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OROGÊNESE 4A A 8A SEMANA DO DESENVOLVIMENTO

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Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Embriologia – P1 
OROGÊNESE – 4ª – 8ª SEMANA 
DO DESENVOLVIMENTO 
MOORE EMBRIOLOGIA – cap 5 
 
Há 3 fases interrelacionadas: 
1- A primeira fase é de crescimento, que envolve 
divisão celular e elaboração de produtos celu-
lares; 
2- A segunda fase é de morfogênese, onde ocor-
rem interações complexas em sequência orde-
nada. O movimento das células permite que 
interajam com outras durante a formação dos 
tecidos e órgãos; 
3- A terceira fase é de diferenciação, maturação 
dos processos fisiológicos. O termino da dife-
renciação resulta na formação de tecidos e ór-
gãos capazes de executar funções especializa-
das; 
Um importante acontecimento no estabelecimento 
da forma do corpo é o dobramento do disco embrio-
nário trilaminar plano em um embrião cilíndrico; 
Ocorre em dois planos e é decorrente do rápido 
crescimento do embrião; 
A velocidade do crescimento nas laterais não a-
companha do disco não acompanha o ritmo do cres-
cimento do eixo maior enquanto o embrião aumenta 
rapidamente o comprimento; 
 
DOBRAMENTO DO EMBRIÃO NO PLANO MEDIANO 
Dobramento ventral das extremidades do embrião 
produz as pregas cefálica e caudal, que levam as re-
giões cefálica e caudal a se deslocarem ventralmente 
enquanto o embrião se alonga; 
 
Prega Cefálica 
No início da 4ª semana as pregas neurais da região 
cefálica se tornam mais espessas formando o pri-
mórdio do encéfalo; 
Inicialmente se projeta dorsalmente na cavidade 
amniótica, posteriormente o encéfalo anterior em 
desenvolvimento cresce em direção cefálica; 
Simultaneamente o septo transverso, o coração 
primitivo, o celoma pericárdico e a membrana buco-
faríngea se deslocam na superfície ventral; 
Durante o dobramento longitudinal, parte do 
endoderma do saco vitelino é incorporado ao embri- 
ão, formando o intestino anterior; 
O intestino anterior está entre o coração e o encé-
falo. A membrana orofaríngea separa o intestino 
anterior do estomodeu; 
Antes do dobramento o celoma é uma cavidade 
achatada, em forma de ferradura. Depois do dobra-
mento, o celoma pericárdico se localiza ventralmen-
te ao coração e cefálico ao septo transverso; 
Nesse estagio o celoma se comunica livremente ao 
celoma extraembrionário por ambos os lados. 
 
Prega Caudal 
O dobramento da prega caudal do embrião resulta 
do crescimento da parte distal do tubo neural; 
Com o crescimento do embrião, a eminencia cau-
dal se projeta sobre a membrana cloacal (futura re-
gião do ânus); 
No dobramento a parte da camada germinativa 
endodérmica é incorporada ao embrião formando o 
intestino posterior (primórdio do colón); 
A porção terminal do intestino anterior se dilata e 
forma a cloaca (primórdio da bexiga e do reto); 
Antes do dobramento a linha primitiva se situa 
cranialmente a membrana cloacal, depois ela assu-
me uma posição caudal; 
O pedículo do embrião (primórdio do cordão um-
bilical) se prende a superfície ventral do embrião e 
o alantoide (divertículo do saco vitelino) é parcial-
mente incorporado ao embrião. 
 
DOBRAMENTO DO EMBRIÃO NO PLANO HORIZONTAL 
O dobramento lateral do embrião leva a formação 
das pregas laterais direita e esquerda; 
O dobramento lateral é resultado do crescimento 
da medula espinhal e dos somitos; 
Os primórdios da parede ventrolateral dobram-se 
em direção ao plano mediano, deslocando as bordas 
do disco embrionário ventralmente, formando um 
embrião cilíndrico; 
Com a formação das paredes abdominais, parte da 
camada germinativa endodérmica é incorporada ao 
embrião, formando o intestino médio (primórdio 
do intestino delgado); 
A comunicação entre o intestino médio e o saco 
vitelino é reduzida depois do dobramento e forma o 
pedículo vitelino; 
Após o pedículo do embrião se transformar no cor-
dão umbilical, a fusão ventral das pregas laterais 
reduz a região de comunicação entre as cavidades 
celômicas intra e extraembrionárias a uma comuni-
cação estreita; 
A cavidade amniótica expande e o âmnio forma o 
revestimento epitelial do cordão umbilical 
 
FASES DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
DOBRAMENTO DO EMBRIÃO 
Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Embriologia – P1 
As 3 camadas germinativas formadas na gástrula-
ção originam todos os tecidos e órgãos; 
 
ECTODERMA 
✓ Sistema Nervoso Central (SNC); 
✓ Sistema Nervoso Periférico; 
✓ Epitélios sensoriais de olho, orelha, nariz; 
✓ Epiderme e seus anexos (pelos e unhas); 
✓ Glândulas mamarias, subcutâneas, hipófise; 
✓ Esmalte dos dentes; 
✓ Células da crista neural, derivadas do neuroec-
toderma originam as células dos gânglios espi-
nhais, do crânio, gânglios autônomos, células 
que formam a bainha do SNP; células pigmen-
tares da epiderme; 
✓ Tecidos musculares, conjuntivos e ossos; 
✓ Medula supra renal; 
✓ Meninges do encéfalo e da medula espinhal. 
 
MESODERMA 
✓ Tecido conjuntivo; 
✓ Cartilagem, ossos; 
✓ Músculos estriados e lisos; 
✓ Coração e vasos sanguíneos e linfáticos; 
✓ Rins, baço; 
✓ Ovários, testículos e ductos genitais; 
✓ Membranas serosas que revestem as cavidades 
do corpo (pericárdica, pleurais e peritoneal); 
✓ Córtex das supra renais. 
 
ENDODERMA 
✓ Revestimento epitelial dos tratos gastrointesti-
nal e respiratório; 
✓ Parênquima das tonsilas; 
✓ Glândulas tireoides, paratireoides e do timo; 
✓ Fígado e pâncreas; 
✓ Revestimento epitelial da bexiga e maior parte 
da uretra; 
✓ Revestimento epitelial da cavidade timpânica, 
do antro do tímpano e da tuba auditiva (faringo-
timpânica). 
Induções: interações que levam a mudanças no 
curso do desenvolvimento de pelo menos um dos in-
teragentes; 
Nos mecanismos moleculares da indução, há 
casos em que o mecanismo de transferência de sinal 
parece variar de acordo com os tecidos específicos 
envolvidos; 
Em alguns casos o sinal parece ser uma molécula 
difusível, como o Sonic Bedgebog, que passa do 
tecido indutor para o tecido-alvo; 
Qualquer que seja o mecanismo de transferência 
intercelular, o sinal é traduzido em uma mensagem 
intracelular que influencia a atividade genética das 
células-alvo; 
Para serem competentes em responder um estímu-
lo indutor, as células do sistema-alvo precisam ter 
receptores apropriados para a molécula indutora de 
sinal especifica, os componentes de uma via de 
sinalização intracelular particular e fatores de 
transcrição que mediarão a resposta particular; 
 
 
4ª SEMANA 
Na 4ª semana ocorrem grandes mudanças na for-
ma do corpo; 
O embrião inicia reto, com 4-12 somitos que produ-
zem elevações na superfície; 
O tubo neural se forma em frente aos somitos e é 
amplamente aberto nos neuroporo rostral (anterior) 
e caudal (posterior); 
No 24º dia os arcos faríngeos são visíveis. O pri-
meiro arco (mandibular) e o segundo (hióideo) estão 
individuais; 
Agora o embrião está levemente curvado por causa 
das pregas cefálica e caudal; 
O coração forma uma grande saliência ventral e 
bombeia o sangue; 
No 26º dia três pares de arcos faríngeos são visí-
veis e o neuroporo rostral se fechou; 
O encéfalo anterior produz uma elevação saliente 
na cabeça enquanto o dobramento dá uma curvatu-
ra em C; 
Os brotos dos membros superiores são reconhe-
cíveis no 26º-27º dia como pequenas intumescên-
cias na parede ventrolateral do corpo; 
As fossetas óticas (primórdios das orelhas inter-
nas) também são visíveis. Nos lados da cabeça há 
espessamentos ectodérmicos, os placóides do cris-
talino (futuro cristalino dos olhos); 
No fim da quarta semana o quarto par de arcos 
faríngeos e o broto dos membros inferiores são vi-
síveis, além de uma longa eminência caudal; 
No fim da 4ª semana o neuroporo caudal geral-
mente já está fechado. 
 
5ª SEMANA 
Na 5ª semana há pequenas mudanças na forma e 
o crescimento da cabeça excede o das outras regiões; 
DERIVADOS DAS CAMADAS GERMINATIVAS 
CONTROLE DO DESENV. EMBRIONÁRIO 
PRINCIPAIS EVENTOS DA 4ª – 8ª SEMANA 
Gabriely Pansera- Medicina UCPelEmbriologia – P1 
O aumento da cabeça é causado pelo rápido de-
senvolvimento do encéfalo e das proeminências fa-
ciais; 
A face logo entra em contato com a proeminência 
cardíaca; 
O segundo arco faríngeo cresce sobre o terceiro e 
quarto, formando uma depressão ectodérmica late-
ral em ambos os lados, o seio cervical; 
As cristas mesonéfricas indicam o local dos rins 
mesonéfricos, que em humanos são órgãos provisó-
rios. 
 
6ª SEMANA 
Na 6ª semana os embriões apresentam respostas 
reflexas ao toque; 
O desenvolvimento dos cotovelos e das placas das 
mãos fazem os membros superiores apresentarem 
uma diferenciação regional; 
Os raios digitais (primórdios dos dedos) começam 
a se desenvolver nas placas das mãos; 
O desenvolvimento dos membros inferiores ocorre 
4-5 dias após o dos superiores; 
As saliências auriculares, pequenas intumescên-
cias, se formam entre os dois primeiros arcos farín-
geos; 
O sulco ou fenda faríngea se torna o meato acús-
tico externo (canal auditivo externo) e as saliências 
auriculares se fundem formando o pavilhão auricu-
lar, a parte externa da orelha; 
O olho é bem evidente por causa da formação do 
pigmento da retina; 
O tronco e o pescoço começam a se endireitar; 
Os intestinos penetram non celoma extraembrio-
nário na parte proximal do cordão umbilical. Essa 
hérniação umbilical ocorre, pois, a cavidade abdo-
minal é muito pequena para acomodar o rápido 
crescimento do intestino. 
 
7ª SEMANA 
Na 7ª semana os membros sofrem modificações 
consideráveis; 
Aparecem chanfraduras entre os raios digitais das 
placas das mãos, indicando os dedos; 
A comunicação entre o intestino primitivo e o saco 
vitelino é reduzida a um ducto estreito, o pedículo 
vitelino; 
No fim da 7ª semana a ossificação dos ossos dos 
membros superiores já iniciou; 
 
8ª SEMANA 
No início da última semana do período embrioná-
rio os dedos das mãos estão separados, mas unidos 
por membranas; 
Há chanfraduras entre os raios digitais dos pés; 
A eminencia em forma de cauda curta ainda está 
presente; 
O plexo vascular do couro cabeludo apareceu e 
forma faixa característica que envolve a cabeça; 
Na 8ª semana ocorrem os primeiros movimentos 
voluntários dos membros; 
A ossificação começa no fêmur; 
As mãos e pés se aproximam ventralmente 
No fim da 8ª semana todas as regiões dos membros 
são evidentes, os dedos ficaram mais compridos e 
totalmente separados. Todas os sinais da eminencia 
caudal desapareceram; 
No fim da 8ª semana o embrião apresenta carac-
terísticas humanas, mas a cabeça ainda é grande; 
A região do pescoço está mais definida; 
As pálpebras estão se fechando e no fim da 8ª 
semana se unem por fusão epitelial; 
Os pavilhões auriculares começam a assumir sua 
forma final; 
Há diferenças na aparência das genitálias femini-
nas e masculinas, mas não o suficiente para dife-
renciar. 
 
 
 
ESTIMATIVA DA IDADE GESTACIONAL DO EMRBIÃO 
A contagem da idade gestacional inicia na contagem 
do primeiro dia do último período menstrual normal 
(UPMN); 
A idade do embrião começa com a fecundação, duas 
semanas após a UPMN; 
A avaliação ultra-sonográfica do tamanho da cavidade 
coriônica e do seu conteúdo embrionário possibilita a 
estimativa precisa da data da concepção. 
EXAME ULTRA-SONOGRÁFICO DE EMBRIÕES 
✓ Estimativa do tempo da gestação para confirmar a 
estimativa clínica; 
✓ Avaliação do crescimento do embrião quando há 
suspeita de retardo do crescimento uterino; 
✓ Orientação durante a amostragem da vilosidade 
coriônica ou liquido amniótico; 
✓ Exame de massa pélvica detectada clinicamente; 
✓ Suspeita de gravidez ectópica; 
✓ Possível anormalidade uterina; 
✓ Detectação de anomalias congênitas.