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Estruturas clínicas (neurose, psicose e perversão)

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Estruturas clínicas (neurose, psicose e perversão).
ESTRUTURAS CLÍNICAS
No texto “Neurose e Psicose” (1923-1925), Freud aponta uma diferença básica entre neurose e psicose: “a neurose é o resultado de um conflito entre o ego e o id, ao passo que a psicose é o desfecho análogo de um distúrbio semelhante nas relações entre o ego e o mundo externo”. (Freud,1923/1925, pág 189). 
Para Freud, conforme conceitua no mesmo texto, temos que: 
• Neurose: se caracteriza por uma recusa do ego em aceitar a poderosa pulsão do id, recusando a posição de mediador da satisfação pulsional. Ele opera a serviço do superego e da realidade (princípios morais), a partir do mecanismo do recalcamento. O material “recalcado” insiste em se fazer conhecido, logo, ele escolhe vias substitutas. O sintoma aparece, então, como sendo uma representação substitutiva. Tudo isso promove o quadro da neurose.
• Psicose: existe um conflito entre o ego e o mundo externo. O sujeito cria uma nova realidade, de acordo com os impulsos desejosos do id. Há uma perturbação entre o eu e o mundo externo, com a criação de uma realidade delirante e alucinatória (a loucura). 
Freud, no texto “A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose”, diz que tanto na neurose quanto na psicose existe uma perturbação da relação do sujeito com a realidade.
“Na neurose, um fragmento da realidade é evitado por uma espécie de fuga, ao passo que na psicose ele é remodelado... a neurose não repudia a realidade, apenas a ignora: a psicose a repudia e tenta substituí-la”. (Freud, 1924, pág 231)
Para Freud, o mais importante não é a perda da realidade (que está posto nas duas estruturas), mas sim os substitutos encontrados para lidar com isso. Na neurose, o substituto é a fantasia; já na psicose, os substitutos são delírio e alucinação.
PSICOSE: pode ser dividida em Esquizofrenia, Autismo e Paranóia. Seu mecanismo de defesa é a foraclusão. 
NEUROSE: Neurose Obsessiva e Histeria. Seu mecanismo de defesa é o recalque. 
PERVERSÃO: não costuma ser dividida, mas pode se apresentar na forma de voyeurismo, fetichismo, sado-masoquismo, pedofilia. Seu mecanismo de defesa é a denegação.
NEUROSE: Os sintomas simbolizam um conflito psíquico recalcado, de origem infantil. Segundo o texto Neurose e Psicose, escrito por Freud em 1923, o quadro de neurose pode ser descrito como o resultado de um conflito entre o ego e o id; e sintoma é uma representação conciliatória deste conflito. De acordo com Freud, a neurose representa uma condição resultante entre o conflito que o ego entra com o Id a serviço das limitações impostas pela realidade do mundo externo.
Freud divide a neurose em:
Neurose histérica - conversão de conflitos psicológicos em sintomas orgânicos e dissociações da consciência, envolvendo os chamados transtornos dissociativos (de conversão), com o mecanismo chamado de somatização.
Neurose obsessiva – sintomas como as compulsões e obsessões, relacionada ao transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Neurose de angústia - sintoma é a angústia. Neurose fóbica - sintoma é a fobia. 
Neurastenia – envolve o estresse e depressão (se assemelha à Síndrome de Burnout).
Psiconeurose – não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. 
PSICOSE: A psicose não era considerada por Freud como uma estrutura “curável”, ao contrário da neurose. Na psicose, a libido não se volta para os objetos externos e sim se volta para o próprio sujeito. A psicose envolveria uma perturbação entre o eu e o mundo externo. Por meio da alucinação, o sujeito constrói uma realidade própria. 
PERVERSÃO: Em seu texto "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade", Freud diz que a neurose é o "negativo da perversão”. Na neurose ocorre um conflito com recalque, a psicose seria uma reconstrução de uma realidade alucinatória, e a perversão traz a negação da castração, e a libido se fixa na sexualidade infantil. Na perversão, o sujeito é conduzido pelo imperativo do gozo. O perverso é aquele que sabe da castração, mas a ignora, tomando o Outro como objeto de gozo.

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