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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE DESIGN DE INTERIORES CAMILA LIBÓRIO CAVALCANTI Matrícula 01342131 TÓPICOS INTEGRADORES Atividade Contextualizada Relatório apresentado à Universidade Maurício de Nassau na disciplina Tópicos Integradores, solicitado pela docente Pereira como Tereza requisito parcial de avaliação Petrolina 2020.2 ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA - TÓPICOS INTEGRADORES Escolha um projeto do movimento modernista e faça um relatório apresentando fotos e cometários referentes a sua forma e composição, ao seu agenciamento externo e interno, ao seu mobiliário e a apresentação do projeto. Para isso, é necessário escolher um projeto que tenha o maior número de informações possíveis sobre ele, de plantas do projeto à fotos que contemplem seu exterior e interior, e seu mobiliário. Não esqueça, o trabalho deve conter: -Localização da edificação; -Uso da edificação; -Arquiteto responsável pelo projeto; Figura 01 - Fachada Museu Guggenheim Fonte:https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/museu- guggenheim-nova-york/ 01 Frank Lloyd Wright (1867-1959) foi um arquiteto norte-americano, autor de famosos projetos, entre eles o "Museu Guggenheim" de Nova Iorque e a "Casa da Cascata", na Pensilvânia. O principal conceito que Wright trouxe para a arquitetura moderna foi o de que cada projeto deve ser individual: a localização, o terreno e a finalidade da obra, devem fazer de cada projeto de arquitetura uma obra única. Figura 02 - Wright com Solomon Guggenheim, e sua esposa baronesa von Rebay Fonte: site do museu Construído em Manhattan, o Museu Solomon R. Guggenheim foi o último grande projeto desenhado e construído por Frank Lloyd Wright, entre 1943 até ser aberto ao público em 1959, seis meses após sua morte. O partido arquitetônico adotado da obra privilegia a utilização de formas geométricas puras, ou melhor, que têm a origem nas formas puras (o cilindro, o tronco de cone, o troco de prisma, o polígono de três lados) e orgânicas. Tais elementos estão presentes em todos os momentos no edifício, seja definindo a espacialidade de um ambiente ou através dos detalhes construtivos, que fazem relacionar o edifício como um todo. Desde o desenho de piso até os detalhes de luminárias foram usadas formas puras, principalmente o círculo e o triângulo fazendo com que toda visão individual reporte diretamente a formas genéricas. O projeto arquitetônico do museu original em Nova Iorque é famoso pelas linhas curvas da fachada, representando a arquitetura moderna em sua forma mais orgânica. As formas curvas em concreto remetem à natureza, a formas orgânicas esculturais, e contrastam com a geometria mais rígida normalmente adotada pela arquitetura modernista. 02 Figura 04 - Corte do Museu Fonte: site oficial do museu No exterior, as vigas espaçadas horizontalmente, de maneira a possibilitar a iluminação natural dos setores de exposição localizados no perímetro, criam um ritmo e um contraste entre cheios e vazios que constituem uma secção de cone invertido que se sobrepõe à extensa marquise criando um equilíbrio assimétrico. 03 Wright levou 15 anos, 700 esboços e seis conjuntos de desenhos de trabalho para criar o museu. Ele não poderia ser de forma alguma comparado com qualquer outro museu já existente. A solução então encontrada por Wright foi única e que remete as ideias arquitetônicas visionárias do início do século XX, correspondendo a uma linguagem abstrata dos quadros que abriga. O acesso ao Guggenheim dá-se através de uma zona de transição coberta entre o espaço aberto público e o interior do museu. Ao entrar percebe-se o impacto causado pelo grande átrio e pela iluminação natural zenital através de uma clarabóia em cúpula. . Figura 0 -6 Vista interna do Museu Fonte: https://deborabonetto.com/2013/11/20/museu-guggenheim Figura 0 - e da fachada do Museu 5 Detalh Fonte: site do museu Da rua, o edifício parece uma fita branca enrolada em uma pilha cilíndrica, mais larga no topo do que no fundo, exibindo quase todas as superfícies curvas. O exterior do Museu Guggenheim é um cilindro espiralado branco de concreto armado. As curvas dramáticas do exterior do museu evidenciam um efeito ainda mais impressionante no interior. A abordagem tradicional adotada para o projeto do interior do museu, caracterizada pela passagem de uma sala à outra, é alterada por Wright através da rampa contínua em espiral que conecta os espaços de exposição e serpenteia o grande átrio iluminado naturalmente através de um domo em vidro que possibilita distintas vistas do interior e que possibilita a experiência da arte da arquitetura além das obras de arte expostas. Figura 0 - Mapa do Museu Guggenheim. 7 Fonte: site oficial do museu Conforme a figura acima (fig.07), o Museu Guggenheim possui 7 andares e há um subsolo com teatros e um centro de educação em artes. Há também 2 lojas e 2 restaurantes dentro do museu. No piso 1, estão localizadas a bilheteria, loja de presentes e restaurante. No piso 2, ficam as exposições das coleções permanentes do museu, além dos itens da coleção inicial de Solomon R. Guggenheim. Pisos 3 ao 7, ficam uma série de exibições temporárias temáticas que se renovam periodicamente. 04 O percurso no Guggenheim pode acontecer através da subida das rampas contínuas em espiral do térreo ao 7° pavimento, em balanço, ou do elevador com a posterior descida através das rampas ou do elevador, seguindo em parte o que acontece na maioria dos museus que oferecem caminhos múltiplos. Ao mesmo tempo em que os visuais se alteram na medida em que o indivíduo se desloca pela rampa, a conexão visual com o átrio permanece. A experiência espacial proporcionada pelas perspectivas amplas e pelas mais restritas torna-se estimulante e qualificada esteticamente. O cone helicoidal é formado pelos guarda- corpos ou parapeitos em vigas de concreto nas bordas das lajes dos distintos pavimentos assim como nas rampas que os conectam e criam um forte contraste com os vazios existentes entre cada pavimento. Figura 0 - 8 Vista interna do Museu Fonte: site oficial do museu Figura 0 - Mapa do Museu Guggenheim. 7 Fonte: site oficial do museu 05 Contudo, considerando-se que um projeto deve proporcionar aos seus usuários uma experiência espacial o mais satisfatória possível e ao mesmo tempo responder adequadamente em termos funcionais, não parece convincente sustentar uma crítica ao espaço interno do Guggenheim de Wright com base na sua significativa qualidade espacial. A busca por esta qualidade era intrínseca à sua visão sobre arquitetura, onde o espaço era um meio de ‘sensibilizar a mente e enobrecer a ação humana’. (p.ex., CURTIS, 1996, p.415). Figura 0 - 9 Vista interna do Museu Fonte: https://hawthorncreative.com/blog/project-profile-guggenheim-museum- brochure/ Ambos Guggenheim e Wright morreram antes de culminar a sua construção em 1959, mas quando Wright morreu em abril de 1959, a construção foi praticamente concluída, faltando apenas alguns últimos detalhes. Seis meses depois, em 21 de outubro de 1959, o museu abriu suas portas ao público. Essas conquistas não só testemunham o gênio da arquitetura de Wright, mas também o espírito aventureiro que caracterizou seu fundador Solomon R. Guggenheim Em 1992, o edifício foi complementado, anexando uma torre retangular, mais alto do que a espiral original. Apesar da reforma em 1992 do edifício projetado por Frank Lloyd Wright na 5ª Avenida e da inauguração do anexo projetado por Charles Gwathmey, o museu não possui o espaço adequado em Nova York para mostrar as partes principais de sua coleção e o existente.Em 2006, o Museu passou por uma restauração por causa das fissuras superficiais quase desde o seu início em 1959. . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS O GUGGENHEIM DE FRANK LLOYD WRIGHT E A ADIÇÃO DE GWATHMEY SIEGEL: MODERNO COM MODERNO - Antônio Tarcísio Reis Sites: https://www.archdaily.com.br/br/798207/classicos-da-arquitetura-museu-guggenheim-frank- lloyd-wright https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/museu-guggenheim-de-nova- york/ https://www.guggenheim.org/
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