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Introdução ao Direito Administrativo

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DIREITO ADMINISTRATIVO I
Direito administrativo é o ramo do Direito Público que engloba, sobretudo, a regulação jurídica do poder administrativo – ou executivo – do Estado. Portanto, é a área do Direito que dá forma e função a essa ponta da tripartição dos poderes e tem por objeto ad Administração Pública.
art. 2º, CF
“são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. E envolve, assim, a fontes, os conceitos, os princípios e as funções da Administração Pública e seus entes, a fim de que também sejam cumpridos os interesses sociais a dever do Estado.
Conforme Maria Sylvia Di Pietro:
“Direito Administrativo é o ramo do direito público que tem por objeto órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública”.
O direito administrativo e outros sistemas jurídicos:
FRANÇA
a) Conselho de Estado
b) Corte de cassação
Direito administrativo e outras disciplinas
Artigo 78, CTN- Considera-se poder de polícia atividade da administração pública eu, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único: Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. 
Princípios do direito administrativo
Esses princípios são reforçados, assim, no art. 4º da Lei 8.429/92, a Lei da Improbidade Administrativa. Ele dispõe, desse modo:
Art. 4° Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.
Princípio da legalidade- O princípio da legalidade atende à previsão legal. Ou seja, o que é permitido por lei. Desse modo, os atos administrativos devem respeitar os limites legais estipulados em norma.
Princípio da impessoalidade- O princípio da impessoalidade no Direito Administrativo refere-se ao dever de neutralidade dos entes e de seus membros. Isto porque a pessoa administrativa não deve se confundir com o indivíduo por trás da função. Dessa maneira, práticas como o nepotismo, são contrárias ao princípio da impessoalidade.
Princípio da moralidade administrativa- O princípio da moralidade administrativa talvez seja um dos mais complexos do Direito Administrativo. Afinal, qual seria a moral da Administração Pública para que se definisse a moralidade imperativa? Embora seja difícil conceituar a moralidade para o Direito Administrativo, editou-se a Lei 8.249/92, na qual se dispõem, dessa forma, condutas consideradas contrárias ao princípio da moralidade. 
A legislação coaduna, então, com a previsão do parágrafo 4º do art. 37, CF/88, segundo o qual:
§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
A Lei da Improbidade Administrativa, contudo, não possui caráter penal. Como se observa da redação do parágrafo, portanto, além das sanções de cunho administrativo, poderá haver sanções penais. Mas estas deverão ser apuradas em ação penal própria.
Ademais, é importante mencionar a Lei 1.079/59, que define os crimes de responsabilidade. E regula, então, o respectivo processo de julgamento.
Princípio da publicidade- O princípio da publicidade no Direito Administrativo refere-se ao dever de prestação de contas. Afinal, a Administração Pública deve reverter seus feitos à sociedade de modo geral, justificando os gastos por ela realizados.
Princípio da eficiência- O princípio da eficiência foi instituído pela Emenda Constitucional nº 19, como mencionado. E se refere, assim, ao equilíbrio entre os meios e os fins dos atos administrativos. Portanto, a Administração Púbica deve prezar pelos meios mais eficientes, considerando não apenas as medidas necessárias e seus impactos, mas também o orçamento demandado.
Princípio da proporcionalidade- O princípio da proporcionalidade não está explícito na Constituição, mas é bastante recorrente no Direito Administrativo brasileiro. Originado no Direito Alemão, refere-se, desse modo, a uma adequação entre os meios empregados e os fins objetivados. Por exemplo: há duas possibilidades de obras em vias públicas para melhorar o trânsito em um determinado local. Uma delas é mais eficiente, mas depende da expropriação de alguns terrenos. 
Qual das duas medidas será mais proporcional? Ou seja, entre custos, resultados e consequências, qual será a mais adequada ao interesse público?
Nesse sentido, pode-se analisar três pontos:
1. Adequação – a relação entre meios e fins;
2. Necessidade – direito do menor prejuízo ao destinatário;
3. Proporcionalidade em sentido estrito – visa os efeitos mais benéficos ou menos lesivos para o interesse público.
Princípio da subsidiariedade- Outro princípio não previsto explicitamente na Constituição Federal, é, então, o princípio da subsidiariedade do Direito Administrativo. Segundo ele, portanto, o Estado atua, sobremaneira, na área de Direito Público e, excepcionalmente, no Direito Privado.
FONTES DO DIREITO ADM.:
- Normas;
- Jurisprudência;
- Doutrina;
- Costumes;

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