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RESUMOS – YURI ALMEIDA QUESTÕES SOBRE NEOPLASIAS DO SISTEMA NERVOSO – PARTE 4 Q24: As mutações genéticas mais comuns associadas com o início de meningiomas são as mutações: (A) com perda do cromossoma 19p; (B) algorítimas sequenciais do cromossoma 19q; (C) no no braç curto do cromossoma 1p 19q; (D) no gene de NF2 e perda do cromossoma 22q; (E) do braço curto do cromossoma 16q. Item correto: D (Resposta já alterada) – A alteração cromossômica que mais acomete os tipos histológicos de meningiomas é a monossomia total ou parcial do cromossomo 22, sendo esse fator relacionado com a perda da heterozigosidade e com o evento que inicia a gênese desse tipo de tumor. Essa alteração é encontrada em 40-70% dos casos de meningiomas, sendo associada a mutações, deleções ou perda de expressão do gene NF2, mostrando que sua inativação é um importante evento no desenvolvimento desse tumor. Q25: Histologicamente, um frequente tumor cerebelar caracterizado como tumor neuroectodérmico primitivo prevalente em crianças, sendo as do sexo masculinos as mais afetadas. Com relação à classificação histológica, existem cinco variações: clássico, desmoplásico, anaplásico, células gigantes e de extensa nodularidade. Estamos falando de: (A) ependimoma; (B) meduloblastoma; (C) astrocitoma pilocítico; (D) astrocitoma de pequenas células; (E) ganglioglioma. Item correto: B – O meduloblastoma é um tumor cerebelar caracterizado como tumor neuroectodérmico primitivo prevalente em crianças, sendo as do sexo masculinos as mais RESUMOS – YURI ALMEIDA afetadas. Com relação à classificação histológica, existem cinco variações: clássico, desmoplásico, anaplásico, células gigantes e de extensa nodularidade. O MB clássico, o qual apresenta uma caracterização clínica de variante mais frequente, é constituído de células pequenas redondas ou elipsoides, com uma elevada razão núcleo/citoplasma. No subtipo desmoplásico há células em constante proliferação, sendo que essa variante abrange clinicamente 15% dos MBs. Ele está relacionado à idade adulta e a um bom prognóstico, provavelmente por ser um tumor mais delimitado, além da sua tendência a uma localização superficial nos lobos laterais do cerebelo, favorecendo a ressecção completa. O subtipo de extensiva nodularidade é caracterizado histologicamente como células ganglionares, contendo grandes e numerosos nódulos com diferenciação neurocítica. É determinado clinicamente como raro, apresentando-se mais frequentemente em crianças com idade anterior a três anos, e são consideradas de melhor prognóstico, quando comparado ao do tipo clássico. O subtipo de células gigantes tem como característica histológica a presença de células redondas com aumento do volume celular, um único nucléolo proeminente, citoplasma abundante, um alto índice mitótico com polimorfismo nuclear e alta frequência de corpos apoptóticos agrupados ou isolados, sendo esses índices mais elevados do que em outros subtipos de MBs. O último subtipo é o anaplásico, cujas células revelam-se em formas esféricas, nucléolo proeminente e atipia celular marcante. Essa variante compõe aproximadamente 24% dos casos, e está relacionada à agressividade clínica, apresentando em crianças um pior prognóstico do que aqueles com tumores clássicos. Q26: Infiltração difusa com anaplasia focal ou dispersa, potencial de proliferação celular acentuada, com aumento da celularidade, atipia nuclear distinta e alta atividade mitótica. Histologicamente, o diagnóstico que mais se aproxima é: (A) glioblastoma multiforme; (B) ependimoma grau II; RESUMOS – YURI ALMEIDA (C) oligodendroglioma; (D) astrocitoma anaplásico; (E) astrocitoma de células gigantes. Item correto: D – Os astrocitomas são neoplasias (gliomas) infiltrantes, derivadas dos astrócitos, com variados graus e padrões histológicos, indo de formas com astrócitos bem diferenciados, com crescimento lento, até formas agressivas, com pleomorfismo celular, atipias nucleares e crescimento rápido. Assim, são descritos o astrocitoma difuso (grau II), o astrocitoma anaplásico (grau III) e o glioblastoma (grau IV). Os “astrocitomas grau I”(menos de 1% dos astrocitomas) compreendem um grupo heterogêneo de tumores mais circunscritos, com crescimento lento, que sugerem ser formas melhor diferenciadas dos astrocitomas difusos. Grau II, junto com o de grau I, são ambos considerados de baixo grau, isto é, “não-malignos”, ao contrário dos de graus III e IV, que têm crescimento rápido, infiltrante e difuso, ambos considerados de alto grau e, portanto, malignos. Os astrocitomas ocorrem em todas as idades e em qualquer parte do neuroeixo. Nos adultos predominam nos hemisférios cerebrais e, nas crianças, no tronco encefálico ou no tálamo. Menos comumente surgem na medula espinhal ou no cerebelo. Neste último sítio geralmente o astrocitoma é do tipo pilocítico (grau I), o qual é particularmente comum em crianças e em adultos jovens, manifestando-se como massa cística, relativamente circunscrita. Em pacientes adultos mais velhos os astrocitomas tendem a ser mais difusamente infiltrantes e sofrer anaplasia (astrocitoma anaplásico, grau III) ou ter padrão de glioblastoma (grau IV). Estes tumores malignos caracterizam-se como massas expansivas intracranianas, com infiltração difusa e anaplasia focal ou dispersa, potencial de proliferação celular acentuada, com aumento da celularidade, atipia nuclear distinta e alta atividade mitótica, que se associam clinicamente com convulsões e déficit neurológico variado, segundo a localização, o tamanho e a rapidez de crescimento da neoplasia. As convulsões são mais comuns que o comprometimento neurológico funcional, devido à destruição do parênquima nervoso, especialmente nos tumores de alto grau. O diagnóstico histopatológico correto destas neoplasias depende da correlação com os dados clínicos e os de imagem. Q27: A proteína de reparo do DNA que prevê a resposta quimioterápica nos gliomas é: (A) MGMT; RESUMOS – YURI ALMEIDA (B) p53; (C) IDH1; (D) IDH2; (E) PTEN. Item correto: A – Metilação do promotor do gene MGMT leva ao seu silenciamento e é preditivo de benefícios na quimioterapia de glioblastoma e de gliomas. A metilação do promotor de MGMT e/ou baixa expressão da proteína codificada pelo MGMT são frequentemente observadas em glioma de baixo grau e oligodendrogliomas anaplásicos. Este teste serve como para prever resposta à terapia com Temozolomide, tendo valor prognóstico. MGMT (metilguanina-metiltransferase) é uma enzima de reparo molecular capaz de remover uma metilação. Assim, são removidos os grupos -alquil (-CH3) da posição O6 da guanina no DNA, danificados anteriormente pelos quimioterápicos alquilantes, como nitrosoureias. Nesse raciocínio, concentrações reduzidas da MGMT diminuem a capacidade de reparo do DNA e estão associadas ao melhor resultado quando tratados com alquilantes. Análises de subgrupos demostraram melhores resultados para a quimioterapia em pacientes com tumores MGMT metilado e redução da sobrevida em pacientes com tumores não-metilados Q28: Lesões heterotópicas congénitas raras, que são intrinsecamente epileptogênicas quando intimamente ligado aos corpos mamilares, sendo as crises do tipo gelásticas. As características acima descritas sugerem a presença de processo expansivo intracraniano do tipo: (A) astrocitoma subependimário de células gigantes; (B) craniofaringioma; (C) glioma talâmico; (D) astrocitoma difuso da ponte; (E) hamartoma hipotalâmico. RESUMOS – YURI ALMEIDA Item correto: E – Hamartoma hipotalâmico é uma malformação congênita, que pode se manifestar através de crises epilépticas, principalmente como gelásticas, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, retardo mental, distúrbios comportamentais e puberdade precoce. As crises têm início precoce e são clinicamenterefratárias. A etiologia e os mecanismos fisiopatogênicos não são totalmente conhecidos. O eletrencefalograma pode apresentar desde a desorganização e o alentamento da atividade de base até paroxismos de epileptogênicos multifocais e / ou generalizados. Embora convulsões gelásticas possam ocorrer em outras circunstâncias, elas são reconhecidas como fortemente sugestivas de um hamartoma no tubérculo. Nos primeiros dois anos de vida, essas convulsões podem não ser características e podem ser precedidas por muitos anos outros tipos de convulsões com manifestações motoras mais exuberantes. Alguns pesquisadores acreditam que esses eventos críticos que surgem mais tarde podem resultar dos fenômenos clássicos da epileptogênese secundária 7 . Essas crises epilépticas são frequentemente classificadas como refratores medicamente. Embora as crises tenham manifestações clínicas variadas na infância e na infância em pacientes com HH, o desenvolvimento motor tardio e o comprometimento cognitivo são a regra. Q29: A síndrome de Eaton-Lambert está associada comumente a: (A) distúrbio do ritmo cardíaco. (B) carcinoma de pulmão. (C) hipotireoidismo. (D) carcinoma de tireóide. (E) melanoma. Item correto: B – A síndrome de Lambert-Eaton geralmente precede, ocorre conjuntamente ou se desenvolve depois de certos tipos de cânceres. Ocorre mais comumente em homens com tumores no tórax, especialmente câncer do pulmão. Às vezes, certos tipos de câncer desencadeiam outros distúrbios que não são de origem cancerosa, como a síndrome de Lambert-Eaton. Esses quadros clínicos são chamados síndromes paraneoplásicas. https://www.msdmanuals.com/pt/casa/c%C3%A2ncer/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-o-c%C3%A2ncer/s%C3%ADndromes-paraneopl%C3%A1sicas RESUMOS – YURI ALMEIDA Q30: Sobre o tema neuro-oncologia, assinale a alternativa CORRETA. Frase I: Tumores da pineal produzem com frequência uma síndrome mesencefálica dorsal e obstrução do aqueduto, gerando hidrocefalia. Frase II: Tumores do tronco cerebral produzem neuropatias cranianas, sinais dos tratos longos e hidrocefalia por compressão do aqueduto. Em relação a estas duas frases, é correto afirmar que: a) A primeira frase está incorreta e a segunda correta. b) A primeira frase está correta e a segunda incorreta. c) Ambas as frases estão corretas. d) Ambas as frases estão incorretas. Item correto: C RESUMOS – YURI ALMEIDA REFERÊNCIAS (Sem ABNT) http://www.neurinoma.org.br/ https://www.scielo.br/pdf/rbof/v73n2/0034-7280-rbof-73-02-0120.pdf Macroadenoma hipofisário: alterações campimétricas visuais https://clinicadralexandrecruzeiro.webnode.com.br/news/hematoma-epidural-ou- extradural/ https://seer.sis.puc- campinas.edu.br/seer/index.php/cienciasmedicas/article/download/1438/1412 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802011000300014 Síndrome de Sturge-Weber e suas repercussões oculares: revisão da literatura JONES, T.S.; HOLLAND, E. C. 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