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B R U N O S E G A L L A P I Z Z O L A T T I UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR NORTE - RS FREDERICO WESTPHALEN 1 EAM 1022 Hidráulica Estações de bombeamento Bombas hidráulicas ! Equipamento que transforma a energia: ! Máquina hidráulica motora: " Transforma energia hidráulica em energia mecânica: ex turbinas hidráulicas e rodas d’água; ! Máquina hidráulica geradora: transforma energia mecânica (cinética e potêncial) em energia hidráulica. 2 Classificação das bombas 3 Bombas centrífugas ! São bombas hidráulicas que têm como princípio de funcionamento a força centrífuga através de palhetas e impulsores que giram no interior de uma carcaça estanque, jogando líquido do centro para a periferia do conjunto girante. 4 5 6 Classificação das bombas ! Quanto à trajetória do fluido dentro do rotor; ! Bombas radiais ou centrifugas: fluido entra na direção axial e sai na direção radial; ! Bombas axiais: o fluido entra no rotor na direção axial e sai também na direção axial. 7 Classificação das bombas centrifugas ! Quanto à trajetória do fluido dentro do rotor; 8 8 Bombas de fluxo radial Bomba de fluxo axial Bombas de fluxo misto Classificação das bombas centrifugas ! Quanto ao tipo de rotor; 9 Fechado Semiaberto Aberto Classificação das bombas centrifugas ! Quanto ao nível de água; 10 Afogada Não afogada Potência do conjunto (motor-bomba) Onde: ! P = potência (cv); ! γ = peso específico do fluido a ser elevado (kgf/m3); ! Q = vazão (m3/s); ! Hman = altura manométrica (m); ! η = rendimento do conjunto; ! η = ηmotor. ηbomba. 11 P = γ ⋅Q ⋅Hman 75 ⋅η 1 cv = 0,986 HP 1 kgf = 9,81 N 12 Hg Hg Hr Hman Hs hs Lr Ls hr Alturas consideradas no dimensionamento Hman = Hg + hs + hr Esquema hidráulico ! Bomba horizontal não afogada. 13 Esquema hidráulico ! Bomba horizontal afogada. 14 Esquema hidráulico ! Bomba vertical afogada. 15 Alterações nas condições de funcionamento 16 Q1 Q2 = rpm1 rpm2 H1 H2 = rpm1( ) 2 rpm2( ) 2 P1 P2 = rpm1( ) 3 rpm2( ) 3 Para uma mesma bomba (variação da rotação): Para rotação constante e variação do diâmetro do rotor: rpm1 e rpm2 velocidade de rotação da bomba; Q1 e Q2 vazão de bombeamento; H1 e H2 altura manométrica total da bomba; P1 e P2 potência consumida pela bomba; D1 e D2 diâmetro do rotor. Q1 Q2 = D1 D2 H1 H2 = D1( ) 2 D2( ) 2 P1 P2 = D1( ) 3 D2( ) 3 Exemplo ! Qual a potência de bomba necessária para elevação de 10 L/s de água. Considerando a seguinte situação: Altura de sucção 2,0 m, altura de recalque 38,0 m, perda de carga total 2,5 m. Considere rendimento de do conjunto 75 %. 17 Escolha da bomba ! Vazão de bombeamento; ! Altura manométrica total capaz de ser produzida pela bomba a essa vazão; ! Outras grandezas: a rotação, a potência absorvida e a eficiência. 18 Rotação da bomba ! Rotação caracterizada pela velocidade que a máquina de acionamento imprime à bomba. No caso de motor elétrico, essa velocidade é função direta da frequência ou ciclagem da corrente e do número de polos que possui o motor; ! Bomba de alta rotação 3.000 a 3.600 rpm; ! Bomba de média rotação 1.500 a 1.800 rpm; ! Bomba de baixa rotação 1.200 rpm ou menor; ! f = frequência da corrente (60hz); ! n = número de polos. 19 rpm = 120 ⋅ f n Curvas características ! As bombas centrífugas são máquinas que podem trabalhar à mesma rotação, sob diferentes condições de vazão e de altura manométrica; ! Cada bomba é projetada para elevar uma determinada vazão a uma altura manométrica total em condições de máximo desempenho, a medida que o par Q, Hman se afasta destas condições, o rendimento da bomba tende a cair. 20 NPSH (net positive suction head) ! Energia disponível no líquido na entrada da bomba, que faz com que o líquido alcance as pás do rotor da bomba. " NPSHd (disponível) > característica do sistema " NPSHr (requerido) > característica da bomba Onde: ! +H = carga ou altura da água na sucção (entrada afogada); ! -H = altura de aspiração; ! pa = pressão atmosférica (kgf/cm2) ; ! pv = pressão de vapor (para 20 0C = 0,02383 kgf/cm2); ! γ = peso específico da água (1,0kgf/cm3); ! hs = soma das perdas de carga na sucção. NPSHd > NPSHr 21 NPSHd = ±H + (pa − pv ) γ ×10− hs Curva característica de bombas 22 Curva característica de bombas 23 Curva característica de bombas 24 Exemplo ! Em um sistema de bombeamento afogado se deseja que a vazão de 22 m3/h de água se eleve 34,0 m. Sabe-se que a perda de carga total no sistema é de 2,0 m. De posse da curva característica da bomba MSA 22 R 1 ¼, determine: ! Potência da bomba; ! Rotações por min; ! Diâmetro do rotor. ! V e r i f i q u e s e a b o m b a e s t a f u n c i o n a n d o adequadamente. Pressão atmosférica 0,95 kgf/cm2, e carga hidráulica acima da sucção 1 m, hs = 0,30 m. 25 Escolha das bombas 26 Associação de bombas centrífugas ! Razões técnicas: ! quando um desnível elevado acarretar em um rotor de grande diâmetro e alta rotação, e com isso altas acelerações centrífugas e dificuldades na especificação de materiais. ! Razões econômicas: ! quando o custo de duas bombas menores é inferior ao de uma bomba de maiores dimensões para fazer o mesmo serviço; ! Aumento da demanda no decorrer do tempo. 27 Associação de bombas centrífugas ! Com visão no final do plano antieconômico dimensionar a bomba para a situação de vazão máxima; ! A situação mais comum é aquela em que todas as bombas da associação são iguais, o que facilita a manutenção do sistema. 28 Associação de bombas centrífugas ! Associação em série: a entrada da segunda bomba é conectada à saída da primeira bomba. Mesma vazão, mas as alturas de elevação de cada uma são somadas para obter a altura de elevação total. 29 Associação de bombas centrífugas 30 • Associação em paralelo: cada bomba recalca a mesma parte da vazão total do sistema, mas a altura total de elevação é a mesma. Associação de bombas em paralelo ! Cada bomba é responsável por parcela da vazão total a ser recalcada; ! Bombas em paralelo vantagem operacional: se houver falha no funcionamento em uma das bombas, acontecerá apenas uma redução da vazão bombeada pelo sistema; ! Flexibilização operacional no sistema: como a vazão é variável pode-se retirar ou colocar bombas em funcionamento em função das necessidades e sem prejuízo da vazão requerida; ! Sistema de segurança: caso de falhas da bomba; ! A curva combinada das bombas em paralelo é obtida pela soma das vazões correspondentes à mesma altura das bombas; ! Vazão - uma bomba isolada sempre fornecerá mais vazão do que esta mesma bomba associada em paralelo com outra igual porque a variação na perda de carga no recalque é diferente. 31 Exemplo ! Calcular as condições de operação de duas bombas centrífugas idênticas operando em série e em paralelo. Q = 60 L/s; Hman = 45 m. 32 Curva característica do sistema elevatório 33 Escolha de bombas e ponto de operação ! Análise das curvas do sistema elevatório e das bombas disponíveis no mercado, passíveis de serem utilizadas em cada caso; ! Análise do tipo de operação do sistema de bombeamento (com uma bomba, bombas em paralelo e bombas em série) ! A curva característica vairepresentar as condições hidráulicas operacionais da bomba trabalhando com determinado número de giros na unidade de tempo ! Análise: ! Etapas do projeto ! Padronização de equipamentos eletro-mecânicos ! Estudo dos transientes hidráulicos ! Na operação: NPSHd>NPSHr 34 Canalização de sucção ! Deve ser a menor possível; ! Evitar ao máximo conexões; ! Tubulação ascendente até chegar a bomba, admitindo trechos horizontais; ! Normalmente o diâmetro é o diâmetro comercial imediatamente superior ao de recalque. 35 Pré-dimensionamento econômico (recalque) ! Fórmula de Bresse (adução contínua); ! Fórmula de Forchheimer (adução descontínua). K = 0,9 e 1,4 (depende do preço da eletricidade, dos materiais e maquinas utilizados); X = número de horas de funcionamento/24. 36 D = K ⋅ Q D = K ⋅X 14 ⋅ Q Exemplo ! Determine o diâmetro econômico e velocidade nas tubulações de sucção e recalque de uma estação de bombeamento de capacidade de transportar 200 m3/ h, que funciona 24 hr por dia. K = 1,2. 37 Cavitação ! Processo de criação e colapso de bolhas, originadas quando a pressão do líquido atinge a tensão máxima do vapor do líquido na sua temperatura; ! Pode aparecer em estruturas fixas (válvulas, orifícios, curvas, sifões, etc.) e em máquinas hidráulicas (bombas e turbinas); ! Sério problema na operação de bombas, pois pode: ! Reduzir a capacidade e eficiência da bomba ! Causar danos ao rotor ! Provocar ruídos e vibração na bomba ! Existe perigo de cavitação principalmente quando as bombas operam com altas velocidades de rotação e capacidade superior àquela relativa ao ponto ótimo de funcionamento. 38 Cavitação 39 Componentes de Estação de bombeamento ! Sala das máquinas e dependências complementares; ! Poço de sucção; ! Tubulações e órgãos acessórios; ! Equipamentos elétricos; ! Dispositivos auxiliares. 40 Sala das máquinas e dependências complementares; ! Onde ficam os conjuntos elevatórios, cabine de comando, chaves de partida, instrumentos de leitura de medições elétricas ou hidráulicas, etc; ! Dimensionamento com folga para o conjunto e para operação e manutenção; ! Circulação de ar para evitar o aquecimento dos motores; ! Dependências auxiliares: sala para o operador e instalação sanitária com bacia, lavatório e chuveiro. 41 Poço de sucção ! É uma estrutura de transição que recebe a água afluente e as coloca à disposição das unidades de recalque ! Às vezes, não existe de fato um tanque com essas características, pois a tomada é feita diretamente no rio, poço, represa ou em amplo reservatório; ! Poço com nível de água abaixo da bomba, há uma altura de sucção a ser vencida pela bomba, necessitando a mesma ser escorvada para poder funcionar; ! Poço com nível de água acima da bomba, há uma carga permanente sobre a boca da bomba, que neste caso trabalha afogada; ! Importante manter a submergência adequada na sucção para evitar a formação de vórtice 42 Vórtices em poço de sucção ! Redução da vazão recalcada; ! Quando ocorre o arraste de ar no poço a presença de 1% de ar (em volume) no escoamento reduz a eficiência da bomba em 15%; ! Pode provocar vibrações estruturais importantes, acelerando o desgaste em componentes das bombas; ! A variação rápida da pressão no rotor da bomba, provocada pelo centro do vórtice, pode ocasionar vibração e cavitação. 43 Vórtices em poço de sucção 44 Vórtices em poço de sucção 45 Vórtices em poço de sucção 46 Vórtices em poço de sucção 47 Vórtices em poço de sucção 48 Vórtices em poço de sucção 49 Tubulações e Órgãos acessórios ! Tubulações: tubulação de sucção, barrilete e tubulação recalque; ! As tubulações das casas de bombas são geralmente de ferro fundido com juntas de flange; ! Os principais órgãos acessórios: ! Válvula de bloqueio -> interrompe o fluxo da canalização. Trabalha em duas posições: aberta ou fechada (válvula de gaveta e válvula borboleta); ! Válvula de retenção -> permite a passagem da água numa só direção (evita o refluxo da água); ! Manômetros -> são conectados, respectivamente, junto à saída e à entrada da bomba, através de uma tubulação de diâmetro reduzido. Quando há escoamento indica a Hman 50 Válvulas de bloqueio 51 Manômetros 52 Sistema de escorva de bombas ! A escorva é o processo de enchimento da bomba e respectiva tubulação de sucção com água. Nessa operação, a válvula de pé é indispensável, pois se ela não existisse, toda a água voltaria para o poço de sucção (Bomba afogada não precisa); ! Válvula de pé: tipo especial de válvula de retenção, é instalada na extremidade da tubulação de sucção. Assegura a passagem da água somente em direção à bomba e permitem que as tubulações de sucção mantenham-se sempre cheias mesmo quando a bomba for paralisada. 53 Equipamento elétrico ! Inclui-se nesta categoria as chaves de partida e proteção dos motores, os instrumentos de controle e, eventualmente, os transformadores; ! Os instrumentos de controle são voltímetros e amperímetros, ligados a cada fase da corrente e, as vezes, o frequencímetro; ! São montados sobre painel ou em cabine metálica que abriga também as chaves de partida, as chaves de seccionamento e outros dispositivos auxiliares. 54 Painel de comando 55 Dispositivos auxiliares ! Medidor de vazão: é colocado à saída da estação e destina-se a medir a quantidade total de água bombeada. Ex.: Venturi; ! Medidor de nível: destinam-se a indicar a posição do nível de água no poço de tomada, reservatório de alimentação das bombas ou no local de chegada da água. Existem vários tipos, sendo os mais comuns os de flutuador, os pneumáticos e os elétricos; ! Dispositivo para escorva da bomba; ! Ponte rolante: destina-se à movimentação de peças, tubulações e equipamentos pesados. Só se justifica em grandes instalações 56 Exercícios ! Calcular a potência de uma bomba centrífuga para uma estação elevatória, e o custo mensal de energia elétrica com seu funcionamento? η = 0,7 ! Sistema de adução de água; ! População = 5000 habitantes; ! Consumo per capita q = 200 L/hab.dia; ! Considerar só perda de carga distribuída; ! Tubulação PVC nova (C=140); ! Velocidade máx. = 1,20 m/s; ! Custo kwh = R$ 0,80; ! Tempo de funcionamento 19h; ! 1 cv = 756 W. 57 HR = 60 m Hs = 7 m Exercícios ! Uma estação de bombeamento com rendimento de 70 % foi concebida para a capacidade de 25 L/s e com altura manométrica de 30,0 m. O conjunto motor-bomba tem a frequência de 60 Hz e tem dois polos. No entanto por problemas mecânicos o conjunto esta funcionando com a rotação 30% abaixo da qual informa o fabricante da bomba. Determine as condições de operação deste sistema de bombeamento. 58 Exercícios ! Construa a curva do sistema e determine o ponto de operação de uma estação de bombeamento de PVC novo (C = 140) que tem 0,2 m de diâmetro, e comprimento de 3000 m, a altura de sucção é de 3 m e de recalque 45 m. Desconsidere as perdas de carga localizadas. Considere a curva característica da bomba abaixo. 59 Exercício 60 Exercícios ! Dimensionar uma instalação de bombeamento, para atender a demanda de 200 m³/h durante 24 h/dia, recalcando a uma altura de 24,0 m, faça o esquema de como é a instalação. f = 0,018, rendimento de 70%. 61 62 Comprimento equivalente FIM 63
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