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Tungíase, escabiose, pediculose, carrapato e febre maculosa

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TUNGÍASE:
· É uma doença ectoparasitária tropical, causada pela penetração da pulga Tunga penetrans (ordem Siphonaptera) na epiderme do homem e de diversos animais.
· Popularmente conhecida como bicho-de-pé, pulga-de-bicho, bicho-do-cachorro, bicho-do-porco e jacuba.
· Presente na América Latina, Caribe e África subsariana.
MECANISMO DE TRANSMISSÃO: 
· As pulgas adultas vivem livremente no ambiente, sendo a pulga fêmea capaz de penetrar de forma permanente na epiderme do seu hospedeiro, passando por diferentes estágios de desenvolvimento. Após hipertrofia e formação do neossoma, os ovos são eliminados pela fêmea penetrada para o ambiente. Após todos os ovos serem expelidos, a pulga morre, resseca-se in situ e eventualmente seus restos são expelidos. 
PATOGENIA: 
· Biópsias de lesão mostram hiperplasia e paraceratose na epiderme. Pode ocorrer hiperplasia em forma de pseudo-epiteliomatosa e vascularização da camada de queratina, em conjunto com um infiltrado inflamatório (microabscessos).
· Na derme, encontram-se infiltrados inflamatórios com ou sem a presença de vasos dilatados, compostos de linfócitos, eosinófilos, neutrófilos, mastócitos e histiócitos.
SINTOMATOLOGIA: 
· É uma doença autolimitada, com duração de 4 a 6 semanas. Incômodos como prurido e dor estão comumente presentes. Após 24 horas da penetração, percebe-se uma reação inflamatória local, 2 a 3 dias aparece a dor; em alguns pacientes pode ocorrer lesões bolhosas.
· Em áreas endêmicas, a infestação constante e maciça é a regra, e os indivíduos afetados podem apresentar dezenas ou centenas de ectoparasitas, acumulados ao longo do tempo, em diferentes estágios de desenvolvimento.
· Nessas áreas endêmicas, a superinfecção com bactérias patogênicas (S.aureus e estreptococos) é comum. A lesão causada pela penetração da pulga pode servir como porta de entrada para Clostridium tetani (Haiti relato de mortes).
· Existem relatos, no Brasil, que a tungíase está associada a um amplo espectro de patologias clínicas agudas e crônicas (gangrena, auto amputação de dígitos e sepse). É uma doença autolimitada, que se agrava com as precárias condições de vida e circunstâncias sociais.
DIAGNÓSTICO: 
· É clínico e feito por inspeção visual. Uma fêmea penetrada madura aparece como uma lesão branca convexa de cerca de 1 cm com um ponto negro no centro, representando os últimos segmentos abdominais da pulga. Em estágio mais tardio, uma “casca preta” pode ser observada. O diagnóstico é óbvio quando ovos ou fezes são vistos ao redor da lesão.
· Tipicamente, a tungíase afeta a área periungueal dos dedos dos pés, os calcâneos, como também a face lateral e a planta dos pés. Entretanto, pulgas penetradas podem ser encontradas em quase todas as partes do corpo, como as mãos, cotovelos, nádegas, pernas e região anogenital. Em casos singulares as lesões podem ter aspecto tumoral.
· O diagnóstico diferencial inclui
· Presença de corpo estranho, verruga, abscesso, melanoma, micose profunda, cisto dermóide, picada ou mordida de insetos, pode imitar uma miíase ou larva migrans cutânea.
PROFILAXIA E CONTROLE: 
· Controle do reservatório humano (tratamento das pessoas infestadas e prevenção de novas infestações).
· Controle do reservatório animal (tratamento de cães, gatos, porcos; desratização).
· Controle intradomiciliar (melhora da moradia, cimentação dos pisos das casas, urbanização).
· Controle ambiental (interrupção do ciclo de vida fora do hospedeiro, uso de inseticidas).
· Educação em saúde focalizando tratamento precoce e adequado, prevenção de infecções bacterianas e tétano
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ESCABIOSE:
SARNA E ESCABIOSE:
· É uma doença cosmopolita, considerada infestação, causada pelo Sarcoptes scabiei. É um ácaro ectoparasita obrigatório.
· Sua distribuição tem caráter endêmico em áreas tropicais e subtropicais de países em desenvolvimento. Em países desenvolvidos, a escabiose está limitada a instituições médicas e casa de repouso, em forma de surtos.
· Pacientes imunossuprimidos podem apresentar formas mais graves da escabiose (sarna norueguesa)
MECANISMO DE TRANSMISSÃO:
· Ocorre por contato direto, até mesmo sexual, por meio de fômites ou contato com animais. Após fecundação, o ácaro (fêmea) penetra na epiderme íntegra do hospedeiro e forma túneis, iniciando a postura dos ovos. 
· Dois ou três ovos são liberados por dia, durante 2 ou 3 meses. Após 3 dias da eclosão dos ovos, temos as ninfas. A maturação ocorre em 17 dias. Estes parasitas não sobrevivem mais de 3 dias fora da derme.
PATOLOGIA/SINTOMATOLOGIA:
· Na epiderme, o ácaro apresenta um infiltrado inflamatório, linfócitos e macrófagos. A maioria dos pacientes possui intenso prurido local, preferencialmente noturno ou vespertino.
· As lesões são caracterizadas por pápulas, escoriações, ocasionalmente vesículas e pústulas. Nesta doença há certa predileção por áreas interdigitais, regiões genitais masculina e feminina, cotovelos, joelhos, região anterior das axilas e tronco.
· Infecções bacterianas secundárias, principalmente por Staphylococcus aureus podem estar presentes em associação com a escabiose. A sarna norueguesa (crostosa) é uma variante da escabiose que ocorre frequentemente em pacientes institucionalizados, principalmente nos doentes mentais, transplantados ou com AIDS. Caracteriza-se por ser uma dermatite psoriasiforme das mãos e dos pés, com pouco prurido. O número de ácaros presentes na lesão é extremamente elevado (4.700/g de pele lesada). Sarna nodular, nódulos violáceos, presentes na genitália masculina, região inguinal e axilas.
Sintomas da Sarna:
· A sarna desencadeia extrema coceira, causada principalmente pela movimentação do ácaro nos túneis criados por ele e pela hipersensibilidade desenvolvida pelo paciente em resposta ao parasita. Os túneis são as principais lesões de pele causadas pela doença e apresentam em suas extremidades pequenas vesículas. Por causa da coceira intensa, principalmente no período noturno, é comum o surgimento de escoriações, as quais podem servir de entrada para bactérias e provocar, dessa forma, infecções secundárias. 
· Os sintomas da escabiose, na primeira ocorrência da doença, surgem cerca de três a seis semanas após a infestação. Quando se trata de uma reinfestação, os sintomas aparecem com um a três dias depois da contaminação. As áreas mais afetadas são entre os dedos das mãos, as axilas, o punho, a região glútea, a cintura, as auréolas mamárias de mulheres e os genitais.
DIAGNÓSTICO:
· Essencialmente clínico e epidemiológico.
· Demonstração microscópica óptica direta de ácaros, de seus ovos e fezes pode confirmar o diagnóstico.
· PCR têm sido testados para ajuda no diagnóstico rápido da escabiose.
Diagnóstico é essencialmente clínico e epidemiológico com uma inspeção visual para a detecção do ectoparasita. Na tungiase vamos visualizar uma fêmea penetrada madura aparece como uma lesão branca convexa de cerca de 1 cm com um ponto negro no centro, representando os últimos segmentos abdominais da pulga. Em estágio mais tardio, uma “casca preta'' pode ser observada. O diagnóstico é óbvio quando ovos ou fezes são vistos ao redor da lesão.
Já a escabiose ao realizar a microscopia óptica direta, deve ser identificado ácaros, de seus ovos e fezes para confirmar o diagnóstico. Além disso, o exame de PCR têm sido testados para ajuda no diagnóstico rápido da escabiose.
A conduta para o diagnóstico da ectoparasitose é essencialmente clínica e epidemiológica, com demonstração microscópica óptica direta de ácaros, de seus ovos e fezes para confirmar o diagnóstico e ainda, através do PCR, que têm sido testado para ajuda no diagnóstico rápido da escabiose. Já no diagnóstico da tungíase, o mesmo deve ser feito clinicamente através de inspeção visual. Sabe-se que uma fêmea penetrada madura aparece como uma lesão branca convexa de cerca de 1 cm com um ponto negro no centro, representando os últimos segmentos abdominais da pulga. Em estágios mais tardios, uma “casca preta” pode ser observada. O diagnóstico é óbvio quando ovos ou fezes são vistosao redor da lesão.
Sim, pois a tungíase está associada a um amplo espectro de patologias clínicas agudas e crônicas como a gangrena, a auto amputação de dígitos e sepse. É uma doença autolimitada, que se agrava com as precárias condições de vida e circunstâncias sociais.
· Controle intradomiciliar (melhora da moradia, cimentação dos pisos das casas, urbanização).
· Controle ambiental (interrupção do ciclo de vida fora do hospedeiro, uso de inseticidas).
· Educação em saúde focalizando tratamento precoce e adequado, prevenção de infecções bacterianas 
Sim, pois essas doenças possuem como fatores agravantes as condições precárias de vida dos indivíduos, por isso temos como profilaxia o controle intradomiciliar (melhora da moradia, cimentação dos pisos das casas, urbanização) e educação em saúde focalizando tratamento precoce e adequado, prevenção de infecções bacterianas. 
Escabiose classica: Pápulas eritematosas surgem inicialmente nos espaços entre os dedos das mãos, superfícies flexoras do punho, cotovelos, axilas, região da cintura ou na região inferior dos glúteos. As pápulas podem afetar qualquer área do corpo, incluindo mamas e pênis. A face não é acometida em adultos. Os túneis, normalmente nos pulsos, mãos e pés, são patonogmônicos, manifestando-se como finas linhas sinuosas descamativas de diversos milímetros a 1 cm de comprimento. Uma discreta pápula escura — o ácaro — é frequentemente visível em uma das extremidades. Na escabiose clássica, as pessoas geralmente têm apenas 10 a 12 ácaros. Infecção bacteriana secundária ocorre comumente.
Outras formas
Escabiose crostosa: norueguesa, decorre da alteração da resposta imunitária do hospedeiro permitindo a proliferação de até milhões de ácaros; manchas eritematosas escamosas frequentemente envolvem as mãos, pés e o couro cabeludo e podem se disseminar.
Escabiose nodular: mais comum em neonatos e crianças e pode ser decorrente da hipersensibilidade a organismos retidos; nódulos normalmente são eritematosos, 5 a 6 mm, e envolvem a virilha, genitais axilas e glúteos.
Escabiose bolhosa: ocorre mais comumente em crianças. No adulto, pode simular o pengigoide bolhoso, retardando o diagnóstico.
Escabiose de couro cabeludo: ocorre em bebês e pessoas imunodeprimidas e pode mimetizar dermatite, principalmente a atópica ou seborreica.
Escabiose incógnita: é uma forma disseminada atípica em paciente que usa corticóide.
TRATAMENTO:
· Imperativo e imediato o tratamento do portador de escabiose e de todos os seus contactantes.
· Controle do ácaro, que incluem a completa desinfestação das roupas e lençóis de cama, os quais devem ser lavados e escaldados a 55º C.
· O tratamento pode ser tópico ou sistêmico.
· Tópico com permetrina a 5% na forma de creme, benzoato de benzila diluído sobre a pele do paciente e o enxofre em petrolatum. 
· Sistêmico com ivermectina, em comprimidos. 
· Antibióticos caso haja associação bacteriana.
O tratamento depende das características de cada caso e pode utilizar medicamentos tópicos ou orais. O tratamento é extremamente importante para frear a cadeia de transmissão, assim como é fundamental evitar o contato íntimo com o doente e com seus objetos. É importante destacar que, mesmo após o tratamento, a pessoa infectada pode apresentar sintomas por vários dias.
→ Sarna norueguesa
A sarna norueguesa é uma variedade mais grave da sarna clássica, causada pelo mesmo ácaro. Nessa doença, há o surgimento de crostas salientes e descamativas em uma grande área do corpo. Esse tipo é altamente contagioso, possui um tratamento mais difícil que a sarna clássica e apresenta risco elevado de infecções secundárias. Doentes imunodeprimidos são mais susceptíveis a essa infecção.
Escabiose - RESUMINDO
Descrição: A escabiose ou sarna é uma doença parasitária.
Causa: Causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei. É uma doença contagiosa transmitida pelo contato direto interpessoal ou através do uso de roupas contaminadas. O parasita escava túneis sob a pele onde a fêmea deposita seus ovos que eclodirão em cerca de 7 a 10 dias dando origem a novos parasitas.
Prevenção: Para evitar a doença não use roupas pessoais, roupas de cama ou toalhas emprestadas, evite aglomerações ou contato íntimo com pessoas de hábitos higiênicos duvidosos. Em pessoas com bons hábitos higiênicos, a sarna pode ser confundida com outras doenças que causam coceira, devendo o diagnóstico correto ser realizado por um médico dermatologista que indicará o tratamento ideal para cada caso.
Sintomas: A doença tem como característica principal a coceira intensa que, geralmente, piora durante a noite. A lesão típica da sarna é um pequeno trajeto linear pouco elevado, da cor da pele ou ligeiramente avermelhado e que corresponde aos túneis sob a pele. Esta lesão dificilmente é encontrada, pois a escoriação causada pelo ato de coçar a torna irreconhecível. O que se encontra na maioria dos casos são pequenos pontos escoriados ou recobertos por crostas em consequência da coçadura. É possível a infecção secundária destas lesões com surgimento de pústulas e crostas amareladas. As lesões atingem principalmente os seguintes locais: abdome, flancos, baixo ventre, umbigo, pregas das axilas, cotovelos, punhos, espaços entres os dedos das mãos e sulco entre as nádegas. Nos homens, localização característica são os genitais, onde formam-se lesões endurecidas e elevadas no pênis e na bolsa escrotal, que coçam muito. Nas mulheres, é comum os mamilos serem afetados pela doença. Nos bebês, o acometimento das plantas dos pés e palmas das mãos é frequente. A escabiose raramente atinge a pele do pescoço e da face, exceto nas crianças, em quem estas regiões podem também ser afetadas.
Tratamento: O tratamento da sarna consiste na aplicação de medicamentos sob a forma de loções na pele do corpo todo, do pescoço para baixo, mesmo nos locais onde não aparecem lesões ou coceira. Após terminada a primeira série do tratamento, este deve ser repetido uma semana após, para atingir os parasitas que estarão deixando os ovos. Medicamentos para o alívio da coceira devem ser utilizados, porém não são os responsáveis pela cura. O tratamento também pode ser realizado por via oral, sob a forma de comprimidos tomados em dose única. Em casos resistentes ao tratamento, pode-se associar os tratamentos oral e local. As roupas de uso diário e as roupas de cama devem ser trocadas todos os dias, colocadas para lavar e passar a ferro. Todas as pessoas da casa que tiverem qualquer tipo de coceira devem se tratar ao mesmo tempo, para evitar a recontaminação. As unhas devem ser escovadas com sabonetes apropriados para a retirada de parasitas a; depositados pelo ato de cocar
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PEDICULOSE:
· É uma infestação por piolhos insetos hematófagos, doença parasitária, contagiosa que pode surgir na cabeça, corpo, cílios, sobrancelhas ou na região dos pêlos pubianos.
· Como ectoparasitas os piolhos podem viver no exterior do hospedeiro, utilizando do sangue humano como fonte de nutrição, causando sensação de coceira e formigamento.
· O piolho é pequeno e sem asas, pode ser visto a olho nú e sua infestação ocorre através do contato direto com o cabelo de uma pessoa infectada ou através de objetos compartilhados (pente, escova de cabelo). 
· Nos últimos 30 anos observou-se um aumento significativo na incidência de casos devido a multiplicação rápida do parasita, que, ao longo de sua curta vida de 34 dias, é capaz de depositar mais de duzentos ovos.
MECANISMO DE TRANSMISSÃO:
· Contato próximo ao indivíduo parasitado, como por exemplo:
· Transporte coletivo				
· Salas de aulas
· Contato sexual (para os piolhos pubianos)
· Fômites (roupas e objetos contaminados)
· Piolhos de humanos são incapazes de infectar animais de estimação ou serem transmitidos por eles. 
· PARASITA ESTENOXENO, TRANSMISSÃO DE HUMANO PARA HUMANO
· Piolhos capilares não são sinais de falta de higiene, pois são construídos a partir do contato próximo independente dos cuidados com o cabelo.TIPOS DE PIOLHOS NO SER HUMANO:
· Piolhos pubianos:
· Popularmente conhecidos como “chatos”, são causados pelo Pthirus pubis e atingem tanto homens como mulheres a partir da puberdade, agarrando-se aos pêlos da região genital o que faz com que a doença seja considerada uma DST. O parasita pode viver também nos pêlos das coxas, nádegas e parte inferior do abdômen
· Piolhos corporais:
· Causados pelo Pediculus humanus humanus frequentes em locais onde os hábitos de higiene são precários, ficam nas roupas do corpo e de cama, infectam o hospedeiro a partir do tecido.
· Piolhos capilares:
· Causados pelo Pediculus humanus capitis são os mais comuns e vivem agarrados aos cabelos e atacam o couro cabeludo, especialmente atrás das orelhas.
LÊNDEA:
· As lêndeas consistem nos ovos do piolho depositados pelas fêmeas próximo ao couro cabeludo. Sua cor é semelhante a minúsculos pontos amarelos e brancos, visualmente parecida com a casca capilar, porém mais agregadas aos cabelos. São depositadas cerca de dez por dia, com o tempo médio de 8 para o nascimento de um novo piolho. Após a eclosão, a casca permanece presa ao couro cabeludo.
PIOLHOS ADULTOS E NINFA:
· Os piolhos adultos vivem cerca de 3 a 4 semanas, enquanto as ninfas se tornam adultas em cerca de uma semana a duas semanas após saírem do ovo. Os piolhos são pequenos, do tamanho de semente de gergelim, possuem a cor acastanhada ou preta e gostam de se reproduzir em áreas quentes, podem sobreviver até dois dias fora do cabelo. 
PATOGENIA:
· A picada do inseto provoca:
· Intenso prurido
· Dermatites
· Prurido muito intenso leva o paciente a se arranhar.
PRINCIPAIS SINTOMAS:
· Cócegas, pela sensação de algo se movendo acima da pele, e coceiras intensas, reação da saliva liberada quando o parasita se alimenta do hospedeiro. Pode gerar dificuldade para dormir e manchas vermelhas provenientes dessas coceiras.
· Obs: pode ocorrer casos sem sintomas.
LOCAIS PREFERENCIAIS DAS LESÕES:
· Couro cabeludo;
· Região pubiana;
· Superfície do corpo;
DIAGNÓSTICO:
· Com o uso de um pente fino e boa iluminação é possível detectar a existência de piolhos, devendo estar alerta mesmo com uma lêndea encontrada. O diagnóstico de uma infestação de piolhos deverá ser confirmado após encontrar uma ninfa ou piolho adulto vivo, caso contrário, provavelmente a infestação não está mais ativa e não precisará ser tratada.
TRATAMENTO:
· Pode ser feito a partir de shampoos, cremes e loções inseticidas. Métodos caseiros podem ser aplicados, por não serem tóxicos são indicados para as crianças.
· Independentemente do método de tratamento escolhido deve-se seguir as seguintes orientações:
· Remoção da lêndea com pente fino ou uma pinça;
· Nunca estourar nas unhas piolhos ou lêndeas, pode-se contrair algum tipo de doença.
· O tratamento deve ser feito até ter eliminado todos os piolhos e lêndeas.
MEDICAMENTOS:
· Ivermectina: antiparasitário
· Dimeticona: silicone que imobiliza o piolho, não é eficaz para lêndea.
· Octano-1,2 diol: secam os piolhos.
· Óleo de coco: bloqueia a respiração do piolho.
· Deixar o shampoo agindo por 10 minutos.
· Shampoos: Deltacid e Scabin repetir a operação após 1 semana caso haja lêndea ou piolho
REMÉDIOS CASEIROS:
· Vinagre e azeite: ajudam na remoção de lêndeas e piolhos.
· Chá de arruda: elimina o piolho e acalma a coceira do couro cabeludo.
· Citronela: o aroma intenso do spray afasta os insetos (piolho).
· Álcool canforado: aplicar em todo o cabelo para evitar infestação de piolho. 
PROFILAXIA:
· Evitar o contato com indivíduos parasitados e objetos contaminados.
· Tratar indivíduos parasitados e proceder a higienização correta dos cabelos e corpo.
· Deve-se lavar roupas e outros pertences pessoais do infectado separadamente
· Pentes, escovas, presilhas e outros acessórios de cabelo devem ser mergulhados em água com a temperatura de 60 graus com sabão por 10 minutos.
· Evitar secar os fios de cabelo com secador durante o tratamento.
· Aos piolhos pubianos evitar relações sexuais durante o tratamento
RESUMINDO PEDICULOSE
Doença parasitária causada por piolhos: seres sugadores de sangue que vivem e se reproduzem na superfície da pele e dos pelos. Pode ser confirmada pela presença de lêndeas ou piolhos no couro cabeludo. As lêndeas são mais comuns e fáceis de achar e representam os ovos dos piolhos – aqueles pontinhos brancos que ficam agarrados aos fios dos cabelos. Já o piolho é o parasita, correspondendo aos bichinhos pretos que ficam caminhando pelo couro cabeludo, porém são mais difíceis de serem detectados. Há também mais 2 tipos: a pediculose do corpo e a pediculose do púbis (“chato”).
A transmissão da infestação se dá por meio de contato direto, destacando-se as situações de aglomeração infantil, como escolas e creches. A pediculose do corpo é adquirida pelo uso compartilhado de roupas. Já a pubiana pode ser adquirida por via sexual
Sintomas: É mais comum de surgir em crianças, sobretudo as do sexo feminino e de cabelos longos. O principal sintoma é a coceira, que de tão intensa, pode provocar pequenos ferimentos na cabeça, atrás das orelhas e nuca. Ainda é possível visualizar o parasita e seus ovos (lêndeas) no couro cabeludo do paciente acometido. Na pediculose do corpo são encontradas escoriações, pápulas (“bolinhas”), pequenas manchas hemorrágicas e pigmentação, principalmente no tronco, na região glútea e abdome. Na pediculose pubiana (chamada de chato, pois o parasita responsável tem forma achatada) há prurido e são encontradas manchas violáceas, escoriações e crostas hemorrágicas na região. Pode ocorrer também infecção secundária em qualquer região. Na pediculose do couro cabeludo é comum o aparecimento de ínguas atrás das orelhas e nuca.
No tratamento da pediculose são utilizados vários tratamentos:
1. Roupas e utensílios pessoais de pano usados nas últimas 48 horas devem ser lavados com água em temperatura acima de 50 graus Celsius e/ou secados em máquinas de secar roupas nas mais altas configurações de calor
2. Pediculicidas tópicos constituem o método mais efetivo, sendo a permetrina a mais usada
3. Pentear o cabelo molhado com pente fino
4. Medicação oral (ivermectina)
É fundamental o tratamento dos familiares ou comunicantes do doente. Raramente é necessário o corte de cabelos de crianças acometidas.
Prevenção: Para prevenir a pediculose, o ideal é evitar o compartilhamento de roupas, toalhas, acessórios de cabelo e outros objetos de uso pessoal, bem como evitar o contato direto cabeça com cabeça ou cabelo com cabelo de pacientes infestados.
Limpeza exagerada e uso de inseticidas no ambiente domiciliar são desnecessários. Manter escovas de cabelos submersas em água por 10 minutos é uma medida suficiente para matar o piolho presente nos utensílios contaminados.
……………………………………………………………………………………………………………………...
CARRAPATO:
· São parasitas externos hematófagos, artrópodes, pertencentes a ordem Acarina, classificado nas famílias Ixodidae ou Argasidae, responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças.
CARRAPATOS MAIS COMUNS NO BRASIL:
· Carrapato-de-cavalo ou Carrapato Estrela (Amblyomma cajennense):
· É o que mais comumente parasita o homem. Também infesta mamíferos domésticos e silvestres e aves. Em sua forma adulta, ele é conhecido como carrapato estrela. Fica gran-de, do tamanho de um feijão verde, ou até maior. A sua forma larval, o micuim, está nos pastos no período de março a julho. Este tipo de micuim, que pode ficar até 24 meses sem se alimentar, esperando um hospedeiro, no homem causa terrível coceira e inflamação que pode durar mais de um mês. 
· Carrapato-de-galinha (Argas miniatus):
· Que transmite aos galináceos a bouba, doença infecciosa semelhante à sífilis. 
· Carrapato-vermelho-do-cão (Rhipicephalus sanguineus):
· Típico de cães e gatos. Os adultos preferem instalar-se na pele, entre o coxim plantar e as orelhas do cão. Sobem pelas cercas, muros, e espalham-se pelo canil, casa, etc. É de difícil controle. 
DANOS AO HOSPEDEIRO:
· Natureza espoliativa:
· Pela quantidade de sangue que podem retirar no ato de sugar, o que é diretamenteproporcional não só a quantidade de carrapatos presentes sobre o hospedeiro, como também à sua voracidade e tamanho;
· Ação tóxica:
· Causada pela natureza da saliva dos carrapatos, que para sugarem sangue por assim dizer injetam sua própria saliva no ponto em que introduzem seu aparelho sugador, para impedir a coagulação do sangue de suas vítimas, e essa saliva muitas vezes pode causar ação não apenas irritante como também tóxica ou alérgica;
· Ação patogênica:
· Consequente à possibilidade que existe de se encontrarem infectados por agentes outros causadores de enfermidades, tais como vírus, riquétsias, etc. e então transmitirem junto à picada também moléstias outras.
CICLO BIOLÓGICO:
· O carrapato começa a sua vida como um ovo. Quando o ovo se abre, uma larva de seis patas surge. Apesar da falta de duas patas, a larva se parece muito com um carrapato adulto. Seu primeiro hospedeiro costuma ser um mamífero pequeno ou um lagarto, e ela precisa encontrar um hospedeiro para crescer. Depois de se alimentar, a larva volta para o chão para digerir a comida e começar a crescer. Depois de uma a três semanas, a larva faz a muda e se torna uma ninfa.
· Uma ninfa tem oito patas e parece uma versão pequena de um carrapato adulto. Ela tem de se alimentar de novo, geralmente de um outro mamífero pequeno, pássaro ou lagarto, antes que possa fazer a muda mais uma vez. Depois que a ninfa terminou de se alimentar, ela volta para o solo e continua o seu desenvolvimento. Algumas espécies de carrapatos moles fazem a muda várias vezes, consumindo sangue antes de cada uma delas. Depois de fazer a última muda, o carrapato se torna um adulto.
COMO REMOVER UM CARRAPATO:
· Use uma pinça para segurar o carrapato pela extremidade onde ele se fixa à pele. Se você passa muito tempo em áreas sujeitas a ter carrapatos, é bom manter algumas pinças à mão somente para removê-los. Sempre desinfete as pinças depois de usá-las. 
· Puxe o carrapato para fora. Puxe com um movimento lento e firme, e não sacuda ou gire o carrapato. Tenha cuidado para não espremer o abdômen dele. 
· Lave toda a área com água e sabão. 
· Se possível, guarde o carrapato. Ele pode ajudar os médicos a fazer um diagnóstico mais preciso em caso de doença.
· Nunca: queimar com fósforo ou por gelo ou outras alternativas, elas podem na verdade estimular a liberação de líquidos contaminados (linfa) pelos carrapatos. 
DOENÇAS TRANSMITIDAS POR CARRAPATOS:
· Encefalites
· Febres hemorrágicas
· Febres maculosas (Febre das Montanhas Rochosas)
· Erliquioses
· Doença de Lyme (lesão característica: lesão erupção cutânea olho-de-boi)
· Febres recorrentes
· Babebioses
NO BRASIL:
Os carrapatos mais comuns no Brasil são:
· Carrapato-de-boi (Boophilus microplus) que transmite ao gado a babesiose.
· Carrapato-de-cavalo ou Carrapato-estrela (Amblyomma sculptum)[10] é o que mais comumente parasita o homem. Também infesta mamíferos domésticos e silvestres e aves. Em sua forma adulta, ele é conhecido como carrapato estrela. Fica grande, do tamanho de um feijão verde, ou até maior. A sua forma larval, o micuim, está nos pastos no período de março a julho. Este tipo de micuim, que pode ficar até 24 meses sem se alimentar, esperando um hospedeiro, no homem causa terrível coceira e inflamação que pode durar mais de um mês. É o principal vetor da Febre Maculosa.
· Carrapato-de-galinha (Argas miniatus), que transmite aos galináceos a bouba, doença infecciosa semelhante à sífilis.
· Carrapato-vermelho-do-cão (Rhipicephalus sanguineus), típico de cães e gatos. Os adultos preferem instalar-se na pele, entre o coxim plantar e as orelhas do cão. Sobem pelas cercas, muros, e espalham-se pelo canil, casa, etc. Não voam mas saltam. É de fácil controle.
Os Makuxi da região do rio Branco e rio Rupununi, compreendendo Brasil e Guiana, eram grandes apreciadores de carrapatos como alimento.
Cuidados pessoais - resumindo
Para evitar possibilidade de contaminação pela Febre Maculosa Bovina alguns cuidados devem ser tomados visando reduzir a possibilidade de picada e fixação dos carrapatos nos humanos:
· Uso de roupas claras, camisa de manga comprida e botas de cano longo com a proteção de fita adesiva entre a calça e a bota.
· Vistoriar o corpo e retirar os carrapatos imediatamente após terminar a atividade de campo.
Se dias após o contato com carrapatos aparecerem sintomas como gripe forte (febre, desânimo, dores no corpo), falta de apetite ou manchas na pele, deve-se procurar um médico imediatamente e informar sobre o contato com carrapato. É importante lembrar que as larvas e ninfas são os principais responsáveis pela transmissão da febre maculosa brasileira.
Controle: As galinhas podem ser usadas para controle de carrapatos, uma vez que se alimentam deles
FEBRE MACULOSA:
DEFINIÇÃO:
· Doença febril aguda de gravidade variável, transmitida por carrapatos infectados (Carrapato Estrela - Amblyomma cajennense).
DIAGNÓSTICO:
· Sorológico: visando detectar a presença de anticorpos. 
· Cultura: visando o isolamento do agente etiológico.
SINTOMAS:
· Doença de começo súbito com febre moderada a alta que dura geralmente de 2 a 3 semanas, acompanhada de cefaléia, calafrios, congestão das conjuntivas. 
· Ao terceiro ou quarto dia pode se apresentar exantema maculopapular, róseo, nas extremidades, em torno do punho e tornozelo, de onde se irradia para o tronco, face, pescoço, palmas e solas. Petéquias e hemorragias são frequentes.
TRATAMENTO:
· Doxiciclina é a droga de escolha para pacientes com febre maculosa e a terapia é continuada até pelo menos 3 dias após a melhora da febre e até que haja evidência inequívoca de melhora clínica, geralmente por um tempo total mínimo de 5 a 10 dias. A doença severa ou complicada pode requerer um curso mais longo de tratamento.
· O cloranfenicol é uma droga alternativa que pode ser usada para tratar febre maculosa; entretanto, esta droga pode estar associada com uma grande variedade de efeitos colaterais, requerendo monitorização hematológica cuidadosa.
PREVENÇÃO: 
· Limitar a exposição aos carrapatos é a maneira mais eficaz de reduzir a probabilidade de infecção com a febre maculosa. Nas pessoas expostas aos ambientes infestados por carrapatos, a pronta inspeção e remoção cuidadosa de carrapatos, aderidos ou não, são os métodos importantes de prevenir a doença. 
· Algumas horas de aderência à pele podem ser necessárias até que os organismos sejam transmitidos do carrapato ao hospedeiro humano. Atualmente, nenhuma vacina licenciada contra a febre maculosa está disponível.

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