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Seminário V IBET IPI e IOF

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SEMINÁRIO DE CASA 
 
Seminário V – IPI e IOF 
 
 
 
1. Construir a(s) regra(s)-matriz(es) de incidência tributária do IPI 
A regra matriz de incidência tributária é composta por uma hipótese/suposto/antecedente e por 
um consequente. Diante desta premissa, vislumbra-se duas regras matrizes de incidência tributária 
do IPI, construídas individualmente a partir dos seguintes elementos: 
Critério Material: realizar operações com produtos industrializados. 
Critério Espacial: qualquer ponto do território nacional, desde que existente um estabelecimento 
industrial donde possa sair o produto industrializado. 
Critério Temporal: o momento da saída dos produtos industrializados dos respectivos 
estabelecimentos industriais. 
Critério Pessoal: - Sujeito Ativo: União, detentora do direito subjetivo, no papel de sujeito ativo 
da relação jurídica tributária; 
 - Sujeito Passivo: estabelecimento industrial ou equiparado. 
Critério Quantitativo: - Base de cálculo: valor da operação, constituído pelo somatório do preço 
do produto que decorrer a saída da mercadoria do estabelecimento industrial ou equiparado; 
 - Alíquota: aquela prevista na tabela do IPI. 
 
2. Sobre o direito ao crédito do IPI, pergunta-se: 
a) É possível o aproveitamento de créditos de IPI decorrentes da aquisição de insumos com 
alíquota zero ou imunes? E de operações decorrentes da Zona Franca de Manaus 
adquiridos sobre o regime de isenção? Se possíveis estes créditos, como quantificá-los? (Vide 
anexos I, II e III). 
Entendo que não tem o direito ao creditamento do IPI os contribuintes adquirentes de insumos ou 
matérias-primas tributados e utilizados na industrialização de produtos cuja saída do 
estabelecimento industrial é isenta, não tributada ou sujeita à alíquota zero. A compensação 
prevista na C.F/88, para fins da não cumulatividade, depende do cotejo de valores apurados entre 
o que foi computado na entrada e o que foi computado na saída, de modo que o crédito do 
adquirente se dará em função do montante cobrado do vendedor do insumo e o débito do 
adquirente existirá quando o produto industrializado é vendido a terceiro, dentro da cadeia 
produtiva. Então, embora a isenção e a alíquota zero tenham naturezas jurídicas diferentes, a 
consequência é a mesma, em razão da desoneração do tributo. Importante constar que o regime 
constitucional do IPI determina a compensação do que for devido em cada operação com o 
montante cobrado nas operações anteriores, em observância ao princípio da não cumulatividade, 
não aperfeiçoado quando não houver produto onerado na saída, pois o ciclo não se completa. 
Assim como o referido entendimento se aplicaria nas operações decorrentes da Zona Franca de 
Manaus em que os insumos são adquiridos sobre o regime de isenção, ou seja, o creditamento 
somente poderia ocorrer se houver imposto devido na etapa anterior. 
b) Os materiais consumidos no processo de produção, mas que não são agregados 
diretamente ao produto final, geram créditos do IPI? E os bens adquiridos para ativo 
permanente? Teste ou protótipos? (Vide anexo IV) 
Sim, o inciso I, do artigo 164, do Dec.4544/02, deixa claro que sim. Já os bens adquiridos que 
não consumidos no consumo do novo produto industrializado, mas que adquirido para ativo 
permanente, para estes, não há o creditamento do IPI, conforme jurisprudência do STJ. 
3. Qual a relevância das classificações fiscais para a determinação da incidência do IPI? 
Discorrer sobre os seus critérios de solução para efeitos de problemas de classificação fiscal. 
Com base nessa resposta, comente: 
a) qual a classificação correta para Tablets (se 8471.30.12 ou 8471.3019), justificando com 
base nos critérios de solução identificados. (Vide anexo VI). 
O objetivo da classificação fiscal, é classificar mercadorias, com base em uma estrutura de 
códigos e respectivas descrições. A composição dos códigos permite que sejam atendidas as 
especificidades dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e aplicação, em um 
ordenamento numérico lógico, crescente e de acordo com o nível de sofisticação das mercadorias. 
As suas classificações poderiam estar corretas, pois no enunciado não consta descrição/modelo 
do tablet, nem suas configurações, o que é imprescindível para enquadrá-lo em um código, pois 
ambos são muito parecidos, apresentando uma diferença, pois a NCM 8471.30.19, permite que 
seja tablet com tela de área inferior a 140cm², uma vez que de acordo com o código NCM 
8471.30.12, há a menção de que a área seja superior a 140cm² e inferior a 560cm². 
4. Que é produto industrializado? O processo de salga do bacalhau constitui 
aperfeiçoamento do produto para consumo ou é mero modo de conservação para fins de 
transporte? Em outros termos, o bacalhau (seco e salgado) é tido produto industrializado 
para fins de incidência do IPI? Caso o bacalhau seja de espécie não contemplada na tabela 
do IPI (TIPI), mesmo que seja seco, salgado ou em salmoura ou, ainda, defumado, pode-se 
falar em incidência do IPI? (Vide anexo VII). 
Produto industrializado, é a operação definida industrializado no RIPI, Regulamento do IPI, 
qualquer industrialização, mesmo incompleta, parcial ou intermediária. 
Existem 05(cinco) modalidades de industrialização, são elas: Transformação, Beneficiamento, 
Montagem, Acondicionamento e Reacondicionamento, Renovação ou recondicionamento. Tendo 
essas premissas, entendo que o bacalhau seco e salgado não se apresenta como retirado da 
natureza, de modo que se constata que peixe passou por operações de evisceração, retirada de 
cabeça, limpeza, secagem e, finalmente, a salga, assim vejo que é evidente que aparência foi 
indiscutivelmente modificada. Assim, compreendo que o referido produto (bacalhau seco e 
eviscerado, sem cabeça e salgado) é produto industrializado, pois tais operações alteraram a 
apresentação que o peixe tinha quando pescado. Caso o bacalhau seja de espécie não contemplada 
expressamente na tabela do IPI (TIPI), ainda assim compreendo pela incidência do imposto de 
industrialização, haja vista que a Lei nº 4.502/1964 considera industrialização qualquer operação 
que altere a apresentação do produto. 
5. Qual a base de cálculo do IPI? Você entende que os seguintes valores podem ser incluídos 
em sua BC: (i) valores relativos juros das vendas financiadas? (ii) os descontos 
incondicionais ou de produtos bonificados? (iii) o valor do frete? (iii. a) O frete integra o 
ciclo de produção? (iii. b) Há diferença se houver sido estipulada cláusula FOB (free on 
board) ou CIF (cost, insurance and freight)? Fundamente suas respostas. 
A B.C do IPI é valor da operação, sendo a somatória do preço do produto que decorrer a saída da 
mercadoria do estabelecimento industrial/equiparado. Sendo assim, entendo ser a base de cálculo 
do IPI apenas e tão somente o preço do produto no memento da saída da mercadoria do 
estabelecimento industrial, e partindo desta premissa, entendo que os juros da venda da 
mercadoria, descontos nos produtos, valores do frete, não compõem a B.C do IPI, pois não estão 
vinculados em qualquer etapa de industrialização do produto. 
 
6. A empresa Tudex Ltda é uma indústria que produz máquinas e equipamentos. No meio 
de seu processo de produção, envia seus produtos a outra empresa, Galvanomix Ltda, para 
que esta efetue a galvanização desses produtos. Feita a galvanização, os produtos voltam à 
linha de produção da Tudex, onde esta concluirá seu processo de produção e, 
posteriormente os venderá aos consumidores finais. Pergunta-se: a atividade realizada pela 
Galvanomix é uma industrialização por encomenda ou prestação de serviço? Incidirá ISS, 
IPI ou ISS e IPI? Justifique (vide anexos VIII, IX e X). 
Entendo que a atividade realizada pela Galvanomix é uma prestação de serviço. Ao que se entende 
da regra matriz de incidência tributária do IPI, há necessidade de ser realizadaa operação de 
produtos industrializados, e acerca do termo “operação”, subentende-se a transferência de 
titularidade do produto industrializado. Posto isto, entendo que a mera encomenda para a 
realização de etapa do processo de industrialização, não compreende, ao meu ver, a transferência 
de titularidade de mercadoria, mas a mera prestação de serviço da empresa Galvanomix, e sobre 
o referido serviço se incide ISS. 
7. Construir as regra(s)-matriz(es) de incidência tributária do IOF. Por que a utilização da 
nomenclatura “IOF” pode ser considerada como equivocada? De forma ampla, qual a 
previsão constitucional para a incidência dessa exação? 
Critério Material: realizar operações de crédito; IOF câmbio que prevê a incidência do imposto 
nas operações de câmbio; IOF seguros, no qual a materialidade requer operação envolvendo 
seguros; IOF títulos ou valores mobiliários, envolvendo operações com títulos ou valores 
mobiliários; 
Critério Espacial: em qualquer ponto do território nacional. 
Critério Temporal: no momento da operação. 
Critério pessoal: Sujeito Ativo: União, detentora do direito subjetivo. 
 Sujeito Passivo: Tomadores de crédito, compradores de câmbio, os segurados, 
os adquirentes de títulos. 
Base de Cálculo: valor da operação. 
Alíquota: aquela prevista em Lei. 
A nomenclatura IOF, dá a entender que o referido imposto se refere apenas a operações financeira, 
por mencionar a nomenclatura “F” (financeiras), contudo, a constituição determina o IOF para 
operações diversas de crédito, câmbio, seguro, títulos e sobre a venda de ouro. Ou seja, nem todas 
as operações passíveis de tributação pelos impostos sobre operações de crédito, câmbio, seguro 
ou relativas a títulos ou valores mobiliários podem ser qualificadas como operações financeiras, 
motivo pelo qual entende-se que a locução IOF é considerada como equivocada. 
8. A alteração de alíquotas do “IOF” prescinde de motivação do Governo Federal? A 
justificativa para aumento do tributo pode se dar sem relação comprovada com a 
necessidade de manipulação na política regulatória do mercado de crédito, cambial, 
securitário ou de títulos e valores mobiliários? Há algum tipo de inconstitucionalidade no 
caso de alteração imotivada? 
Tratando-se de alterações para reduzir o tributo, entendo que não, tendo como premissa a previsão 
expressa do § único, art.5º, da Lei 8894/94, determinando que “(...) O Poder Executivo poderá 
reduzir e restabelecer a alíquota fixada neste artigo, tendo em vista os objetivos das políticas 
monetária, cambial e fisca l”. 
9. Determinada pessoa jurídica “X”, pertencente a um grupo de empresas “Y”, celebra 
contrato de mútuo com outras empresas desse mesmo grupo, com a finalidade de obter 
dinheiro sem recorrer ao mercado financeiro. Pergunta-se: o empréstimo decorrente desse 
contrato de mútuo configura fato jurídico tributário que enseja a exigência do IOF? É 
legítima a cobrança de IOF sobre a venda de direitos creditórios realizada por empresas de 
factoring? E sobre o direito de crédito entre empresa controlada e sua controladora? Se sim, 
em que momento haverá a incidência? (Vide anexos XI, XII, XIII e XIV). 
As operação financeira entre empresas, ainda que do mesmo grupo econômico é fato jurídico 
tributário que enseja a exigência do IOF. Na interpretação do critério material do IOF, o requerido 
tributo incide quando há “(..) realização de operações de (i) crédito; (ii) IOF câmbio que prevê a 
incidência do imposto nas operações de câmbio; (iii) IOF seguros, no qual a materialidade requer 
operação envolvendo seguros; (iv) IOF títulos ou valores mobiliários, envolvendo operações com 
títulos ou valores mobiliários ”. 
É valido registrar que em julho de 2013, a 1ª Turma da 1ª Câmara da 3ª Seção decidiu que os 
recursos financeiros das empresas controladas que circulam nas contas da controladora não 
constituem mútuo automaticamente(tributável pelo IOF), pois entre as atividades de empresa 
controladora de grupo econômico está a gestão de recursos, por meio de conta corrente. 
Entretanto, a título de informação, no referido processo prevaleceu o entendimento adotado pela 
Fazenda Nacional em que reconheceu que o artigo 13 da Lei nº 9.779, de 1999 determina que as 
operações de crédito correspondentes a mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou 
entre pessoa jurídica e pessoa física sujeitam-se ao IOF, sendo que a tributação entre pessoas 
jurídicas do mesmo grupo econômico segue as mesmas normas aplicadas às operações de 
financiamento e empréstimos praticadas por instituições financeiras.

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