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26
DENICE DE souza 
educação infantil -anos iniciais e psicopedagogia 
2021
denice de souza 
EDUCAÇÃO INFANTIL -ANOS INICIAIS E PSICOPEDAGOGIA 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à FAVENI, como requisito parcial para a obtenção do título de Pós graduado Pedagogia .
Orientador: Erilaine Gregório 
 
2021
DENICE DE SOUZA 
EDUCAÇÃO INFANTIL -ANOS INICIAIS E PSICOPEDAGOGIA 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faveni, como requisito parcial para a obtenção do título de Pós Graduação Pedagogia .
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Erilaine Gregório
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
26 maio de 2021
Dedico este trabalho Dedico aos meus pais, que tanto contribuíram para a minha vitória. Ao meu esposo, companheiro de todas as horas e, em especial, a minha filha maria clara , dedico os louros da conquista de mais um caminho percorrido na minha carreira profissional.
AGRADECIMENTOS 
A Deus, pela sua imensa bondade ao permitir que mais esta trajetória da minha vida acadêmica seja cumprida com pleno êxito. Aos meus mestres pela dedicação e paciência que tiveram nessa caminhada rumo ao conhecimento. Aos familiares, amigos e colegas de turma que participaram de forma direta e indireta dessa conquista.
SOUZA, DENICE. Educação Infantil -nos anos iniciais e Psicopedagogia . 2021. 23 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso ) Pós Graduação Pedagogia – Faveni, 2021.
RESUMO
A pesquisa se constitui na abordagem da função do Psicopedagogo no processo de ensino aprendizagem bem como sua importância dentro da instituição escolar e as possíveis intervenções psicopedagógicas dos problemas de aprendizagem nos anos iniciais. Destaca-se a importância deste profissional, para assessorar a coordenação pedagógica, professores e pais das instituições escolares, podendo assim, colaborar na qualidade de ensino. A metodologia utilizada neste trabalho foi a de pesquisa bibliográfica que aborda teorias e práticas psicopedagógicas no âmbito institucional escolar.
Palavras-chave: Psicopedagogo. Instituição escolar. Ensino-aprendizagem.
ABSTRACT
The research constitutes the educational psychologist's function approach to teaching-learning process and its importance within the educational institution and the possible psycho-pedagogical interventions of learning problems in the early years. The importance of professional Stands out, to advise the pedagogical coordination, teachers and parents of school institutions and may thus collaborate in the quality of teaching. The methodology used was the literature that addresses theories and psycho-pedagogical practices in the school institutional context.
Keywords: learning. educational psychologist. School institution. Teaching and 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................11
2 FUNDAMENTOS DA PSICOPEGAGOGIA ............................17
3 QUAL A DEFINIÇÃO DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS ..............................................................................................19
3.1 O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO DIANTE AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM..................................................................20
4 METODOLOGIA .....................................................23
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................25
6 Referencias .....................................26
 
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o objetivo de demonstrar a importância do desenvolvimento do trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar. Para que esta afirmação possa ser analisada de forma positiva, haverá necessidade de identificar as formas de intervenção do Psicopedagogo e reconhecer a viabilidade do assessoramento do Psicopedagogo na instituição escolar, estabelecendo parâmetros das funções exercidas pelo Psicopedagogo na Instituição Escolar. Dentro do contexto escolar atual, com os problemas de aprendizagem cada vez maiores e mais complexos é preciso identificar quais são os benefícios e as soluções que um Psicopedagogo pode trazer ao exercer plenamente sua profissão, no âmbito do assessoramento na Instituição Escolar. A Psicopedagogia é uma especialidade na área da Educação que estuda o processo de aprendizagem e a relação do ser humano com o conhecimento ao mesmo tempo em que busca a integração com outras áreas do conhecimento como a Psicologia, a Pedagogia, a Neurologia entre outras. São crescentes os problemas ligados às dificuldades de aprendizagem no Brasil e diversas as suas origens. Como a escola é responsável por grande parte da formação e da aprendizagem do ser humano, torna-se também responsável pela busca das soluções. Nesse contexto, o Psicopedagogo na sua função preventiva pode atuar dentro da instituição escolar, trabalhando na análise e prevenção das dificuldades de aprendizagem juntamente com toda a equipe escolar, para a melhoria das condições do processo ensino-aprendizagem. A fundamentação teórica pretende descrever brevemente o que é a Psicopedagogia e o psicopedagogo, suas funções, perspectivas e problemáticas no contexto escolar. Em seguida, fazer uma avaliação geral do papel do psicopedagogo desde os primórdios até os tempos atuais, percorrendo sua história e as diversas mudanças e aperfeiçoamentos nesta área. E por fim, estabelecer o contexto do Psicopedagogo no ambiente escolar, sua necessidade, sua importância e os princípios a serem seguidos para a atuação na escola, junto aos alunos, professores e pais, dentro da primeira e principal problemática: a aprendizagem. A opção por esta temática foi fundamentada no ensejo e necessidade desconhecer melhor o papel do psicopedagogo na instituição escolar, sua importância e os aspectos relativos aos processos envolvidos. A metodologia utilizada neste trabalho é a pesquisa bibliográfica que aborda teorias e práticas psicopedagógicas no âmbito institucional escolar. Em sendo assim, o trabalho monográfico encontra-se dividido em cinco capítulos, o primeiro consta a introdução, onde expusemos os objetivos, os problemas e a justificativa. O segundo, expusemos a fundamentação da psicopedagogia. No terceiro, o que é a aprendizagem e a dificuldade de leitura, bem como o papel do psicopedagogo, diante das aludidas dificuldade de aprendizagem. Na sequencia, discorremos sobre a metodologia, considerações finais e as referencias, tudo de acordo com a ABNT.
2 FUNDAMENTOS da psicopedagogia 
As origens da Psicopedagogia remontam à Europa do século XIX, especificamente na França onde ocorreram as primeiras tentativas de articulação entre a Medicina, a Psicologia, a Psicanálise e a Pedagogia. Há documentos de Janine Mery, apresentando considerações sobre o termo Psicopedagogia Curativa, termo utilizado para definição da ação terapêutica sobre as crianças que experimentavam dificuldade ou lentidão, em relação aos colegas e às aquisições escolares. Lá se encontram, também, os trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico-psicopedagógico na França (BOSSA, 2000 Apud BEYER, 2007). A Psicopedagogia constitui-se em uma justaposição de dois saberes - psicologia e pedagogia - que vai muito além da simples junção dessas duas palavras. Isto significa que é muito mais complexa do que a simples aglomeração de duas palavras, visto que visa a identificar a complexidade inerente ao que produz o saber e o não saber. É uma ciência que estuda o processo de aprendizagem humana, sendo o seu objeto de estudo o ser em processo de construção do conhecimento. Surgiu no Brasil devido ao grande número de crianças com fracasso escolar e de a psicologia e a pedagogia, isoladamente, “não darem conta” de resolver tais fracassos. O Psicopedagogo, por sua vez, tem a função de observar e avaliar qual a verdadeira necessidade da escola e atender aos seus anseios, bem como verificar, junto ao Projeto Político-Pedagógico, como a escola conduz o processo ensino aprendizagem, como garante o sucesso de seus alunose como a família exerce o seu papel de parceira nesse processo. Considerando a escola responsável por grande parte da formação do ser humano, o trabalho do Psicopedagogo na instituição escolar tem um caráter preventivo no sentido de procurar criar competências e habilidades para solução dos problemas. Com esta finalidade e em decorrência do grande número de crianças com dificuldades de aprendizagem e de outros desafios que englobam a família e a escola, a intervenção psicopedagógica ganha, atualmente, espaço nas instituições de ensino.
As ideias francesas influenciaram a ação psicopedagógica argentina, de grandes nomes como Sara Paín, Alícia Fernandez e Jorge Visca e foi a Psicopedagogia argentina, que influenciou a práxis brasileira (BEYER, 2007). Os estudos referentes à Psicopedagogia, no Brasil, têm uma história de aproximadamente 30 anos, inicialmente dedicados à pesquisa - em forma de grupos de estudos, que refletiam sobre a prática educacional. No Brasil, a formação do psicopedagogo vem ocorrendo em caráter regular e oficial desde a década de 70 em instituições universitárias de renome. Esta formação foi regulamentada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em cursos de pós-graduação e especialização, com carga horária mínima de 360h. O curso deve atender às exigências mínimas do Conselho Federal de Educação quanto à carga horária, critérios de avaliação, corpo docente e outras. Não há normas e critérios para a estrutura curricular, o que leva a uma grande diversificação na formação. Os cursos de psicopedagogia formam profissionais aptos a trabalhar na área clínica e institucional, que pode ser a escolar, a hospitalar e a empresarial. No Brasil, só poderão exercer a profissão de psicopedagogo os portadores de certificado de conclusão em curso de especialização em psicopedagogia em nível de pós graduação, expedido por instituições devidamente autorizadas ou credenciadas nos termos da lei vigente - Resolução 12/83, de 06/10/83 - que forma os especialistas, no caso, os então chamados "especialistas em psicopedagogia" ou psicopedagogos. Na década de 1970 os primeiros cursos na área de Psicopedagogia foram oferecidos. Mas, foi nos anos 1990, que estes cursos proliferaram pelo Brasil - que têm nas Regiões Sul e Sudeste, maior demanda de especialização e trabalhos realizados. Em se tratando de definir termos, Bossa (2000) ressalta que a palavra psicopedagogia é complexa. Assim, vejamos que:
Psicopedagogia: Termo cujo aparecimento no início do século XX não pôde causar admiração, de tal modo parecia evidente, na época, a privilegiada relação da pedagogia com a psicologia, que era considerada renovadora do conhecimento do sujeito da educação: a criança. No final do século, esse privilégio é contestado. As realidades da educação dependem igualmente, e até mais, de uma socio pedagogia, cuja ausência no inventário das ciências demonstraria a força de ideologia psicologista. A psicopedagogia é uma das possíveis abordagens da situação educacional, a que leva em consideração seus componentes psicológicos: característicos dos indivíduos e dos grupos, relações professores-alunos, articulação dos conteúdos e dos métodos com os processos individualizados de aprendizagem, etc. (DORONE PAROT, 2001, p. 634).
Segundo Bossa (2000), Mary aponta esses educadores como pioneiros no tratamento dos problemas de aprendizagem, observando, porém, que eles se preparavam mais pelas deficiências sensoriais e pela debilidade mental do que propriamente pela desadaptação infantil.
No Brasil também encontramos alguns pesquisadores famosos: Helena Antipoff, Maria Helena Novaes, Dinah Martins de Souza Campos, Odette Lourenço Van Kolk, Genny G. de Moraes, Maria Alice Vassimon, Madre Cristina Sodré Dória. Constata-se nos trabalhos psicopedagógicos teorias atuais de Jean Piaget, Vygotsky, Emilia Ferreiro. Além deles há o resgate de Freud, Jung, Lacan, Rogers, Skinner (SILVA, 1989).
3 DEFINIÇÃO DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS
A busca pela aprendizagem é inata no ser humano, desde pequeno sente necessidade de demonstrar o que sabe fazer, ou seja, que é capaz de aprender. Assim, as mudanças que acontecem no comportamento da pessoa são resultados do vínculo entre as experiências anteriores e os novos conhecimentos adquiridos. Essas mudanças podem ser facilmente observadas em crianças, pois tudo que existe ao seu redor é novo e desperta curiosidades. É por meio dessas experiências que elas aprendem a falar, andar, comer, agradar as pessoas que as cercamA aprendizagem é um processo cognitivo, mas também um processo bastante complexo que envolve o ser humano na sua totalidade, emocionalmente, intelectualmente e fisicamente, sendo sempre um processo individual e subjetivo inerente a cada indivíduo, uma vez que envolve a personalidade de cada um, as suas expectativas e experiências pessoais, envolvendo, por isso, toda a sua história pessoal e a sua componente psíquica e mental. Por isso, nem todas as pessoas aprendem as mesmas coisas a partir da interação com o meio físico, social e cultural que nos rodeia e nem todas as pessoas conseguem aprender as mesmas coisas da mesma maneira. Cada um aprende novas coisas apropriando essas aprendizagens à sua mente, à sua personalidade, ao seu próprio EU físico e psíquico, criando significados diferentes para essas mesmas aprendizagens. É efetuada uma síntese entre aquilo que somos e que já sabemos e aquilo que aprendemos de novo. O processo de aprendizagem ocorre tanto de maneira planejada, como de maneira natural, espontânea, mas, ele é um processo constante e inacabado, pois acompanha o homem desde seu nascimento até o fim dos seus dias. É importante compreender que a aprendizagem anda junto com o crescimento, é adquirir gradativamente a independência pessoal. Nesse processo educativo a criança aprende a transferir os afetos para o grupo familiar e a busca identificação em colegas e professores.
Assim, o principal desafio dos pais e professores é ajudar a criança a adquirir confiança em si mesma, a acreditar na própria capacidade. É importante saber que as pessoas aprendem de diferentes maneiras e que sua energia pode ser encaminhada para encontrar estratégias adequadas para a aprendizagem, ao invés de procurar maneiras de esconder suas dificuldades. Por isso os educadores têm grande responsabilidade em detectar tais dificuldades e procurar saná-las. As crianças precisam de um ambiente estimulador, seguro, onde sejam motivadas a enfrentarem suas limitações. Entende-se que o trabalho em sala de aula extravasa as fronteiras de uma temática abordada, isso evidencia que o ensino e a aprendizagem não podem estar limitados ao estabelecimento de um padrão de intervenção homogêneo e idêntico para todos os alunos.
 Importante evidenciar que:
A psicopedagogia tem procurado auxiliar na ação psicopedagógica da sala de aula, propondo ao educador o resgate humano, além da preocupação com o saber. Levar o educador a pensar e compreender seu aprender certamente facilita e desvenda o fazer psicopedagógico ao educador. (OLIVEIRA, 2009, p. 125).
A dinâmica dos acontecimentos em sala de aula onde ocorre a aprendizagem é tão diversa que mesmo uma aula planejada, detalhada e consistente dificilmente ocorre conforme o imaginado: o olhar, o tom de voz, algumas manifestações de afeto ou desafeto e diversas outras variáveis interferem diretamente no processo de aprendizagem. É difícil encontrar uma definição de aprendizagem que abranja tudo que está envolvido no processo de aprender. Deve-se destacar que o processo de aprendizagem já não é considerado uma ação passiva de, nem de ensinamento uma simples transmissão de informação. Ao contrário, deve-se priorizar uma aprendizagem interativa, da dimensionalidade do saber. A aprendizagem supõe uma construção que ocorre por meio de um processo mental que implica na aquisição de um conhecimento novo. É sempre uma reconstrução interna e subjetiva, processada e construída interativamente. Quando falamos sobre a aprendizagem, compreendemos que existemdiferentes correntes e teorias existentes que são subjacentes aos modelos explicativos com repercussões no desenvolvimento de práticas pedagógicas. Entende-se que essas práticas são de grande relevância uma vez que a aprendizagem ocorre em todos os momentos e em todos os lugares. As teorias cognitivas, primordialmente estudam os processos cognitivos, as estruturas do conhecimento, as estratégias de ensino, resolução de problemas, de processamento da informação e transferência da aprendizagem a novas situações. Essas teorias têm o objetivo de desenvolver métodos eficazes de ensino, se preocupam em estudar a aprendizagem escolar analisando as implicações da sua teorização, apresentam propostas e tipos de modelos de aprendizagem.
Nesse sentido, convém mencionarmos que:
No diagnóstico, tratamos de observar, desnudar e começar a esclarecer os significados da modalidade de aprendizagem. Para descrever a modalidade, observamos: a) A imagem de si mesmo como aprendente; como agem fantasticamente as figuras ensinantes pai e mãe. b) O vínculo com o objeto de conhecimento. c) A história das aprendizagens, principalmente algumas cenas paradigmáticas que fazem a novela pessoal de aprendente que cada um constrói. d) A maneira de jogar. e) A modalidade de aprendizagem familiar. Ainda que a modalidade de aprendizagem em um paciente com problemas para aprender costume ser sintomática, e por isso lhe dificulta aprender, por outro lado também algo lhe permitiu e lhe permite aprender. Portanto, no DIFAJ vamos tratar de investigar como fez para aprender o que aprendeu. (FERNÁNDEZ 1991, P.107-108)
.
3.1 O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO DIANTE AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM.
O psicopedagogo estuda os processos de aprendizagem de crianças, adolescentes e adultos. Ele identifica as dificuldades e os transtornos que interferem na assimilação do conteúdo, que segundo BOSSA (2000) fazendo uso de conhecimentos da psicologia e da antropologia para analisar o comportamento do aluno. Promove intervenções em caso de fracasso ou de evasão escolar. Pode atuar com pacientes em hospitais, ou em centros comunitários. Pode, ainda, manter consultório, orientando estudantes e seus familiares no processo de aprendizagem. Diante de todo o transcorrido, depreende-se que:
O psicopedagogo auxilia os educadores a aprofundarem seus conhecimentos sobre as teorias de ensino/aprendizagem e as recentes contribuições de diversas áreas do conhecimento, redefinindo-as e sintetizando-as numa ação educativa. Esse trabalho levaria o educador a olhar-se como “aprendente” e como “ensinam-te”, conectando-o com as próprias inseguranças, com a angústia de conhecer e de desconhecer, fazendo-os redimensionar seus próprios modelos de aprendizagem e o seu vinculo com os alunos. (SCOZ, 2009, p. 154).
O profissional da psicopedagogia auxilia na identificação e na resolução dos problemas de aprendizagem, atua e lida com as dificuldades de aprendizagem, sendo os maiores problemas enfrentados por esse profissional, a multirrepetência e a evasão escolar, levando os alunos que possuem essa dificuldade a marginalização e a exclusão social. Assim, de acordo como autor anteriormente citado, o psicopedagogo atua em diversos campos como escola, saúde e empresas, oriundos da articulação de várias áreas aliadas a uma prática clínica ou institucional o psicopedagogo detém um corpo de conhecimentos científicos que considera a multiplicidade de fatores que interferem na aprendizagem. Sendo assim, a sua ação pode ter um caráter preventivo ou interventivo (avaliação, diagnóstico e intervenção) e pretende dar resposta às dificuldades que crianças e adolescentes sentem no seu percurso escolar. Para tanto, procura investigar o processo de aprendizagem do aluno e o seu modo de aprender, a fim de identificar os seus potenciais e as suas limitações, visando entender as origens das dificuldades e/ou distúrbio apresentado durante o processo de aprendizagem. Para que se oriente o aluno no seu processo de aprendizagem, dando ênfase às suas potencialidades. Já que nem sempre as aptidões/potenciais dos alunos são postos em relevo pela escola. O psicopedagogo estimula o desenvolvimento de relações interpessoais, o estabelecimento de vínculos, a utilização de métodos de ensino compatíveis com asmais recentes concepções a respeito desse processo. Procura envolver a equipe escolar, ajudando-a a ampliar o olhar em torno do aluno e das circunstâncias de produção do conhecimento, ajudando o aluno a superar os obstáculos que se interpõem ao pleno domínio das ferramentas necessárias à leitura do mundo. O conhecimento e o aprendizado não são adquiridos somente na escola, mas também são construídos pela criança em contato com o social, dentro da família e no mundo que a cerca. A família é o primeiro vínculo da criança e é responsável por grande parte da sua educação e da sua aprendizagem. É por meio dessa aprendizagem que a criança é inserida no mundo cultural, simbólico e começa a construir seus conhecimentos, seus saberes. Contudo, na realidade, o que temos observado é que as famílias estão perdidas, não estão sabendo lidar com situações novas: pais trabalhando fora o dia inteiro, pais desempregados, brigas, drogas, pais analfabetos, pais separados e mães solteiras. Essas famílias acabam transferindo suas responsabilidades para a escola, sendo que, em decorrência disso, presenciamos gerações cada vez mais dependentes e a escola tendo que desviar de suas funções para suprir essas necessidades. A escola, como observa Sarramona (Apud IGEA, 2005, p 19), “veio ocupar uma das funções clássicas da família que é a socialização: A escola se converteu na principal instituição socializadora, no único lugar em que os meninos e as meninas têm a possibilidade de interagir com iguais e onde se devem submeter continuamente a uma norma de convivência coletiva”. Considerando o exposto, cabe ao psicopedagogo intervir junto à família das crianças que apresentam dificuldades na aprendizagem, por meio, por exemplo, de uma entrevista e de uma anamnese com essa família para tomar conhecimento de informações sobre a sua vida orgânica, cognitiva, emocional e social. O que a família pensa, seus anseios, seus objetivos e expectativas com relação ao desenvolvimento de seu filho também são de grande importância para o psicopedagogo chegar a um diagnóstico:
Evidenciamos nesse aspecto que: 
O diagnóstico psicopedagógico é um processo, um contínuo sempre revirável, onde a intervenção do psicopedagogo inicia, segundo vimos afirmando, numa atitude investigadora, até a intervenção. É preciso observar que esta atitude investigadora, de fato, prossegue durante todo o trabalho, na própria intervenção, com o objetivo de observação ou acompanhamento da evolução do sujeito. (BOSSA, 1994, p.74) 
Aprender é um processo complexo que envolve o indivíduo como um todo, devendo ser levados em consideração o desenvolvimento psicomotor, afetivo e cognitivo da pessoa. Todos fazem parte do processo educacional e para compreender as causas das dificuldades de aprendizagem é necessário reavaliar algumas atitudes escolares, entre elas a avaliação, práticas pedagógicas, organização curricular e da sala de aula, postura do professor, dialogo, gestão, os fatores sociais, pedagógicos e emocionais que interferem na aprendizagem. Buscase um culpado pela não aprendizagem do aluno, mas ficar à procura faz com que deixemos de lado a complexidade que envolve as dificuldades sendo que determinados fatores influenciam, tais como o sujeito, a família, classe social, poder aquisitivo, político etc. Para Fagale (1993), a Psicopedagogia estuda os processos de aprendizagem, ou seja, os mecanismos do aprender e do não aprender, aquilo que interfere, as dificuldades e transtornos de aprendizagem. A Psicopedagogia Institucional se propõe a analisar a instituição educacional como um todo, sujeitos que a compõe, metodologias de trabalho, currículo, a fim de auxiliar no sucesso educacional. O trabalho do Psicopedagogo Institucional está relacionando tanto com o prevenir como solucionaro fracasso escolar. O trabalho preventivo refere-se: a assessoria junto a pedagogos, orientadores e professores. Tem como objetivo trabalhar as questões pertinentes às relações vinculares professor-aluno e redefinir os procedimentos pedagógicos, integrando o afetivo e cognitivo, através da aprendizagem de conceitos, nas diferentes áreas do conhecimento. O Psicopedagogo Institucional trabalha seguindo algumas especificidades: tentando amenizar as dificuldades de aprendizagem analisando as práticas didático metodológicas orientando professores e pais; realizar diagnósticos na instituição a fim de encontrar um déficit escolar como causa para as dificuldades de aprendizagem; e por fim tratar as dificuldades encontradas elaborando oficinas e projetos. Assim: O psicopedagogo institucional trabalha com múltiplas fontes de dados, decorrentes do uso que faz de inúmeros métodos (observação, conversas casuais, entrevistas, documentos), múltiplos tipos de participantes (secretarias de educação, superintendências ou CRES, orientadores educacionais, especialistas em currículo, diretores, professores, entre outros) e várias situações (reuniões de diversos tipos, oficinas de trabalho, vida em instituições e etc.). Portanto, é um trabalho conjunto, a presença do Psicopedagogo na escola facilita o trabalho da gestão e até mesmo dos professores a partir do momento em que este profissional é inserido na equipe como um apoio, mediador e incentivador das atividades escolares, propondo estratégias e didáticas para as dificuldades encontradas na instituição. 
4 METODOLOGIA 
O presente trabalho se fundamenta pelas ideias de vários pesquisadores que discutem sobre a psicopedagogia no âmbito educacional dentre os quais se destacam Bossa (2011), Fernandez (1991) e Scoz (1996). O problema de pesquisa consistiu em saber: ressaltar a importância do psicopedagogo no processo de aprendizagem de crianças nos anos iniciais do ensino fundamental. O que se justifica pelas dificuldades de aprendizagem e os transtornos que impedem o estudante de assimilar o conteúdo ensinado na escola. Este estudo teve como objetivo geral analisar a importância da atuação da psicopedagogia nos anos iniciais do ensino fundamental, no processo de aquisição da aprendizagem das crianças. Sendo assim, este trabalho tem como objetivos: analisar os fundamentos da Psicopedagogia; compreender o que é aprendizagem; verificar quais as dificuldades de leitura e escrita nos anos iniciais e entender o papel do psicopedagogo diante as dificuldades de aprendizagem. O procedimento metodológico escolhido utiliza-se de pesquisa bibliográfica compreendendo uma investigação e posterior reflexão do papel do psicopedagogo inserido no contexto escolar. Portanto, este trabalho pretende contribuir com o profissional da psicopedagogia no que se refere ao papel que o psicopedagogo tem a desempenhar e a sua contribuição para a aprendizagem nos anos iniciais.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo está centrado na contribuição do psicopedagogo no contexto escolar, isto é, por meio de uma atuação diferenciada e pautada na formação do cidadão de uma forma global. Neste processo de busca e reflexão faz-se necessário uma importante indagação: Qual é o real papel do psicopedagogo no contexto escolar? Dessa forma, procuramos refletir criticamente sobre a relevância do psicopedagogo dentro de uma instituição. O que nos desperta para a necessidade de se buscar uma educação de qualidade e consciente de que as crianças aprendem de formas distintas e que se faz necessário um trabalho diferenciado em cada unidade escolar com os alunos que apresentam sérias dificuldades de aprendizagem já nos anos iniciais. É importante também reconhecer as mudanças que têm ocorrido nas diversas fases de desenvolvimento da criança, pois a infância e a adolescência já requerem novos olhares por parte dos educadores, psicopedagogos, psicólogos e pediatras. Diante da realidade já citada é primordial de que haja uma reflexão a respeito do processo da qualidade da educação e a contribuição de outros profissionais neste processo. Nesse sentido, é extremamente relevante um trabalho de estudo e análise que reflita sobre a função e a contribuição de um psicopedagogo no contexto escolar, ou seja, diante do desafio de se lidar com as dificuldades de aprendizagem. É necessário ressaltar a psicopedagogia como complemento, que é a ciência nova que estuda o processo de aprendizagem e dificuldades, muito tem contribuído para explicar a causa das dificuldades de aprendizagem, pois tem como objetivo central de estudo o processo humano do conhecimento: seus padrões evolutivos normais e patologias bem como a influência (família, escola, sociedade) no seu desenvolvimento (SCOZ, 1992). Portanto, diante das sérias dificuldades de aprendizagem dos educandos é muito importante a atuação psicopedagógica nas escolas. O psicopedagogo é extremamente importante na instituição escolar, pois este profissional estimula o desenvolvimento de relações interpessoais, o estabelecimento de vínculos, a utilização de métodos de ensino compatíveis com as mais recentes concepções a respeito desse processo. O psicopedagogo, portanto, pode atuar em diversas áreas, de forma preventiva e terapêutica, para compreender os processos de desenvolvimento e das aprendizagens humanas, recorrendo a várias estratégias objetivando se ocupar dos problemas que podem surgir. Numa linha preventiva, o psicopedagogo pode desempenhar uma prática docente, envolvendo a preparação de profissionais da educação, ou atuar dentro da própria escola. Sendo assim, por meio de técnicas e métodos próprios, o psicopedagogo possibilita uma intervenção psicopedagógica visando à solução de problemas de aprendizagem em espaços institucionais. Juntamente com toda a equipe escolar, está mobilizado na construção de um espaço adequado às condições de aprendizagem de forma a evitar comprometimentos. Elege a metodologia e/ou a forma de intervenção com o objetivo de facilitar e/ou desobstruir tal processo.
REFERENCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 6023: informações e documentação: numeração progressiva das secções e de um documento apresentação: Rio de Janeiro, 2003.
ALESSANDRINI, Cristina dias. Oficina criativa e psicopedagógica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996.
BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da prática. 4ª Ed. Rio de Janeiro, Wak Editora, 2011.
CASTRO, Chary A. Alba; ANTONIO, Marta de Brito. O papel do Psicopedagogo na educação: as contribuições da Psicopedagogia no processo de aprendizagem do adulto e de Alunos de Escola Municipal de Ensino Fundamental 1 (Estudo de Caso). Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2011.
DORAN, Roland; PAROT, Françoise. Dicionário de Psicologia. Lisboa: Climepsi Editores, 2001.
FAGALI, Eloisa Quadros. Oficina Psicopedagógica para o desenvolvimento do raciocínio através da sensibilização e linguagem não verbal. Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia. São Paulo, ano 6. n. 14, 1987.
MARY. Jenine. Pedagogia curativa escolar e psicanálise. Porto Alegre: Artes Médicas. 1985.
SAMPAIO, Simaia. Dificuldades de Aprendizagem: O psicopedagogia na relação sujeito, família e escola. 3ª Ed. Rio de Janeiro, Wak Editora, 2011.

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