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DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed, 2ª ed. 2008. Resumo CAPÍTULO 29 – SÍNDROMES DEPRESSIVAS Tem como principais elementos o humor triste e o desânimo. Sintomas afetivos – tristeza, choro fácil, apatia, sentimento de falta de sentimento, tédio, irritabilidade aumentada, ansiedade, desespero e desesperança. Alterações da esfera instintiva e neurovegetativa – anedonia, fadiga, desânimo, insônia, perda ou aumento do apetite, palidez, diminuição da libido e diminuição da resposta sexual. Alterações ideativas – ideação negativa, ideias de culpa, ruminações com mágoas antigas, visão de mundo marcada pelo tédio, ideias de morte. Alterações cognitivas – déficit de atenção e concentração, déficit secundário de memória, dificuldade de tomar decisões. Alterações da autovaloração – sentimentos de autoestima diminuída, de insuficiência, de vergonha e autodepreciação. Alterações da volição e da psicomotricidade – tendência de permanecer na cama o dia todo, aumento na latência entre perguntas e respostas, lentificação psicomotora, diminuição da fala, negativismo e mutismo. Sintomas psicóticos – ideias delirantes (de ruína, de culpa, hipocondríaco, de inexistência), alucinações, ilusões e ideação paranoide. Perdas e depressão Sua causa é multifatorial: genética, neuroquímica e biológica. Porém, do ponto de vista psicológico, a depressão tem uma relação íntima com a experiência de perda. Os quadros de depressão surgem normalmente após perdas significativas, como a morte de alguém, perda do emprego ou o divórcio, por exemplo. Subtipos de síndromes e transtornos depressivos São 8 os subtipos: 1. Episódio ou fase depressiva – duram entre 3 a 12 meses. Tem como alteração anedonia, fadiga, ideias de culpa e de inutilidade, diminuição na autoestima, distúrbios do sono e do apetite. Segundo o CID-10, é classificado em leve, moderado e grave. Quando o paciente tem mais de um episódio, o diagnostico se dá transtorno depressivo recorrente; 2. Distimia – tipo de depressão crônica, de grau leve. Deve estar mais de dois anos para considera-la. Tem como alteração fadiga, irritabilidade, humor crônico, diminuição da autoestima, dificuldade em concentrar e tomar decisões; 3. Depressão atípica – pode ocorrer em episódios ou transtornos unipolar ou bipolar. São sintomas o aumento do apetite, hipersonia, sensação de corpo pesado, sensibilidade exacerbada a indicativos de rejeição, reatividade do humor aumentada, fobias e aspectos histriônicos; 4. Depressão tipo melancólica ou endógena – predominam sintomas endógenos, como lentificação psicomotora, perda do apetite, alterações do sono, anedonia, depressão pior pela manhã, hiporreatividade geral, tristeza vital, ideação de culpa; 5. Depressão psicótica – ela é grave, associados sintomas depressivos com psicóticos, como delírio de ruina e culpa, hipocondríaco e negação de órgãos e alucinações; 6. Estupor depressivo – estado depressivo grave, podendo ficar vários dias na cama, em estado de catalepsia, com negativismo em estado de mutismo, recusando alimentar-se ou urinando e defecando no leito; 7. Depressão agitada ou ansiosa – depressão com componente ansioso e de inquietação. Não para quieto, queixa de estar constantemente angustiado, irritado. 8. Depressão secundária ou orgânica – é proveniente ao orgânico, como hipertireoidismo, AVC’s, ou lesões cerebrais, por exemplo.
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