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FACULDADE DE CIÊNCIAS EDUCACIONAIS CAPIM GROSSO- FCG COMO A PANDEMIA ATINGIU OS EMPREENDEDORES DE PÉ DE SERRA E COMO ELES ESTÃO LIDANDO E DRIBLANDO A PANDEMIA PARA OBTER LUCRO Capim Grosso – BA Dezembro 2020 MARIANE SILVA RIOS SOLANGE SILVA RIOS COMO A PANDEMIA ATINGIU OS EMPREENDEDORES DE PÉ DE SERRA E COMO ELES ESTÃO LIDANDO E DRIBLANDO A PANDEMIA PARA OBTER LUCRO Relatório Técnico- Científico de Estágio Supervisionado II apresentado ao Curso de Graduação em Ciências Contábeis, como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Ciências Contábeis Faculdade Capim Grosso. Orientador: Prof. Thiago Rosa Jordão Capim Grosso– BA Dezembro de 2020 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------------- 4 2. REFERENCIAL TEÓRICO -------------------------------------------------------------- 5 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS -------------------------------------------------------- 16 4. REFERENCIAS -------------------------------------------------------------------------- 17 5. ANEXOS ---------------------------------------------------------------------------------- 18 1. INTRODUÇÃO A partir da declaração da pandemia mundial do Coronavírus no país, toda a população vivencia momento de medo, tensão, expectativa, ao mesmo tempo também de reflexão, solidariedade e acolhimento uns com os outros. As medidas de isolamento social no enfretamento à Covid-19, são imprescindíveis. As empresas na crise e a COVID-19 (Coronavírus) é o assunto do momento no mundo. Afinal, a pandemia está abalando todos e gerando transformações em todas as esferas. O período exige cuidado e atenção. Nesse cenário, a consciência em relação à prevenção é essencial e configura a melhor forma de desacelerar a doença. Isso porque os casos aumentam a cada dia. Os impactos causados por essa pandemia para os empreendedores do Município de Pé de Serra- Ba, não se diferencia do resto do Brasil. Alguns ramos obtiveram aumento por ser considerados essenciais para a população, outros pela possibilidade de realizar serviços durante o período que estavam em casa e com o auxílio emergencial disponibilizado pelo governo fez com que o dinheiro girasse dentro da cidade, movimentando ainda que de forma restrita o comércio local. Assim como para alguns empreendedores impactou de forma negativa, abalando a estrutura do negócio. 2. REFERENCIAL TEÓRICO O Município Pé de Serra- Ba, cidade do interior baiano, segundo dados do IBGE possui área territorial 596,771 km² [2019], com população estimada de 13.556 pessoas [2020], e assim como outras cidades sofreu mudanças devido à pandemia. As medidas foram determinadas pelos órgãos municipais responsáveis, sendo desafiador para o comércio, já que a economia local gira em torno do mesmo, juntamente com os funcionários públicos, aposentados, agricultores e beneficiários do programa bolsa família. As primeiras mudanças aconteceram por meio do decreto Nº 030, publicado em 16 de março de 2020, onde dispõe sobre medidas de prevenção e combate ao contágio pelo coronavírus (covid-19) nos órgãos e nas entidades públicas e privadas no município de Pé de Serra-Ba e dá outras providências. DECRETA: Art. 1º Ficam suspensas no âmbito do Município de Pé de Serra – Bahia, por tempo indeterminado, eventos e festas, de qualquer natureza, em local público e privado. Art. 2° - As aulas escolares nas Unidades de Ensino públicas e privadas, serão suspensas pelo prazo de 15 (quinze) dias, iniciando em 18 de março de 2020, podendo ser prorrogado por igual período, devendo a autoridade sanitária, através da Secretaria Municipal de Saúde, em casos de desobediência, fechar a Unidade de Ensino. Art. 3° - Os bares, restaurantes, clubes recreativos deverão observar na organização de suas mesas a distância mínima de 02 (dois) metros de distância. Art. 4° - O atendimento da rede de lotéricas, Agências dos Correios, das Agências Bancárias e seus correspondentes, deverá ser realizado com blocos de 10 (dez) em 10 (dez) pessoas para evitar aglomeração e atender as recomendações de prevenção. Art. 5° - As medidas previstas neste Decreto poderão ser reavaliadas a qualquer momento, de acordo com a situação epidemiológica do município. Art. 6°- Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogandose às disposições em contrário. (GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PÉ DE SERRA, Estado da Bahia, Em 16 de março de 2020.) Através desse decreto as pessoas começaram a perceber que o reflexo da pandemia havia chegado até o município, pois por ser cidade de interior, festas é um dos motivos para fazer a economia girar através da população local e visitantes, sendo ano de política a expectativa era grande, sem contar que a educação também havia sido afetada. Para algumas pessoas tais medidas foram precipitadas, pois logo em seguida no dia 19 de março de 2020 outro decreto N° 031 foi publicado: DECRETA: Art. 1º Fica proibido a exposição e a venda na FEIRA LIVRE do Município de Pé de Serra, deste sábado (21/03/2020), barracas de confecções, acessórios, autopeças, utensílios domésticos, dentre outros. Parágrafo único: Só serão permitidos a comercialização de produtos de gênero alimentícios, como verduras, legumes, hortaliças, carne, cereais e derivados de leite. Art. 2° - As Feiras Livres dos próximos 15 (quinze) dias, ocorrerão apenas com a participação dos feirantes locais. Parágrafo único: A disposição das barracas, respeitando a distância mínima de dois metros, será orientado pelos fiscais do Município, acompanhados de servidor da Vigilância Sanitária, que passará aos feirantes as recomendações para evitar o contágio e proliferação do vírus. Art. 3 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições contrárias. (GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PÉ DE SERRA, Estado da Bahia, Em 19 de março de 2020.) Seguindo no dia 23 de março de 2020, a suspensão de todos os estabelecimentos comerciais, exceto os considerados essenciais por um período de 15 dias, fazendo com que os empreendedores colocassem em prática o seu planejamento e sua criatividade para enfrentar a crise da pandemia, pois já se estipulava um período longo até tudo voltar as normalidades. O primeiro caso a ser confirmado na cidade foi no dia 26 de maio de 2020, trazendo um decreto de fechamento para todos os estabelecimentos no dia 28 de maio de 2020, com isso os empreendedores tiveram de manter o controle e procurar alternativas para continuar seus trabalhos de forma segura, e atendendo a população. Infelizmente novos casos foram surgindo, e aos poucos os estabelecimentos foram sendo liberados para abertura, mas com restrição de horário e algumas outras medidas de proteção. Os impactos nos diferentes estabelecimentos Os diferentes ramos do comércio sofreram de formas diversas o impacto desse novo modo de viver. No início da pandemia foi difícil para todos se adequar as medidas impostas pelos órgãos municipais responsáveis, principalmente com o fechamento geral do comércio por Pé de Serra ser cidade pequena, pois foi preciso se reinventar e manter controle para dar continuidade as suas atividades durante esse período. Os impactos vieram de formas negativas para alguns empreendedores, mas permitiu que alguns tivessem visão para começar um novo negócio e até mesmo crescer no seu ramo já atuante. Por meio do convívio, durante essa fase da pandemia foi possível observar o crescimento e as dificuldades no Município de Pé de Serra. Para mostrar como cada ramo está sobrevivendo a esse momento desde março quando as mudanças se deraminício, foi realizada uma pesquisa de campo para ouvir alguns empreendedores, e eles relatarem como foi e como está sendo esse ano de 2020 em meio a pandemia. Feira Livre No seguimento de feira livre que sempre acontecia aos sábados, era composto por feirantes locais e circunvizinhos que arrumavam suas barracas e esperavam as pessoas se deslocarem para fazer suas compras. Quando as primeiras medidas de prevenção ocorreram na cidade de Pé de Serra, foi proibido vim feirantes de outras localidades pelo período de 15 dias, sendo a feira apenas com os barraqueiros local e seguindo as restrições impostas pelos órgãos responsáveis. A partir da proibição de outros feirantes poder vim comercializar surgiu interesse em outras pessoas começar a revender mercadorias, pois eram poucos da cidade que revendiam e por isso não teriam suporte para atender a população, surgindo assim novos feirantes locais. Após os 15 dias saiu um novo decreto que suspendeu até os da localidade expor barracas, ficando permitido apenas os vendedores do açougue, para evitar a propagação do vírus, permitindo ser apenas delivery. Com isso começou algumas dificuldades, e os feirantes precisaram buscar locais para armazenar suas mercadorias, divulgar números de whatsapp, lista de seus produtos e preços para os clientes fazerem seus pedidos. Em relato com feirantes que comercializam frutas e verduras, eles dizem que de início foi complicado pelo fato de ser produtos naturais para identificar o gosto de cada cliente e a demanda para entregar, já que ao colocar na rua os próprios clientes escolhiam e até procuravam meninos que carregam de carrinho de mão para levar suas compras. Para os açougueiros durante o período de delivery, eles dizem ter diminuído as vendas por conta que não havia movimentação de pessoas, sendo vendida mais para os clientes já acostumados. Supermercados Desde março tudo novo para adaptar as novas normalidades, teve que adotar medidas diferentes para viver o momento com segurança para os colaboradores e atender aos clientes. O ramo alimentício por ser considerado essencial não sofreu tanto com a pandemia, muito pelo contrário, a população por medo de ficar sem alimentos e por se manter mais tempo em suas casas fez com que a rede de supermercados no centro da cidade e os mercadinhos de bairro crescessem, chegou ao ponto de formar grandes filas em alguns supermercados da cidade quando tudo era incerto com relação ao fechamento dos comércios e reposição de produtos. Na cidade a maior rede de supermercados é o Saquezinha Supermercado, que conta com duas filias em cidades vizinhas, sendo o seu quadro de funcionários o maior da cidade, tanto efetivo como temporários. Então nada melhor que saber de perto os impactos causados pela pandemia pelo empreendedor. Em relato de Maria Graciete de Oliveira Rios Carneiro, esposa de Valdoberto Cordeiro Carneiro, juntos proprietários e administradores do Saquezinha Supermercado, conta que no meio de todo esse problema, eles por serem da área de risco foram os primeiros a se isolarem de se seus negócios, procurando então meios que pudessem resolver situações e estar comandando meio que a distância, foi difícil mais por meio das ferramentas digital, pelo aplicativo google met foi possível realizar reuniões tanto com os funcionários para continuar na liderança e orientar na realização de tarefas, e mudanças no decorrer do percurso, como com os fornecedores para a realização de compras, já que trabalham com cotação para obter melhores preços para atrair os clientes para a loja. Ela ainda conta que acredita e tem buscado nessa pandemia para sobressair de boa maneira e sobreviver é a estabilidade e o tempo do Saquezinha no mercado que permite uma relação com os fornecedores, pois aqueles que não participam de cotação buscam sempre informar promoções para eles garantir o preço e o produto em estoque alto. Outro ponto que fez a venda aumentar foi observar a procura de alguns tipos de alimentos, já que restaurantes, pizzarias e lanchonetes foram fechados e o supermercado permaneceu aberto possibilitaria uma variedade na hora da alimentação das pessoas. Graciete ainda fala que a procura por produtos de utilidades que comercializa no supermercado aumentou devido as outras lojas estarem fechadas, então tudo que podia agregar eles investiram em inserir em diversidade. Em relação aos funcionários não contratou nenhum, mas buscou manter o quadro, confiou em seus colaboradores, quando preciso fez carga horária a mais, pagando extras e fez recrutamento em alguns cargos para os que necessitavam. Por fim, ela diz: “- É uma nova realidade para nós empreendedores, estamos tentando aprender mais, adquirindo novos conhecimentos e vendo quais são as possibilidades para continuar de pé no comércio. É preciso fazer planejamento e gerenciamento, pois a administração é o coração da empresa, a parte financeira não pode deixar de lado, temos que ter forças para remar e sobreviver a momentos difíceis como esse que estamos passando, buscando se inovar e renovar, usar a criatividade para chamar o cliente, pois novos concorrentes estão surgindo e não podemos ficar para trás. ” (Maria Graciete de Oliveira Rios Carneiro, 2020). Sabe-se que os donos de mercadinhos não têm essa mesma oportunidade que supermercado de maior porte, sendo difícil a compra de produtos e preços baixos. Oficinas e Auto peças Quando passaram a adotar medida de restrição a circulação de pessoas, foi necessário se adaptar. Por ser um tipo de comércio envolvido com transportes e essencial dentro do munícipio para circulação dentro da cidade e aos povoados, não sofreu tanto, continuando com o fluxo de vendas e consertos. Foi preciso durante o tempo de fechamento do comércio geral fazer algumas mudanças, como marcar com o cliente para buscar o veículo para realizar o serviço e após entrar em contato para a entrega, tudo seguindo as orientações decretada. Em conversa com proprietários de oficinas e autopeças, afirmaram que por medo de contrair dívidas e não saber até quando o fechamento iria durar, a redução de compras de mercadorias foi a primeira decisão a ser tomada, nenhum precisou contrair empréstimos, tinham pequenas reservas para passar o período. Logo após com a reabertura foi preciso reduzir o horário de funcionamento e restringir a entrada dos clientes, apenas permitia o veículo para realizar o serviço, hoje se encontra nas normalidades possíveis, dificultando mesmo a falta de produtos para compras e o grande aumento de preços. Lojas de confecções Devido as pessoas passarem maior tempo em suas casas, este é um dos ramos que sofreu no início da pandemia na cidade, tanto pelo fechamento quanto por não haver a necessidade de compras constante de roupas, pois as festas e eventos foram cancelados, até os templos religiosos onde reuniam grande números de pessoas foi restrito a quantidade de participantes. Foi então preciso criar promoções para atrair clientes às vendas, fazendo propagandas e divulgações nas redes sociais, além de promover o delivery até a casa do cliente para experimentar peças. Com o tempo a necessidade de compras surgiram, mas dessa vez por peças mais simples devido as pessoas estarem em casa e preferirem roupas mais leves, sendo esse o foco das novas compras. Os recursos das lojas conforme o investigado na pesquisa teve baixa no faturamento, mas nada para chegar a ponto de fechar ou despedir funcionários. Hoje as lojas se encontram mais estáveis, porém a dificuldade em adquirir peças e com preços mais acessível causam impactos negativos. Provedores de internet Em meio a pandemia a internet foi um dos fatores essenciais para que as pessoas pudessem trabalhar, divulgar serviços, conectar com clientes, nas escolas e faculdades possibilitar as aulas remotas. Para os provedores locaisda cidade a responsabilidade de deixar todos conectados ficou maior, pois todos dependiam de uma boa conexão para auxiliar nas suas tarefas do dia a dia, sem contar que as pessoas por estarem em casa, principalmente os jovens estariam mais tempo conectados as redes sociais, sendo o uso dobrado de internet. Houve os pontos positivos, por existir a necessidade em as pessoas terem a internet para execução de trabalhos e aulas remotas a procura por instalação aumentou, e a divulgação da fibra ótica que estava começando a se instalar na cidade ganhou força por permitir mais qualidade e rapidez, despertando interesse aos clientes a mudança do tipo de internet. O trabalho aumentou, a demanda exigiu mais funcionários para atender a toda população. E hoje como a área utiliza material importado, o fechamento de fronteiras dificulta a compra pela falta e o aumento de materiais. Na cidade há alguns dias uma nova rede de internet se instalou na cidade, antes eram apenas três redes e com proprietários locais. Farmácia Para as redes de farmácias da cidade não foi diferente dos demais comércios que tiveram de se adaptar as normas de prevenção ao vírus. Houve a necessidade da adequação mediante a redução de fluxo de clientes dentro do estabelecimento. Os medicamentos até o momento não tiveram aumentos abusivos comparados a alguns tipos de comércios. Por ser uma mistura de drogaria e perfumaria, alguns produtos relacionados a prevenção do coronavírus obteve grande procura, ocasionando a falta e o aumento de preços, como luvas, máscaras e álcool gel. Na cidade existe três farmácias, e no início quando todos estavam procurando produtos devido à falta no mercado, dividir na hora da compra a população foi estabelecido, não permitindo um só cliente levar grande quantidade do mesmo produto que era considerado essencial, permitindo assim que um maior número de pessoas conseguisse comprar. A demanda ficou maior durante esse período, movimentação positiva no fluxo do caixa e funcionários trabalhando com maior agilidade para atender a todos com qualidade, além de proporcionar o atendimento delivery. Materiais de construção Sempre obedecendo as exigências da secretaria de saúde do município, desde que se iniciou a pandemia e que o decreto exigia horário e a redução de fluxo de clientes no interior das lojas os proprietários se preocuparam em não deixar o fluxo de movimento abaixar. Começaram a investir em tecnologia digital fazendo mais propaganda visual em páginas nas redes sociais. O digital se fez ainda mais presente quando se deu início ao atendimento delivery, onde cada cliente poderia consultar preços e pedir seus produtos por mensagens no whatsapp da empresa. Com esse tipo de atendimento houve um aumento no fluxo de entrega, visto que produtos pequenos que o próprio cliente levava tinha que ser transportado até a casa do cliente. O fluxo de pedidos aumentou e a falta de alguns itens junto com o aumento de preços tem dificultado atualmente a comercialização. O auxílio emergencial disponibilizado pelo governo contribuiu para os clientes continuarem as compras. Foi desenvolvido um questionário para esse ramo, onde o entrevistado foi o empreendedor Cristiano Adorno Oliveira, proprietário da loja material de construção Construfort. A seguir será apresentado os impactos da pandemia no seu negócio: 01. Quais os primeiros impactos causados pela pandemia nas empresas de Pé de Serra? O primeiro impacto foi o fechamento das lojas porque mandaram fechar tudo, e aí agora veio a preocupação com o futuro incerto, o que iria acontecer, o ia ser dali em diante, a gente não sabia. Nesse caso tudo mundo estava no escuro, um vírus que acabou de chegar, as autoridades mandando fechar tudo e nós sem saber o que fazer, esse primeiro impacto foi o susto. O futuro incerto. 02. A empresa precisou suspender contratos ou demitir funcionários? Não. Não precisamos demitir funcionários, graças a Deus estávamos num período estabilizados e não precisou demitir ninguém. 03. A empresa precisou fechar ou continuou as suas atividades sem interrupção? Se fechou, quais foram os maiores prejuízos após o período de fechamento? Na realidade mandaram fechar mas acabaram liberando o delivery, e o que que fizemos, investimos forte nessa atividade, delivery. Começamos pelo telefone, pelo watshapp, redes sociais e aí tirar pedido pela internet, principalmente pelo watshapp e assim fizemos as nossas entregas a domicílio. E nos adaptamos muito bem, quer dizer, nós não desistimos e continuamos as nossas atividades, menos mas continuou no período em que estava fechado. 04. Precisou contrair empréstimos para a quitação das contas da empresa ou usou de outro meio para manter o funcionamento da entidade? Na realidade não houve o uso de empréstimos, a única coisa a qual aderimos foi ao programa do governo, que pagava o meio período, más foi só uma vez ao qual aderimos, até foi liberado de novo, mas não foi preciso recorrer a este meio. 05. Quais outros métodos foram usados para reverter a situação? No meio do ramo de material de construção não houveram métodos para reverter até porque, nós não tivemos tanto do que reclamar, porque as atividades em ramo de construção tiveram foi um aumento, a partir de um certo momento fizemos foi aumentar as atividades, o nosso setor se encaixou em um dos que mais cresceu na pandemia. Com muita gente parada em casa veio muitas obras pequenas. Pelo contrário o movimento e vendas aumentaram, não é à toa que passa no rádio e na televisão que o movimento na área de construção civil cresceu um todo o país. 06. Como funcionou o sistema de vendas e entregas? Nos adaptamos legal as vendas pela internet, watshapp, facebook, instagran, pelos meios de comunicação virtual e lógico que pelo telefone. O watshapp foi uma ferramenta essencial a qual você manda fotos do produto, explica preços e formas de pagamento por áudios, faz vídeos de propaganda dos produtos. E quanto as entregas, toda a vida trabalhamos com o delivery, desde muito cedo por haver produtos pesado onde o cliente não leva no ato da compra. 07. Quais os recursos disponibilizados pelo governo que mais beneficiou as empresas? Voltado diretamente para a empresa foi o pagamento do meio salário, e voltado para ambas as partes, empresa e consumidor foi a liberação do auxílio de R$ 600,00. O auxilio deu uma aquecida muito boa no comércio, eu creio que não foi para todos os ramos de comercio, mas a maioria não tem do que reclamar da liberação desse dinheiro, já que foi para uma grande parte da população. E não foi pouco dinheiro injetado no comercio, foi uma quantia alta, tanto para nossa cidade, Pé de Serra quanto para as demais cidades de todo o Brasil. 08. Como está a situação econômica hoje? No momento está boa, para a minha empresa a situação não está ruim. Aproveitamos da situação e lutamos para não jogar dinheiro fora com desperdícios, o dinheiro lucrado foi investido na própria empresa. Foi tudo investido em mais mercadorias e em reposição de estoque, porque caso precise de tomar outros tipos de medida, a aquisição de mercadoria está muito difícil. No momento estamos pegando todo dinheiro ganho e investindo em estoque para vender, porque quando voltar a normalizar as vendas a portas abertas você precisa ter produto no interior da loja para vender. E graças a Deus estamos lutando para trabalhar na compra de nossas mercadorias todas negociadas a vista para contrair o mínimo de dívidas. Costureiras As costureiras locais se viram com uma renda a mais na medida em que houve a necessidade de confeccionar máscaras de tecido para a prevenção do vírus, já que as descartáveis não encontravam com facilidade e a prioridade era os funcionários da saúde. Até para quem não tinha nenhuma fonte de renda, aprender a costurar foi uma válvula de escape para driblaro desemprego, a confecção de máscaras mesmo que de modelos simples, fez com que as iniciantes da costura faturassem. Com o tempo foi se criando novos modelos e acessórios feminino para combinar, como tiaras de tecidos e boinas, surgindo assim novos afazeres para as costureiras. Nesse setor o trabalho não parou, a procura tanto por parte da população como dos proprietários de empresas foi grande, as pessoas necessitavam se proteger e os donos de empresas os seus colaboradores, garantindo assim a alta do setor de costura. Casa veterinária Dedicado mais ao homem do campo, o comércio de casa de veterinária durante a pandemia sofreu um impacto negativo, primeiro com o fechamento que fez as vendas diminuírem, o pouco acesso das pessoas da zona rural até a zona urbana contribuiu. Para o empreendedor Jorge Irineu proprietário da Campo e Cia, os impactos causados no seu ramo por causa da pandemia foram negativos, por ser de porte pequeno as vendas não alcançaram volume suficiente para cumprir com as despesas de fornecedores, sendo obrigado buscar ajuda com empréstimo financeiro para quitar dívidas que contraiu durante os primeiros meses da pandemia em que o comércio se manteve fechado, e porque não conseguiu adquirir nenhum recurso pelo governo. Despesas foram cortadas nesse período e hoje aos poucos tenta se reerguer. 3. CONCLUSÃO Ao abordar alguns dos comércios da cidade de Pé de Serra- Ba, foi possível ver o diferencial na capacidade de desenvolver suas atividades, afinal todo estabelecimento teve de se adaptar as medidas impostas pelos órgãos municipais, tanto as regras de higiene e combate ao vírus, quanto a horários estabelecidos e ajustados de acordo com que fizesse a população não se aglomerar tanto, entre outras restrições com a finalidade de driblar o empasse de manter movimento e venda. Infelizmente nem todo empreendedor conseguiu se manter positivo nesse decorrer de pandemia que já chega a quase um ano. Mas, de modo geral a maioria dos comerciantes conseguiram manter o equilíbrio, mostrando a importância de um bom planejamento para a sobrevivência de uma empresa. Essa fase também veio para despertar novos empreendedores na cidade. O mundo digital ganhou mais espaço, colaboradores, clientes e gestores remam na mesma direção. O distanciamento social aproximou as pessoas por meio do virtual para dar continuidade as rotinas do dia a dia e mostrou a necessidade de se adaptar ao mercado digital. Por fim, os impactos causados pela pandemia do Covid-19 na vida dos empreendedores de Pé de Serra, proporciona aprendizado conforme as mudanças ocorrem, com uma certeza que existe um novo normal e nada será como antes após a pandemia. Mostrando que é preciso a revisão dentro das grandes e pequenas empresas, que pontos como redefinição de metas e prazos, custos operacionais e marketing dentro do planejamento estratégico é crucial para todos os momentos, principalmente de crise. Referencias Acompanhe as medidas de combate ao coronavírus no Município. Disponível em: https://www.pedeserra.ba.gov.br/ver_noticias.php?note=28 Pé de Serra (BA) | Cidades e Estados | IBG. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ba/pe-de-serra.html Entrevista com Jorge Irineu Rios, proprietário da casa veterinária Campo em Cia. Data 17 de dezembro de 2020. Entrevista com Maria Graciete de Oliveira Rios Carneiro, proprietária do supermercado Saquezinha Supermercado. Data 16 de dezembro de 2020. Entrevista com Cristiano Adorno Oliveira, proprietário da loja de material de construção Construfort. Data 16 de dezembro de 2020. https://www.pedeserra.ba.gov.br/ver_noticias.php?note=28 https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/ba/pe-de-serra.html ANEXOS