresentadas 
no início da competência (venda/compra de e o famoso copiar e colar) O que você 
acha? 
E o plágio? Sabe o que é? Em palavras mais simples é o famoso copiar e 
colar que citamos. É bem mais fácil copiar um trabalho da internet, não é? É muito 
mais prático e perde-se menos tempo, concorda? Vejamos... 
Existe uma diferença muito grande entre o profissional da nossa área vender o 
trabalho completo (que já vimos que é crime) e fazer normalização de trabalhos 
acadêmicos, conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas. São 
duas práticas totalmente diferentes e, ao longo do curso, você poderá diferenciar 
melhor as duas situações. 
Após apresentarmos questões teóricas sobre ética e situações práticas que 
podem envolver ações antiéticas, acrescentamos que o comportamento ético 
profissional do bibliotecário é regulado ou fiscalizado por órgãos de classe. Vamos 
conhecer agora essas instituições em Biblioteconomia e qual a responsabilidade de 
cada uma? 
 
Órgãos de Classe 
 
 
Os órgãos de classe têm um papel muito importante na sociedade no que diz 
respeito aos processos de fiscalização, conscientização, divulgação e cidadania, 
zelando pela ética e defesa dos profissionais. Na área da Biblioteconomia, possuímos 
cinco diferentes órgãos que possuem missões e ações divergentes, com objetivos 
comuns para a área. São eles: 
 
Órgãos de Classe em Biblioteconomia 
Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) 
Conselhos Regionais de Biblioteconomia (CRB) 
Sindicato de Bibliotecários 
Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários (FEBAB) 
Associação de Bibliotecários 
 
 
 
 
 
Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB) 
 
 
O Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB)3, com sede e foro no Distrito 
Federal jurisdição em território nacional, nos termos da Lei nº. 4.084/1962, do Decreto 
nº 56.725/1965 que a regulamenta e a Lei nº 9.674/1998. O CFB é uma Autarquia 
Federal dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia 
administrativa, patrimonial e financeira. 
O CFB e constituído por quatorze membros efetivos e três suplentes, 
designados pelo título de Conselheiros Federais, todos brasileiros natos e 
naturalizados, bacharéis em Biblioteconomia, com mandato trienal, eleitos nos termos 
legais e na forma prevista no Regimento Interno. 
Sua missão é orientar, supervisionar e disciplinar o exercício da profissão de 
Bibliotecário em todo o território nacional, bem como contribuir para o 
desenvolvimento biblioteconômico no país. 
Para cumprir sua missão exercerá ações administrativo-executiva, normativa, 
regulamentar, consultiva, supervisora, disciplinar e contenciosa, como instância 
originária ou recursal. 
 
Conselho Regional de Biblioteconomia (CRB) 
 
 
Os CRB são autarquias federais dotadas de personalidade jurídica de direito 
público, autonomia administrativa e financeira, cujas siglas, jurisdição e sedes são 
designadas em Resoluções específicas do CFB. 
Os Diretores, Chefes ou Coordenadores de Cursos de Instituições de Ensino 
Superior de Biblioteconomia e os Presidentes de Associações de Classe são 
membros natos dos CRB, de acordo com o disposto no Art. 21 da Lei nº 4.048/1962. 
Sua missão é fiscalizar o exercício da profissão, impedindo e punindo as 
infrações à legislação vigente. 
Os Conselhos Regionais estão subdivididos em algumas regiões do país. 
 
 
Sindicato de BibliotecáriosA missão e a estrutura dos sindicatos de bibliotecários podem variar, entretanto, 
como exemplo, destacamos as características do Sindicato dos Bibliotecários do Rio 
de Janeiro. 
• Defender os direitos dos bibliotecários, estimulando a sua organização; 
• Participar das negociações coletivas de trabalho, garantindo o 
cumprimento dos acordos coletivos; 
• Lutar pelo fortalecimento da categoria e pela consciência da classe; 
• Colaborar com o poder público e o setor privado na solução dos 
problemas da categoria. 
 
Federação Brasileira de Associação de Bibliotecários (FEBAB) 
 
 
A FEBAB, fundada em 26 de julho 1959, é uma sociedade civil, sem fins 
lucrativos, com sede e foro na cidade de São Paulo, com prazo de duração 
indeterminado. 
É constituída por entidades-membro - associações e sindicatos de 
bibliotecários e cientistas da informação, instituições filiadas e pelos órgãos: 
deliberativos - Assembleia Geral e Conselho Diretor; executivo – Diretoria Executiva; 
de fiscalização – Conselho Fiscal; de assessoria – Comissões Brasileiras e 
Assessorias Especiais. 
Desde seu nascimento, a FEBAB tem como principal missão defender e 
incentivar o desenvolvimento da profissão. Tem como objetivos: 
• congregar as entidades para tornarem-se membros e instituições 
filiadas; 
• coordenar e desenvolver atividades que promovam as bibliotecas e seus 
profissionais; 
• apoiar as atividades de seus filiados e dos profissionais associados; 
• atuar como centro de documentação, memória e informação das 
atividades de biblioteconomia, ciência da informação e áreas correlatas brasileiras; 
interagir com as instituições internacionais da área de informação; 
• desenvolver e apoiar projetos na área, visando o aprimoramento das 
bibliotecas e dos profissionais; 
• contribuir para a criação e desenvolvimento dos trabalhos das 
comissões e grupos de áreas especializadas de biblioteconomia e ciência da 
informação. 
 
Associações de Bibliotecários 
A Associação de Bibliotecários corresponde a uma sociedade civil sem fins 
lucrativos, de âmbito nacional, que congrega entidades e pessoas físicas, atuantes na 
área da Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação. A missão e a 
estrutura das associações dos profissionais bibliotecários podem variar, entretanto, 
como exemplo, destacamos as características da Associação Catarinense de 
Bibliotecários: 
• Congregar bibliotecários, instituições e pessoas interessadas em 
biblioteconomia e áreas afins; 
• Defender os interesses e apoiar as reivindicações da classe dos 
bibliotecários; 
• Promover o aprimoramento cultural e aperfeiçoamento técnico dos 
associados; 
• Servir a comunidade, estimulando e auxiliando a instalação de 
bibliotecas; 
• Viabilizar a realização de cursos de formação e aperfeiçoamento de 
servidores de biblioteca; 
• Organizar e promover a realização de congressos, seminários, palestras 
e conferências, para o debate de problemas biblioteconômicos, visando o progresso 
da biblioteconomia; 
• Representar os associados perante o Conselho Regional de 
Biblioteconomia; 
• Filiar-se a organização nacional da classe e manter intercâmbio com 
entidades congêneres do país e do estrangeiro, mantendo sua autonomia, sem fusão 
ou incorporação do patrimônio; 
• Colaborar com os poderes públicos e entidades privadas, nos assuntos 
de interesses da comunidade, ligados direta ou indiretamente a Biblioteconomia; 
• Servir como centro de informações das atividades biblioteconômicas; 
• Colaborar com as Escolas de Biblioteconomia e áreas afins, com o 
objetivo de aperfeiçoar a educação e o treinamento dos aspirantes e membros da 
classe dos bibliotecários; 
• Promover ou participar de empreendimentos ou atividades que, por sua 
inspiração e natureza, possibilitem à Associação o melhor cumprimento de seus 
objetivos. 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO BIBLIOTECÁRIO 
 
 
 
 
 
 
O Código de Ética Profissional do Bibliotecário foi desenvolvido a partir da 
discussão entre os profissionais e, tem por objetivo fixar normas de conduta para as 
pessoas físicas e jurídicas, que exerçam as atividades profissionais em 
Biblioteconomia, segundo o seu artigo primeiro. 
O código data de 11 de janeiro de 2002 e está disposto em VIII Seções e 20 
Artigos, que tratam desde normas de conduta, deveres e obrigações, infrações, 
desobediências das prescrições, até algumas disposições gerais. Segundo Cuartas, 
Pessoa e Costa (2003), este código representa a quarta versão do código original, 
que data da década de sessenta do século passado. 
Vamos entender melhor como o Código de Ética está estruturado, distribuindo 
suas seções? 
 
SEÇÃO DE QUE TRATA? QUAIS ARTIGOS? 
SEÇÃO I DOS OBJETIVOS Art.1º 
SEÇÃO II DOS DEVERES E 
OBRIGAÇÕES 
Art.2ºao Art.10 
SEÇÃO III DOS DIREITOS Art.11 
SEÇÃO IV DAS PROIBIÇÕES Art.12 
SEÇÃO V DAS INFRAÇÕES 
DISCIPLINARES E 
PENALIDADES 
Art.13 e Art.14 
 
SEÇÃO VI DA APLICAÇÃO DE 
SANÇÕES 
Art.15 e Art.16 
SEÇÃO VII DOS HONORÁRIOS 
PROFISSIONAIS 
Art.17 e Art.18 
SEÇÃO VIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art.19 e Art.20 
 
 
 
 
Como visualizado no quadro acima, o Código de Ética está estruturado a partir 
de VIII seções e estas estão organizadas a partir dos artigos propostos. Que tal 
conhecer o que cada seção e artigo abrange? 
 
Seção 01: Dos Objetivos 
 
 
A seção 1 do código de ética trata especificamente dos objetivos propostos no 
desenvolvimento do código e, no seu artigo primeiro, informa que o Código de Ética 
Profissional tem por objetivo, fixar normas de conduta para as pessoas físicas e 
jurídicas, que exerçam as atividades profissionais em Biblioteconomia. 
 
Seção 02: Dos Deveres e Obrigações 
 
 
Nesta seção, são abordados os deveres e obrigações do profissional 
Bibliotecário, abrangendo a conduta do Bibliotecário, normas que devem ser levadas 
em consideração, em relação aos órgãos de classe e algumas exigências, em relação 
ao profissional, além do exercício de suas atividades. 
 
É dever do Bibliotecário: 
 
 
a) dignificar, através dos seus atos, a profissão, tendo em vista a elevação 
moral, ética e profissional da classe; 
b) observar os ditames da ciência e da técnica, servindo ao poder público, 
à iniciativa privada e à sociedade em geral; 
c) respeitar leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão; 
d) respeitar as atividades de seus colegas e de outros profissionais; 
e) contribuir, como cidadão e como profissional, para o incessante 
desenvolvimento da sociedade e dos princípios legais que regem o país. 
 
Além dos deveres acima apresentados o Código de Ética exige que o 
profissional de Biblioteconomia cumpra: 
 
a) preservar o cunho liberal e humanista de sua profissão, fundamentado 
na liberdade da investigação científica e na dignidade da pessoa humana; 
b) exercer a profissão aplicando todo zelo, capacidade e honestidade no 
seu exercício; 
c) cooperar intelectual e materialmente para o progresso da profissão, 
mediante o intercâmbio de informações com associações de classe, escolas e órgãos 
de divulgação técnica e científica; 
d) guardar sigilo no desempenho de suas atividades, quando o assunto 
assim exigir; 
e) realizar de maneira digna a publicidade de sua instituição ou atividade 
profissional, evitando toda e qualquer manifestação que possa comprometer o 
conceito de sua profissão ou de colega; 
f) considerar que o comportamento profissional irá repercutir nos juízos 
que se fizerem sobre a classe; 
g) conhecer a legislação que rege o exercício profissional da 
Biblioteconomia, assim como as suas alterações, quando ocorrerem, cumprindo-a 
corretamente e colaborando para o seu aperfeiçoamento; 
h) combater o exercício ilegal da profissão; 
i) citar seu número de registro no respectivo Conselho Regional, após sua 
assinatura em documentos referentes ao exercício profissional; 
j) estimular a utilização de técnicas modernas objetivando o controle da 
qualidade e a excelênciada prestação de serviços ao usuário; 
k) prestar serviços assumindo responsabilidades pelas informações 
fornecidas, de acordo com os preceitos do Código Civil e do Código do Consumidor 
vigentes. 
 
 
O Código apresenta algumas regras de conduta em relação aos próprios 
colegas de profissão, aos órgãos de classe e principalmente em relação ao usuário 
cliente. 
 
Mas o que é Conduta? 
 
 
A conduta está diretamente relacionada ao comportamento do indivíduo, neste 
caso, a maneira de se comportar, agir e se relacionar com pessoas e cenários nas 
mais diversificadas situações. Vamos visualizar no quadro abaixo como o Profissional 
Bibliotecário deve se comportar em relação aos seus colegas de trabalho, órgãos de 
classe e usuários/clientes. 
 
Seção 03: Dos Direitos 
 
 
Vocês já ouviram falar dos direitos e deveres do cidadão? Na nossa 
Constituição Brasileira, existe um artigo específico que trata dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos. Todos nós temos deveres a cumprir, mas também temos 
nossos direitos. Mas então quais são os Direitos dos Bibliotecários? Vamos conhecer? 
 
É direito do Profissional Bibliotecário: 
 
 
a) exercer a profissão, independentemente de questões referentes à 
religião, raça, sexo, cor e idade; 
b) apontar falhas nos regulamentos e normas das instituições em que 
trabalha, quando as julgar indignas do exercício profissional, devendo, neste caso, 
dirigir-se aos órgãos competentes, em particular, ao Conselho Regional; 
c) votar e ser votado para qualquer cargo ou função em órgãos ou 
entidades de classe, nos termos da legislação vigente; 
d) defender e ser defendido pelo órgão de classe, se ofendido em sua 
dignidade profissional; 
e) auferir benefícios da ciência e das técnicas modernas, objetivando 
melhor servir ao seu usuário, à classe e ao país; 
f) usufruir de todos os demais direitos específicos, nos termos da 
legislação que cria e regulamenta a profissão de bibliotecário; 
g) preservar seu direito ao sigilo profissional, quando portador de 
informações confidenciais; 
h) formular, junto às autoridades competentes, críticas e/ou propostas aos 
serviços públicos ou privados, com o fim de preservar o bom atendimento e 
desempenho profissional. 
 
Seção 04: Das Proibições 
Assim como em toda legislação, devemos entender nossos direitos e deveres, 
enquanto cidadãos, levando em consideração normas de conduta e comportamento. 
Em nossa sociedade temos noções básicas de que é proibido matar e roubar e se por 
acaso cometermos estes atos, podemos ser punidos. No código de ética isto também 
não é diferente. Podemos observar juntos? 
 
Nesta seção não se permite ao profissional de Biblioteconomia, no 
desempenho de suas funções: 
 
a) praticar, direta ou indiretamente, atos que comprometam a dignidade e 
o renome da profissão; 
b) nomear ou contribuir para que se nomeiem pessoas, sem habilitação 
profissional, para cargos privativos de Bibliotecário, ou indicar nomes de pessoas sem 
registro nos CRB; 
c) expedir, subscrever ou conceder certificados, diplomas ou atestados de 
capacitação profissional a pessoas que não preencham os requisitos indispensáveis 
ao exercício da profissão. 
d) assinar documentos que comprometam a dignidade da Classe; 
e) violar o sigilo profissional; 
f) utilizar a influência política em benefício próprio; 
g) deixar de comunicar aos órgãos competentes, as infrações legais e 
éticas que forem de seu conhecimento; 
h) deturpar, intencionalmente, a interpretação do conteúdo explícito ou 
implícito em documentos, obras doutrinárias, leis, acórdãos e outros instrumentos de 
apoio técnico do exercício da profissão, com intuito de iludir a boa-fé de outrem; 
i) fazer comentários desabonadores sobre a profissão de Bibliotecário e 
de entidades afins à profissão; 
j) permitir a utilização de seu nome e de seu registro a qualquer instituição 
pública ou privada onde não exerça, pessoal ou efetivamente, função inerente à 
profissão; 
k) assinar trabalhos ou quaisquer documentos, executados por terceiros ou 
elaborados por leigos, alheios a sua orientação, supervisão e fiscalização; 
l) exercer a profissão, quando impedido, por decisão administrativa 
transitada em julgado; é importante enfatizar que, neste caso, o bibliotecário ainda 
não foi julgado por algum ato cometido. Ele ainda poderá exercer suas funções, 
normalmente, até que definitivamente a sentença final defina sua culpa ou absorção. 
m) recusar a prestar contas de bens e numerário, que lhes sejam confiados, 
em razão de cargo, emprego ou função; 
n) deixar de cumprir, sem justificativa, as normas emanadas dos Conselhos 
Federal e Regionais, bem como deixar de atender a suas requisições administrativas, 
intimações ou notificações, no prazo determinado; 
o) utilizar a posição hierárquica para obter vantagens pessoais ou cometer 
atos discriminatórios e abuso de poder; 
p) aceitar qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de 
admissão por sexo, idade, cor, credo, e estado civil. 
 
Seção 05: Das Infrações Disciplinares e Penalidades 
 
 
Estamos cientes de que não é permitido infringir o Código de Ética. Neste 
sentido, caso ocorram algumas infrações que o profissional Bibliotecário não obedeça, 
o código prevê penalidades específicas descritas abaixo. 
É importante considerar que as penalidades serão anotadas na carteira 
profissional e no cadastro do CRB, sendo comunicadas ao CFB, demais Conselhos 
Regionais e ao empregador, assim como compete originalmente aos CRB o 
julgamento das questões. As penalidades são: 
 
 
a) Advertência reservada; 
b) Censura pública; 
c) Suspensão do registro profissional pelo prazo de até três anos; 
d) Cassação do exercício profissional com apreensão de carteira 
profissional; 
e) Multa de 1 a 50 (cinquenta) vezes o valor atualizado da anuidade. 
 
 
§ 1º - A pena de multa, de um a cinquenta vezes o valor atualizado da anuidade, 
poderá ser combinada com qualquer das penalidades enumeradas nas alíneas ―a‖ 
a ―d‖ deste artigo podendo ser aplicada em dobro no caso de reincidência. 
§ 2º - A falta de pagamento da multa no prazo estipulado determinará a 
suspensão do exercício profissional, sem prejuízo da cobrança por via executiva. § 3º 
- A suspensão, por falta de pagamento de anuidade, taxas e multas somente cessará 
com o recolhimento da dívida, podendo estender-se por até três anos, decorridos os 
quais, o profissional terá, automaticamente, cancelado o seu registro, se não resgatar 
o débito, sem prejuízo da cobrança executiva. 
§ 4º - A pena de cassação do registro profissional acarretará ao infrator a perda 
do direito de exercer a profissão em todo Território Nacional e, consequentemente, a 
apreensão da carteira de identidade profissional. 
§ 5º - Ao infrator suspenso por débito, será admitida a reabilitação profissional, 
mediante novo registro, satisfeitos, além das anuidades em débito, as multas e demais 
emolumentos e taxas cabíveis. 
 
Seções 6, 7 e 8 
 
 
A seção 6 deste código trata da aplicação de sanções/punições, informando as 
sanções mais atenuantes que são a falta cometida em defesa de prerrogativa 
profissional, a ausência de punição anterior e a prestação de relevantes serviços à 
Biblioteconomia. 
Sobre os honorários dos profissionais Bibliotecários é apresentada na seção 
7, em que se recomenda que o Bibliotecário deve fixar, previamente, o valor dos 
serviços, de preferência, por contrato escrito, considerados os elementos seguintes: 
a) a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a 
executar; 
b) o tempo que será consumido para a realização do trabalho; 
c) a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços; 
d) as vantagens que advirão para o contratante com o serviço prestado; 
e) a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou 
permanente; 
f) o local em que o serviço será prestado. 
Finalmente o Código de Ética finaliza-sena seção 8 que trata de disposições 
gerais, informando que, qualquer modificação deste Código, somente poderá ser 
efetuada pelo CFB, nos termos das disposições legais, ouvidos os CRB. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
CUARTAS, E.; PESSOA, M. L.; COSTA, C. Ética profissional do bibliotecário: 
15 anos depois. [Em anexo: Código de Ética Profissional do Bibliotecário, 
resolução CFB no 42 publicada do D. O. U. de 7 jan. 2002]. Biblos: revista do 
Departamento de Biblioteconomia e História, Rio Grande do Sul, v. 15, p. 
195209, 2003. 
DONATO, Hernâni. A palavra escrita e sua história. São Paulo: Melhoramentos, 
[1951]. 114p. (O Homem e o universo, nº 12). 
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