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RESUMO CRÍTICO DO FILME GERMINAL x REALISMO

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RESUMO CRÍTICO DO FILME GERMINAL x REALISMO - NATURALISMO 
 
O filme o Germinal foi produzido em 1993, o qual é baseado no romance do escritor Frances Émile Zola, (1840-1902). Que trata da Revolução Industrial que provocou uma série de transformações políticas, econômicas e sociais na história. 
Inspirado pela obra de Zola e pela escola literária denominada “Naturalismo”, o romance foi adaptado para o cinema sob a direção de Claude Berri, em 1993. O filme “O Germinal” aborda as relações de trabalho, as lutas de classe existentes na sociedade capitalista, o processo de instalação do capitalismo nas cidades e o ritmo da produção e da exploração dos trabalhadores pelos patrões através do trabalho desumano nas minas de carvão francesas, retratando claramente as severas transformações sociais impostas pelo modo de produção capitalista.
O filme faz relação com o processo de desenvolvimento e de amadurecimento dos movimentos grevistas das minas de carvão do século XIX na França. Essas manifestações foram provocadas pelas condições precárias de trabalho, pela miséria, exploração e pelos baixos salários impostos pelos patrões aos operariados.
O mesmo se passa em uma pequena vila de trabalhadores de minas dominada por extrema miséria econômica e muita degradação humana. Na década de 1980, com o fechamento de muitas minas de carvão da Inglaterra, principal polo de sustentação econômica em várias cidades, gerando uma forte crise entre os trabalhadores. 
Comparando-o com as obras literárias observamos de imediato que o mesmo trata de centraliza-se no movimento realista - naturalista. A objetividade com relação às tomadas de decisões, os ideais propostos que eram votados para a massa popular, deixam bem claro essa verdade. 
Podemos ressaltar que o filme, assim como nas obras naturalistas a razão prevalecia muito às emoções, a arte de modificar a realidade era vista injustamente pelo poder dominante. Os próprios funcionários das minas sempre questionavam seus direitos perdidos, porque para a classe burguesa isso não valeria de nada. Seus objetivos financeiros estavam acima dos propósitos dos trabalhadores. 
 Os personagens sofrem influências dos intelectuais da Europa, o simples modo de vida da classe operária muda a partir dessas novas ideais: teorias cientificistas, positivismo, evolucionismo e o determinismo. 
Os escritores desse período procuram descrever com maior realidade os costumes e as relações entre os seres humanos. A luta dos trabalhadores mineiros, o qual foi um marco inicial para aquisição de uma política de igualdade. O que prevaleciam na época era a dominância de uma classe sobre a outra. A cidadania ameaçada pelas relações de produção fizera com que um grupo social não mais aceitasse passar necessidades e privações pela falta de igualdade. Aqui percebemos uma característica típica das obras realistas-naturalista: a burguesia dominando sobre o assalariado. Os primeiros vivem das regalias do trabalho escravo dos mais fracos. Não muito diferente do que é apresentado em nossos atuais dias. 
Os senhores eram proprietários da força de trabalho (dos escravos), dos meios de produção (terras, pão, minas, instrumentos de produção) e do produto do trabalho. A burguesia possui as minas ou as fábricas, os meios de transportes, as terras, os bancos etc. O trabalhador não é obrigado a ficar sempre na mesma terra ou na mesma situação: “ele é livre” para não trabalhar, mas na pratica precisam trabalhar para não morrer de fome. 
Desta forma, concluímos, que os realistas eram anti-românticos, objetivos e racionalistas. Postulava a primazia da razão sobre o sentimento, fato esse percebido nas relações amorosas. A mulher era símbolo de prazer e não de amor. Situações de venda, trocas colocava-a igual ou menor a mercadoria.

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