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Revista_Bullying_2019

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Sabemos que o bullying tem 
acometido muitas crianças e jovens, 
no Brasil e no mundo, sobretudo 
no ambiente escolar. A Escola da 
Inteligência, atenta a esse fenômeno 
social e empática com toda equipe 
escolar, já atua na prevenção 
deste fenômeno e traz, nessa 
revista, atividades do programa 
que trabalham essa vertente, 
promovendo as habilidades 
socioemocionais nos alunos. Vale 
ressaltar que também atuamos na 
prevenção junto com as famílias, 
pois nos cursos desenvolvidos 
especialmente para elas, abordamos 
esse tema envolvendo-as no 
processo de conscientização, 
prevenção e intervenção. 
 Com o intuito de auxiliar 
a equipe escolar ainda mais neste 
desafio, reunimos aqui informações 
importantes sobre o bullying para 
que se possa trabalhar com todos os 
agentes envolvidos nessa situação 
de violência no contexto escolar. 
 
Desta forma, trazemos o conceito 
“Antibullying 360°”, trabalhando o 
combate ao bullying do ponto de 
vista do comportamento do agressor, 
da proteção emocional da vítima, da 
atitude dos observadores que podem 
tanto apoiar o agressor como se omitir 
em relação à vítima, sendo, neste 
caso, meros espectadores. Trazemos 
também o papel dos mediadores, 
que são os que atuam na erradicação 
do bullying nas escolas. 
 Acreditamos que a 
parceria entre escola, família, 
sociedade e Escola da Inteligência 
poderá promover conscientização 
e gerenciamento emocional em 
nossas crianças e jovens, pois o 
bullying não é uma brincadeira, é 
coisa séria, que deve ser discutida, 
debatida e prevenida. Estamos 
juntos neste desafio de transformar 
relações doentias em saudáveis e 
promover gerações mais felizes! 
Um forte abraço, 
Camila Cury
Queridos Parceiros
DIRETORIA EDITORIAL 
CAMILA CURY
DIRETORIA EXECUTIVA 
BRUNO OLIVEIRA
GERÊNCIA DE PRODUÇÃO DE 
CONTEÚDO 
ANA PAULA GUIROTO DE CASTRO
COORDENADORIA DE 
DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO 
LILIAN VARGAS CHEDE ELIAS DA SILVA
PRODUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE 
CONTEÚDO
PROFª MESTRE FERNANDA ALEIXO CHUFFI
CONSULTORIA EDUCACIONAL 
FABÍOLA FALH
LILIAN VARGAS
MARIA SÂMARA AZEVEDO
PRISCILA LEHN
CONCEPÇÃO DE ARTE E DIAGRAMAÇÃO 
HEMÍLIO CASALETTI
IMAGENS 
SHUTTERSTOCK 
EDIÇÃO DE CONTEÚDO E REVISÃO 
ALINE TAMARA DE OLIVEIRA SILVONI 
Expediente:
Edição: 1ª edição/MAIO2019
Todos os direitos desta edição estão reservados 
à ESCOLA DA INTELIGÊNCIA. Nenhuma 
parte deste material pode ser utilizada ou 
reproduzida sob quaisquer meios existentes 
sem autorização por escrito da empresa.
CAMILA CURY 
DIRETORIA EDITORIAL
Escola da Inteligência.
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Índice
Pág.4
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DA
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MATERIAL DO PROFESSOR
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Parafraseando Schopenhauer, vivemos 
em espaços múltiplos e diversos, onde 
há diferenças, ao mesmo tempo em que 
ocorrem as repetições de sentidos e padrões 
que se homogeneízam socialmente.
Pág.9
O Bullying
Constatamos que as ações educativas 
são complexas, pois envolvem influências e 
comportamentos que se iniciam em casa, 
estendem-se pela escola e sociedade.
Pág.16
Atividades contempladas
no Programa EI
Com base no Protocolo de intervenção 
após casos de violência em contextos 
escolares, o Programa Escola da Inteligência 
trabalha tanto na prevenção contra o bullying, 
por meio do desenvolvimento de habilidades 
socioemocionais nos alunos, como na 
intervenção socioemocional após episódios 
de violência em contextos escolares.
Pág.7
AS FORMAS, PERCEPÇÕES E 
INDÍCIOS DO BULLYING
Alguns atos podem se configurar em 
formas diretas ou indiretas de praticar esse 
fenômeno, há uma versatilidade de atitudes 
que pode ser expressa de maneiras diversas.
Pág.11
ÍNDICES ESTaTístiCOS NO 
BRASIL E NO MUNDO
As Nações Unidas realizaram no ano 
passado uma pesquisa em 18 países (com 
100 mil crianças e jovens) e metade deles 
afirmaram ter sofrido algum tipo de bullying.
Pág.14
OS ENVOLVIDOS: VÍTIMAS, 
AGRESSORES, oBSERVADORES 
E MEDIADOREs
Assim como na história da humanidade, mas 
precisamente entre os gregos com suas tragédias, 
bullying é constituído por personagens e 
enredos, ofertadas por mecanismos que operam 
nas violências provocadas pelo preconceito, não 
aceitação, falta de respeito e empatia às diferenças.
A ESCOLA, A FAMÍLIA E A 
SOCIEDADE
3
ISSO É COISA SÉRIA!
AntiBullying 360º
“Com todas as suas variantes e diferenças, com toda a sua multiplicidade, durante o seu desenvolvimento, a realidade íntima do 
mundo e do homem é sempre a mesma vontade onipotente; a própria história é sempre a repetição do mesmo acontecimento 
sob aparências diversas.” 
Arthur Schopenhauer
Parafraseando Schopenhauer, vivemos em espaços 
múltiplos e diversos, onde há diferenças, ao mesmo 
tempo em que ocorrem as repetições de sentidos e 
padrões que se homogeneízam socialmente. O bullying 
é um fenômeno histórico-social e sinaliza uma sociedade 
que pouco contribui para a erradicação de tal síndrome 
psicossocial, tornando-se cada vez mais polêmico e 
atual, reforçando sintomas e efeitos contemporâneos. 
Esse fenômeno existe desde o início da história da 
humanidade. A violência entre as pessoas está presente 
na competição e no conflito, afirmando-se nos processos 
dissociativos manifestados de formas diversas conforme 
o mundo se (trans)forma. Por compreendermos que a 
sociedade é complexa e heterogênea, ou trabalhamos 
essas discrepâncias, ou estaremos fadados à falta de 
afetividade, de respeito, diálogo e tolerância. 
Com o fomento das ideias citadas acima, e 
buscando iniciativas complementares que devem ser 
implementadas, a Escola da Inteligência (EI) oferece um 
programa de prevenção do bullying por meio da Teoria 
da Inteligência Multifocal, que, de forma eficaz e lúdica, 
ensina a desenvolver o autoconhecimento e a controlar 
suas emoções por meio da paciência, resiliência, foco, 
respeito ao próximo, empatia, do cultivo de relações 
saudáveis, dentre outras habilidades emocionais. 
Nosso intuito é ampliar o conhecimento da família e da 
equipe escolar, capacitando-os, apresentando conceitos, 
ideias com métodos de sensibilização adequados que 
promovam a resolução de problemáticas emergentes 
relacionadas a atos agressivos e discriminatórios, 
possibilidades de reflexão sobre a formação humana, 
de cidadão plenos, éticos e críticos.
4
“...Se tem bigodes de foca. Nariz de tamanduá. Parece meio estranho, heim!-Rum! Também um bico de pato. E um jeitão de sabiá...”
(Roberto Carlos e Balão Mágico – É tão lindo)
Infelizmente, dados nos mostram que a violência 
aumenta a cada dia em nossa sociedade tornando-se 
geradora de uma série de consequências na vida das 
pessoas e seus familiares. Tal situação afeta diretamente o 
seio familiar influenciando as questões educacionais dos 
filhos, que refletem as posturas e condutas dentro dos 
espaços escolares. As fronteiras da violência, no tempo 
e no espaço, se tornam difíceis de serem definidas. É por 
isso que, muitas vezes, a violência pode ser confundida 
com agressão e indisciplina, quando manifestada na 
esfera escolar, dessa maneira a violência no ambiente 
institucional pode ser identificada como bullying.
O termo bullying é derivada do verbo inglês “bully” que 
significa usar a superioridade física para intimidar alguém, 
trazendo sentidos adjetivados como “valentão”, “brigão” 
e “tirano”. Essa terminologia tem sido adotada em vários 
países como designação para explicar uma subcategoria 
de violência, configurada em atos e comportamentos 
agressivos, cruéis, intencionais, repetitivos e com assimetria 
de poder entre os pares.
Como ainda não existe termo equivalente de bullying 
na língua portuguesa, alguns psicólogos estudiosos deste 
assunto, o denominaram de “violência moral”, “vitimização” 
ou “maltrato entre pares”, já que se trata de agressão 
baseada na relação de poder, geralmente, sem motivação 
evidente, mas inerente às relações interpessoais.
Enquanto fenômeno social e mundial o bullying é 
fruto de uma sociedade cada vez mais individualizadae competitiva, com poucos estímulos para a empatia e 
cooperação. Segundo Adorno (1996) a sociedade leva 
os homens às regressões psíquicas que necessitam, a 
cada momento, de se incorporarem à cultura em que 
estão submetidas, dessa maneira, é nessa estrutura 
O BULLYING1.
5
 Uma outra variante do bullying, se deu junto aos 
avanços tecnológicos dentro da modalidade chamada 
cyberbullying, palavra associada ao uso das mídias 
digitais para intimidar e humilhar uma pessoa. 
O cyberbullying é considerado um assédio e essa 
modalidade possui características próprias, além de ter um 
efeito multiplicador e de grandes proporções, uma vez que 
o espaço virtual possibilita a propagação da difamação e 
da agressão, de maneira rápida por meio das mídias sociais 
on-line ou até mesmo por vídeos. 
Como “anônimos” os envolvidos no cyberbullying 
sentem-se “blindados” e se valem de apelidos, contas falsas 
e máscaras, então o cyberbullying “protegido” por de trás 
das telas produzem, propagam e disseminam conteúdos 
de insulto, humilhação e violência psicológica provocando 
intimidação e constrangimento aos envolvidos. 
Os principais aspectos que podem revelar que a criança 
ou adolescente está sendo vítima de cyberbullying são:
• mudanças repentinas no uso da Internet;
• medo de compartilhar o que faz na Internet;
• medo de ir para a escola e encontrar amigos;
• receio de participar de atividades coletivas;
• sinais incomuns de tristeza, irritabilidade, dor de 
cabeça...;
• isolamento no intervalo da escola.
Os praticantes do ciberbullying realizam agressões, 
deixando sua (des)ordem, sua opinião inconveniente, 
semeando brigas e discórdias por meio de mensagens 
social que a constituição do indivíduo não se reduz, 
mas é determinada por fatores sociais e culturais.
Observando então o meio social e os indivíduos, o 
psicólogo norueguês Dan Olweus (1978), foi o pioneiro 
a relacionar a palavra bullying ao fenômeno da ameaça 
ou humilhação, em um estudo que o pesquisador 
constatou que um a cada sete alunos estava envolvido 
em casos de bullying. Dessa forma, para esse cientista 
há três termos essenciais: 
• Comportamento agressivo e negativo; 
• Comportamento executado repetidamente; 
• Comportamento que ocorre num relacionamento 
em que há um desequilíbrio de poder entre as 
partes envolvidas.
O bullying se caracteriza por alguns tipos de maus-
tratos como físico, verbal, moral, psicológico, material 
e virtual, e ocorrem quase sempre quando um ou mais 
integrantes de um grupo escolhem um indivíduo para 
ser espiado sem que este consiga se defender. 
Voltando a epígrafe, então se é diferente do 
que propõe o padrão imposto pelo meio social, os 
agressores se apoiam nas marcas sociais convencionais 
e induzem a opinião dos demais colegas por meio de 
boatos que difamam, ou apelidos que intensificam 
as características tanto físicas quanto psicológicas de 
sua vítima, taxando-o como diferente, esquisito ou 
negativo. Sendo assim, quando uns se divertem à custa 
de outros que sofrem, ocorre a inibição da “vítima” que 
se reprime e pode apresentar caraterísticas mais sérias, 
tais como desordens emocionais e comportamentais.
1.1 - O Cyberbullying
6
depreciativas, esses atos podem ainda vir acompanhados 
de montagens fotográficas alteradas e distorcidas, vídeos 
de animações, notícias falsas, informações inventadas que 
geralmente são compartilhadas.
Para o cyberbullying não existe um perfil específico 
de vítima, geralmente é escolhida entre os pares e 
sem motivos reais, então conforme apontado acima os 
estudantes são expostos nas redes sociais, e tais situações 
podem gerar um transtorno de tamanho inimaginável 
e danos que afetam a autoestima da vítima, causando 
insegurança, medo e vergonha dada à proporção do 
alcance que o conteúdo possa atingir nas mídias digitais.
A vítima pode ter seu e-mail, seu perfil invadido ou 
clonado pelos bullies, que passam a enviar mensagens 
desagradáveis, caluniadoras, difamatórias a outras 
pessoas, culpabilizando e responsabilizando a princípio 
a própria vítima. 
Compreendemos também que o cyberbullying é uma 
extensão do bullying, e é reflexo dos processos sócio-
histórico-ideológico-cultural, pois está embasado na 
interpessoalidade, na total ausência de responsabilidade e 
solidariedade coletiva. 
Assim, enquanto prática violenta prejudica todos os 
envolvidos com ênfase no agressor e na vítima, levando, 
muitas vezes, os estudantes ao isolamento, ou seja, 
ao afastamento dos convívios sociais, aumentando na 
escola o número de faltas e, dependendo do cenário, 
promovendo a evasão escolar. 
Dessa forma, concebemos que o estudante que 
pratica cyberbullying, em muitos casos, também mascara 
necessidades emocionais que são frequentementetrazidas 
de dentro do contexto familiar. Sendo assim, esse 
estudante necessita de apoio, entendimento de regras, de 
compreensão do convívio social e de autoconhecimento, 
um trabalho que envolverá escola, família, o aluno 
e profissionais que o apoiarão na compreensão da 
diversidade humana, na destituição de preconceitos 
enraizados e afirmados na sociedade, demonstrando a 
possibilidade do entendimento sobre o respeito e da 
partilha da solidariedade.
Contudo observa-se que a vida conectada reatualiza 
a violência para um novo formato e quando este 
acontece na escola, o sofrimento não é interrompido, 
pois, o cyberbullying não tem intervalos ou paradas, 
permanecendo fora da escola, ou seja, mesmo quando 
o jovem chega em casa ou nos finais de semana, esse 
tormento continuará sendo praticado em tempo real 
e para uma audiência muito maior do que a da sala de 
aula. Conseguinte, esse fenômeno extrapola os muros da 
escola e se dá em território de vivências sociais tais como 
shopping, cinema, ruas, lanchonete, baladas etc.
Detectar o cyberbullying está longe de ser uma tarefa 
meramente acadêmica, então peguemos como exemplo 
as mídias sociais e uma pesquisa realizada em 2017 que 
descobriu que 42% dos adolescentes sofrem bullying 
nessas mídias, e os alvos não são só adolescentes, um 
exemplo é o guitarrista Brian May – Queen está entre 
aqueles que sofreram ataques em plataformas sociais. Por 
essas razões existem plataformas de inteligência artificial, 
ou seja, “filtro de bullying” que oculta ataques verbais 
aos usuários e rastreia ameaças contra indivíduos em 
comentários e fotos.
Alguns membros da rede social afirmaram que 
identificar e remover ativamente esse material é uma 
medida crucial, já que muitas vítimas não prestam queixa. 
 Ainda nessa perspectiva trazemos Einstein, 
demonstrando que a preocupação com o próprio 
homem e seu destino sempre deve ser o principal 
interesse de todos os empreendimentos tecnológicos 
(...) para que as criações de nossas mentes sejam uma 
benção e não uma maldição para a humanidade, logo 
compreendemos que as mentes humanas são capazes 
de criar diferentes e poderosas ferramentas, mas precisam 
ter os compromissos éticos sobre elas. 
Para evitar que os estudantes adotem essa prática 
entre si, é preciso educar para uma convivência respeitosa 
e esclarecer sobre a seriedade desse assunto, pois, 
crianças e adolescentes não enxergam as proporções de 
seus atos com a mesma consciência que os adultos.
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2. AS FORMAS, PERCEPÇÕES 
E INDÍCIOS DO BULLYING
Alguns atos podem se configurar em formas diretas ou 
indiretas de praticar esse fenômeno, há uma versatilidade 
de atitudes que pode ser expressa de maneiras diversas, 
então o bullying divide-se em duas categorias: 
• Bullying direto – caracterizado por meio de 
agressões físicas (bater, chutar, tomar pertences) 
e verbais (apelidar de maneira pejorativa e 
discriminatória, insultar, constranger);
• Bullying indireto – também conhecido como 
agressão social - caracterizado pela disseminação 
de rumores desagradáveis e desqualificantes, 
visando à discriminação e exclusão da vítima de 
seu grupo social.
O tipo mais comum entre os agressores do gênero 
masculino é o bullying diretoe a agressão social. O 
bullying indireto é mais comum no gênero feminino 
e nas crianças pequenas, esse tipo de bullying é 
caracterizado por induzir a vítima ao isolamento social 
o qual é conquistado por meio de uma diversidade de 
técnicas que, entre outras, incluem: 
• espalhar comentários em fofocas sobre a vítima;
• recusar a socialização com a vítima e intimidar 
também as outras pessoas que desejam se socializar 
com a vítima;
• criticar o modo como a vítima se veste e ou outros 
8
aspectos socialmente significativos (incluindo a 
etnia da vítima, religião, incapacidades etc.).
Segundo Fante (2005), os atos de bullying entre alunos 
apresentam determinadas características comuns:
• Comportamentos deliberados e danosos, produzidos 
de forma repetitiva num período prolongado de 
tempo contra uma mesma vítima;
• Apresentam uma relação de desequilíbrio de poder, 
o que dificulta a defesa da vítima;
• Não há motivos evidentes;
• Seguem algumas formas e palavras que podem 
apresentar ações de bullying: 
• Formas verbais: colocar apelidos, insultar, ofender, 
xingar, fazer gozações, fazer piadas e zoar; 
• Formas físicas e materiais: bater, chutar, espancar, 
empurrar, ferir, beliscar, roubar ou destruir pertences 
da vítima e atirar objetos contra a vítima; 
• Formas psicológicas e morais: irritar, humilhar, 
ridicularizar, excluir, isolar, ignorar, desprezar ou 
fazer pouco caso, discriminar, aterrorizar, ameaçar, 
assediar, chantagear, intimidar, tiranizar, dominar, 
perseguir, difamar, passar bilhetinhos e desenho 
de caráter ofensivo entre os demais, fazer intrigas, 
fofocas ou mexericos; 
• Formas virtuais: os agressores se utilizam dos avanços 
tecnológicos para propagar avassaladoramente as 
difamações, as injúrias, as ameaças, constrangimentos 
ilegais, falsa identidade e calúnias. 
Então se refletirmos a respeito, de uma maneira ou de 
outra, todos nós já fomos submetidos a algum tipo de bullying 
em algum momento da nossa vida. Os bullies estão em todos 
os lugares da nossa sociedade, são tiranos, mascarados e 
impiedosos, apresentam comportamentos agressivos, cruéis, 
sistemáticos e inerentes às relações interpessoais, que podem 
levar a quadros clínicos que exigem cuidados médicos e 
psicológicos para que sejam superados. 
A prática dessa violência agrava problemas 
preexistentes psíquicos e comportamentais tais como: 
sintomas psicossomáticos, transtornos: ansiedade 
generalizada (TAG), pânico, obsessivo-compulsivo (TOC), 
estresse pós-traumático (TEPT), fobias: social e escolar, 
anorexia e bulimia, depressão, esquizofrenia, em casos 
mais graves o suicídio e o homicídio. 
Mesmo com índices crescentes desse fenômeno, 
alguns adultos, julgam o bullying como brincadeiras 
históricas infantis, pois desde sempre é “natural” colocar 
apelidos uns nos outros, tirar “sarro”, dar risadas esdrúxulas, 
assim, essas atitudes são consideradas em sua maioria 
como situações espontâneas e até sadias entre os alunos. 
Se faz necessário perceber o bullying para além de 
fatores sociais-históricos-culturais, e também observá-lo 
como um fenômeno relacional, influenciado por vários 
indivíduos e sistemas, não sendo possível reduzi-lo à 
dualidade agressor/vítima. Nesse sentido, as decorrências 
desse fenômeno atingem também as testemunhas, a 
escola e a comunidade como um todo, perpetuando a 
violência nos diferentes contextos sociais.
9
3. A ESCOLA, A FAMÍLIA E A 
SOCIEDADE
Constatamos que as ações educativas são complexas, 
pois envolvem influências e comportamentos que se 
iniciam em casa, estendem-se pela escola e sociedade, 
sendo os aspectos culturais atuais influenciadores 
contemporâneos de “tempos líquidos”, dessa maneira 
Bauman (1998) afirma que os fatos e ideias estão se 
processando de forma tão veloz que tudo parece escorrer 
por entre os dedos. Nessa fluidez, muitas vezes, nem a 
família e nem a escola conseguem refazer suas próprias 
referências de estereótipos socioculturais mais rígidos, 
autoritários e permeados de pouco diálogo.
Não há uma fórmula para lidar com o 
cyberbullying e bullying, mas é certo que três esferas 
são fundamentais na erradicação desse fenômeno: a 
família, a escola com a garantia dos direitos e deveres das 
crianças e adolescentes, juntamente com a sociedade, 
mais especificamente o Ministério Público.
As consequências dessas mudanças e fenômenos 
de violência unem escolas, professores e pais a agirem 
juntos em prol de princípios melhores de convivência, 
respeito e tolerância.
COMO FICA A ESCOLA NESSE CONTEXTO?
A escola é o primeiro espaço de convivência das 
crianças, sendo assim precisa ter claro suas regras e 
condutas, na formação de cidadãos conscientes, críticos 
e atuantes, pois sabemos que é na escola que os padrões 
de comportamento são reestruturados em parceria com 
a família, com o Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA), com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e 
suas possibilidades dentro da Educação Básica, com os 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) cujo o tema 
ética se faz presente. 
Consequentemente alunos, diretores, coordenadores, 
professores e funcionários devem construir, alinhar e 
sintonizar as regras e condutas de convivência. 
A escola, muitas vezes, não está preparada para 
lidar com cenários inesperados de violência, mas é um 
espaço privilegiado que pode promover o aprendizado 
para muito além do conteúdo acadêmico, devendo, 
sobretudo, criar ambientes de acolhimento, escuta e 
respeito, sendo necessário repensar ações e projetos que 
cuidem do bem-estar dos alunos e de seus funcionários 
de maneira contínua.
A escola deve realizar junto aos órgãos públicos de 
ministérios programas antibullying, conscientizando, 
fortalecendo e ensinando as crianças e os jovens a lidar com 
seus sentimentos, emoções e ansiedades, promovendo 
espaços e ambientes pautados no diálogo, nas trocas e 
nas diversidades, com informações sobre saúde mental, 
prevenção de saúde, demonstrando de maneira prática e 
eficaz a cultura da paz. 
Os professores são potenciais transformadores na 
busca de uma sociedade mais humanitária e ética. O papel 
dos professores está associado ao ato de ensinar e trocar 
experiências, ou seja, ajudar os estudantes a se preparem 
para a vida, orientando os alunos em vários aspectos: 
cognitivos, históricos, sociais, culturais, de convivência, 
suscitando responsabilidade, solidariedade e ética para 
formação de cidadãos reflexivos e atuantes.
Refletindo sobre intervenções propostas por 
Dan Olweus, buscando a cultura da paz, o respeito à 
diversidade, a Escola da Inteligência propõe um trabalho 
com as habilidades socioemocionais, agregando a escola 
(capacitação de professores), as interações familiares, os 
“...Você me diz que seus pais não lhe 
entendem, mas você não entende seus 
pais, você culpa seus pais por tudo, iSSo 
é absurdo, são crianças como você, o que 
você vai ser, quando você crescer...” 
(Renato RuSSo – Pais e Filhos) 
10
alunos e as leis que norteiam o trabalho. Entendemos 
que algumas ações são fundamentais dentro do contexto 
escolar, então, nesse sentido, seguem algumas sugestões, 
inclusive muitas já praticadas no Programa EI:
Sala de Aula
• Estabelecer regras e condutas de convivência pautadas 
em atitudes de respeito, por meio da observação e 
diálogo sobre as dificuldades do grupo;
• Trazer os debates atuais para dentro da sala, buscar 
soluções em grupo, ouvir e dar sugestões;
• Estimular debates dentro da sala, um grupo 
defendendo e outro contra a questão levantada;
• Sancionar prêmios de boas ideias, condutas e práticas;
• Sancionar ações em relação aos agressores, levando-o 
a se responsabilizar, refletir e reparar sobre as atitudes 
efetivadas;
• Promover grupos com assembleias e (re)avaliações 
constantes verificando as condutas, as relações, as 
regras e as convivências dentro do cotidiano escolar;
• Fazer uso das metodologias ativas, para que os alunos 
possam aprender a trabalhar em grupo, ter relações de 
respeitocom os pares e a conviver com o diferente;
• Usar redes sociais, desenho, música, filmes, poesia e 
a arte para anunciar ou denunciar comportamentos, 
sentimentos e ideias.
Escola
• Capacitar professores e funcionários para a 
convivência no ambiente escolar; 
• Fazer reuniões e estudos de temas sociais-históricos-
culturais;
• Desenvolver palestras com profissionais diversos 
trazendo temas atuais relacionados à saúde e 
convivência de maneira geral, prevenindo e formando 
um ambiente em que todos possam se responsabilizar 
por suas escolhas e ações;
• Estabelecer a parceria com a família e criar um plano de 
ação com os pais, mantendo-os informados por meio de 
reuniões individuais, também com palestras de atuação e 
prevenção de como atuar no século XXI;
• Planejar junto aos pais dinâmicas de sensibilização, deixando-
os motivados a apoiar a escola, incentivando valores éticos 
e de cidadania;
• Colocar “guardiões” no lanche, pátio, quadra... pessoas que 
possam interagir com os alunos, criando estratégias de 
confiança, superação, fortalecimento emocional; 
• Providenciar um canal de apoio e proteção às vítimas, 
ouvindo-as, dialogando, e ajudando na superação/
enfrentamento das questões trazidas pela efetivação do 
cyberbulling e o bullying;
• Nas conversas individuais, o professor/mediador 
poderá buscar entender com a vítima o que 
aconteceu por meio das seguintes questões: O 
que houve? Como você se sente? O que podemos 
fazer para ajudar? Como você gostaria que essa 
situação fosse resolvida?;
• Já com o agressor, o mediador poderá perguntar: Por 
que você teve essa ação? Como você se sentiu após o 
ocorrido? O que fez com que você tivesse essa atitude? 
Foi planejado ou impulsivo? O que você pode mudar 
para que isso não ocorra mais? Como você poderá 
reparar essa ação?;
• O mediador ainda deverá dialogar com o grupo de alunos 
e envolvidos buscando prevenções, trazer estratégias de 
atuação para o corpo docente, propor junto à direção 
outras medidas éticas; 
• A direção deverá reunir-se com a família dos 
envolvidos e também buscar soluções e ideias de 
fortalecimento para todos.
Em relação ao ciberbullying, a função da escola é orientar 
os alunos a se posicionarem frente às situações que os 
incomodam, contar com o apoio de adultos envolvido no 
contexto escolar, orientá-los para não fornecerem senhas 
(contas bancárias, cartões) e nem darem dados pessoais 
aos colegas. Os alunos precisam ser alertados sobre os 
tipos de crimes e consequências que se dão em torno 
desse fenômeno.
Ao ser verificado os traços e mudanças no 
comportamento dos estudantes é fundamental dialogar, 
para que a vítima saiba que ela não é culpada e possa 
receber o apoio emocional dos familiares, educadores e 
amigos. Muitos têm dificuldade para sinalizar que não estão 
bem e não conseguem fazer frente às agressões sofridas, 
por isso é tão importante o apoio, sem julgamentos, da 
escola, família e dos amigos.
11
As Nações Unidas realizaram no ano passado uma 
pesquisa em 18 países (com 100 mil crianças e jovens) e 
metade deles afirmaram ter sofrido algum tipo de bullying, 
por razões associadas à aparência física, gênero, orientação 
sexual, etnia ou país de origem. Os números constam no 
relatório “Pondo fim à tormenta: combatendo o bullying 
do jardim de infância ao cyberespaço”, realizado pelo 
representante do secretário-geral da ONU para o combate 
à violência contra a criança e pelo Fundo das Nações 
Unidas para a Infância (UNICEF). 
Segundo os dados da UNICEF (2016), no Brasil 43%, 
das crianças ou adolescentes já sofreram algum tipo 
de bullying, já em outros países as taxas são: Argentina 
(47,8%), Chile (33,2%), Colômbia (43,5%) e Uruguai (36,7%). 
Em países desenvolvidos, a taxa também gira em torno de 
40% a 50%, como é o caso de Alemanha (35,7%), Noruega 
(40,4%) e Espanha (39,8%).
Em nosso país, esse fenômeno é observado, 
principalmente, em relação aos atos agressivos entre 
alunos nas escolas, este pode ser motivado também 
por racismo, homofobia, xenofobia e outros tipos de 
discriminação, tornando-se um ato criminoso. Um 
diagnóstico Participativo das Violências nas Escolas 
em 2016, afirmou que 70% dos jovens, alegaram ter 
visto algum tipo de agressão na escola. O IBGE de 2015, 
confirmou que 21% dos estudantes já praticaram algum 
tipo de bullying.
A violência é um dos problemas sócio-histórico-ideológico-
cultural, associado também às questões relacionais humanas, 
e se observarmos a história do mundo, veremos que ela 
está presente na sociedade em várias instâncias e por vários 
motivos comedidos pela falta de respeito e tolerância à 
diversidade, ao diferente. 
O fenômeno da violência sendo intenso e duradouro se faz 
presente, e os estudos mais específicos sobre a violência que 
o bullying suscita iniciaram aqui, no final da década de 1990 e 
início do ano 2000, demonstrando a incipiência da produção 
científica brasileira. Observa-se que no Brasil, houveram 
alguns casos com consequências mais graves com atos de 
homicídio e suicídio. 
Em 2017 o Ministério da Saúde afirmou que desde de 2002, 
a taxa de suicídio teve um aumento de dez pontos percentuais 
entre os jovens de 15 a 29 anos. Ancorados nos índices, nas 
pesquisas e nas notícias divulgadas pela mídia, relembramos 
abaixo os casos mais marcantes em nosso país:
“Será só imaginação? Será que nada vai acontecer? Será que é tudo iSSo em vão? Será que 
vamos conseguir vencer? ...Nos perderemos entre monstros Da noSSa própria criação... 
Ficaremos acordados, imaginando alguma solução, pra que eSSe noSSo egoísmo, não 
destrua noSSo coração” 
(Renato RuSSo – Será)
4. ÍNDICES ESTaTístiCOS 
NO BRASIL E NO MUNDO
47,8%
33,2%
36,7%
43% 43,5%
39,8%
40,4%
35,7%
12
Guarulhos (2009), uma menina vítima 
constante de bullying foi espancada 
na rua por outra adolescente até 
perder a consciência, enquanto 
outros adolescentes filmavam e riam.
Porto Alegre 
(2010), um jovem 
foi vítima de 
homicídio por 
arma de fogo, num 
suposto caso de 
bullying. 
MaSSacre de Realengo (2011), ao 
qual foi atribuído uma vingança por 
bullying, um ex-estudante matou 12 
crianças de uma escola com tiros 
de REVÓLVER suicidando-se depois.
Suzano, São Paulo (2019), dois ex-alunos, de 
17 e 25 anos, entraram encapuzados na Escola 
Estadual e efetuaram diversos disparos, matando 
oito funcionários e alunos, deixando diversos 
outros feridos. A mãe de um dos atiradores de 
Suzano, diSSe que o adolescente havia deixado a 
escola por ser alvo de bullying. Após o ato de 
ataque os atiradores cometeram suicídio. 
João PeSSoa, Paraíba (2012), 
um adolescente de 16 anos 
atirou em três alunos de uma 
Escola Estadual, elas estavam 
próximas ao alvo, um outro 
aluno de 15 anos com quem o 
atirador havia discutido dias 
antes. As vítimas atingidas 
sobreviveram aos ferimentos.
Goiânia, Goiás (2017), um estudante de 14 
anos disparou contra colegas dentro do 
colégio particular de ensino fundamental e 
médio. Dois estudantes morreram e quatro 
ficaram feridos. O adolescente, filho de 
policiais militares, usou uma arma da mãe para 
aSSaSSinar os colegas. Ele relatou à polícia 
que o motivo do crime foi o bullying de outros 
estudantes.
 Medianeira, Paraná (2018), 
um adolescente de 15 anos 
atirou em seus colegas de 
claSSe do Colégio Estadual, 
dois alunos ficaram 
feridos. O adolescente 
afirmou à polícia que sofria 
bullying na escola e tinha 
objetivo de atirar em pelo 
menos nove colegas.
13
Tragédias como essas citadas alteram, comprometem e 
interferem no desenvolvimento humano, podendo afetar 
crenças pessoais, perspectivas futuras de vida e a saúde de 
diferentes formas. 
O bullying aparece como um fator comum em 87% 
dos casos de atiradores que dispararam contra alunos nas 
escolas, e que se enquadra nas categorias de rejeição, faz 
com que a pessoa que sofre tal tipo de violência não se 
sinta aceita, valorizada e apreciada, além de comumente 
envolver a humilhação pública. Além de sofrer bullying, 
dados indicamque tais indivíduos responsáveis pelos 
ataques podem ser simplesmente tímidos ou excêntricos, 
com características pessoais não valorizadas pelos outros.
Mesmo com os índices citados anteriormente, os 
Estados Unidos lideram o ranking desse tipo de violência, 
com 288 ataques às escolas nos últimos dez anos e 
com ocorrências até 57 vezes mais frequentes que em 
outros países, nos quais também houveram episódios 
similares. Nessa perspectiva, o filósofo psicólogo norte- 
-americano William James, afirma que “se ninguém se 
vira quando entramos, responde quando falamos, ou se 
importa com o que fizemos, e se todas as pessoas que 
encontramos nos ignoram completamente e agem como 
se fôssemos coisas não existentes, uma espécie de raiva 
e sentimento de abandono nos acomete, da qual a mais 
cruel dor corporal seria um alívio”. Essa afirmação nos leva 
a entender que embora a rejeição social seja um fator de 
maior prevalência, estudos indicam que atiradores que 
cometeram crimes em escolas apresentavam 3 principais 
fatores de risco:
1 - problemas psicológicos, como depressão, 
hiperagressividade ou tendências sádicas;
2 - interesse extremo em armas e explosivos;
3 - fascínio com a morte e outros temas mórbidos.
O bullying e suas tragédias, além de causarem dor, 
perda, trazem à população uma sensação de insegurança 
social educacional, o que demonstra que estamos vivendo 
tempos sombrios de desajustes sociais de intolerância. 
No Brasil cabe ao Ministério Público (MP) garantir o 
cumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente, com 
o objetivo de impedir e também sancionar qualquer infração 
que coloque em risco a integridade de crianças e adolescentes. 
Os atos de bullying praticados por crianças e adolescentes, 
quase sempre são atos infracionais. Acompanhar as escolas e 
apoiar os envolvidos no processo escolar para pensarem em 
soluções preventivas, também é tarefa do MP. 
É importante, ainda, estimular o debate sobre esse tema 
com toda comunidade escolar e a realização de atividades 
preventivas, como previsto na Lei 13.185 que instituiu o 
Programa Nacional de Combate à Intimidação Sistemática 
(Bullying) no Brasil (lei que foi instituida em 2015 e entrou 
em vigor em 2016) é de extrema importância, uma vez 
que todos os seres humanos devem ser respeitados em 
suas diferenças.
Sendo assim, por desrespeitarem os princípios 
constituintes, a conduta de que a prática bullying configura 
ato ilícito traz o Código Civil que determina, que todo ato 
ilícito que cause dano a outrem gere o dever de indenização. 
Então, esse ato também pode se enquadrar no Código de 
Defesa do Consumidor, visto que as escolas são prestadoras 
de serviço aos consumidores e, portanto, responsáveis por 
atos de bullying que ocorram em seu contexto. 
Também temos o contexto do cyberbullying, que 
quando praticados pelos estudantes menores de 18 anos, 
caberá ao Ministério Público (com atribuição na Vara da 
Infância e da Juventude) pleitear ao juiz competente a 
apuração do ato infracional. Esse órgão contará ainda com 
o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) na aplicação 
de medidas socioeducativas. 
Devido os índices crescentes de violência e agressões, 
seja em espaços reais ou virtuais, o Congresso Nacional 
sancionou a Lei 13.819 (de 26 de abril de 2019), que institui 
a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do 
Suicídio. Essa lei vem como mais uma estratégia permanente 
do poder público para a prevenção e para o tratamento dos 
condicionantes em relação à violência autoprovocada.
Como pudemos observar ao longo da revista, o 
bullying afeta milhões de jovens em todos os contextos 
mundiais educativos, caracterizando-se como o mais 
comum e relevante conflito em espaço escolar, afetando 
a autoestima dos envolvidos. 
14
Assim como na história da humanidade, mas 
precisamente entre os gregos com suas tragédias, bullying 
é constituído por personagens e enredos, ofertadas por 
mecanismos que operam nas violências provocadas pelo 
preconceito, não aceitação, falta de respeito e empatia às 
diferenças, portanto, é nessa dramática realidade, em que a 
vítima fica infeliz e os espelhos refletem um mundo doente.
A vítima pode ser classificada, segundo pesquisadores, 
em três tipos: 
• Vítimas típicas: são pessoas que apresentam pouca 
habilidade de socialização, geralmente demonstram 
timidez, passividade, submissão, insegurança, falta 
de coordenação motora, baixa autoestima, além 
de alguma dificuldade de aprendizado, ansiedade 
e aspectos depressivos. Também trazem traços 
característicos físicos que não se enquadram nos 
padrões impostos por determinados grupos, tais 
como estatura, peso, cor, etnia, orientação sexual 
diferente, credo, condições socioeconômicas. Devido 
à dificuldade de se impor ao grupo, tanto física quanto 
verbal, por não disporem de recursos ou habilidade 
para reagir assertivamente às agressões dirigidas a 
ela, tornam-se alvos “fáceis” para os agressores. 
• Vítimas provocadoras: são pessoas capazes de provocar 
reações agressivas em seus colegas. Geralmente briga ou 
responde quando se sente atacada ou insultada, mas não 
obtém bons resultados. Traz características de imaturidade, 
impulsividade e hiperatividade, estando sempre inquieta, 
dispersa e ofensora. É, de modo geral, imatura, de costumes 
irritantes e quase sempre é responsável por causar tensões 
no ambiente em que se encontra.
• Vítimas agressoras: são pessoas que reproduzem os 
maus-tratos sofridos como forma de compensação, 
buscando vítimas mais frágeis e vulneráveis, cometendo 
contra elas todas as agressões sofridas na escola, ou em 
casa, transformando o bullying em um ciclo vicioso.
Alguns comportamentos:
• Baixo rendimento escolar;
• Doenças inventadas (dor de cabeça, náuseas...);
• “Perda” de objetos com frequência dentro da sala de 
aula;
• Mudanças repentinas de humor;
• Hematomas e ferimentos ao longo dos períodos 
escolares;
• O uso, porte ou manuseio inadequado de objetos 
que não fazem parte do contexto escolar (objetos 
pontiagudos etc);
• Isolamento social ou predileção por adultos;
• Perda de autoconfiança;
• Desmotivação e insegurança na efetivação de tarefas 
e condutas escolares;
• Falas com conceito de si mesmo “distorcido” em 
relação à competência acadêmica, conduta e 
aparência;
• Linguagem corporal com ombros curvados, cabeça 
baixa, sem manter olhos nos olhos nos diálogos
O agressor pode ser de ambos os gêneros, possui 
características de desrespeito e maldade, tem caráter violento 
5. OS ENVOLVIDOS: VÍTIMAS, AGRESSORES, 
oBSERVADORES E MEDIADOREs
“Quem me dera ao menos uma vez, acreditar por um instante em tudo que existe, e acreditar 
que o mundo é perfeito, e que todas as peSSoas são felizes... Quem me dera ao menos uma 
vez, que o mais simples foSSe visto como o mais importante, mas nos deram espelhos e vimos 
um mundo doente.”
(Renato RuSSo – Será)
15
e perverso, com poder de liderança, obtido por meio da força 
física ou da agressividade psicológica. Age sozinho ou em 
grupo, e quando acompanhado de seus “seguidores” ganha 
força e reforço exponencial, ampliando seu território de ação 
e sua capacidade de produzir outras vítimas. 
Outra característica do agressor, são aversões às regras e 
às normas impostas – apresentadas desde pequenos, pois, 
não gostam de ser contrariados, não aceitam ser frustrados 
e se envolvem em pequenos delitos tais como: furto, 
roubo, depreciação de patrimônio público ou privado 
e vandalismo. Essas pessoas apresentam afetividade 
deficitária em relação aos outros, possuem ausência de 
remorso ou culpa, maltratam animais, colegas, irmãos, 
funcionários da casa, da escola ou da sociedade. 
 Geralmente é oriundo de uma família desestruturada, 
em que há parcial ou total ausência de afetividade. Seu 
desempenho escolar é deficitário, mas isso não configura 
uma dificuldade de aprendizagem, já que muitos 
apresentam nas séries iniciais rendimento normal ou 
acima da média.
Alguns comportamentos:
• Apresentampostura ereta, arrogante, com ar de 
superioridade e cheia de conflitos;
• Demonstram atitudes hostis e desafiantes em 
relação aos professores e familiares;
• Usam olhares de raiva e força física para amedrontar; 
São convincentes em sair de situações difíceis;
• Buscam exteriorizar sua autoridade em todas as 
situações e com as pessoas;
• Portam objetos e dinheiros, e, muitas vezes, “não” 
explicam ao certo de onde vieram;
• Legitimam a violência como forma de obter uma 
boa imagem de si;
• Permanecem egocêntricos e querem sempre levar 
vantagens;
• Demonstram insensibilidade moral com a dor dos 
outros.
• Sentem-se superiores quando conseguem humilhar 
e magoar seus alvos.
Os observadores são pessoas passivas e adotam a 
“lei do silêncio”. Testemunham a tudo, mas não tomam 
partido, nem saem em defesa do agredido por medo de 
serem a próxima vítima. Muitas vezes recebem “ameaças” 
dos agressores. Há dois tipos de influenciadores:
• Ativos - são as pessoas que não participam ativamente 
da agressão ou ataques, mas manifestam apoio “moral” 
ao agressor, dando risadas, palavras de incentivo, 
filmando, divulgando a situação, isto é, não se 
envolvem diretamente, mas se divertem e vibram com 
o que estão vendo. Ressaltamos que eles se “camuflam” 
de boas pessoas, mas, muitas vezes, ajudam nas 
articulações.
• Neutros – são pessoas que não concordam com o 
agressor e até repelem as atitudes dos bullies, mas 
não se manifestam, pois parecem estar acometidos 
por uma “anestesia emocional”, sentem-se de mãos 
atadas, em função do contexto social em que se 
encontram, sendo assim, se omitem aos ataques 
de bullying, porém essa omissão contribui para o 
crescimento da violência, alimenta a impunidade 
e ajuda na discriminação do ciclo desse fenômeno 
violento. Aqui ainda temos além da postura a passiva, 
repelida por medo de se tornarem futuras vítimas.
Alguns comportamentos:
• Mantem o silêncio em relação ao que presenciam, 
ouvem ou observam;
• Não demonstram um comportamento marcante;
• Quando é uma pessoa ansiosa, tende a contar 
reproduzindo histórias de bullying, mas afirmam 
serem fatos que souberam, mas jamais presenciaram;
• Citam e indicam músicas, filmes e séries contra 
violência, como se tivessem a favor da cultura da 
paz, negando suas atitudes.
Os mediadores são pessoas atentas às variações 
comportamentais dos grupos escolares, consideram-
se partícipes atuantes para a erradicação do fenômeno 
bullying, reconhecem que o fenômeno existe e atinge as 
16
pessoas dentro dos espaços escolares. Compreendem 
que o bullying é fruto da intolerância, de não reconhecer 
o outro e querer que ele seja igual a você, não respeitando 
as diferenças, mas eles acreditam que os comportamentos 
são mutáveis e moldados. 
Na escola os mediadores observam as características 
de todos envolvidos, que já foram citados anteriormente.
Dentro da sala de aula, na maioria das vezes, os agressores 
maltratam suas vítimas tirando sarrinhos, zombando, 
sacaneando ou fazendo gestos inconvenientes, dando 
risadinhas, ameaçando com olhares e expressões faciais. 
A vítima, por sua vez, fica cada vez mais isolada, excluída, 
rejeitada pelos grupos que não a querem por perto por 
medo de se tornarem as próximas vítimas. 
Por essas razões, os mediadores mantêm contato com 
a família, trazem assuntos sociais para debates em sala 
de aula, fazem reflexão sobre polêmicas, estão atentos às 
mudanças de maneira geral: comportamentos atitudinais, 
corporais e visuais. Compreendem também que é na 
aparência que reside boa parte da insegurança do jovem, 
que ainda está desenvolvendo o corpo e a identidade, e é 
no corpo diferente que surge a centelha para uma piada 
de mau gosto que pode repercutir na autoestima da 
criança ou jovem. 
Então, é necessário abrir a escola e conversar sobre o tema, 
com especialistas convidados, por meio de rodas de debates 
e de compartilhamentos sobre sentimentos. Também pode-
se levantar discussões em sala de aula relacionadas ou não 
ao conteúdo didático, criando oportunidades de ampliar 
o diálogo sobre a elaboração dos sofrimentos (coletivos e 
individuais) gerados por esse fenômeno construindo outros 
e novos significados para além da violência. 
“Nos deram espelhos e vimos um mundo doente” 
diz a epígrafe, mas estamos unindo possibilidades e 
buscamos a erradicação desse assunto tão polêmico, 
atual e triste que é o bullying e o cyberbullying, sabemos 
que a mudança deve começar em cada um de nós, 
pois como afirmou Khalil Gibran “as grandes dores são 
mudas”, e com essa proposta queremos dar voz a esses 
sentimentos que causam medo, dor e receio.
Com base no Protocolo de intervenção após casos 
de violência em contextos escolares, desenvolvido 
pelos membros do Grupo de Estudos e Pesquisas 
em Educação Moral (Gepem), da UNESP e UNICAMP, 
os passos a seguir trazem sugestões de atividades 
trabalhadas pelo Programa Escola da Inteligência 
tanto na prevenção contra o bullying, por meio do 
desenvolvimento de habilidades socioemocionais nos 
alunos, como na intervenção socioemocional após 
episódios de violência em contextos escolares. Ressalta-
se que no material destinado às famílias neste ano de 
2019, cujo título é “Juntos em família: o desafio de 
educar filhos emocionalmente saudáveis”, no Capítulo 
3 - Família e Escola, trouxemos essa temática, com o 
intuito de envolver também a família no processo de 
conscientização, prevenção e possíveis intervenções no 
combate ao bullying. A seguir, apresentamos algumas 
atividades contempladas nas aulas do Programa EI:
6. Atividades contempladas
no Programa EI
17
A Escola da Inteligência trabalha em seus conteúdos 
a importância da Gestão da Emoção, essa competência 
contempla habilidades desde a capacidade de 
reconhecer as emoções em si e no outro, aprender a 
nomeá-las para então conseguir de maneira assertiva 
comunicar o que está sentindo. Como também a 
capacidade de autogestão, proteção da emoção 
entre outros. Portanto aprender a reconhecer as 
emoções em nós e no outro, nomear o que sentimos 
e, principalmente, geri-las é fundamental para que 
possamos ser mais abertos às diferenças e que a 
convivência saudável seja garantida.
Desde os anos iniciais da criança na escola, é 
importante que ela entenda o que está sentindo 
e consiga expressar esses sentimentos. Para isso, o 
material O brilho da inteligência, da Educação Infantil, 
em todas as lições, traz uma atividade de autoavaliação 
da criança: como estou me sentindo hoje? Nessa 
atividade, os alunos irão se olhar no espelho e, a partir 
da sua expressão facial, identificar qual expressão 
do personagem retratado corresponde ao que ela 
está sentindo naquele dia. Essas informações serão 
essenciais para que família e a equipe escolar possam 
acompanhar o processo de adaptação da criança 
na escola e o seu estado emocional, transmitindo 
às famílias como a criança tem se sentido ao longo 
das aulas. Visto também que, a partir disso, irão 
compreender melhor o que estão sentindo e o 
porquê, adquirindo confiança para expor a um adulto 
responsável quando se sentir triste, por exemplo, em 
casos de bullying. 
COMO ESTOU ME SENTINDO HOJE?
CADA UM DE NÓS TEM UM JEITINHO ESPECIAL DE SER E DE SENTIR, POR ISSO SOMOS TODOS 
ÚNICOS E ESPECIAIS! MARQUE NA CARINHA DO DIGALÁ COMO VOCÊ ESTÁ SE SENTINDO HOJE.
POR QUE VOCÊ ESTÁ SE SENTINDO ASSIM?
ALEGRE
COM MEDO
TRISTE
BRAVO
MUITO TRISTE 
E CHORANDO
DOENTE/”DODÓI”
NOME: DATA:
1º PASSO – EXPRESSÃO DOS SENTIMENTOS
Essa temática também é contemplada no Ensino Médio: 
Material: Identidade a liderança do Eu - Parte 2.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 8 – Gerenciando as emoções.
Material: O Eu em cena - Parte 2.
Série: 2ª.
Conteúdo: Aula 7 – Gênero Drama.
Material: ENEM, Vestibular e Profissão – Gestão da 
Emoção - Parte 1.
Série: 3ª.
Conteúdo: Aula 1 – Como será o amanhã?
A seguir conteúdos disponíveis no Portal Inteligência Jovem:
Vídeo: Como reconhecer suas emoções.
Aula: Reconhecer as emoções.
 Vídeo: Protegera emoção.
Aula: Proteger a emoção.
Vídeo: Administrar a emoção.
Aula: Administrar a emoção.
MATERIAL DO PROFESSOR
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PARTE 2
MATERIAL DO PROFESSOR
IALE PROFESSOR PARTE 2.indd 1 18/04/2019 09:30:21
PARTE 1
EN
SI
NO
 M
ÉDI
O
3
Série
a
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18
A comunicação é determinante para a convivência 
podendo ser fonte de problemas ou de soluções a partir de 
como se dá essa comunicação. Sendo assim trabalhamos em 
nossos conteúdos da Escola da Inteligência a Comunicação 
Multifocal como a competência que promove relações 
saudáveis por meio do desenvolvimento das habilidades de 
argumentação, comunicação assertiva, comunicação não-
violenta, percepção do outro, arte de ouvir, entre outras.
Dando continuidade, no material As relações saudáveis, Parte 
1, Lição 02, há a atividade assembleia da proteção emocional. 
A atividade, baseada no diálogo, permite aos alunos que 
aprendam a ouvir e falar, incorporando esse exercício e 
tranformando-o em um hábito. Nessa atividade, eles receberão 
situações-problema, como por exemplo uma criança que 
provoca e humilha a outra criança. A proposta é que eles leiam 
essas situações e debatam se essa atitude é saudável ou não 
saudável e qual atitude poderiam ter para proteger a emoção, 
respeitando o ritmo e a opinião de cada colega.
LIÇÃO 02
LICAO_02_ALUNO_RelacoesSaudaveis_LICAO_02_ALUNO_RelacoesSaudaveis 20/12/2012 20:07 Page 26
SITUAÇÃO-PROBLEMA 1
UM MENINO ESTÁ JOGANDO FUTEBOL COM OS AMIGOS; ELE CHUTA A BOLA E ERRA O GOL. 
DOIS MENINOS DO TIME ADVERSÁRIO COMEÇAM A RIR E A FAZER PROVOCAÇÕES, COLOCAN-
DO APELIDOS NELE E O DIMINUINDO.
GRUPO 1
VAMOS PENSAR?
1) Por que os meni-
nos do time adversário 
sentiram necessidade 
de provocar o colega?
2) A atitude deles é 
uma atitude saudável 
ou não saudável? Por 
quê?
GRUPO 2
VAMOS PENSAR?
1) Vocês concordam 
com o Grupo 1? Por 
quê?
2) Imagine que o me-
nino aceita as provoca-
ções e também provoca 
os colegas. Por que ele 
teria essa atitude?
3) Esta atitude SERIA 
SAUDÁVEL PARA ELE? 
Por quê?
GRUPO 3
VAMOS PENSAR?
1) Ao receber as pro-
vocações, o menino 
pode escolher ter uma 
atitude saudável para 
si mesmo e para os ou-
tros?
2) Qual atitude ele 
pode ter para proteger 
a sua emoção?
88
2_RS_As_Relações_Saudaveis_P1_2017_ALUNO.indd 88 08/01/2019 09:27:12
O Programa da Escola da Inteligência configura-se em 
um espaço para os alunos serem ouvidos, para o diálogo, 
exercício da empatia, ou seja, uma aula destinada para 
acolhimento das emoções e desenvolvimento das 
competências socioemocionais como recurso para que 
os alunos possam lidar com os desafios da vida. 
Na aplicação do programa, em todo início de ano 
letivo, constam nos materiais duas aulas iniciais que visam 
trabalhar com os alunos o reconhecimento desse espaço 
e os combinados de convivência que garantam a boa 
convivência e a escuta empática. Além desse trabalho 
inicial, a escuta empática e a empatia são amplamente 
trabalhadas com os alunos, ao longo do ano. 
No material A olimpíada da inteligência, Parte 1, Lição 4, 
3º PASSO – ESCUTA EMPÁTICA (FALAR SOBRE O QUE ACONTECEU)
2º PASSO – ASSERTIVIDADE NA COMUNICAÇÃO DOS SENTIMENTOS
A Comunicação Multifocal também é desenvolvida no 
Ensino Médio: 
Material: Identidade: a liderança do Eu - Parte 1.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 6 - Comunicação Multifocal.
Material: ENEM, Vestibular e Profissão – Gestão da Emoção 
- Parte 2.
Série: 3ª. 
Conteúdo: Aula 8 – Modo On-line Consciente.
A seguir conteúdos disponíveis no Portal Inteligência Jovem:
Vídeo: Saber ouvir.
Aula: A arte de ouvir.
Vídeo: Comunicação assertiva.
Aula: Comunicação assertiva.
Vídeo: Comunicação não violenta.
Aula: Comunicação não violenta.
PARTE 2
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EN
SI
NO
 M
ÉDI
O
1ª
Série
PARTE 1
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19
4º PASSO – REFLEXÃO SOBRE AÇÕES QUE PODERIAM PREVENIR O FATO
No programa EI abordamos temáticas tais 
como respeito a diversidade, senso de coletivo, 
cooperação, pensar como espécie, entre outras 
competências que tem por objetivo trabalhar a 
intolerância, discriminação, desrespeito, egoísmo, 
individualismo etc. Esses conteúdos além de 
conscientizar os alunos sobre os desdobramentos 
de seus atos considerando o impacto social, ainda 
incentiva-os a serem protagonistas de mudanças 
sociais, adotarem posturas, criarem ações e 
campanhas de conscientização que contribuam 
para a promoção da convivência saudável não 
é trabalhada a história em que o grilo Digalá é ameaçado 
pelo gavião Gino. Digalá é incentivado pelo professor 
Corujão a contar sobre o que está acontecendo com ele, 
aprendendo sobre o significado de confiança. Durante 
toda a lição, há dinâmicas e atividades que envolvem os 
alunos e os incentivam a pensar sobre o que são segredos 
saudáveis e segredos não saudáveis e sobre confiar em 
alguém para contar seus segredos. Dessa forma, quando 
as crianças se depararem com alguma situação difícil, 
saberão identificar qual emoções estão sentindo, se essa 
emoção pode ser um segredo saudável ou não saudável, 
e se não for saudável, contar a um adulto responsável e 
de confiança para que ele possa ajudá-las. No livro do alu No pág. 175.
OLIMPIADA_PROFESSO_PARTE 1.indb 190 27/12/12 12:11
No livro do aluNo pág. 174.
OLIMPIADA_PROFESSO_PARTE 1.indb 191 27/12/12 12:11
EM UM DIA ENSOLARADO, UM CASAL DE VAGA-LUMES PASS EAVA TRANQUILAMENTE PELA FLORESTA, 
QUANDO AVISTOU UM BEBEZINHO GRILO TODO ENROLADINHO, SOZINHO EM UMA FOLHA.
VEJA SÓ,
QUERIdO, UM
bEbê GRILO
AbANdONAdO!
PUXA, COMO 
PUDERAM FAZER 
ISS O? UM BEBÊ 
PRECISA DE 
CUIDADOS.
DIGALÁ APRENDENDO SOBRE CONFIANÇA
Parte 1
MATERIAL DO ALUNO • 203
235
EI_OI_P1_2017_PROFESSOR.indd 235 07/01/2019 15:46:19
Essa temática também é contemplada no Ensino Médio:
Material: Identidade: a liderança do Eu - Parte 1.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 1 – Quem eu sou no mundo?
Material: Identidade: a liderança do Eu - Parte 1.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 2 – Ética e Sociedade.
Material: O Eu em cena - Parte 1.
Série: 2ª.
Conteúdo: Aula 1– Qual personagem sou eu?
Material: O Eu em cena - Parte 1.
Série: 2ª.
Conteúdo: Aula 2– Boa convivência nos bastidores.
Material: O Eu em cena - Parte 2.
Série: 2ª.
Conteúdo: Aula 9 – Gênero Comédia.
Material: ENEM, Vestibular e Profissão - Parte 1.
Série: 3ª.
Conteúdo: Aula 2 – Combinados de Convivência.
A seguir conteúdos disponíveis no Portal Inteligência 
Jovem:
Vídeo: Empatia.
Vídeo: Altruísmo.
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Querido professor, auxilie nossos alunos a desenvolver a consciência de um Eu que aprende a duvidar de seus 
pensamentos negativos e seus sentimentos ruins, que o aprisionam, e a criticá-los; um Eu que determina desenvolver 
sua mente brilhante. Assim, contribuiremos para que não se tornem vítimas de sua história, mas, sim, autores principais 
desse grande espetáculo: a mente humana.
Usaremos da analogia de uma audiência jurídica para representarmos de maneira lúdica a ferramenta D.C.D. (Duvidar, 
Criticar, Determinar).
C) DINÂMICA: TRIBUNAL DO EU
O que fazer quando aqueles pensamentos ruins invadem nossa mente e 
tentam nos roubar a vontade de continuar? São acusações e sentenças de todos 
os lados, tornando-nos réus num tribunal... O tribunal do EU!
E você deve estar aí se perguntando: tribunal do EU? Como assim? Nossa 
mente é um universo repleto de pensamentos, emoções, ideias, imagens, 
lembranças. Diante de tudo que se passa em nossa mente, em determinados 
momentos precisamos fazer um julgamento: duvidando, criticandoe, então, 
determinando o que fazer.
Se liga na dinâmica!
29
LIÇÃO 01
OBJETIVO
Levar nossos alunos a 
entender e a praticar o 
D.C.D. 
PROCEDIMENTO
 Antes de tudo, retome 
as sugestões, que foram 
anotadas no quadro, dadas 
pelos alunos na seção
“Quebra-gelo” e explique 
rapidamente que as 
principais ferramentas para 
a limpeza da mente são a “arte 
da crítica”, a “arte da dúvida” 
e a “arte da determinação”.
Após essa breve explanação, 
divida a sala em dois grupos.
 O grupo1 incorporará 
os pensamentos negativos 
e os sentimentos de 
inferioridade. Esse grupo 
terá 5 minutos para criar 
uma argumentação 
negativa que será “lançada” 
sobre o outro grupo.
 O grupo 2 estará 
representando um “EU 
ATIVO”, que irá DUVIDAR 
da argumentação que 
te n t a d i m i n u í - l o e 
aprisioná-lo e CRITICÁ-LA, 
determinando que aquilo 
que foi lançado pelo 
grupo 1 não irá acontecer.
Mentes Brilhantes - PARTE 01
40
Lição
 01
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Os seguintes conteúdos são contemplados no 
Ensino Médio:
Material: Identidade: a liderança do Eu- Parte 1.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 4 – Identidade.
Material: Identidade: a liderança do Eu - Parte 2.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 7 – Corpo e Sexualidade à luz de um 
Eu autêntico.
Material: O Eu em cena - Parte 1.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 6, Parte E – Projeto Luz, Câmera, Ação!
Material: O Eu em ccena - Parte 2.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 11, Parte E – Projeto Luz, Câmera, 
Ação!
A seguir conteúdos disponíveis no Portal Inteligência 
Jovem:
Vídeo: Miss Bélgica e um caso de racismo.
Vídeo: Raciocínio Multifocal.
Aula: Raciocínio Multifocal para resolução de problemas.
Vídeo: Autocrítica.
Vídeo: Competência Social
só no ambiente escolar como também em nossa 
sociedade.
É muito importante que os alunos consigam 
compreender o que aconteceu e como lidar com 
essa situação, para isso a Teoria da Inteligência 
Multifocal ( TIM), nos apresenta a técnica do D.C.D. 
(Duvidar, Criticar e Determinar). Dentre vários 
materiais que apresentam essa técnica, o livro Mentes 
brilhantes, emoções saudáveis, Parte 1, Lição 1, nos 
traz a dinâmica tribunal do Eu, na qual os alunos 
aprenderão a desenvolver a consciência de que um 
Eu que aprende a duvidar de seus pensamentos 
negativos, como, por exemplo, de um sentimento 
de culpa; criticar, a partir desses sentimento, o que 
poderiam ou não ter feito para que aquela situação 
não ocorresse e determinar que podem falar sobre 
o que acreditam que pode ser uma situação de risco 
daqui para frente.
PARTE 2
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O Programa EI contempla a promoção da competência 
Autoconhecimento, dessa maneira criam-se oportunidades 
dos alunos reconhecerem suas características, o que sentem, 
pensam, apreciam, bem como o que almejam, quais são seus 
desafios, necessidades e assim possam aprender a ter um olhar 
de compaixão para si mesmo e terão melhores recursos para 
nutrir a sua autoestima. 
Por sua vez, trabalhar a autoestima contribui para o aumento 
do limiar de resiliência e autodesenvolvimento. O aluno 
consegue com mais êxito proteger sua emoção, visando 
diminuir os impactos das comparações, fracassos, ofensas e 
conflitos em sua psique, como também melhorar a qualidade 
dos seus relacionamentos interpessoais.
Na história presente no material A inteligência saudável, Parte 
2, Lição 6, o canário Cantor perde seu pai e é incentivado a falar 
sobre o trauma e a superá-lo.
A lição e as atividades, por tratarem de um assunto delicado, 
trazem reflexões para que os alunos possam entender o que 
estão sentindo e a necessidade de falar sobre esses sentimentos, 
a fim de que possam superar o acontecimento.
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AULA 1
A) TRABALHANDO A HISTÓRIA: “CANTOR, UM CANÁRIO 
QUE ENFRENTOU UMA PERDA”
COMPARTILHANDO COM A MINHA FAMÍLIA O QUE A ESCOLA DA 
INTELIGÊNCIA TEM ME ENSINADO
1) Todo ser humano se decepciona e passa por perdas e frustrações, o 
grande diferencial está na capacidade do Eu em reconstruir a sua história.
2) É necessário aprender desde cedo que o medo pode transformar 
pequenas difi culdades em monstros aos nossos olhos.
3) Se não trabalharmos nossos medos, perdas e frustrações, podere-
mos ser prisioneiros em uma sociedade livre, presos dentro de nós mes-
mos.
58
As aulas da EI desenvolvem o valor da amizade 
por meio das competências empatia, solidariedade, 
altruísmo, assim damos aos alunos o repertório não 
só de pedir e oferecer ajudas às pessoas próximas 
como também a promover a qualidade de seus 
relacionamentos interpessoais e o exercício da 
6º PASSO – REFLEXÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA AJUDA
Os seguintes conteúdos são contemplados no Ensino Médio: 
Material: Identidade: a liderança do Eu - Parte 2.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 9 – Ter um Eu Líder ou um Eu Frágil: Quem decide?
Material: O Eu em cena - Parte 1.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 3 – Gênero aventura!
Material: O Eu em cena - Parte 1.
Série: 2ª.
Conteúdo: Aula 5 – Gênero Romance.
Material: ENEM, Vestibular e Profissão – Gestão da Emoção - Parte 1.
Série: 3ª.
Conteúdo: Aula 5 – O Código da Autocrítica e da Autoestima
A seguir conteúdos disponíveis no Portal Inteligência Jovem:
Vídeo: Autoestima.
Aula: Promover a autoestima.
Vídeo: Autoestima e a ditatura da beleza.
Vídeo: Macaulay Culkin: críticas e autoestima.
5º PASSO – AUTOCONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DE SI
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cidadania. Assim, os alunos poderão reconhecer 
a importância de construir uma rede de apoio 
(relacionamentos) que possa sustentá-los em 
situações difíceis e supri-los em momentos de 
sofrimento e fracassos. 
A Lição 7 do material A ciranda da inteligência 
traz o personagem Pepê, um javali que adora 
ajudar. Nas atividades, o personagem se mostra 
paciente e aberto a ajudar sua família e amigos, e 
fala sobre como essa atitude é importante.
7º PASSO – DE VOLTA A ROTINA
A aplicação do programa EI promove o 
desenvolvimento da competência Resiliência, sem 
a qual não conseguiremos lidar com as situações de 
vulnerabilidade que todos nós estamos suscetíveis a 
enfrentar ao longo da vida. Ser resiliente é ser capaz 
de compreender que é possível seguir em frente após 
perdas, frustrações, críticas, ofensas e, em especial, 
se tratando da situação de bullying, ser resiliente 
é imprescindível para prevenção, enfrentamento e 
superação desse fenômeno.
A Lição 5 do material O Eu como autor da história: 
a cidade da memória, fala sobre a escravidão dos 
medos e traz uma reflexão sobre eles, demonstrando 
seus significados e como enfrentá-los para resolver as 
dificuldades. Ou seja, há atividades e discussões que 
ajudam os alunos a falar sobre os medos, encará-los e 
seguir em frente. 
Complementando o assunto, o material As 
armadilhas da mente e os códigos da inteligência 
fala sobre as armadilhas que a nossa mente possui; 
armadilhas que nos aprisionam e nos impedem de 
conquistar nossos objetivos e os códigos que quebram 
essas armadilhas, possibilitando uma vida saudável. 
LIVRO
 DA 7
 LIÇ
ÃOA
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Esse tema também é trabalhado de várias formas no Ensino 
Médio:
Material: ENEM, Vestibular e Profissão - Gestão da Emoção - Parte 2.
Série: 3ª.
Conteúdo: Aula 7 – Gestão dos relacionamentos.
Material: ENEM, Vestibular e Profissão - Gestão da Emoção - Parte 1.
Série: 3ª.
Conteúdo: Aula 6 – O Código do Empreendedorismo.
A seguir conteúdos disponíveis no Portal InteligênciaJovem:
Vídeo: Amizades.
Aula: Como fazer e manter amigos.
Vídeo: Brumadinho – 3 Ações para ajudar.
Vídeo: Desafio da Gratidão.
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LIÇÃO
5
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ENFRENTANDO NOSSOS
MEDOS COM SABEDORIA:
A ESCRAVIDÃO DOS MEDOS
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Trabalha-se de forma específica o tema resiliência no 
Ensino Médio:
Material: Identidade: a liderança do Eu - Parte 1.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 3 – O sentido da vida.
Material: Identidade: a liderança Eu - Parte 2.
Série: 1ª.
Conteúdo: Aula 9 – O sentido da vida.
Material: O Eu em cena - Parte 2.
Série: 2ª.
Conteúdo: Aula 8 – Gênero Suspense.
A seguir conteúdos disponíveis no Portal Inteligência Jovem:
Vídeo: Perdas e frustrações.
Aula: Como lidar com as perdas e frustrações?
Vídeo: Inteligência Existencial.
Vídeo: Kaká: Gestão da emoção para virar o jogo - Parte 1. 
Vídeo: De pior aluno a escritor.
ADORNO, Theodor W. Teoria da semicultura. Educação & Sociedade, Campinas – SP, ano 17, n. 56, p. 388-411, dez 1996. 
BAUMAN, Z. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998. 
FANTE, C. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. ed. Campinas: Versus Editora, 2005. 
SANTOS, Boaventura de Souza. Pela mão de Alice. O social e o político na transição pós-moderna. São Paulo: Cortez, 1997.
SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. Trad. De M. F. Sá Correia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001.
SILVA, Ana Beatriz B. Bullying: Mentes perigosas na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010. 
Referências Bibliográficas
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11. Extraordinário (2017) – 10 anos 
12. Te pego lá fora (1987) – 12 anos
13. Meninas Malvadas (2004) – 12 anos
14. Ponte para Terabitia (2007) - livre
15. As vantagens de ser invisível (2012) – 14 anos
16. Sete minutos depois da meia noite (2017) – 12 anos
17. Forrest Gump (1994) – 14 anos
18. A separação (2012) – 16 anos
19. Filme Blade Runner 2049 (2017) – 18 anos 
20. Nossas Noites (2017) – 12 anos 
1. A Classe (2007) – 16 anos
2. Carrie - A Estranha (2013) – 16 anos
3. Evil - Raízes do Mal ( 2003) – 16 anos
4. Ben X, A Fase Final (2007) - livre
5. Bullying - Provocações Sem Limites ( 2009) – 16 anos
6. Cyberbully (2011) – 12 anos
7. Meu Melhor Inimigo ( 2010) – 14 anos
8. Quase um segredo ( 2004) – 16 anos
9. Elefante ( 2003) – 16 anos
10. Bang bang – Você morreu ( 2004) – 12 anos
SESSÃO PIPOCA SUGESTÕES DE FILMES PARA 
SEREM DEBATIDOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
25

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