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TECIDO OSSEO

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Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Histologia – P1 
TECIDO ÓSSEO 
JUNQUEIRA E CARNEIRO – cap 8 
 
O tecido ósseo é o principal componente do esque-
leto. Tem funções de: 
➢ Serve de suporte aos tecidos moles; 
➢ Protege órgãos vitais; 
➢ Proporciona apoio aos músculos esqueléticos; 
➢ Serve como alavanca, ampliando as forças con-
tráteis; 
➢ Depósito de Ca, PO4 e outros íons; 
➢ Absorvem toxinas e metais pesados, minimi-
zando os efeitos nos outros tecidos; 
 
O tecido ósseo é um tipo especializado de tecido 
conjuntivo formado por células e material extracelu-
lar calcificado, a matriz óssea; 
Não há difusão de substancias através da matriz 
calcificada do osso, a nutrição é dependente de 
canalículos que existem na matriz; 
Todos os ossos são revestidos nas superfícies 
externas e internas por membranas conjuntivas con-
tendo células osteogênicas, o periósteo e endósteo; 
A preparação histológica é por desgaste. Não pre-
serva as células, mas permite estudo da matriz, 
lacunas e canalículos; 
Outra técnica é a descalcificação do tecido ósseo 
após a fixação num fixador histológico comum. Há 
remoção da parte mineral da matriz em solução 
ácida diluída (ác. nítrico) ou solução quelante. 
 
OSTEÓCITOS 
Os osteócitos são células encontradas no interior 
da matriz óssea, ocupando as lacunas das quais 
partem canalículos; 
Cana lacuna contém apenas um osteócito e dentro 
dos canalículos, os prolongamentos dos osteócitos 
estabelecem contato por junções comunicantes; 
Osteócitos são células achatadas com pequena 
quantidade de REG CG pouco desenvolvido e núcleo 
com cromatina condensada; 
Sua morte é seguida por reabsorção da matriz. 
 
OSTEOBLASTOS 
Os osteoblastos são as células que sintetizam a 
parte orgânica da matriz óssea (colágeno tipo I, pro-
teoglicanos e glicoproteínas), além de osteonectina 
e osteocalcina; 
A osteonectina facilita a deposição de Ca e a osteo-
calcina estimula a atividade dos osteoblastos; 
Os osteoblastos são capazes de concentrar fosfato 
de cálcio, participando da mineralização da matriz; 
Se dispõem lado a lado nas superfícies ósseas em 
um arranjo que lembra o epitélio simples; 
Em intensa atividade sintética são cuboides com 
citoplasma basófilo. Em estado pouco ativo são acha-
tados e a basofilia citoplasmática diminui; 
Uma vez aprisionado pela matriz recém sintetizada, 
o osteoblasto passa a se chamar osteócito; 
A matriz óssea recém formada, adjacente aos osteo-
blastos ativos que ainda não está calcificada recebe 
o nome de osteoide. 
 
OSTEOCLASTOS 
Os osteoclastos são células moveis, gigantes, multi-
nucleadas e ramificadas (ramificações irregulares); 
Nas áreas de reabsorção do tecido ósseo se encon-
tram porções dilatadas dos osteoclastos colocadas 
em depressões da matriz escavadas pela atividade 
dos osteoclastos, chamadas lacunas de Howship; 
Os osteoclastos tem citoplasma granuloso, as vezes 
com vacúolos. São fracamente basófilos em osteo-
clastos jovens e acidófilos em osteoclastos maduros; 
Originam-se de precursores mononucleados prove-
nientes da medula óssea que, em contato com o te-
cido ósseo se unem formando osteoclastos multinu-
cleados; 
A parte orgânica representa 50% da matriz óssea; 
Ca e PO4 são os íons mais encontrados, além de K, 
Na, Mg, citrato e bicarbonato em menor quantidade; 
 
INTRODUÇÃO 
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO 
CÉLULAS DO TECIDO ÓSSEO 
Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Histologia – P1 
A parte orgânica da matriz é formada por fibras co-
lágenas (95%) constituídas de colágeno tipo I e pe-
quena quantidade de proteoglicanos e glicoproteí-
nas; 
Outros tecidos ricos em colágeno tipo I, mas que 
não tem glicoproteínas não se calcificam; 
A associação de hidroxiapatita a fibras colágenas 
é responsável pela rigidez e resistência do tecido ós-
seo; 
Após a remoção do Ca os ossos mantem sua forma, 
porem tornam-se tão flexíveis quanto os tendões; 
A destruição da parte orgânica, que é princi-
palmente colágeno, também deixa a forma intacta, 
porem o osso fica quebradiço e em qualquer movi-
mento se parte. 
As superfícies internas e externas dos ossos são 
recobertas por células osteogênicas e tecido conjun-
tivo, que constituem o endósteo e o periósteo; 
A camada mais superficial do periósteo contem 
principalmente fibras colágenas e fibroblastos; 
As fibras de Sharpey são feixes de fibras colágenas 
do periósteo que penetram o tecido ósseo e prendem 
o periósteo ao osso. 
 
O osso compacto é formado por partes sem cavi-
dades visíveis; 
O osso esponjoso é formado por partes com mui-
tas cavidades intercomunicantes; 
 
Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são 
formadas por osso esponjoso com uma delgada ca-
mada superficial compacta; 
A diáfise é quase totalmente compacta, com pouca 
quantidade de osso esponjoso na parte profunda, 
delimitando o canal medular; 
As cavidades do osso esponjoso e o canal medular 
da diáfise dos ossos longos são ocupados pela me-
dula óssea; 
O osso compacto é chamado também de cortical; 
 
Os ossos curtos tem o centro esponjoso e são re-
cobertos em toda periferia por uma camada com-
pacta; 
 
Nos ossos chatos que constituem a abobada cra-
niana, existem duas camadas de osso compacto, as 
tabuas interna e externa. São separadas por osso 
esponjoso, que nessa localização recebe nome de 
díploe; 
No recém-nascido toda medula óssea tem cor ver-
melha devido ao alto teor de hemácias e é ativa na 
produção de células do sangue (medula óssea hema-
tógena); 
Com a idade ela vai sendo infiltrada por tecido adi-
poso e há diminuição na atividade hematógena (me-
dula óssea amarela); 
 
Histologicamente há dois tipos de tecido ósseo: 
➢ Imaturo, Primário ou Não lamelar; 
➢ Maduro, Secundário ou Lamelar; 
Os dois tipos contêm as mesmas células e cons-
tituintes da matriz; 
O tecido primário aparece primeiro, tanto no de-
senvolvimento embrionário quanto na reparação de 
fraturas, sendo temporário e substituído pelo secun-
dário. 
 
TECIDO ÓSSEO PRIMÁRIO, IMATURO OU NÃO LAMELAR 
Em adultos só aparece próximo as suturas dos 
ossos do crânio, nos alvéolos dentários e em alguns 
pontos de inserção dos tendões; 
O tecido ósseo não lamelar apresenta fibras colá-
genas dispostas em várias direções, sem organiza-
ção definida; 
Tem menor quantidade de minerais e maior pro-
porção de osteócitos. 
 
TECIDO ÓSSEO SECUNDÁRIO, MADURO OU LAMELAR 
Contem fibras colágenas organizadas em lamelas 
que ficam paralelas umas as outras ou se dispõem 
em camadas concêntricas em torno de canais com 
vasos, formando o sistema de Havers ou ósteons; 
Na diáfise dos ossos, as lamelas ósseas se organi-
zam em arranjo típico, constituindo os sistemas de 
Havers, os circunferenciais externos e internos e 
os intermediários; 
O tecido ósseo secundário que contem os sistemas 
de Havers é característico da diáfise; 
Os sistemas de Havers alternam de lamelas claras 
(anisotrópicas) a lamelas escuras (isotrópicas); 
Cada ósteons é um cilindro longo, as vezes bifur-
cado, paralelo a diáfise e formado por 4-20 lamelas; 
No centro desse cilindro ósseo há um canal reves-
tido de endósteo, o canal de Havers, que contem 
vasos e nervos; 
Os canais se comunicam entre si, com a cavidade 
medular e com a superfície externa do osso por meio 
de canais transversais ou oblíquos, os canais de 
Volkmann, que atravessam as lamelas óssea; 
Esse canal se distingue do de Havers por não ter 
lamelas óssea concêntricas 
. 
 
CÉLULAS OSTEOGÊNICAS 
TIPOS DE TECIDO ÓSSEO 
Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Histologia – P1 
 
 
O tecido ósseo é formado por processos chamados: 
ossificação intramembranosa ossificação endo-
condral; 
Em ambos os processos o primeiro tecido ósseo 
formado é do tipo primário, sendo substituído pelo 
secundário. 
 
OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSA 
A ossificação intramembranosa ocorre no interior 
de membranas de tecido conjuntivo; 
É o processo formadordos ossos frontal, parietal e 
de partes do occipital, temporal e dos maxilares 
superior e inferior; 
Contribui também no crescimento dos ossos cur-
tos e no aumento da espessura dos ossos longos; 
Centro de ossificação primaria: local da mem-
brana conjuntiva onde a ossificação começa; 
 
O processo inicia com a diferenciação de células 
mesenquimatosas em grupos de osteoblastos, que 
sintetizam o osteoide (matriz ainda não minerali-
zada), que logo se mineraliza englobando osteoblas-
tos que se transformam em osteócito; 
Como vários grupos surgem ao mesmo tempo, há 
encontro das traves ósseas formadas, o que da ao 
osso um aspecto esponjoso; 
Entre as traves se formam cavidades que são pene-
tradas por vasos sanguíneos e células mesenqui-
matosas indiferenciadas que originarão a medula 
óssea; 
Os vários centros de ossificação crescem e acabam 
substituindo a membrana conjuntiva preexistente; 
A parte da membrana que não sofre ossificação 
passa a constituir o endósteo e o periósteo. 
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL 
A ossificação endocondral inicia sobre uma peça 
de cartilagem hialina, semelhante à do osso que vai 
se formar, porem de tamanho menor; 
Esse tipo de ossificação forma os ossos curtos e 
longos; 
Consiste em dois processos: 
 
Primeiro: a cartilagem hialina sofre modificações, 
como hipertrofia dos condrócitos, redução da matriz 
cartilaginosa a finos tabiques, mineralização e morte 
dos condrócitos por apoptose; 
 
Segundo: as cavidades previamente ocupadas pelos 
condrócitos são invaginadas por capilares sanguí-
neos e células osteogênicas vindas do conjuntivo 
adjacente. Essas células se diferenciam em osteo- 
HISTOGÊNESE 
Gabriely Pansera- Medicina UCPel 
Histologia – P1 
blastos, que depositam matriz ósseas sobre os tabi-
ques de cartilagem calcificada. Assim, aparece teci-
do ósseo onde havia tecido cartilaginoso, sem que 
ocorra transformação de um tecido em outro; 
 
FORMAÇÃO DOS OSSOS LONGOS 
O primeiro tecido ósseo que aparece é formado por 
ossificação intramembranosa do pericôndrio, que 
recobre a parte media da diáfise, formando um cilin-
dro, o colar ósseo; 
Enquanto se forma o colar, as células cartilagino-
sas envolvidas hipertrofiam (aumentam de tama-
nho) e morrem por apoptose e matriz se mineraliza; 
Forma-se um tecido ósseo primário sobre os restos 
da cartilagem calcificada; 
Cartilagem calcificada: basófila. Tecido ósseo depo-
sitado sobre ela: acidófilo; 
O centro de ossificação que aparece na parte 
média da diáfise é chamado centro primário e seu 
crescimento rápido em sentido longitudinal ocupa 
toda a diáfise, que fica formada por tecido ósseo; 
Esse crescimento é acompanhado peço crescimen-
to do cilindro ósseo e que cresce também na direção 
das epífises; 
A desde o início da formação do centro primário 
surgem osteoclastos e ocorre absorção do tecido 
ósseo formado no centro da cartilagem, aparecendo 
o canal medular; 
À medida que se forma o canal medular, células 
sanguíneas hematógenas multipotentes (células 
tronco) trazidas pelo sangue originam a medula 
óssea; 
Depois disso se forma os centros secundários de 
ossificação, um em cada epífise, porém não simul-
taneamente, com crescimento radial. Também com-
tém medula óssea; 
Quando o tecido ósseo ocupa as epífises, o tecido 
cartilaginoso se reduz a dois locais: a cartilagem 
articular que persiste toda a vida e não ajuda na for-
mação de tecido ósseo e a cartilagem de conjugação 
ou disco epifisário; 
O desaparecimento por conjugação do disco epifi-
sário, por volta dos 20 anos, determina o fim do 
crescimento longitudinal dos ossos; 
 
A matriz óssea se calcifica e aprisiona osteoblastos 
que se transformam em osteócitos, formando as 
espiculas ósseas, com uma parte central de cartila-
gem calcificada e uma parte superficial de tecido 
ósseo primário; 
 
 
 
 
Os ossos se unem para formar o esqueleto pelas 
articulações, estruturas formadas por tecidos con-
juntivos; 
Elas podem ser classificadas em: 
➢ Diartroses: possibilitam grandes movimentos 
dos ossos; 
➢ Sinartroses: não ocorrem movimentos, e 
quando ocorrem são muito limitados; 
 
A há três tipos de sinartrose de acordo com o teci-
do que une as peças ósseas: 
 
SINOSTOSES 
As sinostoses são totalmente desprovidas de movi-
mentos, os ossos são unidos por tecido ósseo; 
Encontram-se unindo ossos chatos do crânio em 
idosos, pois em crianças e adultos jovens a união 
desses ossos é feita por tecido conjuntivo denso. 
 
SINCONDROSES 
As sincondroses são articulações onde há movi-
mentos limitados e as peças ósseas são unidas por 
cartilagem hialina; 
Encontram-se na articulação da primeira costela 
com o esterno. 
 
SINDESMOSES 
As sindesmoses possuem algum movimento e o 
tecido que une os ossos é conjuntivo denso; 
Presente na sínfise pubiana e articulação tibiofibu-
lar inferior. 
 
 
As diartroses tem grande mobilidade e são as que 
unem os ossos longos; 
Nelas há uma capsula que liga as extremidades 
ósseas, delimitando uma cavidade fechada, a cavi-
dade articular; 
Essa cavidade contém o liquido sinovial, contendo 
ácido hialurônico; 
O deslizamento das superfícies articulares que são 
revestidas por cartilagem hialina, sem pericôndrio, é 
facilitado pelo efeito lubrificante do liquido sinovial; 
O liquido sinovial é uma via transportadora de 
substancias entre a cartilagem articular (avascular) 
e o sangue dos capilares da membrana sinovial; 
A cartilagem articular é um eficiente amortecedor 
das pressões mecânicas exercidas sobre ela; 
As capsulas das diartroses possuem duas cama-
das, camada fibrosa (externa), formada por tecido 
conjuntivo denso e membrana sinovial (interna) for-
mada por dois tipos celulares: fibroblastos e outro 
com aspecto e atividade semelhante ao macrófago. 
ARTICULAÇÕES