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ENEM - FILOSOFIA: HISTÓRIA DA FILOSOFIA Sócrates I

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ENEM – FILOSOFIA
HISTÓRIA DA FILOSOFIA – Sócrates I
A Filosofia de Sócrates – atrelada à Filosofia de Platão – é o marco inicial da História da 
Filosofia, bem como o seu modo de filosofar que está presente em toda a teoria filosófica! Sócrates 
não era da aristocracia ateniense sendo filho de um escultor, Sofronisco, e de uma parteira, 
Fenarete, mas não tinha vergonha de sua origem. Pelo contrário, conseguiu ser educado como os 
demais jovens atenienses filhos de ricos e também fora um herói da Guerra do Peloponeso contra os
persas. Também consta que ele teria sido discípulo de Anaxágoras, mas que teria deixado os 
problemas da physis para se dedicar às questões humanas que então surgiram na sociedade 
ateniense: ele havia sido atraído pela efervescência cultural na qual se encontrava então Atenas.
Sócrates mirou nos sofistas! Embora não se saiba com precisão o que Sócrates pensava e o que 
Platão colocou nele (há a possibilidade inclusive de que Sócrates nem tenha existido), ele os 
considerava charlatães que levavam uma vida inautêntica (porque cobravam), desvirtuada (porque 
não sabiam o que era o Bem e a Verdade) e corrompida (porque não se poderia confiar no que 
ensinavam mediante pagamento). Sua conduta então era muito diferente dos sofistas, pois a sua 
preocupação não era de ensinar a arte da oratória, da retórica, para os jovens sedentos em participar 
da vida pública, menos ainda obter fama com seus ensinamentos.
Deixemos que o próprio Sócrates diga a sua tarefa, conforme está registrado na Apologia de 
Sócrates escrita por seu discípulo Platão: “Eu vos respeito e vos amo, mas obedecerei aos deuses ao
invés de obedecer a vós, e enquanto eu respirar e estiver na posse de minhas faculdades, não 
deixarei de filosofar e de vos exortar ou de instruir cada um, quem quer que seja, que vier à minha 
presença, dizendo-lhe, como é meu costume: - Ótimo homem, tu que és cidadão de Atenas, da 
cidade maior e mais famosa pelo saber e pelo poder, não te envergonhas de fazer caso das riquezas, 
para guardares o quanto puderes e das honrarias, e, depois, não fazer caso e nada te importares da 
sabedoria, da verdade e da alma, para tê-la cada vez melhor?”
Ficou confuso entender a tarefa de Sócrates, não? Como ele poderia dizer que nada sabia e 
mesmo assim pretender fazer com as pessoas deixassem de buscar acumular bens gerando riqueza 
para buscar o “aprimoramento da alma” através da sabedoria? O que se pode dizer é que Sócrates 
poderia sem problema não ser considerado alguém que possuía uma sabedoria para ser sábio, mas 
que haviam deficiências morais na busca pela excelência daqueles seus concidadãos de Atenas.

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