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AO JUÍZO DA Xª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE XXXXXXXXX Thor, nacionalidade xxxxx, estado civil xxxxx, profissão xxxxx, inscrito no CPF sob o nº xxx.xxx.xxx-xx, e, RG sob o nº x.xxx.xxx-x, residente e domiciliado à rua xxxxx, nº xx, bairro xxxxx, CEP xxxxx-xx, cidade endereço eletrônico, email@.com, por meio de seu advogado que esta subscreve (procuração com poderes especiais), vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, oferecer QUEIXA-CRIME, fundamento legal no artigo 30 e 41 do Código de Processo Penal e artigo 100, §2º do Código Penal, em face de Loki, nacionalidade xxxxx, união estável xxxxx, profissão xxxxx, inscrito no CPF sob o nº xxx.xxx.xxx-xx, RG nº x.xxx.xxx-x, residente e domiciliado à rua, nº, bairro, CEP endereço eletrônico, email@.com, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: I – DOS FATOS: Na rede social Asgardbook, Loki, ora querelado, no dia 29 de outubro de 2020 publicou um texto no qual ofende a honra de Thor. Neste, Loki disse: “Thor é somente um brutamontes com um martelo poderoso. O Mjolnir o faz se sentir superior a todos, é arrogante não respeita ninguém, é um lixo humano. Além disso não é digno do trono, porque posso provar que ele tem se envolvido em uma organização criminosa que tem a finalidade de cometer crimes de homicídio, uma tal de ““Liga da Justiça””.“. O querelante, tendo conhecimento da mensagem no dia 10 de dezembro de 2020, fica extremamente ofendido, e, com receio de perder seu emprego, procurou a ajuda de um advogado. II- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS: Ab initio, conforme evidenciado pelos fatos, o querelado praticou o delito de injúria preconizado no art. 149, caput do Código Penal ao dizer que o querelado é “lixo humano”, assim, a publicação teve o objetivo de ofender a dignidade de Thor, atingindo sua honra subjetiva. Loki também praticou o crime de difamação regulado pelo art. 139, caput do Código Penal no momento em que afirmou que Thor é somente um brutamontes, arrogante e que não respeita ninguém, ofendo também a honra objetiva, atingindo a reputação do querelante diante da sociedade. Imperioso ressaltar que o querelado também praticou o crime de calúnia disposto no art. 138, caput do Código Penal quando afirmou que o querelante tem se envolvido em uma organização criminosa que tem a finalidade de cometer crimes de homicídio, uma tal de “Liga da Justiça”, lhe atribuindo falsamente um fato definido como crime. Ora, excelência, se mostra indubitável a justa causa para a ação penal, os fatos ocorreram em publicação na rede social Asgardbook, meio que, seguramente, comprova a materialidade e autoria do querelado, como também facilita a divulgação da calúnia, da injúria e da difamação, devendo desse modo, incidir a causa de aumento de pena prevista no art. 141, III, do CP. Além disso, a queixa foi oferecida dentro do prazo decadencial de seis meses, conforme reza o art. 38, caput, do Código Penal, haja vista que a publicação foi feita pelo querelado no dia 29 de outubro de 2020 e, que o quelante teve conhecimento no dia 10 de dezembro de 2020, tendo como prazo até o dia 10 de junho de 2021 para oferecer a queixa. Assim, ausentes as hipóteses do art. 395 do Código de Processo Penal, a presente queixa deve ser recebida. In casu, observa-se a necessidade de aplicação do concurso material de crimes, nos moldes do artigo 70 do Código Penal. III – DOS PEDIDOS: Ante o exposto, requer à Vossa Excelência, após a manifestação do Ministério Público: a) o recebimento da Queixa-Crime; b) Citação do querelado, para apresentar Resposta Escrita à Acusação; c) Condenação do querelado nos crimes por ele cometido, quais sejam, crimes de calúnia (artigo 139 do CP), difamação (artigo 140) e injúria (artigo 141), em concurso de crimes, nos moldes do artigo 70 Código Penal; d) Fixação do valor à título de indenização, artigo 387, inciso IV do Código de Processo Penal. N. Termos, P. Deferimento Local e data XXXXXXXXXXXXXXXXXXX OAB/UF XXXXXXXXXX.XXX
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