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AULA DE FIXAÇÃO 04 -punção venosa(1)

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MATERIAL DE APOIO AULA 04: 
PUNÇÃO VENOSA PERIFERICA 
 
 AULA 04 Punção venosa periférica 
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Punção venosa periférica 
 
Consiste na administração de drogas diretamente na veia. Existem veias 
superficiais e profundas e nesses vasos sempre o sangue circula em direção ao 
coração. 
Tipos de dispositivos 
A técnica para a realização do acesso venoso periférico pode ser realizada, 
principalmente, com a utilização de dois tipos de dispositivos endovenosos. O 
primeiro deles, o scalp ou “butterfly” é indicado para a infusão de baixos volumes 
e realização de medicações. Possui calibres variados que vão do 19 (maior 
calibre) ao 27 G (menor calibre). Indica-se a utilização deste quando não há a 
necessidade de manter-se o paciente com infusão contínua, já que este tipo de 
dispositivo favorece a transfixação da veia pelo cateter, bem como apresenta 
maior risco de infiltração no espaço extra-vascular. Associado a isto, em função 
da restrição de seu calibre, acarreta em maior tempo necessário de infusão, 
comparando-se aos dispositivos endovenosos de longa permanência. 
 
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Estes, por sua vez, comercialmente conhecidos como “abocath” ou “Jelco” 
possuem um tempo de permanência maior, permitindo também a infusão de 
grandes volumes de forma rápida. Outra vantagem destes dispositivos é a 
possibilidade de retirada do mandril metálico, permanecendo no espaço intra-
lumial apenas o dispositivo maleável, o que impede a perda do cateter por 
transfixação e também favorece a movimentação do membro. 
Os jelcos são dispositivos flexíveis onde a agulha é envolvida por um mandril 
flexível, após a punção, a agulha é retirada ficando na luz da veia apenas o 
mandril. São numerados em números pares do 14 (maior e mais calibroso) até o 
24(menor e mais fino): 
 Jelco 14 e 16: Adolescentes e Adultos, cirurgias importantes, sempre que se 
devem infundir grandes quantidades de líquidos. Inserção mais dolorosa exige 
veia calibrosa. 
Jelco 18: Crianças mais velhas, adolescentes e adultos. Administrar sangue, 
hemoderivados e outras infusões viscosas. Inserção mais dolorosa exige veia 
calibrosa. 
Jelco 20: Crianças, adolescentes e adultos. Adequado para a maioria das 
infusões venosas de sangue e outras infusões venosas (hemoderivados). 
Jelco 22: Bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). 
Adequado para a maioria das infusões. É mais fácil de inserir em veias pequenas 
e frágeis, deve ser mantida uma velocidade de infusão menor. Inserção difícil, no 
caso de pele resistente. 
Jelco 24: RN’s, bebês, crianças, adolescentes e adultos (em especial, idosos). 
Adequado para a maioria das infusões, mas a velocidade de infusão deve ser 
menor. É ideal para veias muito estreitas, por exemplo, pequenas veias digitais 
ou veias internas do antebraço em idosos. 
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Dentre os produtos oferecidos pelos variados fabricantes, os mais utilizados 
possuem em sua composição poliuretano. Também podem ser encontrados no 
mercado os dispositivos que possuem na sua composição silicone ou teflon, 
tendo seus usos também recomendados. O manuseio destes dispositivos não 
requer paramentação cirúrgica, contudo exige técnica asséptica, preservando a 
esterilidade na porção distal que entrará em contato com o paciente. 
As indicações para esta via de administração são: grandes volumes de 
medicações; substancias irritantes que poderia causar necroses por outra via; 
ação imediata da droga; infusão rápida de soluções. Não ha limite de volume a 
ser administrado por esta via, exceto nos casos de patologias ou indicação 
clínica. 
As vantagens da infusão intravenosa sobre os acessos orais, intramusculares e 
subcutâneos se dão, sobretudo, diante da ação instantânea da droga ou fluidos 
em situações de emergência, na suspensão imediata da administração da droga 
frente a reações adversas e no controle sobre a velocidade e a diluição em que 
as drogas são administradas. 
Locais para punção venosa periférica 
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A primeira escolha para a punção venosa é a fossa cubital por apresentar veias 
periféricas de maior calibre e melhor visualização, bem utilizada em coleta de 
exames ou punções de emergências, já não tão bem aproveitadas para a 
manutenção de acessos periféricos a pacientes com necessidade de longa 
permanência do acesso, sendo assim devemos nos atentar e conhecer novos e 
melhores locais de punção seguindo a anatomia circulatória. 
Locais possíveis para punções venosas: as ilustrações a seguir mostram as 
localizações anatômicas de veias que podem ser utilizadas para a punção 
venosa periférica. Os locais utilizados com maior frequência estão no antebraço, 
seguidos pelos locais na mão. Tenha em mente que o uso das veias da perna 
aumenta o risco do paciente para a tromboflebite, e jugulares o risco de punção 
arterial seguindo por complicações dessa região como gânglios e artérias. 
 
Região cefálica: bastante utilizada em bebês. 
 
 Região dos membros superiores: braço (cefálica e basílica), antebraço 
(cefálica, cefálico-acessória, basílica, intermediária do antebraço). 
A veia basílica começa no dorso da região radiocárpica, cruza a margem medial 
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do antebraço em seu terço distal e situa-se na face anterior. Chega à altura do 
epicôndilo medial e passa a acompanhar a face medial do braço, seguida pelo 
nervo cutâneo medial do braço. Perfura a fáscia do braço para terminar numa 
veia braquial. 
A veia cefálica é superficial e corre lateralmente ao membro superior (posição 
anatômica). Tem uma comunicação com a veia basílica pela veia intermédia do 
cotovelo e drena para a veia axilar mais medialmente ao trígono clavipeitoral. 
Essa veia passa entre os músculos deltoide e peitoral maior no braço e muitas 
vezes são visíveis na pele. 
 
 Região da mão: Veia basílica, veia cefálica e veias metacarpianas dorsais. 
 
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Região dos membros inferiores (veias de última escolha): Veia safena magna 
 
 
Materiais: 
• Bandeja; 
• Dispositivo intravenoso, compatível com o acesso venoso do paciente: 
 TIPOS Agulhado (scalp) 27, 25, 23 e 21; Sobre agulha (jelco) 24, 22, 20 e 18 . 
• Garrote. 
• Gaze ou bolas de algodão. 
• Luva de procedimento. 
• Solução anti-séptica álcool a 70% ou clorexidina solução alcoólica (0,5%). 
• Adesivo para fixação do cateter (indica-se em ordem preferencial o 
curativo transparente semipermeável estéril, micropore e esparadrapo). 
• Foco de luz ( opcional). 
• Tesoura (opcional). 
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• Sabão líquido e papel toalha. 
• Equipamento de proteção individual (máscara cirúrgica, óculos de 
proteção e luva de procedimento) 
• Polifix preferencialmente de duas vias; 
• Seringa de 10 ml. 
• 01 agulha. 
• 01 flaconete de soro fisiológico a 0,9% 
 
Técnica 
1. Ler a prescrição médica; 
2. Higienizar as mãos com água e sabão; 
3. Separar o material necessário; 
4. Realizar a desinfecção da bandeja ou cuba rim com álcool à 70%; 
5. Realizar a higienização das mãos com álcool à 70% glicerinado; 
 6. Preparar o material, preencher o polifix com soro fisiológico e manter seringa 
com a solução acoplada; 
 7. Apresentar-se ao paciente e acompanhante;
8. Checar a identificação do paciente; 
9. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante; 
10. Posicionar o paciente em decúbito dorsal de modo confortável, com a área de 
punção exposta e sobre um protetor impermeável (preferencialmente); 
11. Inspecionar e palpar a rede venosa dando preferência as veias mais 
proeminentes, firmes e menos tortuosas, priorizando a porção distal em sentido 
ascendente. Pode ser necessário garrotear o membro para facilitar a visualização 
da rede venosa. O garroteamento deve impedir o retorno venoso, mas não deve 
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ocluir o fluxo arterial, é importante controlar o tempo do garroteamento e quando 
necessário soltar o garroteamento temporariamente. 
12. Colocar os equipamentos de proteção individual: a máscara cirúrgica e óculos 
de proteção; 
13. Higienizar as mãos com álcool glicerinado; 
14. Calçar as luvas de procedimento; 
15. Abrir a embalagem do cateter de forma estéril, deixando-o protegido; 
16. Garrotear o local para melhor visualizar a veia, 4 a 6 polegadas (10 a 15 cm) 
acima do local de inserção proposto; 
17.Fazer a antissepsia do local com algodão embebido em álcool à 70% ou 
clorexidina alcoólica à 0,5%, no sentido do proximal para distal, três vezes; 
18. Realizar punção com o cateter escolhido, sempre com o bisel voltado para 
cima, introduzir a agulha no ângulo de 30 a 45º; 
19. Ao visualizar o refluxo sanguíneo, estabilize o cateter com uma mão e solte o 
garroteamento com a outra mão. Aplique uma leve pressão com o dedo médio da 
mão não dominante 3 cm acima do local de inserção; 
20. Retirar o guia do dispositivo sobre agulha (jelco); 
21. Acoplar o polifix preenchido com solução fisiológica à 0,9% conjugado à 
seringa ao cateter; 
22. Testar o fluxo do acesso venoso, injetando solução fisiológica à 0,9%. 
Quando observar infiltração do acesso ou obstrução total do cateter, remover o 
cateter e repetir novo procedimento, com outro dispositivo. 
23. Salinizar o acesso com solução fisiológica à 0,9% e fechar o polifix. Caso seja 
indicado conectar a hidratação venosa. 
24. Realizar fixação adequada com adesivo disponível. 
25. Identificar a punção: data, tipo/nº do dispositivo, hora do procedimento, nome 
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e registro do profissional; 
26.Recolher o material, descartando os perfurantes em recipiente adequado. 
Deixar o ambiente em ordem; 
27. Higienizar as mãos com água e sabão; 
28. Realizar as anotações do procedimento, assinando e carimbando o relato. 
Informações importantes: 
 
✓ Posicionar o braço do paciente sobre o suporte ou sobre a cama e escolher o 
melhor acesso. Começar a puncionar sempre pela parte distal e se for 
manter soroterapia evitar punções em articulações; 
✓ Nunca dar tapinhas sobre as veias, isso pode causar lesões nos vasos e se 
paciente tiver de ateromas aderidos na parede vascular, pode sofrer uma 
embolia, pois isso estimula o deslocamento de trombos; 
✓ Se o paciente tiver acesso venoso difícil, pedir para ele colocar o braço abaixo 
do nível do coração e abrir e fechar a mão em movimentos repetitivos. Isso 
melhora a visualização do acesso venoso; 
✓ Evitar punções nos MMII já que o retorno venoso e mais difícil pela ação da 
forca da gravidade. Isso e mais complicado ainda em pacientes com 
insuficiência vascular periférica; 
✓ Colocar o garrote próximo ao local de punção para provocar a êxtase 
sanguíneo; 
 
✓ Fazer uma anti-sepsia ampla; 
 
✓ Se for puncionar com scalp, retirar o ar do circuito. E se for instalar 
soroterapia, conectá-lo no equipo de soro; 
✓ Manter o bisel voltado para cima; 
 
✓ Distender a pele no local de punção; 
 
✓ Usar ângulo de aproximadamente 15 graus; 
 
✓ Para ver se está corretamente na veia verificar o retorno sanguíneo; 
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✓ Soltar o garote e iniciar a infusão lentamente e observar possíveis reações do 
paciente; 
 
✓ Ao retirar o acesso venoso, comprimir firmemente o local e pedir para o 
paciente não dobrar o braço se for à articulação, pois isso proporciona o 
aparecimento de hematomas; 
✓ Colocar um curativo no local da punção. 
 
Cuidados importantes: 
 Os locais preferidos para a punção venosa periférica são as veias cefálica e 
basílica no antebraço; os locais que devem ser evitados são as veias da perna e do pé, 
por causa do maior risco de tromboflebite e infecção. As veias antecubitais podem ser 
utilizadas se não existir outro acesso venoso disponível. 
 As venopunções subsequentes não devem ser realizadas proximalmente a 
uma veia previamente utilizada, ou lesionada. - Ao perfurar a veia deve-se inserir o cateter 
por método direto ( diretamente sobre a veia) para agulha de pequeno calibre, veias 
frágeis e ou tortas, além de veias com risco aumentado de hematoma. O método indireto ( 
na pele ao longo do lado da veia inserindo o cateter em seu ponto distal) pode ser usado 
em todas as punções. 
 Pode-se proteger a área do garroteamento com gaze não estéril ou tecido fino 
( ex. manga da camisola) para proteção da pele frágil em pacientes pediátricos e idosos 
ou com excesso de pêlos. 
 Os últimos estudos científicos preconizam o uso de coberturas estéreis com 
membrana transparente semipermeável, quando não possível indica-se o uso do 
micropore ou esparadrapo. Quando utilizada cobertura não impermeável deve-se proteger 
o sítio de inserção do cateter com plástico durante o banho. 
 Deve-se escolher um local de punção que não interfira nas atividades diárias 
do paciente ou procedimentos planejados, como exemplo preservar o membro com plegia 
para a realização 
Venóclise ou soroterapia 
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Definição: E a administração, através de uma veia, de regular quantidade de liquido 
no organismo. É indicada para: 
 
Repor líquidos nos casos de hemorragia, choque, desidratação; 
• Manter veia para administrar medicamentos EV; 
• Administrar medicamentos, proteínas, eletrólitos, vitaminas. 
Soluções mais Utilizadas 
Soro glicosado 5%, 10%, 25%, 50%, soro fisiológico, soro glicofisiologico, solução de 
manitol, solução de bicarbonato de sódio a 3% e 10%. Solução de ringer simples, 
solução de ringer lactato, solução de aminoácidos, etc... 
 
Locais de Aplicação 
Em quaisquer veias do corpo, de acordo com as necessidades e condições clínicas do 
paciente. Controlar o gotejamento conforme a prescrição e deixar o paciente em 
posição confortável. 
 
Material 
Bandeja, frasco de soro com solução prescrita, Scalp ou Jelco, cortador de soro 
descartável, recipiente com bolas de algodão embebidas em álcool a 70%, suporte para 
frasco de soro, tala ou atadura para imobilização (se necessário), seringa e agulha 
esterilizada, garrote, esparadrapo em tiras, equipo de soro, luvas para procedimento, 
identificação do soro. 
 
 
Técnica 
✓ Lavar as mãos; 
 
✓ Verificar pela prescrição: nome do medicamento, data, horário, 
dosagem, nome do paciente, leito e quarto; 
✓ Dispor o material a ser usado, sobre o balcão da sala de medicação; 
 
✓ Observar as características da solução contida no frasco; 
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✓ Abrir o frasco de solução com cortador de soro descartável; 
 
✓ Acrescentar a medicação prescrita, obedecendo aos princípios de 
assepsia; 
 
✓ Conectar o equipo de soro no frasco; 
 
✓ Retirar o ar do equipo, escorrendo o soro ate a extremidade livre do 
equipo;
✓ Proteger a extremidade livre do equipo; 
 
✓ Fazer nível no copinho (câmara gotejadora); 
 
✓ Clamp o equipo; 
 
✓ Colocar a identificação no frasco de soro 
a) Nome do paciente, leito e quarto; 
b) Nome e volume da solução; 
c) Nome e quantidade das medicações acrescidas; 
d) Mínimo de gotas por minuto; 
e) Inicio e termino da soroterapia; 
f) Data e horário; 
g) Assinatura do funcionário que instalou. 
 
✓ Colocar o frasco na bandeja, devidamente identificado; 
 
✓ Completar a bandeja com o resto do material necessário; 
 
✓ Explicar o procedimento e a finalidade ao paciente; 
 
✓ Pendurar o frasco no suporte de soro, junto ao leito do paciente; 
 
✓ Calcar luvas de procedimento; 
 
✓ Puncionar a veia conforme técnica de medicação endovenosa, que 
na soroterapia faz uso de scalp ou jelco; 
✓ Conectar o scalp ou jelco ao equipo de soro, apos puncionar veia; 
 
✓ Fixar o cateter intravenoso ou scalp, com esparadrapo; 
 
✓ Desclampear o equipo de soro; 
 
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✓ Graduar o numero de gotas prescritas; 
 
✓ Certificar-se de que o soro esta correndo na veia; 
 
✓ Deixar o paciente em posição confortável e o ambiente em ordem; 
 
✓ Checar a instalação do soro, colocando a hora e 
anotando quaisquer irregularidades, se houver; 
Obs.: - Em caso de pacientes inconscientes, agitado ou criança, fazer imobilização; 
- Ao termino do soro: retira-lo ou trocá-lo por outro. 
 
 
Retirada de Soro Endovenoso (Venóclise) 
Material 
• Bandeja, 
• curativo para acesso venoso, 
• Algodão com álcool a 70%, 
• Luvas para procedimento. 
Técnica 
✓ Lavar as mãos; 
 
✓ Calcar as luvas de procedimento; 
 
✓ Explicar ao paciente o que será feito; 
 
✓ Clampear o equipo de soro; 
 
✓ Retirar o esparadrapo que fixa o scalp ou cateter intravenoso a pele do 
paciente, com algodão ou gaze embebida em álcool; 
✓ Colocar outro algodão com álcool próximo ao scalp ou cateter 
intravenoso e retire-o aplicando leve pressão; 
✓ Observar se houve hemostasia; 
 
✓ Observar se o local necessita de cuidados especiais; 
 
✓ Checar na prescrição, o termino da soroterapia e anotar na 
Observação de Enfermagem;

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