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Resumo O Quilombo de Palmares

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Goiás, 14 de junho de 2021
Curso: Licenciatura plena em História
Disciplina: História Do Brasil II
Docente: Paulo Sérgio Cantanheide
Discente: Carlos Vinícius Soares Costa
Atividade Avaliativa - Dissertação com o tema: Quilombo dos Palmares
O Quilombo dos Palmares foi o maior quilombo existente no Brasil durante o período colonial, a série documental Guerras do Brasil. Doc procura retratar conflitos decisivos para os rumos da história do Brasil, com um mergulho em alguns dos momentos mais traumáticos da história do país, e nesse sentido que utilizarei o respectivo documentário como base para minha dissertação, visto que o 2º Episódio da série conta a história do Quilombo dos Palmares em sua narrativa. 
Em suma, o documentário logo de início nos traz uma contextualização antes da formação do Quilombo dos Palmares. Sendo assim o que devemos compreender é que Portugal tinha uma população pequena, de cerca de dois milhões de pessoas, e não tinha condições de dispensar parte de seus habitantes para sua colônia americana. O documentário menciona que para suprir os braços que faltavam, os colonizadores usaram a escravidão, que já era praticada na África e no mundo árabe.
O transporte de pessoas escravizadas fomentou a produção de mais embarcações, o tráfico negreiro representou um ótimo negócio para a Europa e movimentou grandes capitais nos três continentes. A história do Brasil passa pela história da escravidão, cerca de 12 milhões de negros foram arrastados de suas terras e trazidos como escravos para trabalhar no Brasil e formar essa nação. Durante o período de escravidão, negros de todas as etnias em um grito de liberdade fogem dos engenhos para se refugiarem em Quilombos.
Na serra da Barriga, antiga capitania de Pernambuco surgem os Quilombos de Palmares, os primeiros documentos que datam ao Quilombo remontam a 1597, a vida no quilombo girava em torno da questão da segurança, uma vez que os portugueses representavam uma grande ameaça e frequentemente tentavam destruir Palmares. Um fator muito interessante é que esses palmaristas eles não estavam totalmente isolados, eles sabiam muito bem o que estavam acontecendo nas vilas, e quando haviam expedições contra Palmares, muitas das vezes antes dessa expedição acontecer, de fato eles já tinham sido avisados. Expedições de donos de engenhos e do governo Português guerrearam contra forças palmaristas por mais de um século.
Em busca de açúcar, os Holandeses atacaram os engenhos Portugueses, o quilombo registrou um crescimento expressivo, resultado da desorganização dos europeus na região que reduzia a busca por escravos fugidos e reduzia os níveis de vigilância, facilitando fugas, e nesse sentido que Palmares obteve uma grande ascensão nesse período. 
Palmares era um conjunto de vários mocambos, dos mais famosos podemos citar: Andalaquituche, Tabocas, Zumbi, Macaco, Osenga, Aqualtune, Acotirene e Danbraganga. De todos eles o mais importante era o mocambo Cerca Real do Macaco. De acordo com o documentário havia uma organização política, o quilombo possuía estrutura de poder, de administração e de trabalho próprios. Os registros que os historiadores possuem fazem menção a dois grandes líderes do quilombo, que são Ganga Zumba e Zumbi, os documentos históricos não são conclusivos se houve um único zumbi, ou mais de um. O próprio nome zumbi tem seu significado atrelado a um senhor da guerra, então conclui que ele é um líder tanto militar, quanto espiritual e também político.
Palmares incentivou, direta e indiretamente, a fuga e a rebelião de escravos na região e, por isso, era encarado como uma grande ameaça pelos colonizadores. O documentário levanta a questão da escravidão dentro dos quilombos, sendo assim a historiadora Laura Perazza menciona que não se encontra registros de documentos que comprova se havia escravidão dentro desses respectivos quilombos, a única coisa que se encontra e uma leitura dessa tradição escravocrata nos povos africanos.
Já ao final do documentário, e abordado o fim de Palmares, e um fator curioso e que o quilombo tomou uma dimensão tão enorme que acabou ficando inviável a escravidão ali em volta. Um missionário italiano tentou estabelecer um acordo de paz e deixar os quilombos permanecerem ali, porém o padre Antônio Vieira escreve um documento violento no qual discordava da permanência desses quilombos, isso se deve ao fato que se deixasse essa permanência ocorrer, os outros negros iriam se fortalecer e fugir, e então haveria palmares por todo Brasil digamos.
Depois de quase um século de vitórias da resistência palmarina, a Coroa Portuguesa decidiu investir pesado em sua destruição. As milícias de Carrilho sequestram familiares de Ganga Zumba, um dos líderes de Palmares, Ganga Zumba, até então rei de Palmares, recebeu uma oferta de paz enviada pelo governador da capitania de Pernambuco, d. Pedro de Almeida. Depois Ganga Zumba foi a Recife negociar os termos da oferta de paz com o próprio governador da capitania e os termos estipulados foram os seguintes: Os nascidos em Palmares seriam considerados livres; todos aqueles que aceitassem o acordo seriam retirados da serra e receberiam terras para viver; não poderiam abrigar novos escravos fugidos; os que garantissem sua liberdade seriam considerados vassalos da Coroa. 
 A proposta de paz foi aceita por Ganga Zumba, porém causou divisão no quilombo, porque não contemplava os escravos fugidos, esses deveriam ser entregues às autoridades coloniais e encaminhados para seus antigos donos. Ganga zumba vem a morrer e o novo líder que assumiu foi Zumbi que, no entanto, rechaçou a possibilidade de acordo e optou pela luta. O bandeirante Domingos Jorge Velho liderou uma expedição após ter seus termos não aceitos pelas autoridades de Pernambuco. A tropa de Domingos Jorge Velho era composta por milhares de homens e possuía até mesmo canhões.
Em conclusão, considera-se o fim de Palmares o ano de 1694, Zumbi resistiu até 1695, quando foi emboscado e morto pelos portugueses. As tropas de portugueses permaneceram na região até meados do século XVIII para impedir que o quilombo ressurgisse.
 A cabeça de Zumbi foi decepada e exposta, para mostrar como símbolo dizendo que todo aquele que tentasse organizar uma resistência contra o sistema escravocrata colonial português teria aquele fim. Percebemos que Zumbi é uma figura de grande destaque e um herói nacional indiscutível, porém ao relacionarmos com os dias de hoje, é perceptível que a luta ainda não acabou, visto que o racismo no Brasil tem sido um grande problema desde a era colonial e escravocrata, imposto pelos colonizadores portugueses. Cerca de 60 mil pessoas são assassinadas por ano no Brasil. 71,5% são negras ou pardas. 
REFERÊNCIAS
Nossa História Viva. Guerras do Brasil.Doc Episódio2. Youtube, 8 de agosto de 2019. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=ABO5XI4GZhM&list=LL&index=6>. Acesso em: 14 de junho de 2021.

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