Ácaro + Sindrome de Loffler

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PARASITO – Lara Torres Pinto Brito 
Linhas de Dennie-Morgan: dobras, como rugas, 
que se formam sob as 
margens das pálpebras 
inferiores (dobras duplas 
da pele). É associada à 
atopia: dermatite 
atópica, eczema e asma. 
 
O ácaro, Dermatophagoides 
sp., está muito envolvido no processo 
de atopia. Pertence à família 
Pyroglyphidae, cujas espécies 
conhecidas foram agrupadas 
em duas subfamílias: 
 Pyroglyphinae - espécies encontradas em 
ninhos de roedores, aves e substratos 
contendo farinha de peixe, carne e cereais; 
 Dermatophagoidinae - espécies 
encontradas em poeira doméstica. 
 
 
Dermatophagoidinae 
Possui 15 espécies, das quais 04 ocorrem no 
Brasil: 
 Dermatophagoides farinae 
 D. pteronyssinus 
 Euroglyphus maynei – regiões úmidas 
 Sturmophagoides brasiliensis – regiões 
secas 
As duas primeiras são cosmopolitas, vivendo na 
poeira doméstica, depósitos de panos, alimentos, 
rações etc. 
 Importância Clínica 
Juntamente com suas dejeções, o ácaro é 
responsável por diversas manifestações alérgicas do 
aparelho respiratório humano, inclusive a asma. 
#OBS: já houve associação entre inalação de 
poeira doméstica e asma, mas foi aventada a 
possibilidade de que os alérgenos seriam pequenos 
acarinos encontrados na poeira. 
Foi comprovado que as manifestações alérgicas 
respiratórias causadas pela poeira doméstica tinha 
como alérgeno o ácaro e seus DEJETOS. 
 CICLO VICIOSO DO ÁCARO 
 
O ácaro é um ser que se alimenta de substratos 
cereais e restos de pele humana (a renovação celular 
da pele é substrato muito bom para o ácaro). O 
indivíduo, ao deitar na cama, deixa restos da pele que 
servem de alimento para o acaro. Os restos de pele 
juntamente com o mofo, geram o ambiente perfeito 
para a proliferação do ácaro. Os ácaros vão liberar 
excrementos que possuem a enzima DER P 1. A enzima 
Dermatophagoides sp. 
DER P 1 sensibiliza o paciente alérgico e inicia o 
processo de alergia. 
 CICLO DO ÁCARO 
Os 
Dermatophagoides 
passam por estágios de 
ovo, larva hexápoda, 
ninfa octópoda e 
adultos octópodos, 
demorando 20 a 30 
dias para completar o 
seu ciclo. 
Cada fêmea bota cerca de 25 a 50 ovos 
durante sua vida (cerca de 20/30 dias), necessitando 
umidade relativa do ar de 70-80%, temperatura entre 
22-28°C e detritos de pele (descamação), de cereais 
ou de pano para se alimentarem e procriarem. 
 HABITAT 
Colchões, travesseiro, pelúcia, pisos de taco, 
animais domésticos e ambientes com mofo. 
 PROFILAXIA 
- Higiene da casa com pano pouco úmido (para 
não umidificar o ambiente e nem espalhar a poeira) 
- Aplicação de aspirador de pó e incinerar a 
poeira retirada 
- Usar colchão e travesseiro de espuma 
- Expor a roupa de cama diariamente ao sol 
- Aplicar o fungicida Nipagim (metil-
hidroxibenzoato) em solução a 5% nos móveis e 
assoalhos. 
NO QUARTO DE DORMIR: 
 Eliminar os capachos e tapetes grossos; 
 Pavimento deve ser liso e facilmente lavável; 
 Paredes lisas e sem papel de parede; 
 Preferir cortinas simples e em material sintético; 
 Móveis lisos para não acumularem pó; 
 Não ter aparelhagens eletroeletrônicas; 
 Não guardar livros, discos, CD´s, brinquedos e 
bonecos de pelúcia no quarto de dormir. 
CUIDADOS COM A CAMA: 
 Lavagem frequente dos lençóis não consegue 
eliminá-los; 
 Colchões velhos (mais de 8 anos) devem ser 
eliminados; 
 Utilizar edredons de material sintético (não usar 
os de penas) no lugar dos cobertores; 
 Almofadas de espuma ou outro sintético; 
 Substituir periodicamente (por exemplo de 3 
em 3 anos). 
 Evitar lençóis de flanela, optando pelo 
algodão; 
 Cobertores felpudos não devem ser usados. 
 Lençóis, fronhas das almofadas e edredons 
lavados a temperaturas > a 60ºC; 
 Utilização de coberturas anti-ácaros para 
almofadas e colchões é considerado um 
método muito eficaz na redução dos níveis de 
ácaros na cama. 
CUIDADOS NA COZINHA: 
 Manter alimentos bem fechados; 
 Manter a cozinha sempre bem ventilada e 
limpa; 
 Passar pano úmido com vinagre regularmente 
no chão e nas paredes. 
CUIDADOS NO BANHEIRO: 
 Manter o banheiro ventilado e seco; 
 Eliminar focos de infiltração e manchas de 
bolor; 
 Colocar as toalhas diariamente para secarem 
ao sol e as troque duas vezes por semana; 
 Deixar pacotes de algodão e “cotonetes” 
bem fechados; 
 Passar um pano úmido com vinagre (duas 
colheres de sopa de vinagre para cada litro 
de água) na bancada, na privada, no chão e 
nas paredes. 
 PROFILAXIA 
 Higienizar o ambiente periodicamente; 
 Eliminar carpetes, cortinas e tapetes; 
 Abrir as janelas diariamente para 
permitir a entrada de sol; 
 Não usar roupas de lã ou com pelos; 
 Evitar animais com pelos dentro de 
casa. 
 
 
SÍNDROME DE LOFFLER 
 
Definição: a eosinofilia pulmonar aguda é uma 
inflamação autolimitante dos pulmões associada à 
infiltração de eosinófilos (que se intensifica em resposta 
a processos alérgicos ou inflamatórios) nos pulmões e 
no sangue. 
História: a síndrome foi citada, pela primeira vez, 
pelo médico bacteriologista alemão Wilheilm Loeffler, 
em 1932, que identificou pneumonia por acumulo de 
eosinófilos em pacientes que estavam infestados por 
alguns parasitas intestinais. 
Incidência: 6 em cada 100.000 pessoas. Uma 
das causas mais frequentes é a infestação parasitária 
(principalmente ascaridíase em crianças). 
CICLO DE LOSS 
 
Larva livre na luz do TGI penetra ativamente na 
mucosa (ceco) ganhando a circulação venosa e 
encaminhando-se aos pulmões. Depois deglutidas 
com as secreções respiratórias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parasitas: 
 Ascaris lumbricoides 
 Ancylostoma duodenale 
 Necator americanus 
 Shistossoma mansoni 
 Strongyloides stercoralis 
Manifestações: 
 Pneumonite 
 Tosse irritativa 
 Dispneia 
 Broncoespasmo 
 Infiltrados pulmonares migratórios 
 Desconforto retroesternal (opressão), 
dor torácica e febre baixa 
 Mais raramente, podem ocorrer 
hemoptise, mialgia, artralgia, anorexia e 
urticária 
 Fadiga, sudorese noturna e moderada 
perda de peso