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Resumo Cap 16 - DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais

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DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2ª ed. 2008.
Resumo
Capítulo 16 - A sensopercepção e suas alterações
Definições Básicas
	O meio no qual um organismo está inserido produz inúmeras informações indispensáveis para a sobrevivência. Essas informações podem ser chamadas de estímulos, variando apenas conforme sua fonte de origem.
	Sensação é gerada por estímulos de diversas origens que atuam sobre os órgãos receptores (olhos, pele, ouvido, boca, etc.). É de origem passiva.
	Percepção é a tomada de consciência do estímulo recebido, abrangendo a área neuropsicológica e psicológica de todo o processo de informação. É de origem ativa.
	Apesar de didaticamente poder conceituar a percepção e a sensação, são estudados em conjunto sob a nomenclatura de sensopercepção, um fenômeno que abriga a percepção e a sensação como processos integrados.
	Imagem sensoperceptiva: elemento básico do processo de sensopercepção caracterizado pela: nitidez, corporeidade, estabilidade, extrojeção, ininfluenciabilidade voluntária e completude. 
	Representação: reapresentação da imagem ao nível da consciência. Caracterizada por: pouca nitidez, pouca corporeidade, instabilidade, introjeção e incompletude. Pode haver os subtipos de representação: imagem eidética (imagem guardada na memória semelhante com a percepção) e imagem pareidolias (uma imagem misturada com elementos da percepção e representação).
	Imaginação: produção voluntária de imagens evocadas do passado ou criadas. 
Alterações Quantitativas da Sensopercepção
· Hiperestesia: percepção anormalmente aumentadas com intensidade e duração.
· Hiperpatia: sensação desagradável produzida por um estimulo leve na pele.
· Hipoestasia: percepção alterada da realidade normalmente presente em depressão grave (muito mais sóbrio, comidas sem sabor...)
· Hipoestasias táteis: alterações ocasionadas por problemas neurológicos sob o território cutâneo.
· Anestesias táteis: perda de sensação tátil em uma região localizada na pele.
· Parestesias: sensações táteis desagradáveis e espontâneas (formigamentos, agulhadas, adormecimentos, etc.).
· Disestesias táteis: sensações anormais dolorosas e originadas por estímulos externos.
Alterações Qualitativas da Sensopercepção
· Ilusão: percepção deformada/alterada de um objeto real e presente que ocorre em: estados de rebaixamento do nível de consciência, estados de fadiga grave e em alguns estados afetivos. As ilusões podem ser visuais ou auditivas.
· Alucinação: percepção clara e definida de um objeto sem a sua presença real.
Tipos de alucinações:
a) Alucinações auditivas – Simples e complexas;
b) Alucinações musicais;
c) Alucinações visuais – Simples e complexas;
d) Alucinações táteis;
e) Alucinações olfativas e gustativas;
f) Alucinações cenestésicas e cinestésicas;
g) Alucinações funcionais;
h) Alucinações combinadas;
i) Alucinações extracampinas;
j) Alucinações autoscópica;
k) Alucinações hipnagógicas e hiponopômpicas;
l) Alucinações estranheza do mundo percebido.
· Alucinose: Fenômeno pelo qual o paciente reconhece a alucinação como fator patológico, ou seja, possui capacidade crítica em relação a alteração sensoperceptiva. Há três modalidades de alucinose: visual, peduncular e auditiva.
POSSÍVEIS CAUSAS E TEORIAS ETIOLÓGICAS DAS ALUCINAÇÕES
Teorias psicodinâmicas, psicológicas e afetivas das alucinações
	Nessa perspectiva, as alucinações se apresentam como parte integrante de um processo defensivo para preservar o Eu através da projeção. Então, as alucinações seriam fruto de um grande movimento inconsciente no qual o aparelho psíquico os expulsa conteúdos conflituosos, material recalcado e insuportável pelo Eu.
Teoria irritativa cortical
	Essa teoria compreende causas possíveis para as alucinações as irritações corticais em áreas secundárias e associativas. Por exemplo, alucinações auditivas verbais estão relacionadas à irritações em áreas associadas a linguagem. Contudo, essa teoria tem sido bastante criticada por ser simplista e mecanicista.
Teoria neurobioquímica das alucinações
	A teoria em questão aborda a alucinação como produto dos efeitos de neurotransmissores. Podem ser induzidas por medicamentos. No caso de transtornos mentais, acredita-se em que esteja relacionado a hiperativação de circuitos serotonérgicos e/ou dopaminérgicos.
Alucinações como fenômeno da deaferentação/liberação neuronal
	São comuns de acontecerem em pessoas com cegueira ou déficit visual. Hipótese está relaciona a privação de estímulos externos, surgindo a alucinação como forma de compensação, fenômeno relacionado a redução das aferências ao sistema nervoso central.
Teoria da desorganização global do funcionamento cerebral
	Aqui, postula-se a ideia de perda de inibição mais desenvolvida e complexa funcionalmente, o que favoreceria o aparecimento das alucinações. Nesse processo de desorganização cerebral ocorre dificuldade em diferenciar o que é do mundo e as percepções internas.
Teoria da alucinação como desordem da linguagem interna
	Postula-se a ideia de que a alucinação auditiva verbal tem origem nos pensamentos do indivíduo. Contudo, ele percebe esse fenômeno como algo externo e não oriundo dele. Há incapacidade na discriminação de seus próprios pensamentos e linguagem interna.

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