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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS DISICIPLINA: QUÍMICA ORGÂNICA II CURSO: ENGENHARIA DE ALIMENTOS CAMILA SAIANI SANTOS PEREIRA IVO HENRIQUE PINTO ANDRADE QUESTIONÁRIO I – EXTRAÇÃO COM SOLVENTES INERTES E EFEITO “SALTING-OUT” Feira de Santana Outubro, 2010 2 QUESTIONÁRIO I Questão 1 - Pesquisar a estrutura e as propriedades físicas do cristal de violeta (violeta genciana; genitan violet). Estrutura do cristal de violeta: Propriedades físicas do cristal de violeta: - Fórmula molecular: C25H30ClN3 - Estado físico: sólido - Cor: brilhante verde - Odor: inodoro - Massa molar: 407,99 g/mol - Temperatura de fusão: 189 – 194 °C - pH: 2,5 – 3,5 - Densidade (20°C): 1,19 g/cm³ - Solubilidade em água (25°C): 10 g/l Questão 2 - Pesquisar as constantes físicas dos solventes utilizados. - Hexano (C6H14) Peso molecular = 86,18 g/mol Ponto de fusão= –96 °C Ponto de ebulição= 68 °C [a 760 mmHg] Densidade= 0,672 g/cm³ Toxidez: Produto tóxico e irritante(principalmente à pele e olhos) 3 - Éter etílico (C2H5OC2H5) Peso molecular= 74.12 g/mol Ponto de fusão= –116,3 °C Ponto de ebulição= 34,6 °C Densidade= 0,71 g/cm ³ Toxidez: Pode causar irritação gástrica e do trato respiratório, possui ação narcótica e anestésica sobre o sistema nervoso central. Pode produzir lesões na córnea. - Cloreto de metileno (Diclorometano) (CH2Cl2) Peso molecular = 83,92 g/mol Ponto de fusão = - 95°C Ponto de ebulição = 39,8°C Densidade = 1,32 g/cm³ Toxidez: irritante à pele e olhos, pode causar queimaduras, ressecamento e levar até a morte - Ciclohexanol (C6H11OH) Peso molecular= 100,16 g/mol Ponto de fusão= 41 – 44ºC Ponto de ebulição= 212ºC Densidade= 0,89 g/cm³ (A 20 °C) Toxidez: Produto com toxicidade aguda e irritante. Questão 3 - O que é Coeficiente de Partição ou Distribuição? Coeficiente de Distribuição é a constante de equilíbrio para a solubilidade de um composto em um solvente A e solvente B. Neste caso, KD=CA/CB, onde CA e CB são as concentrações (solubilidades do composto nos solventes A e B, respectivamente). Um número alto de KD indica que grande parte do soluto irá ser transferida para o solvente A. Questão 4 - Apresentar os resultados da parte 1 do experimento na forma de tabela. Incluir comentários e observações. Explicar os resultados obtidos. Tubos Comparação com tubo de controle (Tubo 5) Miscibilidade entre fase orgânica e hidroalcoólica dos tubos 4 1 - Fase orgânica: Hexano Fase orgânica menos densa que fase hidroalcoólica Fases praticamente imiscíveis 2 - Fase orgânica: Éter etílico Fase orgânica menos densa que fase hidroalcoólica (Menor quantidade que no tubo 1) Fases mais miscíveis que no tubo 1 3 - Fase orgânica: Diclorometano Fase orgânica mais densa que fase hidroalcoólica Fases mais miscíveis que nos tubos 1 e 2 4 - Fase orgânica: Ciclohexanol Fase orgânica mais densa que fase hidroalcoólica (Maior quantidade que tubo 3) Fases bem mais miscíveis que nos tubos 1 e 2; mais miscíveis que 3 A fase hidroalcoólica é polar e quando em contato com o hexano (Fase orgânica apolar) e com o éter (fase orgânica pouco polar), a passagem dos cristais de violeta é bem menor quando comparada ao tubo com ciclohexanol (fase orgânica polar, que inclusive provoca uma mudança na tonalidade da coloração da solução ) e ao tubo de controle (solução de cristal de violeta + água destilada), que apresenta um aspecto homogêneo. Assim, quanto mais semelhantes as fases forem em termos de polaridade, melhor será a extração do composto. Questão 5 - Mesmo desconhecendo os coeficientes de partição do cristal de violeta nos diferentes sistemas de solventes utilizados, o que se pode concluir a respeito dos seus valores relativos? Como K (coeficiente de partição) é a constante de equilíbrio para a solubilidade de um composto em um solvente A e um solvente B, KD=CA/CB, sendo Ca a concentração do soluto na fase orgânica e Cb na fase aquosa, a medida que a concentração na fase orgânica for maior, o coeficiente de partição aumentará, já que são grandezas diretamente proporcionais. Questão 6 - O que é efeito “salting – out”? O coeficiente de distribuição de um composto orgânico entre um solvente orgânico e água pode ser variado por adição de NaCl na água. Compostos orgânicos são menos solúveis em água com sal solubilizado do que em água pura e às vezes, essa diferença de solubilidade é drástica. Por essa razão, com uma dissolução simples de NaCl em água nós podemos diminuir a solubilidade de uma substancia orgânica na água e consequentemente aumentar a 5 distribuição de um composto orgânico em um solvente orgânico. Esse efeito é conhecido como “salting – out”. Questão 7 - Apresentar os resultados da parte 2 do experimento na forma de tabela. Incluir comentários e observações. Explicar os resultados obtidos. Tubos com Nacl Comparação com Tubo 4 (Fase orgânica: Ciclohexanol) Comparação com tubos do grupo controle de mesma fase orgânica 1 - Fase orgânica: Hexano Fase alcooólica um pouco mais solúvel na fase orgânica Solução de cristais de violeta menos solúvel em água 2 - Fase orgânica: Éter etílico Fase alcooólica mais solúvel na fase orgânica Solução de cristais de violeta menos solúvel em água 3 - Fase orgânica: Diclorometano Fase alcooólica muito solúvel na fase orgânica Solução de cristais de violeta menos solúvel em água Após a adição de Nacl nos 3 tubos, ocorre a saturação das soluções. Foi observado que em todos os tubos, quando comparados com seus tubos controle de referência, houve migração da solução de cristais de violeta da fase aquosa para a fase orgânica, porém no tubo 3 em quantidade maior, já que o diclorometano é um solvente pouco polar, mas com uma intensidade maior que os outros citados, assim facilitando o processo. Questão 8 - Baseando-se somente nas estruturas químicas dos compostos presentes em cada sistema investigado, explicar os resultados obtidos no experimento. A medida que o solvente ia se tornando mais polar, a extração ocorria de melhor forma, já que a solução de cristal de violeta é polar (hidroalcoolica). No hexano, que é apolar não se extraiu praticamente nada, No éter etílico, que é pouco polar extraiu-se bem pouco. O diclorometano que também é pouco polar, só que mais que o éter extrai de forma mais significativa e o ciclohexanol que por ser muito polar extrai grande quantidade. No tubo de controle se formou uma mistura homogênea (água que é muito polar e a fase hidroalcoólica). Questão 9 - Soluções aquosas salinas saturadas são comumente utilizadas para remover compostos solúveis em água de solventes orgânicos e são mais eficientes do que água pura. Esse processo é conhecido como lavagem. Explicar. 6 Esse processo é semelhante ao de secagem, sendo que ao invés de remover água, atrai-se a parte da solução que contém a fase aquosa. Questão 10 - O que são emulsões? Houve a formação de emulsão no experimento? Emulsão é a mistura entre 2 líquidos imiscíveis em que pequenas partículas da fase orgânica encontram-se em suspensão no seio da fase aquosa. Houve emulsão no experimento, principalmente nos tubos em que as fases orgânica e hidroalcoólica eram mais misciveis entre si. Questão 11 - A adição de soluções aquosas salinas saturadas é um dos métodos utilizados para quebrar emulsões quando estas se formam em um processo de extração com solvente. Explicar. A adição de soluções salinas quebra a emulsão uma vez que absorve a água presente nela, tornando eficaz a separação. Os sais têm a característica de absorver água dos locaisonde se encontram. Ex: Ao se inserir um agente de secagem em um líquido, percebe-se a absorção da água presente naquela solução pelos sais. 7 REFERÊNCIAS A técnica da extração. IN: Disponível em: < http://www.qmc.ufsc.br/organica/exp7/teoria.html>. Acesso em: 20 Set. 2010. DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE PARTIÇÃO ÓLEO-ÁGUA (P) DO ÁCIDO MANDÉLICO. IN: IUPAC. Disponível em: < http://old.iupac.org/publications/cd/medicinal_chemistry/Practica-I-1.pdf>. Acesso em: 17 Out. 2010 Éter etílico. IN: Quimidrol. Disponível em:<http://www.quimidrol.com.br/produtos/imgs/prd_197_espec.pdf>. Acesso em:15 Out. 2010. Mentol Cristal. IN: ENFAL. Disponível em: <http://www.emfal.com.br/alcool/_ArquivoProdutos/59034.pdf>. Acesso em: 05 Out. 2010. Violeta Cristal. IN: Labsynth. Disponível em: <http://downloads.labsynth.com.br/fispq/FISPQ-%20Violeta%20Cristal.pdf>. Acesso em: 25 Set. 2010. Violeta Cristal para Microscopia PA. IN: Embrapa Clima Temperado. Disponível em: < http://www.cpact.embrapa.br/fispq/pdf/CristalVioleta.pdf>. Acesso em: 11 Out. 2010. . Violeta de genciana. IN: Wikipedia. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_de_genciana>. Acesso em: 27 Set. 2010. http://www.qmc.ufsc.br/organica/exp7/teoria.html http://old.iupac.org/publications/cd/medicinal_chemistry/Practica-I-1.pdf http://www.quimidrol.com.br/produtos/imgs/prd_197_espec.pdf http://www.emfal.com.br/alcool/_ArquivoProdutos/59034.pdf http://downloads.labsynth.com.br/fispq/FISPQ-%20Violeta%20Cristal.pdf http://www.cpact.embrapa.br/fispq/pdf/CristalVioleta.pdf http://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_de_genciana
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