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Direito Civil: Conceitos e Relações

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TEORIA GERAL 
DO DIREITO 
CIVIL
PADRÃO-
RESPOSTA
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Atividade de Estudo
 
1. Vamos recapitular! De que trata o Direito Civil e qual sua relação com 
o Direito Constitucional?
R.: Direito civil é um grande ramo do direito, que trata do direito privado, 
regulando as relações entre os particulares, desde a concepção da pessoa 
natural até após a morte, bem como o surgimento das pessoas jurídicas, as 
relações pessoais, patrimoniais, aquisição e transferência de bens.
O Direito civil sofreu longo da história um avanço significativo até chegar na 
edição do Código Civil de 2002, aproximando-se muito do Direito Constitucional, 
ao respeitar inúmeras garantias fundamentais em seu bojo. 
CAPÍTULO I
Atividades de Estudo
1. Depois de toda a exposição sobre pessoa jurídica, considerada 
entidade que a lei empresta personalidade jurídica própria, ou seja, 
diferente das pessoas que a compõem, capaz de ser sujeito de direitos 
e obrigações na ordem civil, você consegue sintetizar esse conceito 
e citar alguns exemplos?
R.: São pessoas fictícias autorizadas por lei a adquirem personalidade jurídica 
própria que detém poderes para assumir direitos e obrigações. Exemplos: 
associações, sociedades empresárias e fundações.
CAPÍTULO II
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CAPÍTULO III
Atividades de Estudo
Conseguiram perceber a importância desse capítulo ao tratar da maneira 
como as pessoas vão se relacionar com aquilo que pretendem comprar, 
vender, alugar?
Pudemos depreender a partir do Código Civil de 2002 que coisa é 
gênero e bem é espécie. Noutras palavras, coisa é tudo o que existe 
objetivamente com exceção do homem e bem é uma coisa, porém, com 
conteúdo econômico e/ou jurídico.
Diante disso como fica então o meio ambiente?
R.: O meio ambiente é considerado o bem de uso comum do povo, tratado pela 
Constituição Federal como bem de interesse difuso.
CAPÍTULO IV
Atividades de Estudo
1. O que é fato jurídico?
R.: Todo acontecimento que ocasione efeitos constitutivos, modificativos ou 
extintivos de direitos e obrigações. 
2. Qual é a classificação dos fatos jurídicos e qual é o seu significado?
a) Fato natural – que decorrem de simples manifestação da natureza. Exemplo: 
morte, chuvas, vento etc. Podem se subdividir em:
a. 1) Ordinários – como o nascimento, a morte, que constituem respectivamente 
o termo inicial e final da personalidade, bem como a maioridade, o decurso de 
tempo.
a. 2) Extraordinários – que se enquadram, em geral, na categoria de fortuitos 
e da força maior: terremoto, raio, tempestade etc. 
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b) Fato humano (ato jurídico em sentido amplo) – decorrem da atividade 
humana, criando, modificando, transferindo ou extinguindo direitos. Podem 
se subdividir em:
b.1) Lícitos – são os atos humanos praticados em conformidade com o 
ordenamento jurídico que produzem efeitos jurídicos voluntários, queridos pelo 
agente. Exemplo: reconhecimento de filho havido fora do casamento. 
b.2) Ilícitos – são praticados em desacordo com o prescrito no ordenamento 
jurídico, produzindo efeitos jurídicos involuntários, mas que criam deveres e 
obrigações. Exemplo: registro de veículo furtado. 
3. O que é expectativa de direito? 
R.: a mera esperança de vir a adquirir um direito, não amparada pela legislação 
em geral, vez que ainda não foi incorporada ao patrimônio jurídico da pessoa. 
Exemplo: tratativas de um contrato e sucessão testamentária. 
4. Explique a distinção entre nulidade, anulabilidade e seus possíveis efeitos.
a) Nulidade – de ordem pública, no interesse da coletividade, tem eficácia erga 
omnes; 
 Anulabilidade – no interesse privado da pessoa prejudicada;
b) Nulidade – não pode ser sanada pela confirmação, nem suprida pelo juiz; 
 Anulabilidade pode ser suprida pelo juiz, a requerimento das partes – 
CC/02, art. 168, parágrafo único, ou sanada, expressa ou tacitamente, pela 
confirmação – CC/02, art. 172;
c) Nulidade deve ser pronunciada de ofício pelo juiz, tem efeito ex tunc; 
 Anulabilidade depende de provocação dos interessados (CC/02, art. 177), 
tem efeito ex nunc;
d) Nulidade pode ser alegada por qualquer interessado, em nome próprio ou 
pelo Ministério Público; 
 Anulabilidade só pode ser alegada pelos interessados/prejudicados;
e) Nulidade não se valida com o decurso de tempo, nem é suscetível de 
confirmação (CC/02, art. 169); 
 Anulabilidade – a decadência ocorre em prazos mais ou menos curtos (CC/02, 
art. 179).
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CAPÍTULO V
1. Vamos fazer uma síntese de alguns pontos especiais do capítulo?
Lembre-se de que existem duas espécies de prescrição: a aquisitiva (no caso 
da usucapião) e a extintiva (quando o titular de um direito não o exerce dentro 
do prazo previsto em lei).
Relembre alguns exemplos de pretensões imprescritíveis: as que protegem 
os direitos de personalidade (direito à vida, à honra, ao nome, à liberdade, à 
intimidade, à própria imagem, às obras literárias, artísticas ou científicas – todos 
direitos personalíssimos); as que dizem respeito ao estado das pessoas (filiação, 
condição conjugal, cidadania, salvo os direitos patrimoniais deles decorrentes, 
como o reconhecimento da filiação para receber herança); as que dizem respeito 
aos bens públicos (não existe usucapião de bem público).
5. Qual é o conceito legal de condição no Código Civil de 2002?
R.: O conceito da condição se encontra na própria legislação, no Código Civil de 
2002, determinado em seu art. 121: “Considera-se condição a cláusula que, 
derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio 
jurídico a evento futuro e incerto” (BRASIL, 2002). 
 
6. Quais são os elementos que compõem a condição?
R.: Aceitação voluntária – as partes devem querer e determinar o evento; 
Futuridade do evento – assim, acontecimento passado não pode caracterizar 
determinação acessória condicional; Incerteza do acontecimento – o evento, 
a que se subordina o efeito do negócio, deve também ser incerto, podendo 
verificar-se ou não. Se o fato a que se subordina for certo (uma determinada 
data), estaremos diante de um termo, e não de uma condição.
7. A característica mais marcante do encargo é sua obrigatoriedade. 
Baseado nisso, você consegue se recordar de exemplos?
R.: Doações feitas ao município com a obrigação de construir um hospital, escola, 
creche ou algum outro melhoramento público; e nos testamentos, em que se 
deixa a herança a alguém, com a obrigação de cuidar de determinada pessoa 
ou de animais de estimação. 
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Importante: a prescrição pode ser alegada pela parte a quem aproveita em 
qualquer fase do processo ou grau de jurisdição.
Os prazos prescricionais estão previstos taxativamente nos artigos 205 (regra 
geral) e 206 (regras especiais) do CC, sendo os demais de decadência.
Decadência é a perda do titular de um direito potestativo diante da sua letargia 
no período estabelecido em lei ou contrato. 
A decadência legal pode ser conhecida de ofício pelo juiz.

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