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Propriedades mecânicas são definidas pelas leis da mecânica, ciência física que lida com energia e força e seus efeitos nos corpos Resistência: é a habilidade de resistir às forças aplicadas (cargas) sem que haja fratura ou deformações excessivas Carga x tensão A carga é uma força externa (força por unidade de área que resiste a uma força interna) Se uma força externa atua em um corpo sólido, uma reação oposta ocorre, tendo magnitude igual, mas direção oposta Tensão: é força por unidade de área atuando em um milhão de átomos ou moléculas em um dado plano de um material Deformação (permanente): alteração de dimensão quando a carga superar a tensão de um corpo antes da fratura. Quando a deformação não é permanente ela é elástica (não visualizada) Tipos de força e sua reação Força de tração – produz tensão de tração Força de compressão – produz tensão de compressão Força de cisalhamento – produz tensão de cisalhamento Força de reflexo – produz os três tipos de tensão em uma estrutura OBS. O corpo tende a resistir as tensões Tipos de tensão => reação da força Tensões de tração – é uma tensão causada por uma carga que tende a esticar um corpo. Uma tensão de tração esta acompanhado de deformação de tração Tensão de compressão – tende a comprimir um corpo. Uma tensão de compressão está associada a deformação de compressão. Tensão de cisalhamento – causada por uma carga que tende a resistir ao deslocamento de uma porção de um corpo sobre outro, torção ou deslizamento. Acompanhada por uma deformação de cisalhamento Tensão em função da deformação Deformação ocorre quando tensões são induzidas por uma força ou pressão externa → Deformação elástica: é reversível, desaparece quando removida → Deformação plástica: representa uma deformação permanente do material que nunca se recupera quando a força é removida Tensões de flexão – causada por um dos três tipos de carga em uma estrutura, que gera três tipos de tensões nessa estrutura → Como esses tipos de tensão ocorrem: Mordida por exemplo vai gerar uma carga e logo uma força de compressão -> sede um pouco a estrutura a nível molecular Força de tração gera um distanciamento dos átomos na face oposta do material O deslizamento gerado com a aplicação da força é o cisalhamento Ex. prótese fixa de três elementos ou de dois elementos do tipo extremidade livre (o comportamento da força e tensões) – próxima imagem (chamada também de ponte fixa) Forças de tensão e tração no dente: exemplo ponte fixa Tensões complexas: em condições práticas, embora possa predominar um tipo de tensão frente a um determinado tipo de carga, os demais tipos de tensão SEMPRE estarão presentes. Compressão -> átomos unidos Tração -> átomos se fastando Cisalhamento -> átomos contorcidos/deslizando A tensão não depende da intensidade de carga, pois a tensão é inerente ao material, a deformação permanente é que depende da carga. Relação de Poisson Calcula a distribuição de tensão, visto que todas são sempre aplicadas Ex. quando uma força de tração é aplicada sob um objeto, este se torna mais largo e mais estreito, resultando de uma deformação elástica em três eixos. Libertação de tensões Após uma substância ter sido deformada permanentemente as tensões são acumuladas internamente -> átomos se deslocam e perdem equilíbrio -> com o deslocamento eles se encontram em posição desconfortável -> por difusão os átomos se movem e procuram uma posição de equilíbrio Logo, libertação de tensão consiste no retorno do átomo a uma posição de equilíbrio após sofrer uma deformação (átomos tem memória e por isso liberam tensão) Gráfico de deformidades Módulo de elasticidade/Young: Razão entre a tensão e deformação na porção linear da turva tensão x deformação, proporcionando uma constante de proporcionalidade. Relaciona-se com a inclinação da curva de força versus a distância interatômica de um átomo, portanto implica na rigidez do mesmo. Indica a relativa rigidez de um material que é apresentada pela inclinação curva Material mais rígido = menor deformação Módulo dinâmico de Young: traduz a realidade, pois leva em conta o movimento constante, a velocidade e densidade do material. Por isso é utilizado na boca, que enfrenta variações constantes. Flexibilidade É a deformação que ocorre quando o material é tencionado ao seu limite proporcional e a estrutura retorna ao seu formato original aos ter sido tensionada Resiliência É a quantidade de energia absorvida por uma estrutura quando esta é tensionada até seu limite proporcional (parte elástica da curva) Tensão de compressão Tensão de tração Tensão de cisalhamento À medida que o espaçamento interatômico aumenta, a energia interna aumenta. E contanto que a tensão não seja maior do que o limite proporcional, está energia é denominada resiliência Tenacidade É a energia necessária para fraturar o material. É a área sob a porção elástica e plástica da curva tensão x deformação até a ruptura Limite de elasticidade: Tensão máxima que o material suporta antes de ser deformado plasticamente (ainda retorna as dimensões originais) Limite de proporcionalidade (ponto P) Uma tensão acima deste ponto não ocorreria mais o retorno a dimensão original. Limite convencional de escoamento: É a tensão necessária para se produzir uma dada quantidade de deformação plástica. Lei de Hooke: Desvio da lei de Hooke: lei que traça a linha de proporcionalidade e os seus desvios. Retrata a realidade de um teste, usando aparelho mais precisos para o traçado de gráficos. Resistência: É a tensão necessária para causar uma fratura ou uma quantidade específica de deformação plástica Tipos de resistência: tração, compressão, cisalhamento, flexão, impacto e abrasão Resistência a tração diametral: Observado em materiais friáveis que são muito difíceis de executar testes tradicionais de tração, devido problemas de alinhamento e encaixe dos corpos de prova no aparelho de teste, faz-se teste de tração diametral Resistência à flexão: Teste através de uma barra apoiada em ambas as suas extremidades sob uma carga estática (exemplo da prótese fixa de três elementos) Resistência à fadiga: Capacidade de resistir quando a estrutura é submetida a carregamento cíclicos e repetidos (ex. mastigação normal) Resistência ao impacto: Corresponde a energia para fraturar um material sob uma força de impacto ou sua capacidade resistir ao impacto (ex. soco na mandíbula) Impacto – colisão de um objeto em movimento contra um parado Tenacidade: quantidade de energia necessária para uma deformação elástica ou plástica levar a fratura de um material e constitui a medida de resistência à fratura (grau de dificuldade para fraturar = energia absorvida) → Tenacidade de fratura: descreve a resistência de materiais friáveis com relação a defeitos intrínsecos sob uma tensão aplicada. Fragilidade/friabilidade Incapacidade do material de suportar deformação plástica antes da fratura, logo fratura antes ou próximo a seu ponto de proporcionalidade ou próximo a ele, é o oposto de tenacidade. Ductibilidade: capacidade do material suportar uma grande deformação sem ruptura – capacidade de formar fios. Maleabilidade: capacidade de o material suportar uma grande deformação sem ruptura – capacidade de formar placas. Dureza: Capacidade de resistir ao arranhamento Teste de dureza superficial: Resistência à abrasão: Resistência à deformação de uma superfície. A dureza é usada como índice de capacidade de material resistir ao desgaste Fatores de concentração de tensões: São fatores que prejudicam/influenciam nas propriedades mecânicas do material A tensão de ruptura de matérias frágeis estáligada a existência de defeitos e impurezas, como: - Poros - Agrupamento de poros - Combinação poro e trinca - Contaminação da matéria-prima Sobre a odontologia... A dentina é mais resiliente que o esmalte, sendo mais passível de absorver energia de impacto, polpando o esmalte de fraturas. Propriedade biológicas: microinfiltração, alterações térmicas, galvanismo, efeitos tóxicos dos materiais. Biocompatibilidade dos materiais dentários: Biocompatibilidade: extrai uma resposta apropriada em um organismo. Harmonia com a vida e sem efeitos prejudiciais. → Depende da condição do hospedeiro, material e seu contexto de uso. → É medida com base na citotoxicidade, reações sistêmicas, potencial alergênico e carcinogênico Biointegração: processo em que o osso ou outro tecido vivo se integra a um material implantado Alergia: reação anormal antígeno-anticorpo à uma substância inofensiva Hipersensibilidade: resposta imune exacerbada a uma substância externa. Exigências para a biocompatibilidade dos materiais odontológicos: Não deve prejudicar os tecidos Não deve ser tóxico Deve ser livre de agentes que causem alergia Não deve ser potencial carcinogênico Biomaterial: Qualquer substância que não seja um medicamento e possa ser usado durante um período de tempo, fazendo parte de um tratamento, de modo a estimular a reparação de um tecido/função. Testes de avaliação de biocompatibilidade Genotoxicidade: agentes químicos que danificam informações genéticas – mutações, modificação na sequencia de nucleotídeos ou estrutura do DNA. Respostas alérgicas a materiais odontológicos: Dermatite de contato alérgica: monômeros (metacrilato de metila) são comuns de causar alergia, o melhor é usar RAAT. Alergia a produtos de látex: nesse caso se usa luva de vinil ou a base de outros polímeros sintéticos. Mercúrio: muito tóxico Alergia a níquel: metal mais alergênico e tem potencial cancerígeno Berílio: causa beriliose – doença inflamatória no pulmão decorrente da inalação de berílio em pessoas hipersensíveis. Iatrogenia: criação de efeitos colaterais, problemas ou complicações resultantes de tratamentos feitos pelo médico ou cirurgião dentista. Microinfiltração: passagem de substâncias entre a parede cavitaria e o material restaurador. Envolve difusão – importância de conhecer a substância dentária e materiais restauradores usados Smear layer: Camada de material depositado na parede dentinária quando a dentina é cortada por brocas ou limas endodônticas (lama dentinária). Formada por uma camada externa superficial, amorfa e chamada de smear on e uma interna chamada de smear in ou smear plug.
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