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THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL ÚTERO: • O endométrio (Em) é a parte mais superficial do útero, revestido por um epitélio colunar com células secretoras e células ciliadas. Essas células sofrem invaginações para formar as glândulas (Gland). Essas glândulas tubulares podem se ramificar para a parte mais profunda do Endométrio (setas). O Endométrio é subdividido em Extrato Funcional (CFun) e Extrato Basal (CBas). • O estroma do Endométrio é bastante celularizado, com bastante matriz extracelular. • O Extrato Funcional é a porção que sofre descamação na ocasião da menstruação. Esse extrato sofre alterações cíclicas mensais. • O Extrato Basal vai ser sempre constante. É desse extrato que vai sair as células que vai novamente preencher o Extrato Funcional. • A espessura do endométrio varia de 1 a 6mm. • O Miométrio (Mi) vai ser formado por três camadas pouco definidas de células musculares lisas, a Longitudinal Externa (LE), a Circular Média (CM) e a Longitudinal Interna (LI). • A Camada Circular é altamente vascularizada, com vasos sanguíneos e linfáticos. Essa camada tem uma orientação em espiral. As outras duas têm uma direção longitudinal, com menos vasos. • Epitélio (Ep) simples colunar; • Glândulas (Gland) em crescimento; • Estroma (St) muito celularizado e vascularizado (VS). • Essa é a fase Folicular/Proliferativa; THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL 1. Endométrio; 2. Miométrio; 3. Perimétrio. 1. Estrato funcional do endométrio; 2. Estrato basal do endométrio; 3. Muscular interna; 4. Estrato vascular; 5. Muscular externa. SUPRIMENTO VASCULAR DO ÚTERO: • No miométrio, há a artéria uterina e suas ramificações; • A irrigação do endométrio basal é feita pelas artérias retas; • A artéria espiralada está tanto na porção basal como na funcional do endométrio. No extrato funcional, ela se ramifica em várias arteríolas; • Há formação das lacunas: vasos de paredes muito delgadas; • Na menstruação, as artérias espiraladas vão se contrair, parando o fluxo sanguíneo para a região funcional do endométrio; sem fluxo sanguíneo, essa região morre e descama; FASE PROLIFERATIVA, FOLICULAR OU ESTROGÊNICA: • Durante essa fase, vai ter a proliferação das células do folheto basal para poder repor o folheto funcional; • O endométrio começa a aumentar de espessura; • As células migram para a superfície para repor o epitélio e depois começa a reposição das glândulas; • As artérias espiraladas vão aumentar de tamanho para refazer o fluxo THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL sanguíneo na região funcional do endométrio; FASE SECRETORA OU LUTEAL: • Nessa fase tem a ação da progesterona; poucos dias após a ovulação, ocorrem mudanças no estrato funcional devido a progesterona; • O estrato funcional vai ficar mais inchado. As glândulas aumentam de tamanho e ficam bem tortuosas. As glândulas também ficam cheias de muco e nutrientes na parte de dentro. Esses nutrientes são muito importantes caso ocorra a implantação; • Demanda metabólica alta; • No estroma pode ter as células de decídua, que acumulam bastante glicogênio e são muito importantes na implantação; • Primeiro as glândulas ficam tortuosas, depois ocorre a produção do muco, nutrientes e glicogênio no lúmen dessas glândulas. THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL FASE MENSTRUAL: • Acontece caso não ocorra fecundação; • O declínio de progesterona e estrógeno acontece porque o corpo lúteo se transforma em corpo albicans; • As artérias espiraladas, por causa do declínio de progesterona e estrógeno, sofrem constrição, interrompendo o fluxo sanguíneo. Com isso, há a descamação do estrato funcional; • Os vasos ficam com a superfície livre porque o estrato funcional descamou. Por isso, também há perda de sangue, principalmente venoso. • O estrato basal continua integro. • Por causa da vasoconstricção das artérias espiraladas, há a necrose da camada funcional; Essa vasoconstricção ocorre de maneira espasmódica, e os parciais jorros de sangue arterial descolam esses fragmentos necrosados, que são eliminados como fluxo menstrual. THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL RESUMINDO: 1. Fase proliferativa; THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL 2. Fase secretora inicial; 3. Fase secretora tardia; 4. Fase menstrual. COLO DO ÚTERO: • Transição entre o útero e o canal vaginal; • Ectocérvice: Local onde pode haver uma zona de transformação; • Endocérvice: Pouco espessa, não descama durante a menstruação; apresenta várias glândulas ramificadas que produzem muco; esse muco é fundamental durante a ovulação, porque esse muco possibilita o deslocamento dos espermatozoides. • As vezes essas glândulas mucosas são obstruídas, surgindo alguns cistos, os Cistos de Naboth. • Os cistos de naboth não causam problemas, exceto se houver muitos cistos; • Ectocérvice: Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. Rico em glicogênio (setas mais curtas). • Papilas de tecido conjuntivo (setas maiores). • A imagem abaixo mostra uma zona de transformação do colo do útero. Há uma alteração do epitélio, que era cilíndrico simples, e passa a ser pavimentoso estratificado. Essa zona é onde ocorre a metaplasia. Em mulheres que estão no período reprodutivo, ocorre na região do óstio externo. Na ectocérvice o epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado e na endocérvice o epitélio colunar secretor. Essa zona pode sofrer metaplasia se tiver estímulos agressores, que fazem com que essas células sofram reprogramações genéticas. Essa metaplasia, com um tempo, pode surgir a displasia, que também é uma lesão pré cancerígena. Segue imagem abaixo: THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL • Dependendo do grau de displasia, não da pra reverter; a única solução é fazer a retirada da área para evitar um câncer; NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL: • A principal característica da displasia é a diferença da arquitetura; • No epitélio normal, as células basais estão restritas no folheto basal; • No NIC 1, as células imaturas estão em camadas mais avançadas do epitélio; • No NIC 2, as células estão em uma área ainda maior. • No NIC 3, é tudo células imaturas. O NIC 3 é indistinguível de um carcinoma in situ; • Carcinoma in situ é o que ainda não ultrapassou a membrana basal, então não é invasor ainda. THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL A imagem acima mostra um carcinoma in situ, indistinguível de um NIC 3; Acima, um carcinoma microinvasor. Acima, um carcinoma de células escamosas. Corre o risco de metástase. PLACENTA: • A implantação do blastocisto ocorre porque, na região do trofoblasto é dividida em citotrofoblasto e sinciciotrofoblasto. O sinciotrofoblasto tem a capacidade de invasão; com isso, ele vai penetrando no endométrio; • O sinciciotrofoblasto forma umas lacunas que se fundem com as lacunas maternas, dando origem as primeiras vilosidades, os espaços intervilosos; • Embaixo do sinciciotrofoblasto tem o citotrofoblasto, e a junção dos dois da origem as vilosidades primarias; • Com um tempo, o mesoderma extraembrionário vai se desenvolver,dando origem as vilosidades secundárias; • Pra identificar o sinciciotrofoblasto, observar que não há delimitações. Já no citotrofoblasto há. THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL • Na imagem acima, por volta do 16 dia, tem-se a formação das vilosidades secundárias, formadas pelo sinciciotrofoblasto e citotrofoblasto; • As células do citotrofoblasto foram invadidas pelo mesoderma extraembrionário; nesse mesoderma começa a desenvolver vasos sanguíneos; • Há espaços intervilosos, que permitem a comunicação; • Por volta do 21 dia, houve uma grande maturação. As células do citotrofoblasto invadiram as células do sinciciotrofoblasto, formando a concha citotrofoblástica; • Essa concha da o ambiente para o desenvolvimento das vilosidades, que vão se desenvolver junto do embrião; • No mesoderma há o desenvolvimento de vasos sanguíneos, que estão conectados a vasos primitivos do embrião. Logo, há uma circulação primitiva entre o útero e a placenta. • À medida que ocorre a maturação das vilosidades, a barreira placentária vai ficando cada vez mais delgada, para permitir as trocas entre o feto; • A barreira placentária, por fora, tem as células do sincio, depois as camadas de cito, a lâmina basal do cito, o TC, lâmina basal das células endoteliais e as células endoteliais. THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL • O sangue chega pobre em oxigênio por meio das artérias; • O sangue retorna rico em oxigênio por meio da veia para chegar ao feto; • Na decidual basal o sangue materno penetra por meio das artérias espiraladas e sai por meio das veias; esse espaço interviloso fica sempre cheio de sangue materno; • Graças a barreira placentária há as trocas; • Placa Coriônica (PC): Porção fetal; • Placa Basal (BS): Porção materna; • Na placa coriônica tem um âmnio formado de células cuboides; abaixo tem-se o TC da placa coriônica com vários vasos sanguíneos, que se ramificam para as vilosidades principais; • Núcleo de células mesenquimais (NM); • Na periferia, células do sincio (Sin), e dentro, células do cito (Cc); • Observa-se que as células do sincio possuem umas projeções que são THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL fundamentais para captar nutrientes da região externa; • Nó sincicial (NS); • Hemácias no espaço interviloso (EI); • Macrófagos placentários (MP) com um citoplasma bem mais desenvolvido. Essas células possuem uma função imunológica; THIAGO PEREIRA, @thicomi, UNIT-AL HISTOLOGIA: ÚTERO, PLACENTA E CORDÃO UMBILICAL • Os vilos terminais (VT) são relativamente simples na placenta madura. Eles ficam no espaço interviloso (EI), que é preenchido com sangue materno. 1. Sinciciotrofoblasto; 2. Células citotrofoblásticas; 3. Macrófagos placentários; 4. Núcleo mesenquimatoso; 5. Nó sincicial; 1. Âmnio; 2. Placa coriônica; 3. Vilosidades coriônicas; 4. Placa basal; 5. Células deciduais. 1. Células deciduais; 2. Vasos sanguíneos das vilosidades coriônicas; 3. Vilosidades coriônicas; 4. Espaço interviloso; 5. Placa basal. CORDÃO UMBILICAL: 1. Epitélio simples cuboide; 2. Veia; 3. Artéria; 4. Geleia de Wharton. • A veia possui uma camada espessa de músculo liso circular, ao contrário das veias adultas. • As artérias transportam sangue desoxigenado da placenta para o feto; • A veia fornece sangue oxigenado para o feto.
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