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Apostila_PSICOLOGIA JURIDICA_II parte_2017_18_04_

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1 
 
AAAPPPOOOSSSTTTIIILLLAAA DDDEEE PPPSSSIIICCCOOOLLLOOOGGGIIIAAA JJJUUURRRIIIDDDIIICCCAAA 
UUUNNNIIIVVVEEERRRSSSIIIDDDAAADDDEEE PPPAAAUUULLLIIISSSTTTAAA ––– UUUNNNIIIPPP 222000111777 
 
APOSTILA PSICOLOGIA JURIDICA 
 
AULA 5 - SEXOLOGIA FORENSE – AS PARAFILIAS SEXUAIS 
AULA 6 - OS MECANISMOS DE DEFESA DO EGO - 
AULA 7 – OS TRANTORNOS DE PERSONALIDADE 
AULA 8 –ALIENAÇÃO PARENTAL 
AULA 9 – PSICOLOGIA DA MENTIRA E PSICOLOGIA DO TESTEMUNHO 
AULA 10 - MENORES INFRATORES – ECA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
SEXOLOGIA FORENSE – AS PARAFILIAS SEXUAIS - AULA 5 
Parafilias e o Direito 
Dentre todas as formas de controle social exercidas contra a sexualidade humana, uma das mais 
importantes é aquela realizada pelo Direito. 
Nesse aspecto, o sistema jurídico varia seu tratamento ao longo do tempo, de acordo com os 
interesses éticos de uma sociedade em uma determinada época. 
Essa repressão sexual ocorre porque o comportamento sexual é uma conduta tão relevante na vida 
em sociedade, associada ao matrimonio, ao adultério, a prostituição, ao celibato, a violência, influindo 
nos interesses da propriedade, na estrutura da família, em instituições fundamentais do próprio 
Estado. 
A psicopatia sexual tem lugar quando a atividade sexual convencional ou desviada se dá através de 
um comportamento psicopático. 
Esta atitude psicopática deve ser suspeitada quando, por exemplo, há transgressão, através de uma 
conduta anti-social, voluntária, consciente e erotizada, realizada como busca exclusiva de prazer 
sexual. 
Também deve ser suspeitada de psicopatia sexual quando há Maldade na atitude perpetrada, isto é, 
quando o contraventor é indiferente à ideia do mal que comete, não tem crítica de seu desvio e nem 
do fato deste desvio produzir dano a outros. O sexopata goza com o mal e experimenta prazer com o 
sofrimento dos demais. 
Essa compulsão da Parafilia severa pode vir a ocasionar atos delinqüências, com severas 
repercussões jurídicas. É o caso, por exemplo, da pessoa exibicionista, a qual mostrará os genitais a 
pessoas publicamente, do necrófilo que violará cadáveres, do pedófilo que espiará, tocará ou abusará 
de crianças, do sádico que produzirá dores e ferimentos deliberadamente, e assim por diante. 
 
Parafilia: Para = desvio; filia = atração 
 
É um transtorno sexual caracterizado por fantasias, desejos e/ou práticas sexuais intensas e 
recorrentes, envolvendo situações sexuais diferentes da realizada com um ser humano, adultos e vivo, 
com finalidade de prazer e/ou procriação 
 
É o mesmo que transtorno de preferência. Antes chamada perversão sexual. 
São exemplos: a necrofilia, a pedofilia, o voyeurismo, o exibicionismo e o sadomasoquismo. 
 
Estudar as Parafilias é conhecer as variantes do erotismo em suas diversas formas de estimulação e 
expressão comportamental. 
 
Transtornos da sexualidade 
 São distúrbios qualitativos ou quantitativos do instinto sexual, também chamados de parafilias, 
podendo existir como sintoma numa perturbação psíquica, como intervenção de fatores orgânicos 
glandulares e simplesmente como questão da preferência sexual. 
 
TIPOS DE PARAFILIAS 
 
Anafrodisia. É a diminuição ou deterioração do instinto sexual no homem devido, geralmente, a uma 
doença nervosa ou glandular. 
 
Frigidez. Distúrbio do instinto sexual que se caracteriza pela diminuição do apetite sexual na mulher. É 
o mais comum. 
 
3 
 
Anorgasmia. Disfunção sexual rara caracterizando-se pela condição de o homem não alcançar o 
orgasmo. 
 
 Erotismo. Manifesta-se pela tendência abusiva dos atos sexuais. Satirismo nos homens e ninfomania 
nas mulheres. 
 
Autoerotismo. É o transtorno no qual o gozo sexual prescinde da presença do sexo oposto. É o coito 
sem parceiro, apenas na contemplação ou na presença da pessoa amada. Coito Psíquico de Hammond. 
 
Erotomania. Forma de erotismo mórbida no qual o indivíduo é levado por uma ideia fixa de amor e 
tudo nele gira em torno dessa paixão, que domina e avassala todos os seus instantes. 
 
Frotteurismo. É um desvio da sexualidade em que os indivíduos se aproveitam de aglomerações em 
transportes públicos ou em outros locais de aglomeração com o objetivo de “esfregar ou encostar seus 
órgãos genitais, principalmente em mulheres, sem que a outra pessoa ou identifique suas intenções. 
 
Exibicionismo. São indivíduos levados pela obsessão impulsiva de mostrar seus órgãos genitais, sem 
convite para a cópula, apenas por um estranho prazer incontrolável. 
 
Narcisismo. É a admiração pelo próprio corpo ou o culto exagerado da própria personalidade e cuja 
excitação sexual tem como referência o próprio corpo 
 
Mixoscopia. É um transtorno da preferência sexual que se caracteriza pelo prazer erótico despertado 
em certos indivíduos em presenciar o coito de terceiros. Na França são chamados de Voyeurs. 
 
Fetichismo. Trata-se de uma absorção completa de amor por uma determinada parte do corpo ou por 
objetos pertencentes à pessoa amada. 
 
Lubricidade senil. Manifestação sexual exagerada, em determinadas idades, sendo sempre sinal de 
perturbações patológicas, como demência senil ou paralisia geral progressiva. Costuma surgir em 
pessoas cuja longa existência foi honesta e correta. 
 
Pluralismo. Também chamado de troilismo ou ménage à trois. Consiste na prática sexual em que 
participam três ou mais pessoas. No Brasil é chamado de suruba. 
 
BDSM é um acrônimo para a expressão Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo 
e Masoquismo" um grupo de padrões de comportamento sexual humano. 
 
Gerontofilia. Também chamada crono-inversão. Consiste na atração de indivíduos jovens por pessoas 
de excessiva idade. 
 
Riparofilia. Manifesta-se pela atração de certos indivíduos por pessoas desasseadas, sujas, de baixa 
condição social e higiênica. Mais comum no homem. 
 
Dolismo. Termo vem de “doll” (boneca). É a atração que o indivíduo tem por bonecas e manequins, 
olhando ou exibindo-as, chegando a ter relações com ela. 
 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Comportamento_sexual_humano
4 
 
Dom-juanismo. Personalidade que se manifesta compulsivamente às conquista amorosas, sempre de 
maneira ruidosa e exibicionista. 
Descreve-se o dom-juanismo como uma personalidade que necessita seduzir o tempo todo, que 
aparentemente se enamora da pessoa difícil mas, uma vez conquistada, a abandona. 
As pessoas com esse traço não conseguem ficar apegados a uma pessoa determinada, partindo logo 
em busca de novas conquistas. 
São os anarquistas do amor (Sapetti), tornando válidos quaisquer meios para conquistar, entretanto, os 
sentimentos da outra pessoa não são levados em conta. Aliás, Foucault enfatiza essa questão ao dizer 
que Don Juan arrebenta com as duas grandes regras da civilização ocidental, a lei da aliança e a lei do 
desejo fiel. 
Em psiquiatria clínica, entretanto, a despeito do aspecto contestador que Foucault quer ver nessa 
atitude, o desprezo para com o sentimento alheio pode ser critérios para o diagnóstico de Sociopatia 
ou Personalidade Anti-Social. Para o donjuan só interessa o instante do prazer e o triunfo sobre sua 
conquista, principalmente quando a presa de seu interesse tem uma situação civil proibida (casada, 
freira, irmã ou filha de amigos, etc.). 
 
Travestismo. Ocorre em indivíduos heterossexuais que se sentem impelidos a vestir-se com roupas do sexo 
oposto, fato este que lhe rende gratificação sexual. 
 
Urolagnia. Consiste na excitação de ver alguém no ato da micção ou apenas em ouvir o ruído da urina ou 
ainda urinando sobre a parceira ou esta sobre o parceiro. 
 
Coprofilia. É a perversão em que o ato sexual se prende ao ato da defecação ou ao contato das próprias 
fezes. Observar o ato de defecar causa excitação à estas pessoas. 
 
Coprolalia. Consiste na necessidade de alguns indivíduos em proferir ou ouvir de alguém palavras obscenas 
a fim de excitá-los. Podem ser ditas antes ou depois do coito no intuito de alcançaremo orgasmo. 
 
Bestialismo. Chamado também de zoofilismo, é a satisfação sexual com animais domésticos 
 
Vampirismo. Satisfação erótica quando na presença de certa quantidade de sangue, ou, em algumas vezes, 
obtida através de mordeduras na região lateral do pescoço. Grave forma – canibalismo. 
 
Necrofilia. Manifesta-se pela obsessão e impulso de praticar atos sexuais com cadáveres (Preto Amaral). 
28. Sadismo. Desejo e dos com o sofrimento da pessoa amada, exercido pela crueldade do pervertido, 
podendo chegar à morte. Também chamado de algolagnia ativa. 
 
Estudo de casos – extraído da obra de Phd.Dra Anna Salter – “Predadores”. 
 
“SADICO –O Sr. Johnson 
Definição - Sadismo sexual é a atração sexual por dor, sofrimento, terror ou humilhação: simplificando, 
sádicos machucam pessoas pelo prazer sexual que isso lhes dá. Eles não apenas estupram pessoas: eles 
as torturam. 
Aproximadamente de 2 a 5 % dos agressores sexuais são sádicos 
Exemplos: 1 - “Um homem atirou no braço de uma adolescente pela excitação sexual que isso 
despertou nele”. 
Exemplos: 2 - “Um estuprador de garotas de 13 anos de idade preferia estuprá-las analmente em pisos 
de cimento porque assim seria mais doloroso.” 
Exemplos: 3 - “Um assassino em série asfixiava a esposa com um saco plástico até ela desmaiar e então 
ela fazia sexo com ela. Ele batia nela com cintos e a queimava com cigarros.” 
Exemplos: 4 - “Um pai usava velas acesas para cauterizar os cortes que infligia na vagina e ao redor dos 
mamilos da filha.” 
5 
 
Exemplos: 5 - “Um pai, sabendo que a filha de nove anos tinha medo de escuro, a amarrava a uma 
arvore na mata e permitia que diferentes companheiros saíssem da mata e a estuprassem durante a 
noite.” 
 
Sr. Johnson e relato com Seu enteado de 9 anos. 
Depois de dois anos abusando do meu filho e de toda a pornografia que ei vinha comprando, alugando, 
trocando, consegui algumas de disciplina e bondage envolvendo crianças. 
Algumas das leituras que eu tinha feito e as fotos que eu tinha mostravam submissão total. Forçar as 
crianças a fazer o que eu queria. 
E eu, com o tempo, comecei a usar um pouco dessa bondage e disciplina com meu próprio filho. Isso se 
agravou até o ponto em que eu colocava um enorme saco plástico Ziploc sobre sua cabeça, fechava com 
fita vedante preta em volta do seu pescoço, o estuprava e abusava dele dessa maneira até o ponto que 
ele ficasse azul e desmaiasse. 
Nesse momento, eu rasgava o plástico de sua cabeça, não por medo de machucá-lo, mas por causa da 
excitação. 
Eu ficava extremamente excitado por infligir dor. 
 E quando eu o via desmaiar e mudar de cor, era bastante excitante e engrandecedor para mim, e eu 
então pulava sobre seu peito e me masturbava sobre seu rosto, fazia ele chupar meu pênis enquanto 
ele estava desacordado, enquanto ele começava a voltar em si. 
Enquanto ele estava tossindo e se engasgando eu o estuprava na boca. 
Eu usava esse mesmo estilo sádico do saco plástico e da fita duas ou três vezes por semana, e isso se 
prosseguiu pelo que eu diria que foi um ano. 
 
Ênfase em estudo da Pedofilia- 
Pedofilia é crime - A pedofilia se enquadra juridicamente no crime de estupro de vulnerável 
Art. 217 – A do Código Penal, pena varia de oito a quinze anos de reclusão. 
 
6 
 
 
Pedofilia 
Pedófilo: Segundo entendimentos médicos e jurídicos, é todo o indivíduo que sofre de um grave 
distúrbio de conduta sexual, com desejo compulsivo por crianças e adolescentes, podendo ter 
característica homossexual ou heterossexual; 
De acordo com a OMS, o indivíduo com pedofilia tem 16 anos ou mais, e é pelo menos cinco anos mais 
velho que a criança pela qual sente atração. 
PEDOFILIA é uma preferência sexual por crianças, usualmente de idade pré-puberal ou no início da 
puberdade. 
Alguns pedófilos são atraídos apenas por meninas, outros apenas por meninos e outros ainda estão 
interessados em ambos os sexos. 
Pedófilos...quem são? 
Perfil do pedófilo - Flavio 
Com apenas 21 anos, Flávio disse ter abusado sexualmente de mais de 100 crianças. 
O comportamento dele pode ser produto, basicamente, de dois tipos de criação. 
Pode ter havido fraqueza na imposição de limites e, pela permissividade, ele não foi submetido às leis 
dentro de casa. Também pode ter ocorrido excesso de violência na imposição desses limites e ele se 
defende disso transgredindo as leis'', explicou Sílvia, que não descarta a possibilidade de Flávio ter 
sofrido abuso sexual na infância. 
 
Não é algo que possa ser combinada em uma equação de previsibilidade. Porém, existem fatores que 
predispõem a pedofilia, que são: 
Migrações; 
Desintegração familiar; 
Violência familiar; 
Carência afetiva; 
O perfil do pedófilo 
7 
 
Abuso de substância tóxicas; 
Deficiência na educação sexual; 
Experiências sexuais precoces; 
Sentimento de inadaptação; 
Depressão; 
Fraco poder de controle de seus impulsos sexuais; 
Fraca autoestima 
 
Símbolos da pedofilia - O triangulo–Chamado BLogo – simboliza a atração por menores do sexo 
masculino. 
Uns relatos: 
1-A professora Sandra Carvalho nunca se havia preocupado em saber por que seu marido, o economista 
Paulo Rollemberg, ficava tanto tempo em frente do computador. No ano passado, uma equipe de 
policiais militares e promotores munidos de mandados de busca e apreensão retirou de seu 
apartamento na Zona Sul do Rio de Janeiro um computador e mais de cinquenta disquetes e CD-ROM. 
Para seu horror, Sandra, mãe de um bebê de 6 meses, ficou sabendo que era casada com um pedófilo. 
No micro do marido, estavam arquivadas dezenas de fotos, entre elas a de uma menina de aparentes 6 
anos praticando sexo oral em um homem adulto. 
 
2-Na casa de um geólogo de 54 anos, morador de São Conrado, bairro de classe média alta do Rio, os 
policiais encontraram imagens ainda mais chocantes: um bebê de 4 meses acorrentado pelos órgãos 
genitais e outra criança, seminua, atada à cama com pedaços de pano e algemas. 
O geólogo apontou seu filho E.V., de 15 anos, como o responsável pelas imagens guardadas na 
máquina. A apreensão desses computadores fez parte da maior investigação sobre pedofilia já realizada 
no país. 
 
O que é pedofilia? 
 Distúrbio de conduta sexual, onde o indivíduo adulto sente desejo compulsivo, de caráter 
homossexual (quando envolve meninos) ou heterossexual (quando envolve meninas), por crianças ou 
pré-adolescentes. 
 Este distúrbio ocorre na maioria dos casos em homens de personalidade tímida, que se sentem 
impotentes e incapazes de obter satisfação sexual com mulheres adultas 
 Muitos casos são de homens casados, insatisfeitos sexualmente. Geralmente são portadores de 
distúrbios emocionais que dificultam um relacionamento sexual saudável com suas esposas. 
Porque elas não contam? 
 1 -Medo: a criança pode ter sido ameaçada pelo agressor, pode ter medo de ser castigada pelos pais, 
por ter feito algo errado, ser rejeitada, ter que enfrentar reações negativas, ser tratada de forma 
diferente, ser expulsa de casa. 
 2 - Confusão e sentimentos conflituosos: o indivíduo pode atender às necessidades da criança para 
obter seu afeto, a criança pode não compreender o que ou por que isso acontece com ela e ficar 
confusa quando o abusador é alguém que ela ama e confia. 
 3 - Culpa: sente que é culpada por ter se relacionado com o agressor. 
 4 - Dor e/ ou vergonha: as crianças ficam bastante abaladas, parecendo-lhes mais fácil permanecer 
no silêncio do que revelar o abuso. 
 Indicadores compartimentais: excessivo interesse ou incômodo fora do normal por assuntos de 
natureza sexual, problemas em dormir, pesadelos, depressão, incômodos em contatos físicos, 
comentários de que seu corpo está sujo, algo errado com os órgãos genitais repulsa em ir para a escola, 
agressividade fora do normal, fantasias de atos de abuso sexual, desenhos assustadores em que são 
utilizadas as cores preto e vermelho, comportamento suicida , medo de uma determinada pessoa, 
tentativa de fazer o mesmo com outra criança.8 
 
 Indicadores físicos: feridas na região anal ou genital, irritação ou infecção, aparecimento de uma 
doença venérea, coceira na região anal ou genital, hemorragia perto da região genital. 
 
Os Tipos de abuso sexual 
Voyeurismo: É a excitação sexual conseguida mediante a visualização dos órgãos genitais 
Abuso sexual com contato físico: 
Atentado violento ao pudor: Constranger alguém a praticar atos libidinosos, utilizando violência grave 
ou ameaça; 
Estupro: Prática sexual em que ocorre penetração vaginal ou anal com uso de violência ou grave 
ameaça; 
Corrupção: É um ato de abuso sexual considerado crime hediondo quando um indivíduo corrompe ou 
facilita a corrupção de um adolescente maior de 14 anos e menor de 18 anos. 
Pedofilia: Desejo sexual compulsivo por crianças e adolescentes. 
Pedofilia 
Por muitos e variados motivos as crianças podem não falar que foram abusadas sexualmente, porém 
existem alguns indicadores: 
Indicadores comportamentais 
Excessivo interesse ou incomodo fora do normal por assuntos de natureza sexual; 
Problemas em dormir, pesadelos; 
Depressão e incômodo em contatos físicos; 
Comentário de que seu corpo está sujo ou magoado; 
Manifestação de medo que haja algo errado com seus órgãos genitais; 
Dificuldade em ir para escola; 
Indicadores comportamentais 
Mudança súbita na conduta de comportamento; 
Agressividade fora do normal; 
Desenhos, jogos ou fantasias de atos de abuso sexual; 
Comportamento suicida; 
Medo fora do normal de uma determinada pessoa ou de certos lugares que já frequentou; 
Indicadores comportamentais 
Tentativas de fazer com outra criança atos de natureza sexual; 
Revelar conhecimento específico de atos sexuais; 
Brincar de forma inapropriada com os brinquedos; 
Desenhos assustadores, ou em que são utilizados excessivamente cores preta e vermelha. 
9 
 
Pedofilia e Internet 
O número de casos de pedofilia pela rede cresce sem parar no Brasil. O País ocupa a terceira posição no 
ranking dos que mais consomem esse tipo de material pornográfico, atrás apenas dos Estados Unidos e 
Alemanha, respectivamente. 
Pornografia Infantil 
São Paulo - O número de prisões por pornografia infantil na internet vem crescendo ano a ano e mais 
que dobrou no Brasil em 2013. É o que mostra um relatório da Polícia Federal divulgado hoje pela Folha 
de S. Paulo. 
Panorama atual - Considerada crime no Brasil, a pornografia infantil envolve a produção, distribuição e 
posse de imagens de crianças com conteúdo sexual. É um delito que acontece basicamente na internet. 
Segundo o relatório, houve 134 prisões motivadas por pedofilia em 2013, contra 59 em 2012. O 
crescimento foi de 127%. O número de investigações realizadas pela polícia também dobrou, indo de 
860 em 2012 para 1.789 no ano passado. 
Quase um terço das investigações, 534, aconteceram no estado de São Paulo. O Rio de Janeiro vem em 
segundo lugar com 210 processos. E 63% dos indiciados são homens com idade entre 18 e 37 anos. 
A ajuda 
A psicanalista tomou contato com a questão do incesto quando trabalhava com meninas e meninos 
infratores na Funabem, na década de 1980. “Crianças muito pequenas apareciam com doenças 
sexualmente transmissíveis, gonorreia, Aids, mordidas ou hematomas, e na época esses indícios não 
eram investigados. Dentro da própria instituição hospitalar, os casos de abuso sexual eram tidos como 
tabu”, conta. 
A maioria daquelas crianças vivia nas ruas depois de ter fugido de casa e do horror do abuso incestuoso. 
Muitas delas eram exploradas sexualmente e passavam a usar drogas ou a cometer crimes. 
“Constatei que essas crianças apresentavam sintomas psicológicos e uma gama de sentimentos, 
emoções e afetos muito intensos e confusos”, diz Graça, que também estudou o tema em sua 
dissertação de mestrado, O Círculo do Horror: a reclusão hospitalar na infância. “Como não se sabia 
para onde encaminhar esses casos – muitos saíam do hospital e voltavam para o convívio com o 
abusador –, decidi criar a clínica.” 
Isso aconteceu em 1996. 
Já atendeu em torno de 5 mil casos. 
Segundo ela, o incesto é uma violência invisível cuja ocorrência a sociedade resiste em admitir. 
De acordo com vários estudos, cerca de 70% dos abusos incestuosos são cometidos pelos próprios pais. 
Dentro das fronteiras familiares, o segredo escondido: o desejo sexual do adulto por aquele que ele 
mesmo gerou. 
 “O limiar que separa um beijo, um carinho, o dormir nu ao lado da criança e o dar-lhe banho do abuso 
sexual é muito tênue. Essa extrema proximidade gera medo, um pavor muito grande na sociedade, que 
não suporta reconhecer essa violência”, afirma. 
 
 
 
Testes Projetivos 
 
 
http://www1.folha.uol.com.br/tec/2014/02/1417794-numero-de-prisoes-em-flagrante-por-pornografia-infantil-mais-que-duplica-em-2013-no-brasil.shtml.
http://www1.folha.uol.com.br/tec/2014/02/1417794-numero-de-prisoes-em-flagrante-por-pornografia-infantil-mais-que-duplica-em-2013-no-brasil.shtml.
http://www.exame.com.br/topicos/crimes-digitais
http://www.exame.com.br/topicos/pedofilia
10 
 
 
Os monstros da minha casa. 
Esses são os desenhos da exibição bizarra e comovente “os monstros da minha casa” que aconteceu 
em Outubro de 2010, na Espanha. Várias crianças que sofreram abusos sexuais fizeram esses desenhos 
acompanhados por especialistas, que interpretaram as imagens. 
Desenho infantil – Andreu 8 anos 
 Foi abusado pelo padrasto desde os 4 anos. No desenho ele representa ele mesmo em pânico, e dá 
atenção especial ao zíper da sua calça e os botões de sua camisa, que pra ele representam um símbolo 
de quando os atos sexuais iriam começar. 
Desenho infantil - Fernando, 13 anos. 
Elena 6 anos, sofreu abusos sexuais do seu pai. Agora ela vive com a vó. No desenho, ela coloca sua avó 
e sua mãe bem grandes. Ela se sente protegida perto das duas. Ela também representa o seu pai 
transando com ela, bem pequeno, em cima das letras. 
Desenho infantil – Elena, 7 anos 
 Foi abusada sexualmente pelo pai. No desenho ela retrata o momento do abuso. O pai colocou ela em 
uma cadeira pra penetrá-la por trás. Na parte superior da imagem, ela retrata o irmão mais novo dela, 
que ficou vendo tudo acontecer pela porta. 
 Desenho infantil - David 9 anos 
Ele sofreu abuso sexual. No desenho, ele destaca os olhos e o pênis do agressor. Ele escreve também 
“marica” e “chupa-rolas”. O agressor falava isso enquanto o estuprava. 
Desenho infantil - Joan, 8 anos. 
 No desenho ele coloca o cara que estupro ele numa gaiola, fechada com um cadeado, e a chave (no 
canto superior direito) protegida por espinhos, pra ninguém conseguir pegar. 
Desenho Infantil - Marina, 5 anos. 
Era abusada pelo pai, que também obrigava ela a assistir filmes pornô. No desenho, ela retrata um dos 
filmes que ela assistiu. Ela disse ao especialista que nesses filmes as pessoas “ficavam peladas e faziam 
coisa feia”. 
Desenho Infantil - Ester, 9 anos 
 Ela desenhou a posição que tinha que ficar quando o seu pai abusava dela. 
Desenho Infantil - Toni, 6 anos 
O especialista pediu pra ele desenhar o cara que abusou dele. Ele disse “é um monstro”. Destacou o 
pênis ejaculando. 
Desenho infantil - Andrea, 10 anos. 
Representou como eram os abusos, onde ela tinha que tocar o pênis do cara, e ele tocava a vagina 
dela. Ela ficou com vergonha de responder as questões do psiquiatra, e aceitou escrever as respostas 
no desenho, por isso os “sims” e o não. 
 
11 
 
OS MECANISMOS DE DEFESA DO EGO - AULA 6 
Diante da proposta de Freud, temos: 
 Os mecanismos de defesa são processos psíquicos que se processam no inconsciente que alivia o 
ego do estado de tensão psíquica entre o ID intrusivo, o Superego ameaçador diante das fortes pressões 
que emanam da realidade. Esses mecanismos entram em ação para possibilitar que o ego estabeleça 
soluções de compromisso. 
REVISAO 
ID SUPEREGO
• Parte primitiva da 
mente
• - instinto irracional 
• princípios do prazer
• Sem moral, ética
• Na faseadulta, o Id é 
influenciado pelo Ego e 
Superego. 
• Impedir a realização 
dos instintos e 
desejos do Id. 
Castiga o Ego por se 
influenciar pelo Id 
provocando os 
sentimentos de culpa
• Utiliza regras, éticas, 
valores e moralidades 
para agir no Ego de 
forma a censurar o Id. 
 
 
Cada força (ID, EGO, SUPEREGO) procura orientar o indivíduo para um caminho distinto e isso pode 
ocasionar o chamado conflito, que perturba. 
 
12 
 
• O Ego quando influenciado pelo Id torna um indivíduo agressivo, dependente, escandaloso, 
histérico, impaciente, mal-humorado, rebelde, falso, egoísta, etc. 
• Quando influenciado pelo Superego torna o mesmo crítico, acusador, exigente, preconceituoso, 
prepotente, autoritário, invalidador de ideias, etc. mostrando que os elementos da estrutura 
mental são interdependentes não podendo ser considerados isoladamente. 
• Nesse processo o Ego atua para obter influências do Id e do Superego de forma com que a 
influência seja racional. 
• TeoriaPsicanalítica 
Conflito do ID – EGO- SUPEREGO 
• ID EGO SUPEREGO 
• SE RELACIONAM NA TENTATIVA DE EQUILIBRIO. 
• AUMENTANDO O PRAZER E DIMINUINDO O DESPRAZER. 
Esta tentativa de equilíbrio pode gerar ansiedade. São as seguintes situações que irão gera-las: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mecanismos de defesa do Ego 
Estratégias inconscientes que os indivíduos “encontram” para diminuir a angustia nascida dos conflitos 
anteriores 
Situação que ocorre a partir do momento em que o superego se constitui e passa a impor ao id as regras e 
normas sociais, criando assim, um obstáculo intrínseco à satisfação das pulsões do Id. 
 São divididas em: 
 A) Defesas bem sucedidas – que geram o cessação daquilo que se rejeita. 
 B) Defesas ineficazes que exigem repetição ou perpetuação do processo de rejeição. 
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PRINCIPAIS MECANISMOS DE DEFESA 
1 – NEGAÇÃO 
 
• Negação - Mais Simples e mais ineficiente 
Fabula da Raposa – 
 La Fontaine 
“Que colocada diante 
 um cacho de uvas 
demasiado alto para ser 
 alcançado, exclama: 
Estão verdes e 
desdenhosamente se afasta.” 
 
 
Negação - é a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que perturba o Ego. 
- Os adultos têm a tendência de fantasiar que certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que 
são, ou que na verdade nunca aconteceram. 
- Recusa-se a reconhecer fatos reais e os substitui por imaginários. 
 
• 2 – REPRESSÃO 
 
Repressão - A essência da Repressão consiste em afastar uma determinada coisa do consciente, 
mantendo-a à distância -no inconsciente. Entretanto, o material reprimido continua fazendo parte 
da psique, apesar de inconsciente, e que continua causando problemas. 
Repressão - Segundo Freud, a repressão nunca é realizada de uma vez por todas e definitivamente, 
mas exige um continuado consumo de energia para se manter o material reprimido. 
Para ele os sintomas histéricos com frequência têm sua origem em alguma antiga repressão. 
Algumas doenças psicossomáticas, tais como asma, artrite e úlcera, também poderiam estar 
relacionadas com a repressão. Também é possível que o cansaço excessivo, as fobias e a 
impotência ou a frigidez derivem de sentimentos reprimidos. 
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3 – REGRESSAO 
 
Regressão - é um retorno a um nível de desenvolvimento anterior ou a um modo de expressão mais 
simples ou mais infantil. 
É um modo de aliviar a ansiedade escapando do pensamento realístico para comportamentos que, em 
anos anteriores, reduziram a ansiedade. 
A regressão é um modo de defesa bastante primitivo e, embora reduza a tensão, frequentemente 
deixa sem solução a fonte de ansiedade original. 
 Linus, nas estórias em quadrinhos de Charles Brown, sempre volta a um espaço psicológico seguro 
quando está sob tensão. 
 
Ele se sente seguro quando agarra seu cobertor, tal como faria ou fazia quando bebê. 
Linus - Charlie Brown 
 
ex: criança que começa a chupar no dedo após o nascimento de um irmão 
 
 
 
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4 – DESLOCALMENTO 
 
Deslocamento - O profundo sentimento de repulsa que o contato com o estuprador lhe provocou 
permanece pronto para aflorar: purifica-se por meio do ritual higienizante. 
O mecanismo de defesa do psiquismo desloca para o corpo o que não pode realiza na mente- a 
purificação. 
Deslocamento - Durante uma discussão, por exemplo, a pessoa tem um forte impulso em socar o 
outro, entretanto, acaba deslocando tal impulso para um copo, o qual atira ao chão. 
Exemplo: criança que destrói os seus brinquedos, quando proibida pela mãe de ir brincar com os 
amigos. 
 
5- RACIONALIZÇÃO 
 
Trata-se de “criação de desculpas falsas, mas plausíveis para poder justificar um comportamento 
inaceitável. 
Também pode ser Racionalização a afirmação de que "eu acho que estou apaixonado por você". 
Na realidade poderia estar sentido que "estou ligado no teu corpo, quero que você se ligue no meu". 
Enquanto obstáculo ao crescimento, a Racionalização impede a pessoa de aceitar e de trabalhar com as 
forças motivadoras genuínas, apesar de menos recomendáveis. 
Procura da justificação racional de comportamentos anormais ou não admitidos socialmente 
Exemplo: pai que bate no filho, convencido que o que faz “para o seu próprio bem” 
 
 
 
 
Deslocamento - 
Substituição do objeto de 
pulsão por outro 
socialmente aceito 
 
Racionalização é um modo de 
aceitar a pressão do Superego, 
de disfarçar verdadeiros 
motivos, de tornar o 
inaceitável mais aceitável. 
 
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6 - PROJEÇÃO 
 
O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades, sentimentos ou intenções que se 
originam em si próprio, é denominado projeção. 
A ameaça é tratada como se fosse uma força externa. A pessoa com Projeção pode, então, lidar com 
sentimentos reais, mas sem admitir ou estar consciente do fato de que a ideia ou comportamento temido 
é dela mesma. 
Alguém que afirma textualmente que "todos nós somos algo desonestos" está, na realidade, tentando 
projetar nos demais suas próprias características. 
Ou então, dizer que "todos os homens e mulheres querem apenas uma coisa, sexo", pode refletir uma 
Projeção nos demais de estar pessoalmente pensando muito a respeito de sexo. 
 Outras vezes dizemos que "inexplicavelmente Fulano não gosta de mim", quando na realidade sou eu 
quem não gosta do Fulano gratuitamente. 
 
7 - FANTASIA 
 
 
 
 
 
É um mecanismo defensivo que alivia a tensão, permitindo uma liberação ilusória da realidade não-
satisfeita, ou uma satisfação imaginária dos desejos, cuja satisfação real tenha sido proibida pela 
repressão. É um processo psíquico em que o indivíduo concebe uma situação em sua mente, que satisfaz 
uma necessidade ou desejo, que não pode ser, na vida real, satisfeito. 
É um roteiro imaginário em que o sujeito está presente e que representa, de modo mais ou menos 
deformado pelos processos defensivos, a realização de um desejo e, em última análise, de um desejo 
inconsciente. Através da satisfação-substituta e omitindo a realidade, a fantasia pode ajudar a resolver os 
conflitos e prevenir a progressão da angústia. 
Freud demonstrou que os sonhos e a fantasia são processos que visam a avaliar a angústia. 
Quando em doses moderadas a fantasia pode contribuir para a adaptação do indivíduo, já que proporciona 
a eliminação da angústia e permite que o indivíduo enfrente de novo o problema respectivo. Entretanto, 
uma dose constante e profunda de fantasia e devaneio pode fazer com que a pessoa se desvie da 
realidade, acostumando-se a um mundo irreal e quando ela "acordar para a vida" sentirá mais dificuldades 
para enfrentar os problemas concretos. 
 
É um mecanismo de defesa através do qual 
os aspectos da personalidade de um 
indivíduo são deslocados de dentro deste 
para o meio externo. 
 
Mecanismo de defesa que 
proporciona uma satisfação 
ilusória para os desejos que não 
se podem realizar-o inconsciente 
cria uma satisfação-substituta que 
fica em lugar da realidade. 
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8 – SUBLIMAÇÃO 
 
Sublimação 
Adaptação lógica e ativa às normas do meio ambiente, com proveito para nós mesmos e para a sociedade, 
dos impulsos do id, rechaçados como tais pelo ego numa função harmônica com o superego. 
Forma de satisfação indireta. 
Processo pelo qual um instinto abandona seu objetivo original, uma vez que, pelo princípio de realidade, a 
satisfação poderia originar um desprazer (castigo). 
Desse modo, o instinto elege um novo fim, em relação com outro objeto, seja pessoa ou coisa, que concilie 
as exigências do princípio de realidade e do superego, e que, além disso, tenha um sentido plenamente 
aceito pela sociedade. 
A energia associada a impulsos e instintos socialmente e pessoalmente constrangedores é, na 
impossibilidade de realização destes, canalizada para atividades socialmente meritosas e reconhecidas. 
A frustração de um relacionamento afetivo e sexual mal resolvido, por exemplo, é sublimado na paixão 
pela leitura ou pela arte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
AULA 7 - TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE 
 
Personalidade 
Refere-se a, usualmente, aos processos estáveis e relativamente coesos de comportamento, 
pensamento, reação e experiência, que são características de uma pessoa. 
Personalidade - É o conjunto da constituição, temperamento e caráter 
PERSONALIDADE 
 
CONSTITUIÇAO FISICA 
Seja qual for a fase do desenvolvimento, a personalidade apoia-se na estrutura física do indivíduo, a 
qual chamamos constituição. 
Nesta há um conjunto de características individuais hereditárias que podem ou não se desenvolver nas 
interações com o meio. 
 
TEMPERAMENTO 
Temperamento é a tendência herdada do indivíduo para reagir ao meio de maneira peculiar. 
Assim, desde o nascimento, entre os indivíduos verificam-se diferentes limiares de sensibilidade frente 
aos estímulos internos ou externos, diferenças no tom afetivo predominante, variações no ritmo, 
intensidade e periodicidade dos fenômenos neurovegetativos (que funciona involuntariamente ou 
inconscientemente). 
CARATER 
Caráter é o conjunto de formas comportamentais mais elaboradas e determinadas pelas influências 
ambientais, sociais e culturais, que o indivíduo usa para adaptar-se ao meio. 
Ao contrário do temperamento, o caráter é predominante volitivo (depende da vontade) e intencional. 
Entretanto, de modo geral, temperamento e caráter estão intimamente associados, podendo estar tão 
imbricados que se torna difícil sua distinção. 
 
20 
 
PERSONALIDADE 
Portanto Personalidade é a interação dos aspectos físicos, temperamentais e caracterológicos. 
Os “transtornos” da PERSONALIDADE 
O que são os transtornos da personalidade? 
São perturbações que afetam todas as áreas de influência da personalidade de um indivíduo, o modo 
como ele vê o mundo, a maneira como expressa as emoções, o comportamento social. Caracteriza um 
estilo pessoal de vida mal adaptado e inflexível. 
São perturbações graves da constituição do caráter e das tendências comportamentais, portanto, não 
são adquiridas do meio. 
Desta forma, os Transtornos de Personalidade seriam modalidades incomuns do indivíduo interagir 
com sua vida, de se manifestar socialmente, de experimentar sentimentos (ou não experimentá-los). 
A CID-10 apresenta entre os títulos F60 e F69 uma grande variedade de subtipos de Transtornos de 
Personalidade. Procuraremos aqui compatibilizá-los todos com outras classificações de forma a 
abordar os tipos sinônimos com a mesma descrição. 
O que são os transtornos da personalidade? 
Padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia muito da cultura do 
indivíduo. 
É evasivo e flexível, início na adolescência ou começo da vida adulta. 
Estável ao longo do tempo 
Provoca sofrimento e/ou prejuízo 
 
TRANSTORNO DA PERSONALIDADE 
 Este padrão manifesta-se nas seguintes áreas: 
Cognição (modo de perceber e interpretar a si mesmo, outras pessoas e eventos) 
Afetividade (variação, intensidade, labilidade e adequação da resposta emocional) 
Funcionamento interpessoal 
Controle de impulsos 
 
 
Os tipos de TRANSTORNOS 
A maneira mais clara como a classificação deste problema vem sendo tratada é através da subdivisão 
em tipos de personalidade patológica. 
 
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11--TTRRAANNSSTTOORRNNOO DDEE PPEERRSSOONNAALLIIDDAADDEE AANNSSIIOOSSAA ((EEVVIITTAAÇÇÃÃOO)) 
 
Como se caracteriza? 
Caracteriza-se pelo padrão de comportamento inibido e ansioso com autoestima baixa. 
É um sujeito hipersensível a críticas e rejeições, apreensivo e desconfiado, com dificuldades sociais. 
É tímido e sente-se desconfortável em ambientes sociais. 
Tem medos infundados de agir tolamente perante os outros. 
Aspectos essenciais 
É facilmente ferido por críticas e desaprovações. 
Não costuma ter amigos íntimos além dos parentes mais próximos. 
Só aceita um relacionamento quando tem certeza de que é querido. 
Evita atividades sociais ou profissionais onde o contato com outras pessoas seja intenso, mesmo que 
venha a ter benefícios com isso. 
Experimenta sentimentos de tensão e apreensão enquanto estiver exposto socialmente. 
Exagera nas dificuldades, nos perigos envolvidos em atividades comuns, porém fora de sua rotina. Por 
exemplo, cancela encontros sociais porque acha que antes de chegar lá já estará muito cansado. 
A pessoa se isola, porem sofre por desejar o relacionamento afetivo, sem saber como conquistá-lo. 
 
2 - TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE (LIMÍTROFE) 
Como se caracteriza? 
Caracteriza-se por um padrão de relacionamento emocional intenso, porém confuso e desorganizado. 
A instabilidade das emoções é o traço marcante deste transtorno, que se apresenta por flutuações 
rápidas e variações no estado de humor de um momento para outro sem justificativa real. 
Essas pessoas reconhecem sua labilidade emocional, mas para tentar encobri-la justificam-nas 
geralmente com argumentos implausíveis. 
Seu comportamento impulsivo frequentemente é autodestrutivo. 
Não possuem claramente uma identidade de si mesmos, com um projeto de vida ou uma escala de 
valores duradoura, até mesmo quanto à própria sexualidade. 
A instabilidade é tão intensa que acaba incomodando o próprio paciente que em dados momentos 
rejeita a si mesmo, por isso a insatisfação pessoal é constante. 
Borderline: Indivíduos instáveis em suas emoções e muito impulsivos, com esforços incríveis para 
evitar abandono (até tentativas de suicídio). Têm rompantes de raiva inadequada. As pessoas a sua 
volta são consideradas ótimas, mas frente a recusas tornam-se péssimas rapidamente, sendo 
desconsideradas as qualidades anteriormente valorizadas. Costumam apresentar uma hiper 
reatividade afetiva, em que as situações boas são ótimas ou excelentes, e as ruins ou desfavoráveis são 
péssimas ou catastróficas. 
 
 
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Aspectos essenciais 
Padrão de relacionamento instável variando rapidamente entre ter um grande apreço por certa pessoa 
para logo depois desprezá-la. 
Comportamento impulsivo principalmente quanto a gastos financeiros, sexual, abuso de substâncias 
psicoativas, pequenos furtos, dirigir irresponsavelmente. 
Rápida variação das emoções, passando de um estado de irritação para angustiado e depois para 
depressão (não necessariamente nesta ordem). 
Sentimento de raiva frequente e falta de controle desses sentimentos chegando a lutas corporais. 
Comportamento suicida ou automutilante. 
Sentimentos persistentes de vazio e tédio. 
Dúvidas a respeito de si mesmo, de sua identidade como pessoa, de seu comportamento sexual, de sua 
carreira profissional. 
 
3 -TRANSTORNO DE PERSONALIDADE PARANÓIDE 
Como se caracteriza? 
Caracteriza-se pela tendência à desconfiança de estar sendo explorado, passado para trás ou traído, 
mesmo que não haja motivos razoáveis para pensar assim. 
A expressividade afetiva é restrita e modulada, sendo considerado por muitoscomo um indivíduo frio. 
A hostilidade, irritabilidade e ansiedade são sentimentos frequentes entre os paranoides. 
Guarda rancor, não perdoa injurias ou ofensas, e portanto busca reparações; desconfia de todos e até 
do próprio advogado. 
Aspectos essenciais 
Excessiva sensibilidade em ser desprezado. 
Tendência a guardar rancores recusando-se a perdoar insultos, injúrias ou injustiças cometidas. 
Interpretações errôneas de atitudes neutras ou amistosas de outras pessoas, tendo respostas hostis ou 
desdenhosas. Tendência a distorcer e interpretar maleficamente os atos dos outros. 
Combativo e obstinado senso de direitos pessoais em desproporção à situação real. 
Repetidas suspeitas injustificadas relativas à fidelidade do parceiro conjugal. 
Tendência a se autovalorizar excessivamente. 
Preocupações com fofocas, intrigas e conspirações infundadas a partir dos acontecimentos 
circundantes. 
Toma medidas de segurança acintosas, inoportunas e ofensivas. 
Paranoide: Indivíduos desconfiados, que se sentem enganados pelos outros, com dúvidas a respeito da 
lealdade dos outros, interpretando ações ou observações dos outros como ameaçadoras. São 
rancorosos e percebem ataques a seu caráter ou reputação, muitas vezes ciumentos e com 
desconfianças infundadas sobre a fidelidade dos seus parceiros e amigos. 
 
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4 - Transtorno de Personalidade Dependente 
Como se caracteriza? 
 
Caracterizam-se pelo excessivo grau de dependência e confiança nos outros. 
Estas pessoas precisam de outras para se apoiar emocionalmente e sentirem-se seguras. 
 Permitem que os outros tomem decisões importantes a respeito de si mesmas. 
Sentem-se desamparadas quando sozinhas. 
Resignam-se e submetem-se com facilidade, chegando mesmo a tolerar maus tratos pelos outros. 
Quando postas em situação de comando e decisão essas pessoas não obtêm bons resultados, não 
superam seus limites. 
Aspectos essenciais 
É incapaz de tomar decisões do dia-a-dia sem uma excessiva quantidade de conselhos ou reafirmações 
de outras pessoas. 
Permite que outras pessoas decidam aspectos importantes de sua vida como onde morar, que 
profissão exercer. 
Submete suas próprias necessidades aos outros. 
Evita fazer exigências ainda que em seu direito. 
Sente-se desamparado quando sozinho, por medos infundados. 
Medo de ser abandonado por quem possui relacionamento íntimo. 
Facilmente é ferido por crítica ou desaprovação. 
Torna-se alvo fácil de pessoas inescrupulosas. 
É o apostolo preferencial do fanático, o liderado de eleição do anti-social. 
Dependente: Indivíduos que têm necessidade de serem cuidados, submissos, sempre com medo de 
separações. Têm dificuldades para tomar decisões, necessitam que os outros assumam a 
responsabilidade de seus atos, não discordam, não iniciam projetos. Sentem-se muito mal quando 
sozinhos, evitando isso a todo custo. 
 
5 - TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZÓIDE 
Como se caracteriza? 
Primariamente pela dificuldade de formar relações pessoais ou de expressar as emoções. 
 A indiferença é o aspecto básico, assim como o isolamento e o distanciamento sociais. 
A fraca expressividade emocional significa que estas pessoas não se perturbam com elogios ou críticas. 
Aquilo que na maioria das vezes desperta prazer nas pessoas, não diz nada a estas pessoas, como o 
sucesso no trabalho, no estudo ou uma conquista afetiva (namoro). 
 
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Aspectos essenciais 
Poucas ou nenhuma atividade produzem prazer. 
Frieza emocional, afetividade distante. 
Capacidade limitada de expressar sentimentos calorosos, ternos ou de raiva para como os outros. 
Indiferença a elogios ou críticas. 
Pouco interesse em ter relações sexuais. 
Preferência quase invariável por atividades solitárias. 
Tendência a voltar para sua vida introspectiva e fantasias pessoais. 
Falta de amigos íntimos e do interesse de fazer tais amizades. 
Insensibilidade a normas sociais predominantes como uma atitude respeitosa para com idosos ou 
àqueles que perderam uma pessoa querida recentemente. 
Não retribui cumprimentos e mínimas manifestações de afeto. 
 
6 -TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIÔNICA 
Como se caracteriza? 
Caracteriza-se pela tendência a ser dramático, buscar as atenções para si mesmo, ser um eterno 
"carente afetivo", comportamento sedutor e manipulador, exibicionista, fútil, exigente e lábil (que 
muda facilmente de atitude e de emoções). 
Sente-se desconfortável quando não é o centro das atenções. 
Aspectos essenciais 
Busca frequentemente elogios, aprovações e reafirmações dos outros em relação ao que faz ou pensa. 
Comportamento e aparência sedutores sexualmente, de forma inadequada. 
Abertamente preocupada com a aparência e atratividade físicas. 
Expressa as emoções com exagero inadequado, como ardor excessivo no trato com desconhecidos, 
acessos de raiva incontrolável, choro convulsivo em situações de pouco importância. 
Esquizoide: Indivíduos distanciados das relações sociais, que não desejam ou não gostam de 
relacionamentos íntimos, realizando atividades solitárias, de preferência. Pouco ou nenhum interesse 
em relações sexuais com outra pessoa, e pouco ou nenhum prazer em suas atividades. Não têm amigos 
íntimos ou confidentes, não se importam com elogios ou críticas, sendo frios emocionalmente e 
distantes. 
Aspectos essenciais 
Sente-se desconfortável nas situações onde não é o centro das atenções. 
Suas emoções apesar de intensamente expressadas são superficiais e mudam facilmente. 
É imediatista, tem baixa tolerância a adiamentos e atrasos. 
Estilo de conversa superficial e vago, tendo dificuldades de detalhar o que pensa. 
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7 - TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVA 
Como se caracteriza? 
Tendência ao perfeccionismo, comportamento rigoroso e disciplinado consigo e exigente com os outros. 
Emocionalmente frio. 
É uma pessoa formal, intelectualizada, detalhista. 
Essas pessoas tendem a ser devotadas ao trabalho em detrimento da família e amigos, com quem 
costuma ser reservado, dominador e inflexível. 
Dificilmente está satisfeito com seu próprio desempenho, achando que deve melhorar sempre mais. 
Seu perfeccionismo o faz uma pessoa indecisa e cheia de dúvidas. 
Aspectos essenciais 
O perfeccionismo pode atrapalhar no cumprimento das tarefas, porque muitas vezes detém-se nos 
detalhes enquanto atrasa o essencial. 
Insistência em que as pessoas façam as coisas a seu modo ou querer fazer tudo por achar que os outros 
farão errado. 
Excessiva devoção ao trabalho em detrimento das atividades de lazer. 
Expressividade afetiva fria. 
Obsessivo: Indivíduos preocupados com organização, perfeccionismo e controle, sempre atento a 
detalhes, listas, regras, ordem e horários. Dedicação excessiva ao trabalho, dão pouca importância ao 
lazer. Teimosos, não jogam nada fora (“pão-duro”) e não conseguem deixar tarefas para outras 
pessoas. 
Comportamento rígido (não se acomoda ao comportamento dos outros) e insistência irracional 
(teimosia). 
Excessivo apego a normas sociais em ocasiões de formalidade. 
Relutância em desfazer-se de objetos por achar que serão úteis algum dia (mesmo sem valor 
sentimental) 
Indecisão prejudicando seu próprio trabalho ou estudo. 
Excessivamente consciencioso e escrupuloso em relação às normas sociais. 
 
8- -TRANSTORNO DA PERSONALIDADE NARCISISTA 
Necessidade de admiração, que começa no início da idade adulta 
Grandiosidade em fantasia ou comportamento da própria importância 
Exagera realizações e talentos, espera ser reconhecido como superior sem realizações comensuráveis 
Preocupação com fantasias de ilimitado sucesso, poder, inteligência, beleza ou amor ideal 
Crença de ser “especial” e único e de que somente pode ser compreendido ou deve associar-se a 
outras pessoas ou instituições de condição mais elevada 
Exigência de admiração excessiva 
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Narcisista: Indivíduos que se julgam grandiosos, com necessidade de admiração e que desprezam os 
outros, acreditando serem especiais e explorandoos outros em suas relações sociais, tornando-se 
arrogantes. Gostam de falar de si mesmos, ressaltando sempre suas qualidades e por vezes contando 
vantagens de situações. Não se importam com o sofrimento que causam nas outras pessoas e muitas 
vezes precisam rebaixar e humilhar os outros para que se sintam melhor. 
Sentimento de intitulação, ou seja, possui expectativas irracionais de receber um tratamento 
especialmente favorável ou obediência automática às suas expectativas 
Explorador em relacionamentos interpessoais, tira vantagem de outros para atingir seus próprios 
objetivos 
Ausência de empatia: reluta identificar-se com os sentimentos e necessidades alheias 
Sente inveja de outras pessoas ou acredita ser alvo da inveja alheia 
Comportamentos e atitudes arrogantes e insolentes 
 
9 - TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTI-SOCIAL- O PSICOPATA 
Como se caracteriza? 
Caracteriza-se pelo padrão social de comportamento irresponsável, explorador e insensível constatado 
pela ausência de remorsos. 
Essas pessoas não se ajustam às leis do Estado simplesmente por não quererem, riem-se delas. 
Frequentemente têm problemas legais e criminais por isso. 
Mesmo assim não se ajustam. 
Frequentemente manipulam os outros em proveito próprio, dificilmente mantêm um emprego ou um 
casamento por muito tempo. 
Aspectos essenciais 
Insensibilidade aos sentimentos alheios 
Atitude aberta de desrespeito por normas, regras e obrigações sociais de forma persistente. 
Estabelece relacionamentos com facilidade, principalmente quando é do seu interesse, mas 
dificilmente é capaz de mantê-los. 
Baixa tolerância à frustração e facilmente explode em atitudes agressivas e violentas. 
Incapacidade de assumir a culpa do que fez de errado, ou de aprender com as punições. 
Tendência a culpar os outros ou defender-se com raciocínios lógicos, porém improváveis. 
Psicopatia 
Conceito: Personalidade anormal acompanhada de sofrimentos subjetivos ou sociais decorrentes da 
anormalidade. 
Manifesta-se no final da infância ou adolescência e permanece por toda a idade adulta. 
 
27 
 
ESTUDO DE CASO – TED BUNDY 
 
 
 
 
 
 
 
Nascimento em: 24 de novembro de 1946 
Morte: 1989; - nacionalidade: americano - 
 
TED BUNDY - Era atraente, inteligente e tinha um futuro na política. Ele também foi um dos mais prolíficos 
assassinos seriais na história dos E.U.A. 
 
Enganaram ao pequeno Ted 
Pouco depois do nascimento de Ted (Theodore Robert Cowel) sua mãe voltou para a casa dos pais em 
Filadélfia, onde vivera até os 4 anos. 
Enquanto crescia, Ted foi levado a acreditar que os seus avós eram naturais maternos eram seus pais 
naturais, e sua mãe era sua irmã mais velha. 
O pai – veterano da Força Aérea - nunca conheceu, com quem a mãe havia saído algumas vezes. 
Ted disse, anos depois, que amava o avô, mas outros membros da família declararam que o avô era um 
homem violento - chutava cachorros, agredia mulheres. 
Conta-se que quando Ted tinha 3 anos, uma tia sua, ao acordar, percebeu que ele manipulava facas perto 
dela. 
Aos 4 anos, Ted e sua mãe mudaram-se para Tacoma-Washington, para viver com parentes. Um ano após, 
Louise (sua mãe) apaixonou-se por um militar cozinheiro chamado Johnnie Culpepper Bundy. Em maio de 
1951, o casal se une e Ted assumiu o nome de seu padrasto, que ele iria manter até o fim de sua vida. 
O casal teve quatro filhos, crianças que Ted ajudou a cuidar. Seu padrasto até tentou estabelecer uma 
relação mais próxima com Ted, mas foi em vão. 
Ele era muito tímido e os colegas de escola o provocavam. Relatos de seus professores falam de um 
temperamento imprevisível, explosivo. Contudo, tirava boas notas. 
Na adolescência, passou a se socializar mais. Tinha interesses por esqui e política. 
Começou a trabalhar em empregos simples, mas permanecia pouco tempo nestes. 
O casal teve quatro filhos, crianças que Ted ajudou a cuidar. Seu padrasto até tentou estabelecer uma 
relação mais próxima com Ted, mas foi em vão. 
Ele era muito tímido e os colegas de escola o provocavam. Relatos de seus professores falam de um 
temperamento imprevisível, explosivo. Contudo, tirava boas notas. 
Na adolescência, passou a se socializar mais. Tinha interesses por esqui e política. 
Começou a trabalhar em empregos simples, mas permanecia pouco tempo nestes. 
Quando tinha 4 anos, a mãe verdadeira mudou de cidade, levando Ted, e um ano depois se casou. 
Theodore então recebeu o sobrenome Bundy. O casal teve quatro filhos, crianças que Ted ajudou a 
cuidar. O marido da mãe até tentou estabelecer uma relação mais próxima com Ted, mas foi em vão. 
Ele era muito tímido e os colegas de escola o provocavam. Relatos de seus professores falam de um 
temperamento imprevisível, explosivo. Contudo, tirava boas notas. 
Na adolescência, passou a se socializar mais. Tinha interesses por esqui e política. 
Começou a trabalhar em empregos simples, mas permanecia pouco tempo nestes. 
28 
 
Ted era terrivelmente tímido e inseguro, ficava desconfortável em situações sociais, por toda sua 
juventude. 
Stephen Michaud analisou o comportamento de Ted e decidiu que ele “não era como as outras 
crianças”. Ele era assombrado por um medo, uma dúvida – por vezes apenas um vago mal-estar que 
habitava sua mente, com a sutileza de um gato. 
Durante o colégio Ted foi conquistando considerada popularidade por estar sempre bem vestido e de 
comportamento educado. 
Desenvolveu interesses pelos estudos e tinha um fascínio especial por política. 
Seu foco foi alterado na primavera de 1967, quando iniciou um relacionamento que iria mudar sua vida 
para sempre. 
Ted conheceu uma garota que era tudo o que ele um dia sonhou de uma mulher. 
 
Em 1967, aos 21 anos, Ted Bundy conheceu uma garota bonita e de boa família, Leslie Holland. 
Aparentemente, foi com ela que teve sua primeira relação sexual, e Ted gostava mais dela do que ela 
dele. 
Ela o achava sem objetivos e ele tentava impressioná-la com mentiras. 
Suspeita-se que, nesta época, ele também cometia furtos – até de carros. 
 
No ano seguinte, ela terminou com ele, após se formar. Ted ficou deprimido e obcecado por ela. 
Em 69, Ted finalmente fica sabendo que sua "irmã" é, na verdade, sua mãe. Não mudou o 
comportamento com ela, mas ficou ainda mais distante do pai adotivo. 
 
Ajudando pessoas em crise 
Ted estudou Psicologia na universidade, e seus professores gostavam dele, que tinha bom 
desempenho. 
Conheceu então uma secretária tímida, separada e com uma filha, com quem ficou envolvido por cinco 
anos, Elizabeth Kendall (na verdade, pseudônimo adotado por ela ao escrever um livro sobre a história, 
"My life with Ted Bundy"). 
 
Ela queria casar com ele, ele dizia ainda não estar "na hora", e ela suspeitava que ele mantinha outros 
encontros. 
Ted levava uma vida de homem do bem. Começou a se envolver mais com a política. Recebeu uma 
medalha por salvar um garoto de 3 anos que se afogava em um lago. E prestava assistência, como 
voluntário, em um serviço de ajuda emocional, por telefone, a pessoas em crise. 
Ela queria casar com ele, ele dizia ainda não estar "na hora", e ela suspeitava que ele mantinha outros 
encontros. 
Ted levava uma vida de homem do bem. Começou a se envolver mais com a política. Recebeu uma 
medalha por salvar um garoto de 3 anos que se afogava em um lago. E prestava assistência, como 
voluntário, em um serviço de ajuda emocional, por telefone, a pessoas em crise. 
Ann Rule, que escrevia artigos policiais para revistas, por um ano foi sua colega neste serviço de ajuda 
emocional, na Crisis Clinic. Conta que, nas noites de domingos e terças-feiras, ficavam apenas os dois em 
uma casa. Por coincidência, pouco depois ela foi contratada por uma editora para escrever um livro1 
sobre o serial killer que assombrava a região, mas que ainda não havia sido identificado... 
Ted era membro ativo do Partido Republicano e, em 1973, em uma viagem do partido, Ted reencontrou a 
primeira namorada, Leslie, com quem ele ainda falavaocasionalmente. Como ele estava mudado, ela se 
interessou verdadeiramente nele, e mantiveram encontros, sem ela saber de Elizabeth. Mas logo ele 
mudou, ficou frio, perdeu o interesse nela. Em fevereiro de 74, ele sumiu dela. 
As primeiras poças de sangue 
Linda Ann Healy era uma bela mulher, que trabalhava em uma rádio como comentarista do tempo. 
Tinha 21 anos e estudava Psicologia. 
http://www.oserialkiller.blogspot.com/
29 
 
Ted tinha 27. Na noite de 30 de janeiro de 1974, ela saiu para um pequeno bar próximo a sua casa, com 
amigas com as quais morava, para tomar uma cerveja após o jantar. 
Voltou logo, para ver televisão e ligar para o namorado. 
 
Pela manhã, a sua cama estava vazia. 
No fim do dia, seus pais estranharam, pois ela não apareceu na casa deles como de costume, e chamaram 
a polícia. 
No seu quarto, a cama estava arrumada de um jeito diferente e alguns objetos faltavam. 
Também encontraram vestígios de sangue. 
A polícia não suspeitou da gravidade do caso e não recolheu muitas provas. 
(Seu crânio só seria achado no ano seguinte, com marcas de espancamento severo; o resto de seu corpo 
não foi encontrado.) 
"Você pode me ajudar com esses livros?" 
Outras vitimas 
Em agosto de 74, a polícia encontrou, em um parque, os crânios de duas garotas, Janice Ott e Denise 
Laslund - ambas desaparecidas no dia 14 de julho, em horários diferentes. 
 
 Uma testemunha deste caso ouviu o assassino dizer às garotas, quando as abordou, que se chamava Ted. 
Outras duas mulheres, juntas, haviam sido abordadas por Ted no mesmo local, mas não o ajudaram a 
carregar os livros para seu carro. 
Por causa de denúncias decorrentes do retrato falado do suspeito, Ted Bundy passou a ser investigado. 
Mais uma, e mais uma... 
Uma amiga de Elizabeth Kendall, a namorada de Ted, também viu o retrato falado e achou parecido com 
Ted. 
 Havia mais motivos para Elizabeth acreditar, como o Fusca usado pelo criminoso (Ted tinha um), a 
atadura (ela viu uma nos pertences dele mas nunca o havia visto usá-la). 
 Elizabeth entrou em contato com a polícia, que solicitou-lhe retratos de Ted – mas testemunhas não o 
reconheceram nas fotos. 
A polícia esqueceu Ted. 
Mais uma, e mais uma... 
Ted foi para outro Estado (ele acabaria matando em vários Estados diferentes). 
Em outubro, a filha de um chefe de polícia, Melissa Smith, de 17 anos, foi estrangulada, estuprada e 
sodomizada. Já Laura Aime, de 17 anos, sofreu pancadas no rosto e a mesma violência sexual. 
Mais uma, e mais uma... 
Em novembro, usando uma história diferente, colocou Carol DaRonch em seu carro. 
Quando tentou algemá-la, ela escapou do carro. Ele veio com uma barra de ferro em sua direção, mas ela 
chutou seus testículos e saiu correndo. 
Mais uma, e mais uma... 
No mesmo dia, ele capturou Debby Kent. 
Uma outra vítima sobrevivente, Joni Lenz, atacada em 1974, foi encontrada em seu quarto, tendo 
apanhado muito e com um apoio da cama enfiado em sua vagina. Ficou com sequelas o resto da sua vida. 
Nos meses seguintes, outros desaparecimentos aconteceram, e todas as garotas eram parecidas em 
alguns aspectos: brancas, jovens, com cabelos escuros, longos e, geralmente, repartidos ao meio. 
 Algumas pessoas que as viram antes de sumir relataram tê-las visto conversando com um homem 
usando gesso no braço e pedindo ajuda para carregar alguns livros. 
 
30 
 
Em janeiro de 75, a vítima foi Caryn Campbell, encontrada quase um mês depois, perto de uma estrada, 
comida por animais. Poucos meses depois, Brenda Ball. E outra, e outra... 
Entre 74 e 78, Ted fez cerca de 36 vítimas. O número é mesmo incerto. Bundy nunca confirmou o número 
exato. Em uma ocasião, quando mencionaram-lhe este número, ele deu um sorriso e disse aos detetives: 
“Acrescentem um dígito e terão o total.” A escritora Ann Rule pergunta: “Ele queria dizer 37? Ou 136? Ou 
360?”. 
Capturado e Julgado 
A captura definitiva de Ted foi trabalhosa 
Em agosto de 75, um policial achou suspeito um motorista que rondava o bairro. 
Quando tentou aborda-lo ele fugiu, mas acabou batendo . 
O policial notou que faltava o banco de passageiros do carro. 
 
Carol, aquela do chute nos genitais do agressor, o reconheceu. 
Assim como conhecidos de Debby, que o viram abandonando-a. 
Ele alegava inocência. 
 
A namorada Elizabeth, depondo, disse que no último ano Ted tinha pouco interesse sexual e, quando 
tinha, queria praticar alguma violência leve. 
E forneceu informações valiosas como o paradeiro dele no dia dos sumiços. 
A investigação chegou também na primeira namorada. 
Pistas foram surgindo. 
 
Em fevereiro de 76, foi levado a julgamento pelo sequestro de Carol. 
Ele estava tranquilo. E negou a acusação. 
Entretanto foi condenado a prisão. 
 
Lá foi avaliado por psicólogos que, entre várias hipóteses, lançaram uma interessante, sobre seu 
funcionamento psíquico: Ted tinha medo de ser humilhado em suas relações com as mulheres. 
Saiu pela porta da frente do presídio. 
Enquanto isso a investigação dos outros crimes continuavam, e provas se avolumaram. 
Na preparação para o julgamento do caso Caryn, Ted ficou insatisfeito com seu advogado. Ele resolveu 
defender-se a si mesmo - atitude permitida nos EUA. 
Ele tinha autorização para ir a biblioteca da prisão. 
Em junho pulou por uma janela aberta da biblioteca. 
Machucou-se, mas estava livre. 
Cerca de 150 homens saíram a sua caca mas não conseguiram acha-lo. 
Nesta época, sentia-se invencível. 
Nada sai de errado. 
Roubava alimentos, dormia em vários locais diferentes. 
Quando conseguiu roubar um carro para sair da cidade foi pego. 
Agora quando ia a biblioteca da prisão, era algemado com ferro nos pés. 
Mas ele não desistiu, escapou de sua cela, pelo teto, e parou na sala de um guarda. 
Depois saiu pela porta da frente do presidio. 
Quando perceberam seu desaparecimento, ele já estava a caminho do outro Estado, onde se alojou 
usando um nome falso. 
Passava os dias no campus de uma faculdade, assistia algumas aulas, ou ficava vendo tv - roubada 
assim como tudo em seu apartamento. 
Curando a abstinência em matar 
Em janeiro de 78, Ted entrou em um alojamento de estudantes mulheres - Chi Omega. 
Foram atacadas enquanto dormiam. 
31 
 
Duas morreram. Em uma o mamilo quase foi arrancado por uma mordida, além de ter sofrido invasão 
sexual com uma lata de spray para cabelo. 
Em outra o cérebro estava exposto por pancadas. 
Ted Capturado 
Curando a abstinência em matar 
Duas outras ficaram paraplégicas. 
Teve que fugir porque uma, além de ter visto seu rosto, reagiu. 
Janeiro de 78, Ted entrou em um alojamento de estudantes mulheres. 
Foram atacadas enquanto dormiam. 
Duas morreram. Em uma o mamilo quase foi arrancado por uma mordida, além de ter sofrido invasão 
sexual com uma lata de spray para cabelo. 
Em outra o cérebro estava exposto por pancadas. 
A centenas de metros dali, Ted atacou outra mulher, no apartamento dela. Os gritos acordaram os 
vizinhos e a polícia chegou logo. 
Haviam poucas provas deixadas, fios de cabelo em uma máscara, a marca de uma mordida nas nádegas 
de uma vítima... 
Kimberly Leach, foi a última vítima conhecida de Ted. Ela tinha 12 anos, e o caso aconteceu em 
fevereiro de 78. Seu corpo só foi achado semana depois. 
Nesse mês ainda, um policial suspeitou de um fusca desconhecido na região que patrulhava. 
Ted tentou fugir, mas parou, e quando ia ser algemado, iniciou luta com o guarda. 
O guarda venceu. 
Ted seria levado a julgamento pelos crimes de Chi Omega e pelo assassinato de Kimberly. 
Novamente assumiu sua defesa e negava os fatos. 
O julgamento de Chi atraiu bastante a imprensa. A testemunha ocular de Chi complicou Ted. 
Mas a prova mais contundente foi a análise da mordida. Sem expressar emoção, Ted escutou o 
veredicto: CULPADO. 
A pena seria decidida em um outro julgamento. 
A mãe de Ted chorou e pediu por sua vida. 
Ted culpou a mídia por sua condenação e disse que seria um absurdo pedir desculpas por algo que ele 
não fez. Nada adiantou. 
Tedfoi duplamente condenado a morte na cadeira elétrica. 
Foram estes julgamentos que ajudaram a tornar Ted um monstro para a maioria das pessoas, quanto 
um ídolo para algumas – ele era bonito e bem articulado 
Mas ainda havia o julgamento do caso Kimberly. 
Desta vez, aceitou advogado e resolveram tentar a alegação de insanidade mental. 
Ted estava aparentemente nervoso, e discutiu com uma testemunha. 
A acusação chamou 65 testemunhas. 
A prova mais contundente foi o encontro de fibras da roupa da garota no veículo que Ted estaria 
usando na época. 
O julgamento durou um mês. CULPADO – mais uma vez. 
 
No dia da deliberação do veredicto, exatamente dois anos após a morte de Kimberly, ele e Carole Ann 
Bonne, testemunha de defesa, trocaram votos de casamento e, segundo as leis locais se isto e feito em 
ambiente legal casamento e considerado valido. 
 
Isto pegou a todos de surpresa. 
Mas não mudou em nada a pena. 
Ted foi condenado a morte, mais uma vez. 
Com outros advogados, tentou apelação, que foi negada. 
A morte estava marcada para marco de 1986. 
32 
 
Enquanto a apelação corria, a data foi remarcada, para janeiro de 89. 
Nesse ínterim, Ted ainda ajudou a polícia a pensar no caso do Green River – segundo Robert Keppel, o 
detetive que conversava com Ted. Este resolveu contar alguns detalhes de seus crimes. 
Disse que guardou a cabeça de algumas vítimas como troféu. 
Ted Tribunais 
Também falou de necrofilia. 
Este policial estima que Ted poderia ter feito mais de cem vítimas, algumas antes da primeira 
conhecida. Ted tentou, no fim, negociar um prazo de mais alguns anos de vida, em troca de mais 
algumas confissões, sem sucesso. 
Após o anuncio de sua morte, o público de fora da prisão ovacionou e foguetes estouraram no céu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULA 8 - ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alienação Parental é um fenômeno que tem sido observado associado ao divórcio altamente conflitivo. 
A CRIANÇA COMO VITIMA 
A criança tem um papel ativo na produção do resultado 
A família despedaçada 
A lei nº 12.318/2010 dispõe que, a prática de ato de alienação parental fere direito fundamental da criança ou 
do adolescente de convivência familiar saudável, 
 prejudica a realização de afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar, 
constitui abuso moral contra a criança ou 
o adolescente e implica em descumprimento dos deveres inerentes à autoridade parental ou decorrentes de 
tutela ou guarda. 
33 
 
Alienação parental 
Em 1985 (EUA) 
Richard Allan Gardner Professor Especialista do Departamento de Psiquiatria Infantil da Universidade de 
Columbia e perito judicial. 
Alienação parental 
Gardner se interessou pelos sintomas que as crianças desenvolviam ao longo dos divórcios litigiosos ou durante 
os processos de guarda. 
Diagnosticou o primeiro caso de SAP (síndrome da alienação parental) 
Alienação parental 
Gardner descreve o distúrbio de crianças que depreciam um dos genitores . 
Ele utilizou o termo : 
SINDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL (SAP) para se referir aos distúrbios de crianças que depreciam um de seus 
genitores de maneira injustificada e exagerada, e que eram particular e sistematicamente influenciadas pelo 
outro genitor. 
Para Gardner o alienador teria essa alienação como parte de sua estrutura psíquica, então: dada a separação e o 
“stress” promovido pelo divorcio isso se expandiria. 
Síndrome da Alienação Parental 
É um transtorno psicológico que se caracteriza por um conjunto de sintomas pelos quais um genitor, 
denominado cônjuge alienador, transforma a consciência de seus filhos, mediante diferentes formas e 
estratégias de atuação, com objetivo de impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor, sem 
que existam motivos reais que justifiquem essa condição. 
Síndrome da Alienação Parental 
Em outras palavras, consiste num processo de programar uma criança para que odeie um de seus genitores sem 
justificativa, de modo que a própria criança ingressa na trajetória de desmoralização desse mesmo genitor”. 
Outras denominações para SAP 
SAID (alegações sexuais no Divórcio), 
Síndrome da Mãe Maliciosa 
Síndrome de Medea 
(Síndrome de Alegações Sexuais no Divorcio) 
Chegou a ser chamada de SAID, na qual um dos pais conta uma história para a criança em que ela teria sofrido 
um falso abuso sexual, acusando desta forma o pai alienado. 
SINDROME DA MAE MALICIOSA 
 - associada ao divórcio, 
onde a mãe resolve impor um castigo 
na relação de ex-mulher contra o ex-marido, proibindo ou dificultando 
a relação do pai com a criança. 
SINDROME DE MEDEA 
Também foi denominada como Síndrome de Medeia na qual os pais separados tem a imagem dos filhos como a 
extensão deles mesmos 
"Eu nem mesmo deixo-te os corpos dos nossos filhos; eu os levo comigo para enterrar. E para vós, que me fizeste 
todo o mal, eu profetizo uma maldição final." 
SAP = Destruição da Memória 
Morte fictícia 
Síndrome Alienação Parental 
São descritos 4 critérios aferidores do processo alienatório: 
 
1. Obstrução do contato: 
2. Denúncias falsas de abuso: 
3. Deterioração da relação após a separação: 
4. Reação de medo: 
Síndrome Alienação Parental 
São descritos 4 critérios aferidores do processo alienatório: 
 
1. Obstrução do contato: o alienador busca a todo custo obstaculizar o contato do não-guardião com o filho e 
para tanto se utiliza os mais variados meios tais como interceptações de ligações e cartas, críticas demasiadas, 
tomada de decisões importantes da vida do filho sem consultar o outro; 
34 
 
Síndrome Alienação Parental 
São descritos 4 critérios aferidores do processo alienatório: 
 
2. Denúncias falsas de abuso: é a mais grave das acusações que o guardião pode fazer, incutir na criança a ideia 
de que o outro genitor está abusando sexualmente ou emocionalmente fazendo com que a criança tenha medo 
de encontrar com o não-guardião; 
Síndrome Alienação Parental 
São descritos 4 critérios aferidores do processo alienatório: 
 
3. Deterioração da relação após a separação: o rompimento da relação conjugal faz com que o alienador 
projete nos filhos toda a frustração advinda da separação, persuadindo a criança a afastar do não guardião com 
a alegação de que ele abandonou a família, e que fará sofre assim como o fez; 
Síndrome Alienação Parental 
São descritos 4 critérios aferidores do processo alienatório: 
 
4. Reação de medo: a criança passa a ser protagonista do conflito dos pais e por medo do guardião voltar-se 
contra si a criança se apega a esse e afasta do outro. 
Síndrome Alienação Parental 
A SAP é graduada em estágios: 
LEVE 
MODERADO e 
GRAVE. 
 
Síndrome Alienação Parental 
No estágio leve: a criança se sente desajeitada somente no momento em que os pais se encontram, afastado do 
guardião, a criança mantém um relacionamento normal com o outro genitor. 
Síndrome Alienação Parental 
 
 No estágio moderado: a criança apresenta-se indecisa e conflituosa nas suas atitudes, em certos momentos já 
mostra sensivelmente o desapego ao não-guardião. 
Síndrome Alienação Parental 
No estágio grave: a criança apresenta-se doente, perturbada ao ponto de compartilhar todos os sentimentos do 
guardião, não só escutando as agressividades dirigidas ao não guardião como passa a contribuir com a 
desmoralização do mesmo, as visitas nesse estágio são impossíveis. 
 
O afastamento é fruto de uma programação lenta e diária do guardião para que o filho, injustificadamente, 
rejeite o seu outro genitor. 
Conceitos 
Sintomas da SAP 
Sintomas descritos por Gardner 
Incluem: 
- campanha denegritória contra o genitor alienado 
- racionalizações fracas, absurdas, frívolas para a depreciação 
- falta de ambivalência 
- apoio automático ao genitor alienador no conflito parental 
Sintomas da SAP 
- ausência de culpa sobre a crueldade e/ou a exploração contra o genitor alienado 
- a presença de encenações “encomendadas” 
- propagação da animosidade aos amigos e/ou à família extensa do genitor alienado 
Alienação Parentalé abuso psicológico que maltrata criança e adolescente 
Estatísticas (IBGE, 2002) 
Brasil – 90% filhos de pais divorciados sofreram AP. 
EUA - 80% filhos de pais divorciados sofreram AP. 
 25 milhões 
 
 20 milhões 
35 
 
“reprogramação sentimental” 
“A criança que ama seu genitor, é levada a se afastar dele, que também a ama. 
 Isso gera contradição de sentimentos e destruição do vínculo entre ambos. 
 Restando órfão do genitor alienado, acaba identificando-se com o genitor patológico, passando a aceitar como 
verdadeiro tudo que lhe é informado.” 
Consequências Psicológicas 
 
Aplicáveis às crianças: 
Consequências 
 Transtorno de conduta: 
 inclui comportamentos persistentes de violação às regras adequadas à idade, como : 
Ameaças - lutas corporais - crueldade com animais – 
 destruição de propriedade – incêndios – furtos – 
 violação das regras do lar - 
 como não voltar pra casa no horário... entre outros) 
 
Aplicáveis às crianças: 
Consequências 
 Transtorno de ansiedade de separação: 
 Apresenta ansiedade excessiva ou inadequada envolvendo afastamento das figuras de vinculação, incluindo 
recusa e relutância em ir para escola em razão do medo da separação, comum em mães super protetoras, não 
sendo a escola o objeto do medo, mas a casa ou alguém a quem a criança é patologicamente apegada. 
 
Aplicáveis às crianças: 
Consequências 
 Transtorno dissociativo: 
 - Apresenta sintoma dissociativo presente, como alterações na memória, identidade e percepção, comuns após 
períodos de persuasão e coerção, como a lavagem cerebral), presente em casos severos, como estado de transe, 
agem como robôs) 
 
Persuasão é uma estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos lógico-racionais ou simbólicos para 
induzir alguém a aceitar uma ideia, uma situação. 
 
Aplicáveis às crianças: 
Consequências 
 Transtorno de ajustamento: 
 Apresenta o humor deprimido, ansiedade, alteração de conduta e emoções . 
 A criança teme que expressões de afeição pelo genitor-alvo conduza a rejeição dela pelo alienador. 
Como consequências para as crianças 
Sintomas de : 
-Depressão 
-Incapacidade para adaptar-se aos ambientes sociais 
-Transtornos de identidade e de imagem 
-Desespero 
-Tendência ao isolamento 
-Comportamento hostil 
-Falta de organização 
-Abuso de drogas, álcool e 
 -Suicídio. 
Aplicáveis aos pais alienados: 
Transtorno de personalidade de esquiva ou evitação e 
Transtorno de personalidade dependente, além de stress e depressão. 
A morte inventada 
O judiciário trata de maneira superficial “empurra” para terapia – mas está ocorrendo um crime ali... 
A morte inventada ..relatos 
Porque NADA SOBRE MEU PAI ? 
36 
 
Um dia minha filha, fazendo um trabalho na escola, reclamou que sua árvore genealógica estava sem algumas 
folhinhas. Como explicar para minha filha que eu não sei NADA SOBRE MEU PAI? 
Resolvi fazer esse filme para que ela entenda que alguns homens vão embora e se recusam a serem pais. Foi 
assim comigo e faz parte da nossa história. Viveremos com esse vazio, mas seremos felizes ainda assim... 
Filha, será que meu amor por você pode substituir a falta do seu avô? 
Eu juro que te amo demais! 
E a Justiça, afinal??? 
A angustia da criança alienada. 
A visita... A ida..... 
Visita 
É nesse momento que se dá conta da família em dois pedaços. 
As crianças vão entristecidas, angustiadas, sem saber o que estão 
 esperando por eles. 
O alienado deve acolhe-lo. 
Na visita 
Muitas mães exigem comunicação durante a visita, assim, muitas crianças se escondem em um banheiro, 
debaixo da cama para ligar pra mãe e contar as coisas e a outra família não ver. 
A volta... A angustia... 
Contar a verdade??? mentir????? 
 
Outra forma 
Deixa a criança esperando e não avisa o pai. 
Afirma...ta vendo?? Seu pai é isso, é aquilo..não gosta de você.. 
Ou ainda... 
Relatos 
Só agora a essa altura da vida fui conhecer o mais amargo dos sentimentos : a Injustiça é uma onda de 10 
metros que te arranca de dentro de si e faz tudo se apagar...falta chão, falta ar, falta voz...Você perde o 
prumo...o céu...é você no avesso... 
 A mãe acha que a criança é um prolongamento dela, ela gerou ....ela é minha ...mas a natureza exclama a soma: 
23 + 23 = 46.... 
Às vezes, o casal tinha uma relação muito boa e um estopim leva à SAP: 
• um dos dois casa-se novamente; 
• divisão de bens; 
• discussão a respeito de pensão. 
O motivo é fonte de discórdia. 
A partir daí, começam as retaliações. 
Existe exemplo na literatura, de SAP feito pelo pai: 
 
“Você sabia que sua mãe quis te matar quando você estava na barriga da sua mãe?” 
A criança “lembra” disso. 
É capaz de sentir a dor da lembrança 
 
Outra forma 
Deixa a criança esperando e não avisa o pai. 
Afirma...ta vendo?? Seu pai é isso, é aquilo..não gosta de você.. 
Ou ainda... 
Relatos 
Só agora a essa altura da vida fui conhecer o mais amargo dos sentimentos : a Injustiça é uma onda de 10 
metros que te arranca de dentro de si e faz tudo se apagar...falta chão, falta ar, falta voz...Você perde o 
prumo...o céu...é você no avesso... 
 A mãe acha que a criança é um prolongamento dela, ela gerou ....ela é minha ...mas a natureza exclama a soma: 
23 + 23 = 46.... 
Às vezes, o casal tinha uma relação muito boa e um estopim leva à SAP: 
• um dos dois casa-se novamente; 
• divisão de bens; 
• discussão a respeito de pensão. 
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O motivo é fonte de discórdia. 
A partir daí, começam as retaliações. 
Existe exemplo na literatura, de SAP feito pelo pai: 
 
“Você sabia que sua mãe quis te matar quando você estava na barriga da sua mãe?” 
A criança “lembra” disso. 
É capaz de sentir a dor da lembrança. 
Frases de alienadores 
HISTÓRIAS DE TRAIÇÃO 
“Nós fomos traídas, minha filha!” 
A criança se sente traída, junto com a mãe. 
Seu pai me ameaça, ele vive me perseguindo"... 
-"Seu pai tenta sempre comprar vocês com brinquedos e 
presentes"... 
-"Seu pai não dá dinheiro para manter vocês"... 
-"Seu pai é um bêbado"... 
-"Sua mãe é uma vagabunda". 
"Seu pai bateu em você, tente se lembrar do passado". 
Falsas memorias 
O genitor acusador, que não possui quaisquer pudores em criar uma memória falsa na criança, é aquele que 
permanece ao seu lado orientando-a ao que dizer e como fazer para manter aquele que a subjugou, a abusou 
longe de si. A criança repete, repete, repete e acredita na existência do fato. Mas a crença na existência do fato 
significa a certeza da vivência da situação com a dificuldade de alocação nas sensações e sentimentos que a 
envolvem. 
A morte da figura paterna 
. 
Exposição De casos – A morte inventada. 
Locais de Crime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
AULA 9 – PSICOLOGIA DA MENTIRA 
 - Psicologia da Mentira - Linguagem Corporal 
Sigmund Freud, disse 
• "Quem tiver olhos para ver e ouvidos atentos pode convencer-se de que nenhum mortal 
• é capaz de manter segredo. Se os lábios estiverem silenciosos, a pessoa ficará 
• batendo os dedos na mesa e trairá a si mesma, suando por cada um dos seus poros!" 
Sinais de Flertes. 
• Quando as pessoas estão interessadas em outra que está conversando, eles tendem a encarar a 
pessoa mais profundamente. 
• Isso também é perceptível na posição dos braços e pernas. 
• Quando a atenção de uma pessoa é totalmente focado em outro, as pernas, joelhos, ou pés estão 
sempre estendido na direção dela. 
• Outro sinal comum são os olhos dos alunos. 
• Quando as pessoas gostam do que veem, os alunos aumentam de tamanho, e tendem a piscar 
mais. 
• Olhos pode piscar em sincronia quando olhar nos olhos da pessoa que gostam. 
• 
Outras Expressões Corporais 
• Também há sinais específicos para homens e mulheres quando eles mostram o seu interesse em 
um potencial parceiro. 
• Quando um homem encontra uma mulher atraente, ele pode contrair o abdômen e flexionar seus 
músculos, aparentando ser mais alto e mais forte. 
• Mas pode fazer outras coisas como alisar os cabelos, para tornar seu olhar mais

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