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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO DE JANEIRO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO DE JANEIRO – RJ
Processo nº (123.456-78.2018.8.01.0001)
CONDOMÍNIO BOSQUE DAS ARARAS, previamente qualificado nos autos em epígrafe, por seu advogado (...), OAB/AC (...), procuração em anexo, e endereço profissional abaixo assinalado, onde recebe citações e intimações, vem respeitosamente perante a Vossa Excelência, nos autos nº_ De ação de danos morais, que lhe move João Castro, já qualificado nos aludidos autos, propor:
CONTESTAÇÃO
Pelos fatos e fundamentos que passa expor.
I – SÍNTESE DA INICAL 
João andava pela calçada da rua onde morava, no Rio de Janeiro, quando foi atingido na cabeça por um pote de vidro lançado da janela do apartamento 601 do edifício do Condomínio Bosque das Araras, cujo síndico é o Sr. Marcelo Rodrigues. João desmaiou com o impacto, sendo socorrido por transeuntes que contataram o Corpo de Bombeiros, que o transferiu, de imediato, via ambulância, para o Hospital Municipal X. Lá chegando, João foi internado, submetido a exames e, em seguida, a uma cirurgia para estagnar a hemorragia interna sofrida. João, caminhoneiro autônomo que tem como principal fonte de renda a contratação de fretes, permaneceu internado por 30 dias, deixando de executar contratos já negociados. A internação de João, nesse período, causou uma perda de R$ 20 mil. Marcelo Rodrigues, Síndico do prédio, conhece o morador do apartamento 601, que se chama Paulo Bessa e é empresário do ramo da construção civil. João ingressa com ação indenizatória perante a 2ª Vara Cível da Comarca da Capital contra o Condomínio Bosque das araras, requerendo a compensação dos danos sofridos, alegando que a integralidade dos danos é consequência da queda do pote de vidro do condomínio, no valor total de R$ 20 mil, a título de lucros cessantes, e 50 salários mínimos a título de danos morais, pela violação de sua integridade física.
II – DAS PRELIMINARES
Alego a ausência de legitimidade referente ao polo passivo dessa ação, com base no art. 337 do CPC, inc. XI, Logo, o Sr. Marcelo Rodrigues, não se faz responsável pelo fato que ocasionou o dano à parte autora, sendo este ocasionado pelo morador do apartamento 601, Sr. Paulo Bessa.
III – CONTESTAÇÃO 
Caso não seja aceito a preliminar de ilegitimidade passiva acima, o réu passa então à impugnação do mérito de demanda e à exposição das razões de fato e de direito com que impugna os pedidos pretendidos pelo autor.
III - 1– IMPUGNAÇÃO AOS PEDIDOS DA PARTE AUTORA
No relato feito pela parte autora, João Castro, após ele ter desmaiado e ter sido socorrido e levado ao hospital, foi internado e logo após teve que fazer uma cirurgia para conter a hemorragia interna, tendo que permanecer internado por 30 dias, e devido à isso, deixou de excutar contratos já negociados, resultando em uma perda de R$ 20.000,00 reais, valor esse, que está relacionado ao lucro cessante, ou seja, o que ele deixou de receber devido à sua internação, NÃO FOI devidamente comprovado pela parte autora, portanto por não possuir provas do lucro cessante, se torna inviável a concessão do valor altíssimo requerido pela parte autora de R$ 20.000,00, sob pena de enriquecimento ilícito, com fundamento no art. 884 do CC.
Em relação ao dano moral, nas lições de Sílvio e Salvo Venosa, o dano moral está presente quando uma conduta ilícita causar a determinado indivíduo extremo sofrimento psicológico e físico que ultrapasse o razoável ou mero dissabor (...), tendo que necessariamente haver a lesão à um dos direitos da personalidade, tais como a honra, a dignidade, a intimidade ou a imagem, como o autor sequer comprovou o dano material que sofrera por lucro cessante de sua atividade leboral, logo, não tem como falar então em implicação de dano moral.
IV – DOS PEDIDOS 
 Diante do exposto requer: 
a) Seja julgado preliminarmente, o reconhecimento de ausência de legitimidade passiva, conseguinte substituição do polo passivo por Paulo Bessa e declaração da extinção do processo quanto ao réu Condomínio Bosque das Araras;
b) Julgamento improcedente do pedido, quanto ao pagamento de dano material e dano moral, que ainda não foram comprovados, condenando o autor ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sucumbenciais;
c) Requer também a minoração do dano material, de 50 salários mínimos para 20 salários mínimos, conforme fundamentação anteriormente exposta.
d) Seja juntado o documento anexo 
Protesta por todos os meios de direito admitidos para comprovar os fatos alegados, especialmente prova documental, testemunhal e depoimento pessoal das partes.
Nestes termos,
Pede e espera deferimento 
Rio de Janeiro – RJ, 02 de julho de 2020.
ADVOGADO 
OAB Nº

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