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Psicologia Interdisciplinar Consciência De�nições: Neuropsicologia: relacionado a questão da vigilância, ou seja, estar acordado. Psicologia: diz respeito à dimensão subjetiva do sujeito Alterações Patológicas: Quantitativas: ● Obnubilação: o paciente encontra-se em um estado de sonolência, com diminuição da clareza do sensório. Lentidão nas questões relacionadas à compreensão e dificuldade de concentração. ● Sopor: o paciente só pode ser despertado a partir de estímulos energéticos, a psicomotricidade encontra-se comprometida. ● Coma: grau mais profundo de alteração da consciência, pode ser induzido. Qualitativas ● Estados Crepusculares: há ocorrência dos atos automáticos, atos violentos ou explosivos. Geralmente relacionados a choques emocionais intensos ou causas orgânicas. ● Estado Segundo: realização de atos totalmente incongruentes à realidade daquele indivíduos, ocasionados por choques emocionais muito exagerados. ● Dissociação da consciência: ocorre uma fragmentação da realidade. Relacionado aos sonhos. O paciente desliga-se da realidade. ● Transe: assemelha-se a sonhar acordado. ● Estado hipnótico: exige o rebaixamento da consciência, dessa forma, a pessoa fica com uma atenção mais concentrada e tornando-se mais sugestiva. ● Experiência de quase morte: é como se um flash de sua vida passasse na sua cabeça trazendo uma retrospectiva de tudo que viveu. Delirium Delírio Está relacionado ao rebaixamento da consciência. É alteração de juízo sendo caracterizado por ideias delirantes. Memória É a capacidade de codificar (registrar), armazenar (manter) e evocar as experiências, impressões e fatos que ocorrem em nossas vidas. ● Desse modo, as três fases da memória são: 1. Aquisição - quando os órgãos sensoriais entram em ação; 2. Consolidação - momento em que se seleciona as informações mais importantes; 3. Evocação/Recuperação - momento do resgate de informação. É importante ressaltar que não se separa o processo atencional da formação da memória. Classi�cação ● Memória declarativa: relacionada à habilidade de armazenar e recordar fatos e eventos. 1. Episódica: relacionadas aos eventos, os quais podemos ter participado ou, simplesmente assistido; são autobiográficas; 2. Semântica: referentes aos nossos conhecimentos gerais; 3. Memória de trabalho: armazenamento temporário de informações recentes que serão úteis para o raciocínio imediato e a resolução de problemas, mantendo - as durante alguns segundos ou poucos minutos, enquanto estão sendo processadas. ● Memória não declarativa: relacionada às memórias de capacidades, ou habilidades motoras, é o que chamamos de “hábitos”. 1. Condicionamento simples e aprendizagem associativa: adquiridas através da associação de um estímulo com um outro estímulo ou com uma resposta (Pavlov); 2. Pré-ativação (Priming): são as memórias evocadas através de dicas (fragmentos); 3. Processual: relacionadas ao “saber como”. Alterações ● Amnésia: perda parcial ou total da memória,prejudicando o indivíduo na sua capacidade de reter e evocar as informações. 1. Amnésia retrógrada: caracteriza-se pela perda da memória para os eventos anteriores ao trauma. 2. Amnésia anterógrada: dificuldade da capacidade de consolidar novos conhecimentos após um trauma cerebral. ● Hipermnésia: não possui relação com o nível intelectual, e pode ser permanente ou temporária. Fatores que podem contribuir: 1. Resposta sensorial incomum aos estímulos. 2. Desvantagens as sensações complexas evocadas pelos estímulos interferiam na sua habilidade de integrar e lembrar-se de coisas mais complexas. 3. Sinestesia: fenômeno em que os estímulos sensoriais evocam as sensações, normalmente, associadas com os estímulos de outra natureza. 4. Amnésia global transitória: envolve um período bem mais curto, na qual um acesso repentino de amnésia anterógrada dura, apenas, um período de minutos a dias, acompanhada por uma amnésia retrógrada para os eventos recentes que precederam o ataque. 5. Amnésia dissociativa ou psicogênica: conhecida como psicológica. Decorre de síndromes emocionais ou traumas, sendo, geralmente, temporária. Senso - Percepção ● Sensação: fenômeno elementar gerado por estímulos físicos, químicos ou biológicos variados, originados fora ou dentro do organismo, que produzem alterações nos órgãos receptores, estimulando-os. Dimensão neuronal, ainda não plenamente consciente. Fenômeno passivo. ● Percepção: entende-se pela tomada de consciência, pelo indivíduo. Transformação de estímulos puramente sensoriais em fenômenos perceptivos conscientes. Tomada de conhecimento sensorial de objetos ou de fatos exteriores mais ou menos complexos. Fenômeno Ativo. Alterações quantitativas: hiperestesia (percepções anormalmente ampliadas; drogas geram esse tipo de efeito). Existem outras também como hiperpatia, hipoestesia e hipoestesia tátil. Alterações qualitativas: são as mais importantes em psicopatologia. Compreendem as ilusões, as alucinações, a alucinose e a pseudoalucinação. ● As ilusões são encontradas, com maior frequência, nos quadros de delirium, em que há rebaixamento do nível de consciência e consequente distorção do processo perceptivo. ● Alucinações define-se como a percepção de um objeto, sem que este esteja presente, sem o estímulo sensorial respectivo. É a percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença de objeto estimulante real. 1. Alucinação Audioverbal: forma de alucinação auditiva complexa mais frequente e significativa. O paciente escuta vozes sem qualquer estímulo real. São vozes que geralmente o ameaçam ou insultam é de conteúdo depreciativo e/ou de perseguição. 2. Vozes que comandam a ação ou comentam a ação e as atividades corriqueiras do paciente, são aquelas que mandam o indivíduo fazer coisas. 3. Alucinações Visuais: são visões, muitas vezes nítidas, que o paciente experimenta, sem a presença de estímulos visuais. Incluem, por exemplo, figuras e imagens de pessoas, de partes do corpo, de entidades, de objetos inanimados, animais ou crianças. 4. Alucinações olfativas; 5. Alucinações gustativas. 6. Agnosia: incapacidade do indivíduo reconhecer as pessoas ou os objetos, mesmo quando as modalidades sensoriais estão intactas. ● Causas comuns são: danos ao cérebro decorrentes de lesão; derrame; demências; traumatismos e doenças neurológicas. ● As lesões são occipitotemporal (porções inferiores: giros lingual e fusiforme), bilateral, principalmente da direita. ● Síndrome da negligência: inatenção aos estímulos próprios ou ambientais em um dimídio corporal (geralmente, à esquerda) Emoções São respostas adaptativas do nosso corpo e podem ser entendidas a partir de três perspectivas: 1. Fisiológica; 2. Comportamental; 3. Cognitiva. Pensamento 1. Juízo: consiste na articulação de dois ou mais conceitos, relações significativas entre conceitos, relação unívoca entre sujeito e predicado. 2. Raciocínio: ligação entre termos ou conceitos, de sequência de juízos, de encadeamento de conhecimentos, derivando sempre uns dos outros, afirmando, negando ou confrontando. Linguagem ● Área de Broca - Terço posterior do giro frontal inferior esquerdo está relacionado à fala. Lesões nesta área causam afasia. ● Área de Wernicke - Terço posterior do giro temporal superior esquerdo. Lesões prejudicam a capacidade de uma pessoa compreender a fala humana. Desse modo, a dinâmica da área de linguagem pode ser descrita da seguinte forma: a informação entra pelo córtex auditivo e se dirige até a área de Wernicke,responsável pela compreensão da linguagem. De lá, a informação é enviada para a área de Broca que produz a fala. Afasia É uma alteração adquirida da linguagem de causa neurológica, caracterizada pelo comprometimento linguístico da produção e compreensão de material verbal, da leitura e da escrita. Esse distúrbio é causado por lesões cerebrais ocasionadas por: acidente vascular cerebral (AVC), lesões cefálicas, tumores cerebrais, demências. Aafasia exclui toda perturbação causada associada a déficits motores e/ou sensoriais, deficiência mental, perturbação psiquiátrica. ● Os dois tipos mais comuns de afasia são: 1. Afasia de expressão (motora, não fluente ou de Broca): a capacidade de produzir palavras é prejudicada, mas a compreensão e capacidade de formar um conceito são relativamente preservadas. Esse tipo de afasia resulta de um distúrbio na parte dominante frontal esquerda ou área fronto parietal, incluindo a área de Broca. 2. Afasia de Wernicke: é um tipo de distúrbio neurológico que afeta a capacidade de fala. Sem perceber ou notar que há algo de errado, o paciente inverte palavras e fala frases sem sentido. Ele consegue falar várias palavras em sequência, em um discurso aparentemente fluente mas que não faz sentido.
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