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Apostila_Rotina de Saude Ocupacional

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CURSO DE FORMAÇÃO EM DEPARTAMENTO PESSOAL. 2
 
 
 
 
 
ROTINAS DE SAÚDE OCUPACIONAL
 
 
 
Elaborador: Juliana Pôrto Setubal 
Nome do autor: Juliana Pôrto Setubal 
E-mail do autor julianasetubal@hotmail.com
Telefone: (21) 99935-3502
 
 
 
 SUMÁRIO 
SUMÁRIO
Introdução
Unidade I – MEDICINA DO TRABALHO
Capítulo 1 – O Surgimento da Saúde do Trabalhador
Capítulo 2 - Programa Saúde Ocupacional
Capítulo 4 – Equipamentos de Proteção
UNIDADE II – AFASTAMENTO DO TRABALHADOR
Capítulo 1 – Acidente de Trabalho
Unidade III – Ergonomia
Capítulo 1 – Tipos de Ergonomia
Capítulo 2 - Princípios básicos de ergonomia
Capítulo 3 – Organização do Tarbalho
Bibliografia
 Introdução
Este conteúdo contempla a disciplina de formação em Rotinas de Saúde Ocupacional. Se você trabalha no setor de Recursos Humanos responsável pela saúde e segurança ocupacional do trabalhador, precisa estar bem alinhado as normas regulamentares e demais leis que contemplam este tema. 
Para que obtenha o conhecimento necessário para realizar processos de saúde ocupacional eficaz são necessários o aprendizado que vai além de realizar exames de admissão e períodicos nas organizações. É relevante que se saiba como realizar procededimentos de prevenção capazes de mitigar riscos ao trabalhador. 
Neste sentido é importante entender que o bem estar físico e mental dos funcionários de uma empresa, refletem na sua satisfação no trabalho e consequentemente na sua produtividade. 
É de suma responsabilidade que o profissional que atue neste setor em uma organização tenha total habilidade neste processo e tenha o comprometimento com as normas de segurança e saúde ocupacional, já que estas estabelecem de forma a impactar a vida de inúmeros profissionais que nela atue. 
Diante disso, é importante destacar que fundamentos da legislação trabalhista sobre segurança e saúde do trabalhador, além de conhecimentos de normas regulamentares e vigilância sanitária, abacará nosso conhecimento neste módulo de forma que possibilite que tenhamos a compreensão de toda a rotina para a realização dos processos nesta área de atuação. 
Devemos destacar que o trabalho, além de ser fonte de renda, ocupa papel primordial na vida do ser humano. Então a saúde do trabalhador, enquanto campo de conhecimento, está voltada a analisar, avaliar e interceder na imbricada relação entre a saúde e o mundo do trabalho.
Objetivos: 
São objetivos deste módulo, compreender as principais atribuições na rotina do setor de saúde e segurança do trabalhador, tais como: 
- Emitir e Controlar datas de exames de saúde do trabalhador; 
- Implantar o SESMT e CIPA;
- Comprar equipamentos de EPIs e EPCs; 
- Fiscalizar o uso dos equipamentos; 
- Emissão da CAT; 
- Controle de licenças e afastamentos por doenças ocupacionais e acidentes; 
- Conhecimentos de normas regulamentares. 
Unidade I – MEDICINA DO TRABALHO
Capítulo 1 – O Surgimento da Saúde do Trabalhador 
O que se tem de registro mais antigo sobre segurança e higiene do trabalho é o papiro Anastacius V. Este é um registro egípcio, que trata de informações sobre a preservação da saúde e da vida do trabalhador.
Em 2360 a.C., o papiro Sallier II trouxe referências sobre os riscos no ambiente de trabalho. Nele consta a Sátira dos Ofícios, era também conhecida como instruções de Dua-Kheti, que foi escrita para seu filho Pepi. 
Pensa-se que o autor possa ter sido guiado pelas instruções de Amanemhat. Esse traz descrições de inúmeras profissões, com um olhar positivo sobre os escribas, mas com olhar negativo das demais profissões. 
Em torno do ano 1700 a.C, foi escrito pelo rei Hamurabi, o Código de Hamurabi”, que fez referência a segurança do trabalho, este código é um dos mais antigos conjuntos de leis, utilizado na Mesopotâmia antiga. 
Já na idade moderna, surgiu Bernardo Ramazzini, que ficou conhecido como “Pai da Medicina do Trabalho” ou “Pai da Saúde Ocupacional”, ele foi o mais expressivo médico no campo da saúde ocupacional. 
Bernardo Ramazzini escreveu “De Morbis Artificum Diatriba”, o livro que descreveu cerca de 100 profissões, além de descrever os riscos especificamente relacionadas a elas. Seu estudo foi proveniente de uma pesquisa própria, pois ao atender os pacientes, ele ouvia suas queixas e perguntava a ocupação da pessoa, pois assim relacionada os sintomas à atividade laboral. 
Entre 1760 e 1830 com a revolução industrial o trabalho foi transformado, passando a se tratar de grandes produções ou também chamada de produção em larga escala. Este período foi um marco na industrialização moderna, com o surgimento da máquina a vapor o que mudou o quadro industrial totalmente. 
Começou assim o deslocamento das indústrias para as grandes cidades. Isso ocorreu uma vez que era necessário o uso de recursos hídricos, e a oferta de mão de obra era maior. 
Nesta época o trabalho humano chegava ao limite da exaustão e as condições de trabalho eram as piores possíveis, muitas pessoas aglomeradas e muitas horas expostas ao calor, com escassez de ventilação e muita umidade, sendo assim, criou-se intervenções para o cuidado com os trabalhadores da época. 
Figura 1 - MODELO DE UMA FÁBRICA INGLESA, NO INÍCIO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: MCA CONSULT - www.mcaconsult.com.br
A revolução industrial foi um massacre, levando a vida de inúmeros trabalhadores na Inglaterra, Alemanha e França, os sobreviventes, foram levados a trabalhar em fábricas e minas, em condições muito precárias sendo expostos a muito calor, ruídos, poeiras, gases e outras condições adversas. 
O risco a vida era muito alto, isso se notava pelos índices de mortalidade entre estes trabalhadores, que era elevadíssimo, entre as mulheres e crianças. 
Com o passar do tempo, as máquinas foram se modernizando, consideradas sofisticadas, só que isso foi a causa de um número muito elevado de acidentes, assim como a gravidade destes acidentes. 
Várias leis foram criadas na Inglaterra, porém não obtiveram o efeito esperado devido à pressão dos empregadores. Até a chegada “Lei das Fábricas” em 1833, sendo a primeira lei realmente eficaz com relação a proteção aos trabalhadores.
A chegada da medicina do trabalho 
No ano de 1830 acredita-se que foi o marco para a Medicina do Trabalho e quando ela de fato ocorreu. Segundo a história que se conta, é que o dono de uma fábrica têxtil resolveu colocar o seu médico particular para atender os trabalhadores de sua fábrica, na tentativa de oferecer-lhes melhores condições de trabalho (NOGUEIRA, 1984). 
Após a segunda guerra mundial, que se deram os primeiros passos para a criação da OIT – Organização Internacional do Trabalho. Internacional porque visava abranger todos os povos do planeta.
Mas o nome medicina do trabalho só começou a vigorar em 1953, quando a Organização Internacional do Trabalho – OIT, criou a denominação de Medicina do Trabalho. 
Neste contexto, pós guerra, ficou mais forte a preocupação com os trabalhadores, não somente em relação a sua saúde, mas com um olhar a luz do ambiente, visando ser propício ao desenvolvimento das atividades laborativas. 
Buscando maior produtividade e organização do trabalho, depois da segunda revolução industrial, foram criadas máquinas novas, isso fez com que o trabalho de força física fosse substituído. Todavia elevadas incidências acometiam os trabalhadores, uma vez que a linha de montagem exigia deles longas jornadas, exercendo o mesmo movimento repetitivo, chegando a conclusão que estes postos muitas vezes eram ante ergonômicos. 
Surge, então, o termo Saúde Ocupacional, a qual se desenvolve ou é aplicada por equipes multiprofissionais e interdisciplinares (MENDES; COSTA DIAS, 1991). 
A saúde ocupacional passa a ter os seguintes objetivos: 
a) realizar a manutenção e promoção do bem estar físico, mental e social do trabalhador; 
b) realizar a prevenção de doenças ocupacionais causadas pela condição do trabalho; 
c) realizar a proteção dos riscos à saúde resultantes de fatores iminentes das funções do trabalhador. 
A Organização Internacional do Trabalho- OIT 
A OIT se constitui originalmente de três órgãos: Conferência Internacional do Trabalho, também conhecida como Assembleia Geral, Conselho de Administração e Repartição (Escritório ou o Bureau Internacional do Trabalho). 
A principal característica da Organização Internacional do Trabalho é a sua estrutura tripartida, onde o conselho assim como a conferência são integrados por representantes governamentais, patrão e empregado, tornando este organismo diferente de outros existentes em outros segmentos. 
A OIT tem como sede a Suíça, e é formada por 39 os países membros fundadores da OIT, entre eles está o Brasil.
A OIT em 1953, através de sua recomendação 97 sobre a “Proteção da Saúde dos Trabalhadores”, criou a formação de médicos qualificados como: Médicos do Trabalho. Já em 1958, surgiu a denominação “Serviços de Medicina do Trabalho”.
No final da década de 60, um movimento social renovado, revigorado e redirecionado aparece nos países industrializados do mundo ocidental, principalmente na Alemanha, França, Inglaterra, Estados Unidos e Itália. 
Este movimento, iniciou o questionamento sobre o significado do trabalho na vida, o uso do corpo, o valor da liberdade e a queda de valores obsoletos, surgindo disto a troca do conceito de saúde ocupacional pelo da saúde do trabalhador. (MENDES; DIAS, 2001, p. 344).
Diante disso, surge uma nova legislação, reconhecendo o direito aos trabalhadores, dentre esses direitos, inclui-se o direito a informação, garantindo ao trabalhador o conhecimento sobre a natureza dos riscos, as medidas de controle adotadas pelo empregador, os resultados de exames médicos e de avaliações ambientais, entre outros.
Além disso, outros direitos foram reconhecidos, tais como: 
a) o direito à recusa ao trabalho em condições de risco grave à saúde ou à vida do trabalhador; 
b) o direito à consulta prévia aos trabalhadores. 
 No Brasil, entre 1500 quando foi descoberto, até a independência 1822, o atendimento médico era escasso, principalmente em se falando de trabalhadores. 
Até o final dos anos 1800, as indústrias brasileiras eram conduzidas por mão de obra escrava. Com libertação deles, os trabalhos foram assumidos por parte pelos imigrantes, oriundo de países onde a revolução industrial já era realidade. 
Estes imigrantes, tinham uma certa consciência de classe e conquistas sociais em seus países de origem, então foram em busca de apoiadores, como: médicos, idealistas e políticos, visando uma série de movimentos reivindicatórios por melhores condições de vida e trabalho. 
MEDICINA DO TRABALHO 
A medicina do trabalho é o ramo da medicina, com o olhar voltado para saúde física e mental dos trabalhadores, visando assim protegê-lo dos riscos como agentes nocivos e acidentes inerentes à sua ocupação, desta forma aumentando o rendimento do trabalho. 
No início, a medicina do trabalho seguia os mesmos passos da medicina em geral, tratava-se de uma especialidade que atuava somente depois de estabelecido o dano, ou seja, o foco era tratar a doença ou acidente e não os prevenir. 
 Em 6 de julho de 1978, foi publicada no DOU a Portaria nº 3.214, com a aprovação das NRs (Normas Regulamentadoras) da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
As primeiras 28 NRs aprovadas foram: 
QUADRO 1: PRIMEIRAS NORMAS REGULAMENTADORAS
	Número da NR 
	Descrição da NR 
	NR1
	Disposições gerais
	NR2
	Inspeção prévia
	NR3
	Embargo e interdição
	NR4
	Serviço especializado em Segurança e Medicina do Trabalho
	NR5
	Comissão Interna de Acidentes de Trabalho – CIPA
	NR6
	Equipamentos de Proteção Individual – EPIs
	NR7
	Exames médicos
	NR8
	Edificações
	NR9
	Riscos ambientais
	NR10
	Segurança em instalações e serviços de eletricidade
	NR11
	Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais
	NR12
	Máquinas e equipamentos
	NR13
	Vasos sob pressão
	NR14
	Fornos
	NR15
	Atividades e operações insalubres
	NR16
	Atividades e operações perigosas
	NR17
	Ergonomia
	NR18
	Obras de construção, demolição e reparos
	NR19
	Explosivos
	NR20
	Combustíveis e líquidos inflamáveis
	NR21
	Trabalho a céu aberto
	NR22
	Trabalhos subterrâneos
	NR23
	Proteção contra incêndios
	NR24
	Condições sanitárias dos locais de trabalho
	NR25
	Resíduos industriais
	NR26
	Sinalização de segurança
	NR27
	Registro de profissionais
	NR28
	Fiscalização e penalidades
FONTE: A autora
Em 1988, foi promulgada a constituição federal, um novo marco na introdução da saúde do trabalhador no sistema jurídico nacional. 
Com isso, a promoção à saúde do trabalhador passou a ser competência do Sistema Único de Saúde – SUS –, consagrando também proteção ao meio ambiente de trabalho. 
O PPRA visa à preservação de saúde e de integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
Capítulo 2 - Programa Saúde Ocupacional
 PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
A Portaria nº 24, de 29 de dezembro de 1994, instituiu o PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, através da NR7. 
O PCMSO é um programa que especifica procedimentos a serem adotados pelas empresas em função dos riscos aos quais os empregados se expõem no ambiente de trabalho.
O PCMSO tem como objetivo a prevenção, identificar de forma realizando o monitoramento e controle possíveis danos à saúde do empregado.
Em 28 de abril de 1995, foi publicada a lei nº 9.032, que torna obrigatório a emissão de um laudo técnico para todos os trabalhadores submetidos a atividades insalubres. 
O PCMSO abrange, os seguintes exames:
a) Admissional – exame realizado antes da admissão do trabalhador; 
b) Periódico - exames realizados com frequência determinada, em decorrência de exposição a riscos ocupacionais e idade; 
c) Demissional - exame realizado depois da demissão do trabalhador, antes de sua saída em definitivo da empresa; 
d) Retorno ao trabalho - exame realizado no empregado que retornar ao trabalho após ausência superior a 30 dias (doença, acidente, parto etc.);
e) Mudança de função - quando o empregado trocar de função (ficando, assim, sujeito a novos riscos ambientais).
Estes exames são emitidos após consulta médica de avaliação clínica e solicitação de exames quando necessários, visando obter um histórico ocupacional e exames físicos e mentais. 
Em decorrência da atividade laboral na qual o trabalhador irá exercer, poderão ser solicitados exames complementares específico, tais como: hemograma, audiometria, radiografia, etc., esses pedidos de exames são solicitados de acordo com a exposição ao risco na qual o trabalhador está inserido. 
Após cada exame médico realizado, é emitido pelo médico o Atestado de Saúde Ocupacional – ASO, sempre em duas vias. A primeira via é arquivada pela empresa junto com os documentos do funcionário, e a segunda via é do trabalhador. 
QUADRO 2 - ATESTADO DE SAUDE OCUPACIONAL (ASO)
	Nome da Empresa/Clínica
	 
	 
	 
	Nome da Empresa 
	 
	Em cumprimento ao disposto no item 7.4.1 da NR 7 e Portaria N 24 de 24/14/84
	ASO - Atestado de Saúde Ocupacional
	Nome:
	 
	Data de Admissão:
	 / / 
	Nascimento
	 / / 
	Registro Geral
	Função
	 
	
	Local de Trabalho
	Sexo
	 
	
	Descrição de atividades desenvolvidas
	 
	Tipo de Exame Médico
	Admissional ( ) 
	 
	Retorno ao Trabalho ( )
	 Demissional ( )
	 
	Mudança de Função ( )
	Periódico ( ) 
	 
	Riscos
	Físicos
	Químicos
	Biológicos
	( ) Ruídos 
	( ) Poeiras 
	 
	( ) Calor 
	( ) Fumos 
	( ) Vírus 
	( ) Vibrações 
	( ) Névoas 
	( ) Bactérias 
	( ) Umidade
	( ) Neblinas 
	( ) Protozoários 
	( ) Radiações não-ionizantes 
	( ) Gases 
	( ) Fungos
	( )Radiações ionizantes
	( ) Vapores 
	( ) Parasitas
	( ) Frio
	( ) Outros Químicos
	 
	( ) Pressões anormais
	 
	 
	Ergonômicos
	Acidentes
	( ) Esforço físico intenso
	( ) Arranjo físico inadequado 
	( ) Levantamento/Transporte manual de peso
	( ) Eletricidade
	( ) Postura inadequada
	 
	( ) Animais Peçonhentos
	( ) Trabalho em turnos e noturno
	( ) Máquinas e equipamentos sem proteção 
	( ) Monotonia e repetitividade
	( ) Probabilidade de incêndio/explosão
	( ) Ritmos excessivos
	 
	( ) Outras Situações causadoras de acidentes
	( ) Controle rígido de produtividade
	( ) Ferramentas inadequadas 
	 
	( ) Iluminação inadequada 
	 
	( ) Outras situações não mencionadas
	 
	 
	 
	Declaramos que após investigação clínica, o candidato(a) à função acima declarada foi considerado(a): 
	 
	 
	 Apto ( ) Inapto ( )
	 
	 
	 
	Data
	/ /
	Assinatura do Médico/Carimbo 
	 
	Assinatura do funcionário:
	 
Fonte: Recibo Pronto – www.recibopronto.com
Nesse mesmo ano, foi promulgada a Lei nº 9.732, que criou o PPP, Perfil Psicográfico Previdenciário. 
Perfil Psicográfico Previdenciário – PPP 
O PPP é um documento histórico-laboral do trabalhador, apresentado em formulário instituído pela previdência social, que contém informações sobre as atividades do trabalhador. 
Este documento tem como objetivo agilizar as análises aos processos de reconhecimento, manutenção e revisão de direitos dos beneficiários do INSS, em casos de solicitação de Aposentadoria Especial. 
QUADRO 3 – MODELO DE PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO
	
	 
PERFIL P ROFISSI OGRÁFI CO P REVI DENCIÁ RIO - PPP 
	I 
	DADOS ADMINISTRATIVOS 
	
	
	
	1 
	 CNPJ do Domicílio Tributário 
	2 
	Empresa 
 
	
	
	3 
	CNAE 
	
	
	
	
	
	
	 
	
	4 
	Nome do Trabalhador 
 
	5 
	 BR / PDH 
 
	
	6 
	NIT 
 
	
	
	 
	
	
	 
	
	7 
	Data Nascimento 
 
	8 
	Sexo 
 
	9 
	CTPS (N0 ,Série, UF) 
	10
	Admissão 
 
	
	11 
	Regime Revezamento 
	
	
	 
	
	 
	
	 
 
	
	
	 
	
	12 
	CAT REGISTRADA 	 
	
	
	
	12.1 Data do Registro 
 / / 
	12.2 Número da CAT 
 
	12.1 Data do Registro 
 
	
	12.2 Número da CAT 
 
 
	13 
	LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO 	 
	
	
	
	13.1 Período 
 / / a / / 
	13.2 CNPJ 
 
	13.3 Setor 
 
	13.4 Cargo 
 
	13.5 Função 
 
	
	13.6 CBO 
 
	13.7 Cód. GFIP 
 
 
	14 PROFISSIOGRAFIA 	 
	
	
	
	14.1 Período 
 / / a / / 
	14.2 Descrição das Atividades 
 
 
	
	
	
	II 
	REGIST ROS AM BI ENTAIS 
	
	
	15 
	EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCO 
	
	 
	15.1 Período 
 / / a / / 
	15.2 Tipo 
 
	15.3 Fator de Risco 
 
	15.4 Intensidade / Concentração 
 
	15.5 Técnica Utilizada 
 
	15.6 EPC Efic 
 
	15.7 EPI Efic 
 
	15.8 CA EPI 
 
 
	16 
	RESPONSÁVEL PELOS REGISTROS AMBIENTAIS 	 
	
	
	16.1 Período 
 / / a / / 
	16.2 NIT 
 
	16.3 Registro Conselho de Classe 
 
	
	16.4 Profissional Legalmente Habilitado 
	III 
	RESUL TA DOS DE M ONITORAÇÃO BI OLÓGICA 
	
	17 
	EXAMES NÉDICOS CLÍNICOS E COMPLEMENTARES (NR-07, Quadros I e II) 
	 	 
	17.1 Data 
	17.2 Tipo 
	17.3 Natureza 
	17.4 Exame 
	17.5 Resultados 	 
	 / / 
	 
	 
	 
	ο Normal 
	ο Alterado ο Estável ο Agravamento ο Ocupacional 
ο Não Ocupacional 
 
 
	18 
	 RESPONSÁVEL PELA MONITORAÇÃO BIOLÓGICA 
	 
	18.1 Período 
 / / a / / 
	18.2 NIT 
 
	18.3 Registro Conselho de Classe 
 
	18.4 Profissional Legalmente Habilitado 
	 Segurado 
	CTPS 
	 
	 
	OBSE RVAÇÕES 
	 
 
	IV 
	RESPONSÁVEL PE LAS INFORMAÇÕES 
	Declaramos, para todos os fins de direito, que as informações prestadas neste documento são verídicas e foram transcritas fielmente dos registros administrativos, das demonstrações ambientais e dos programas médicos de responsabilidade da empresa. É de nosso conhecimento que a prestação de informações falsas neste documento constitui crime de falsificação de documento público, nos termos do artigo 297 do Código Penal e, também, que tais informações são de caráter privativo do trabalhador, constituindo crime, nos termos da Lei 9029/95, práticas discriminatórias decorrentes de sua exigibilidade por outrem, bem como de sua divulgação para terceiros, ressalvado quando exigida pelos órgãos públicos competentes. 
	19 
	DATA DE EMISSÃO 
	20 REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA 	 
	 
 / / 
	20.1 NIT 
 
 
	20.2 Nome 
 
	 
 Carimbo 
	 
 
 
 
 
_____________________________________Assinatura
FONTE: SCRIBD - https://pt.scribd.com/doc/59811572/MODELO-NOVO-PPP
Com o advento de pesquisas e tecnologias, hoje, podemos dizer que no Brasil, a Saúde Ocupacional tem um caráter mais preventivo do que curativo.
Segundo Vieira (2008), cabe à Medicina do Trabalho:
a) reconhecer as doenças profissionais; 
b) formular hipóteses para as causas das doenças; 
c) acompanhar e supervisar as idas médicas dos trabalhadores;
d) propor medidas buscando minimizar os agentes nocivos no ambiente de trabalho; 
e) levar informações educativas para a saúde dos trabalhadores;
Visando cumprir os requisitos citados acima, utilizam-se de:
f) exames médicos;
g) assistência médica; 
h) Educação de higiene em geral; 
i) avaliação ambiental periódicas (em conjunto com a engenharia de segurança do trabalhador).
O estabelecimento da Medicina do Trabalho nas empresas recebe o nome de “Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT” que tem articulação com outros setores responsáveis pelo cumprimento das ações sugeridas. 
A equipe que compõe o SESMT é formada por multiprofissionais, e são eles: 
a) Técnico de Segurança do Trabalho,
b) Técnico de Enfermagem do Trabalho; 
c) Engenheiro de Segurança do Trabalho,
d) Enfermeiro do Trabalho;
e) Médico do Trabalho. 
O médico do trabalho chefia o Serviço de Medicina do Trabalho (SMT), não respondendo pelos demais serviços (Engenharia de Segurança, Higiene, Ergonomia etc.). 
O SESMT estuda e aplica medidas relacionadas à Segurança do Trabalho, tais como: 
a) a higiene pessoal, 
b) o controle de riscos em máquinas e equipamentos, 
c) a elaboração de treinamentos específicos relacionados ao ambiente. 
Ao SESMT cabe a elaboração do “Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO”, que consiste na realização de consultas médicas que são estipuladas de acordo com o nível de risco a que determinado cargo se expõe. 
CAPÍTULO 3 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA
A determinação dos riscos existentes na empresa deve constar no “Programa de Prevenção de Riscos Ambientais” – PPRA, que deve ser elaborado pela equipe que compõem o SESMT. 
O PPRS tem como principal objetivo levantar os riscos de saúde existentes em uma empresa, propondo a partir daí mecanismos de controle e prevenção ao trabalhador. 
No entanto, nem todos os riscos podem ser completamente eliminados, sendo assim, eles precisam ser controlados, neste caso, pelo PCMSO. Diante do exposto fica claro que todas as empresas deverão obter ativamente os programas, visando assim, a manutenção, controle e prevenção à saúde de seus trabalhadores.
Nas empresas, os riscos são representados no mapa de risco. Este mapa deve ser exposto em lugar visível. 
mapa de risco 
Em 1995, o MTE aprovou o texto da NR9, que trata do PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, instituindo as empresas a elaboração dos mapas de risco. Na ocasião foram realizadas alterações também nas NR5 e NR16. 
O mapa de risco deve estar sempre exposto em todas as salas, setores ou departamentos da empresa. Cabe ressaltar que além dos mapas por setor, é preciso ter um mapa de risco global da empresa, que deverá ser exposto em murais de áreas comuns, onde haja grande circulação de funcionários.
O mapa de risco é representado por cores, o que determina dos diferentes agentes ambientais, são eles: 
QUADRO 4: MODELO DE COLORAÇÃO E DESCRIÇÃO DE AGENTES AMBIENTAIS 
	Cor 
	Agente 
	
	riscos físicos
	
	riscos químicos
	
	riscos biológicos.
	
	riscos ergonômicos
	
	risco de acidentes
Fonte: A autora
Outro indicar importantena elaboração do mapa de risco, é quanto a sua gravidade, sendo representando da seguinte maneira: 
FIGURA 2 – PROPORÇÃO DE GRAVIDADE 
Fonte: Trabalho Acidente Zero – www.trabalhadoracidentezero.blogspot.com
A proporção da gravidade ao risco é representada por círculos, sendo eles: 
a) pequeno – quando for pequeno risco ou leve;
b) médio – quando for médio risco;
c) grande – quando for grande o risco. 
A obrigatoriedade do mapa de risco surgiu com a regulamentação do projeto da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA que está descrita pela Norma Regulamentadora NR-5. 
A NR5 dispõe sobre a exposição obrigatória de enumeração e reconhecimento dos riscos em um determinado ambiente de trabalho. 
A CIPA é uma comissão formada pelos funcionários da empresa, e uma das suas responsabilidades é a realização e elaboração do mapeamento dos riscos do local de trabalho.
Para construção de um mapa de risco, é baseada no desenho da planta baixa contendo as disposições de salas, setores ou departamentos da empresa sobre a qual os trabalhadores enumeram os riscos. 
Como mencionado anteriormente, o mapa de risco é elaborado com círculos de diferentes tamanhos indicando a sua gravidade, e diferentes cores indicando assim os agentes de risco. Cabe ressaltar a necessidade de conter o número dos trabalhadores em cada espaço físico exposto ao risco, demonstrado no mapa. 
Após elaborado o mapa de riscos é encaminhado a equipe do SESMT, que deverá utilizá-los como fonte de dados para a elaboração do PPRA.
QUADRO 5 – MODELO DE MAPA DE RISCO 
FONTE: Cerest Centro Sul - www.cerestcentrosul.blogspot.com
Vamos entender a seguir, quais os tipos de riscos indicados em cada uma das cores que descrevemos no mapa de risco. 
Riscos físicos 
Os riscos físicos são aqueles que considerados em decorrência da variação de energia. Os riscos mais comuns aos quais somos submetidos são: Calor, Frio, Vibrações, Ruídos, Pressão. 
Riscos Químicos
Os riscos químicos são aqueles com contaminação química pode ser considerado como toda substância que uma vez manuseada. São consideradas qualquer substância química que esteja no estado sólido, líquido ou gasoso, que ao entrar em contato com o organismo humano pode ser prejudicial.
Riscos Biológicos
Os riscos biológicos são aqueles cuja exposição a microrganismos, podem que podem provocar danos. São exemplos de microrganismos: vírus, bactérias, fungos, entre outros. 
Riscos Ergonômicos
Os riscos ergonômicos são aqueles relacionados ao espaço físico e ao ambiente de trabalho. Muitas empresas não possuem instalações adequadas aos trabalhadores, o que pode ocasionar complicações de saúde mediante a exposição a esse tipo de risco são as lesões por esforço repetitivo e erros posturais.
Riscos de Acidente
Os riscos de acidentes muitas vezes se correlacionam com os riscos ergonômicos ou falta de equipamentos com manutenção e vistorias adequadas. Podem ser causadores de acidentes, instalações com fios desencapados, tomadas mal instaladas, lixos descartados de forma inadequada, má preservação dos maquinários, uso de materiais com prazo de validade ultrapassado, entre outros, são desta forma o trabalhador pode ser vítima de situações que podem provocar risco de acidente.
Capítulo 4 – Equipamentos de Proteção 
O uso de equipamentos de prevenção seja ele EPI – Equipamento de Proteção Individual ou EPC – Equipamento de proteção coletiva, visam a prevenção de doenças e acidentes no ambiente de trabalho. 
Todas as empresas deveriam ter uma equipe de prevenção de acidentes, destinadas para a sensibilização dos trabalhadores sobre o uso de equipamentos, visando a conscientização e treinamentos para que todos saibam como usá-los de forma correta. 
É fundamental que as medidas preventivas sejam adotadas nos ambientes das empresas e que todos sejam devidamente capacitados com intuito de minimizar os riscos de exposição aos agentes de risco. 
Os equipamentos de proteção seja eles individuais ou coletivos, são de uso obrigatório dos funcionários como previstos na legislação, assim como o fornecimento deles é uma obrigação e responsabilidade da empresa oferece-lo de forma gratuita, assim como treinar os trabalhadores para usa-los da maneira adequada, conforme a NR06. 
Vamos entender as diferenças entre estes equipamentos, e conhecer alguns deles:
Equipamentos de Proteção Individuais (Epi) 
Esses equipamentos devem ser adequados às atividades exercidas pelos empregados. O empregador também deve assegurar que seu uso seja obrigatório, controlando de forma contínua o uso pelo colaborador. 
De acordo com atividades laborais que são sugeridos os equipamentos de proteção a ser utilizado, isso está relacionando a segurança e a saúde do trabalhador, em decorrência da sua exposição. 
Todos os equipamentos devem ser vistoriados quanto à sua validade e integridade, devendo ser substituídos de imediato aqueles que apresentarem defeitos ou que não garantirem a segurança e proteção necessária ao trabalhador.
É de responsabilidade do trabalhador o uso dos equipamentos fornecidos pela empresa, assim como sua conservação, cabendo ao empregador a fiscalização e controle e substituições periódicas conforme determinações na lei. O trabalhador ao identificar irregularidade ou defeito ao equipamento tem a responsabilidade de comunicar o fato ao seu superior direto.
Cabe também ao empregador a sanção disciplinar nos casos em que não haja o uso do equipamento dado pelo colaborador, uma vez que isso pode provocar acidentes, colocando em risco a própria vida e atrelando a empresa uma corresponsabilidade. 
São equipamentos de uso individual: 
O capacete de proteção
Utilizado para proteção da cabeça do empregado contra agentes meteorológicos (trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos provenientes de queda ou projeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação solar. 
FIGURA 2 – MODELO DE CAPACETE DE PROTEÇÃO
Fonte: Polo do EPI - https://www.polodoepi.com.br/capacete-camper-avant-com-suspensao-plastica-800104-amarelo/p
Capacete com viseira
tem como principal função proteger o crânio e a face, principalmente os olhos. Importante para quem manuseia substâncias químicas ou equipamentos que possam gerar estilhaços.
FIGURA 3 – CAPACETE COM VISEIRA
Fonte: Polo do EPI - https://www.polodoepi.com.br/kit-arc-flash-libus-completo-ca-41986/p
Óculos de segurança
Utilizado para proteção dos olhos contra impactos mecânicos, partículas volantes e raios ultravioletas. 
Figura 4 - Óculos de segurança
Fonte: Polo do EPI - https://www.polodoepi.com.br/oculos-de-seguranca-carbografite-spectra-2000-verde-spectra-verde/p
Protetor auditivo
Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos.
FIGURA 5 - Protetor auditivo
Fonte: Polo do EPI – https://www.polodoepi.com.br/protetor-auditivo-tipo-conchaabafador-agena-ars-n-23-db/
Utilizado para proteção dos ouvidos nas atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos. 
FIGURA 6 - PROTETOR AUDITIVO
Fonte: Polo do EPI - https://www.polodoepi.com.br/protetor-auricular-3m-plus-tipo-plug-18db-atenuacao-3m-pomp-plus/p
Respirador (máscara) descartável e com oxigênio
Utilizado para proteção respiratória em atividades e locais que apresentem tal necessidade, em atendimento a Instrução Normativa Nº 1 de 11/04/1994 – (Programa de Proteção Respiratória Recomendações/Seleção e Uso de Respiradores). 
FIGURA 7 - Respirador (máscara) descartável e com oxigênio
Fonte: Epi Brasil – www.epibrasil.com.br
Luva isolante de borracha
Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra choque em trabalhos e atividades com circuitos elétricos energizados.
fIGURA 8 - Luva isolante de borracha
Fonte: Polo do EPI - https://www.polodoepi.com.br/luva-volk-em-pvc-26-cm-verde-aspera
Calçados de Proteção 
Utilizado para proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens e umidade. 
Figura 9 - Calçados de proteção
Fonte: Polo do EPI - https://www.polodoepi.com.br/botina-marluvas-em-microfibra-bico-composite-e-fechamento-velcro-70b22-vel-c/pequipamentos de Proteção Coletiva (EPC)
Os equipamentos de proteção coletiva, são aqueles dispostos aos ambientes, cuja sua finalidade é de proteger a todos os usuários de uma sala, ambiente, departamento etc. 
São considerados equipamentos de proteção coletiva: 
a) Extintores de incêndio;
b) Fitas para isolamento de área;
c) Cones e chuveiro de emergência;
d) Capela de Segurança e 
e) Placas sinalizadoras dos riscos. 
UNIDADE II – AFASTAMENTO DO TRABALHADOR 
Capítulo 1 – Acidente de Trabalho 
Todo afastamento de um trabalhador, acarreta uma série de efeitos e gastos para empresa, para o trabalhador e para a previdência social, consequentemente esta última acarreta ônus a sociedade. 
Ao sofrer um acidente de trabalho, a empresa deve preencher a CAT – Comunicado de Acidente de Trabalho, dentro do prazo de um dia útil, após a ocorrência do acidente. Em casos de morte do trabalhador em decorrência do acidente, o preenchimento deve ser de imediato. Mesmo quando não há afastamento, mas tiver ocorrência de acidente, a CAT deverá ser preenchida. 
De acordo com o artigo 19 da Lei n. 8213 (1991) “acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.
Para muitas empresas os custos para a prevenção de acidentes, parecem realmente onerar os orçamentos da empresa, mas na prática o que se vê é que o gasto é muito maior nos casos em que o trabalhador é acidentado e/ou afastado. 
Pensando nisso, cada vez mais há a necessidade de que as empresas implantem práticas de gestão para saúde e segurança dos trabalhadores, visando desta maneira proteger contra os riscos presentes no ambiente de trabalho, prevenindo e reduzindo acidentes.
Os acidentes de trabalho acarretam custos altos as empresas, mas os casos de afastamentos e licenças não são provenientes apenas dos acidentes, muito pelo contrário, segundo a OIT há atualmente muitos mais casos de afastamentos em virtude de doenças profissionais ou doenças do trabalho. E são elas: 
Doença profissional
Entende-se como doença profissional aquela que é produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante. 
São alguns exemplos comuns de doenças profissionais: 
dermatose ocupacional
A dermatose ocupacional é uma alteração na pele que esteja relacionada com a atividade profissional, seja ela direta ou indiretamente. Ela pode ser causada por variações de exposição a microrganismos, diferenças de temperatura, e contato com agentes químicos tais como: borracha, ácidos ou derivados do petróleo. 
asma ocupacional
A asma ocupacional é provocada pelo estreitamento reversível das vias aéreas. Isso acontece causado pela inalação de vapores ou partículas relacionadas ao trabalho, o que podem provocar irritação ou alergias. 
síndrome do pânico
A síndrome do pânico é um transtorno de ansiedade, que tem como característica episódios de crises inesperadas de medo, insegurança e desespero, aparentemente sem qualquer risco real. Essas crises provocam sintomas psicológicos e físicos. 
Quem sofre desta síndrome apresenta dificuldade de realizar atividades normais, além de uma preocupação adicional da iminência de um novo episódio, que pode acontecer a qualquer momento. 
cânceres por conta de exposição a produtos químicos
O câncer ocupacional é originado devido ao ambiente de trabalho, onde o profissional sofre com a exposição a agentes carcinogênicos. Os fatores de risco de câncer podem ser externos (ambientais) ou endógenos (hereditários), estando ambos inter-relacionados e interagindo de várias formas para dar início às alterações celulares presentes na etiologia do câncer. Quando o ambiente de trabalho apresenta uma má qualidade do ar no ambiente isso pode se tornar um fator importante para o câncer ocupacional. 
A jornada de trabalho de pelo menos oito horas por dia, faz com que os trabalhadores estejam expostos ao ar contaminado, isso em longos anos pode provocar sérios risco a saúde. 
São alguns agentes causadores de câncer a exposição à: 
· Agentes químicos, como: Agrotóxicos; Amianto (ou asbesto); Sílica; Benzeno; Xileno e Tolueno.
· Agentes físicos, tais como: Radiação ionizante: partículas alfas, beta, raios gama, raios-X, nêutrons e outros; Radiação não-ionizante; Radiação ultravioleta (UV), Luz visível e Radiação infravermelha. 
saturnismo (exposição ao chumbo)
A saturnismo é a intoxicação por importante exposição ao chumbo (Pb), ocorrendo, mais comumente, em atividades ocupacionais. No Brasil, segundo a NR-7, o Índice Máximo Permitido (IMP) de Pb no sangue é de 60 mcg/dL, sendo o valor de referência até 40 mcg/dL.
As manifestações clínicas mais comuns da intoxicação são:
· gastrintestinais, como dor abdominal, vômitos e anorexia;
· hematológicas, como anemia normocrômica e normocítica ou anemia hipocrômica e microcítica;
· neurológicas, como cefaleia, ansiedade, depressão e irritabilidade;
·  insuficiência renal.
pneumoconiose
A pneumoconiose é uma doença pulmonar causada pela inalação de poeiras inorgânicas, geralmente associada a trabalho em metalúrgicas, construtoras, mecânicas ou minas. Essa doença apresenta diferentes variações, uma vez que depende de que tipo de poeira está exposto o profissional em seu ambiente de trabalho. São algumas das variantes dessa doença: 
· Antracose ou "pulmão negro" - poeira de carvão
· Asbestose - poeira de asbesto
· Silicose ou "doença do esmeril" - poeira de sílica
· Fibrose de bauxita - poeira de bauxita
· Beriliose - poeira de berílio
· Siderose ou "pulmão de soldador" - poeira de ferro
· Bissinose - poeira de algodão
· Siderossilicose - misto de poeira contendo sílica e ferro
estresse ocupacional
O estresse ocupacional é um tipo de estresse crônico, que afetar a saúde das pessoas, oriundo normalmente das exigências do ritmo de trabalho, ou um ambiente profissional ruim. Esse tipo de estresse pode levar ao aparecimento ou agravamento de complicações cardiovasculares, doenças musculoesqueléticas, síndromes, transtornos do sono e até depressão. 
Inúmeras pesquisas indicam números alarmantes sobre profissionais que estão sofrendo deste tipo de estresse, vale ressaltar inclusive que dados da Isma-BR (International Stress Management Association), 9 entre 10 pessoas que estão no mercado de trabalho têm sintomas de ansiedade e 47% da população sofre de depressão. 
Em consequência ao estresse ocupacional na saúde, ela provoca nos trabalhadores o isolamento social profissional e familiar e produtividade baixa no trabalho. 
 síndrome de Burnout
A síndrome de Burnout é um distúrbio causado pela exaustão extrema associada ao trabalho. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional” e afeta quase todas as facetas da vida de um indivíduo.
Ela acontece como resultante do acúmulo excessivo de estresse, de tensão emocional e de trabalho e é bastante comum em profissionais que trabalham sob pressão constante. Todo esse excesso de pressão, ansiedade e nervosismo levam o profissional a uma depressão profunda, que precisa de acompanhamento médico.
Os sintomas da síndrome de Burnout podem ser físicos ou psicológicos, sendo que a pessoa pode apresentar:
· Cansaço mental e físico excessivos;
· Insônia;
· Dificuldade de concentração;
· Perda de apetite;
· Irritabilidade e agressividade;
· Lapsos de memória;
· Baixa autoestima;
· Desânimo e apatia;
· Dores de cabeça e no corpo;
· Negatividade constante;
problemas de visão 
Os problemas de visão provocados pelo excesso de exposição dos olhos ao uso de tecnologia, ainda não são fundamentados em nenhum estudo específico, mas o que sabemos é que a longa permanência em frente a tela causa muitos incômodos e irritações nos olhos. Muitas atividades profissionais atualmente exigem esforço dos olhos durante um longo período, ao mesmo tempo em que se diminui a frequência de piscadas, durante o ato da leitura. 
Nós vamos destacar aqui duas doençasde visão muito comuns e são agravadas pelo excesso de exposição ao trabalho em telas de: computadores, tablets e celulares, são elas: 
· Olho seco - é um termo comum que engloba e descreve uma série de doenças e condições relacionadas a falta de umidade e de lubrificação do olho, causadas normalmente pelo excesso de evaporação, baixa produção de lágrimas pelo organismo ou pela constituição inadequada dessa lágrima, que apresenta deficiências em seus componentes, tornando-se incapaz de cumprir sua função de proteção contra agentes externos e de lubrificação da córnea, deixando o olho exposto à atmosfera.
· Síndrome de Visão de Computador, conhecida como CVS (sigla do inglês Computer Vision Syndrome), esta nomenclatura é utilizada por especialistas para descrever sintomas que acometem quem costuma passar mais de três horas em frente ao monitor. A síndrome causa ressecamento dos olhos, fadiga ocular, vermelhidão e vista embaçada, tendo em vista que exigimos mais da visão para ver de perto do que de longe, diferente do que muitos acreditam. Isso acontece em decorrência das condições de contraste e brilho das cores, a distância que se mantém do equipamento durante o uso, bem como a iluminação do resto do ambiente são fatores que podem aumentar os sintomas dessa síndrome. 
DOENÇA DO TRABALHO
Entende-se como doença aquela que é adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. 
São alguns exemplos comuns de doenças: 
surdez ou perda auditiva;
A surdez ou perda auditiva provocada ao trabalho acontece em decorrência dos riscos existentes no ambiente laboral, com exposição contínua a ruídos e barulhos intensos sob Nível de Pressão Sonora (NPS) acima de 85 dB (decibéis) por oito horas diárias.
De acordo com levantamento da Sociedade Brasileira de Otologia (SOB), 30% a 35% dos casos de perda auditiva ocorrem por exposição excessiva a ruídos constantes. Essa também é uma das causas mais comuns das doenças ocupacionais, mas nem sempre o trabalhador sabe como relacionar a perda auditiva no trabalho. 
Segundo dados da SOB a perda auditiva laboral ocorre, principalmente, em ambientes cujas atividades são relacionadas aos setores de: metalurgia, transporte, construção civil produção gráfica, indústria têxtil, siderurgia e agricultura.
A alteração do sistema auditivo acomete muitos trabalhadores de forma bilateral (nos dois ouvidos) nos primeiros cinco anos de atividade, sendo progressiva e irreversível.
Para identificar esse tipo de perda da audição, é importante que colaboradores e empregadores fiquem sempre atentos aos principais sintomas, ainda em sua fase inicial, que podem ser sinalizados com as seguintes disfunções:
· alterações no sono;
· depressão;
· dificuldade para identificar a origem do som;
· dores de cabeça;
· falta de atenção e concentração;
· irritabilidade com sons intensos;
· irritação e ansiedade;
· isolamento e constrangimentos provocados pela dificuldade auditiva;
· não entender a fala durante as conversas;
· sensação de ouvir zumbidos;
· tontura e dificuldades no equilíbrio corporal.
dermatite de contato
A dermatite de contato (ou eczema de contato) é uma reação inflamatória na pele decorrente da exposição a um agente capaz de causar irritação ou alergia. 
Existem dois tipos de dermatite de contato a irritativa e a alérgica:   
· Irritativa: causada por substâncias ácidas ou alcalinas, como sabonetes, detergentes, solventes ou outras substâncias químicas. Pode aparecer na primeira vez em que entramos em contato com o agente causador, o que ocorre com muitas pessoas. As lesões da pele geralmente são restritas ao local do contato. 
· Alérgica: surge após repetidas exposições a um produto ou substância. Depende de ações do sistema de defesa do organismo, e por esse motivo pode demorar de meses a anos para ocorrer, após o contato inicial. Essa forma de dermatite de contato aparece, em geral, pelo contato com produtos de uso diário e frequente, como perfumes, cremes hidratantes, esmaltes de unha e medicamentos de uso tópico, entre outros. 
As lesões da pele acometem o local de contato com a pele, podendo se estender à distância.   Alguns produtos causam reações somente após exposição solar concomitante, como o sumo de frutas cítricas e perfumes.  Outros itens podem entrar em contato com a pele quando carregados pelo ar, como inseticidas em spray e perfumes para ambientes. As dermatites de contato podem ocorrer tanto no ambiente doméstico como nas atividades de lazer e no trabalho. 
São algumas substâncias que podem causar alergia:
· Plantas;
· Metais: níquel ou outros presentes em bijuterias, relógios e adornos de roupas ou calçados;
· Medicamentos tópicos: antibióticos, anestésicos e antifúngicos;
· Cosméticos: perfumes, xampus, condicionadores, cremes hidratantes e esmaltes de unhas;
· Roupas e tecidos sintéticos;
· Detergentes e solventes;
· Adesivos;
· Cimento, óleos, graxas e tinta de parede.
LER (Lesão por Esforço Repetitivo)
A LER é uma lesão relacionada com a atividade da pessoa, e em alguns casos pode ser entendida como uma doença ocupacional, e ocorre sempre que houver incompatibilidade entre os requisitos físicos da atividade ou tarefa e a capacidade física do corpo humano. Alguns fatores de risco contribuem para a instalação desta lesão, dentre eles: movimentos repetitivos, tracionamentos, postura incorreta, içamento de pesos, etc.
A LER, instala-se lentamente no organismo humano e muitas vezes passa despercebida ao longo de toda uma vida de trabalho e quando é percebida já existe um severo comprometimento da área afetada.
A digitação intensa é uma das causas mais comuns da incidência da LER e é a que mais tem contribuído para o aumento do número de casos de doenças ocupacionais.
A LER inclui uma série de doenças, por exemplo:
· Tendinite (especialmente de punho, cotovelo e ombro);
· Cotovelo de tenista (epicondilite lateral);
· Bursite,
· Síndrome do túnel do carpo;
· Dedo em gatilho;
· Lombalgia (dor na região lombar);
· Mialgia (dores musculares).
DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho)
O DORT é a sigla de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Esse termo foi criado no intuito de substituir a sigla LER justamente devido à confusão sobre a origem das doenças estar ou não relacionada ao ambiente profissional.
Além disso, existem ainda dois motivos que justificariam o uso do termo DORT em vez de LER:
· Ausência de lesão: em grande parte dos casos, as pessoas diagnosticadas com sintomas de LER não apresentam uma lesão propriamente dita no sistema musculoesquelético, de forma que o termo “lesão por esforço repetitivo” não seria correto;
· Natureza da sobrecarga: além da sobrecarga por esforço repetitivo (sobrecarga mecânica), que caracteriza a LER, há outros tipos de sobrecarga em um ambiente de trabalho que podem prejudicar o sistema musculoesquelético, incluindo vibração contínua, postura inadequada e tarefas que exigem força excessiva para serem executadas.
Assim, o termo DORT seria específico para as condições musculoesqueléticas originadas no trabalho e poderia ser utilizado em quadros causados por diversos tipos de sobrecarga, com ou sem evidências de lesão em qualquer estrutura anatômica.
Entretanto, a sigla DORT não é utilizada oficialmente na medicina e ainda existe muita controvérsia sobre quando usar LER ou DORT. Por isso, no dia a dia os dois termos acabam sendo aplicados como sinônimos.
depressão
A depressão pode ser ocasionada por diversos fatores biológicos e psicológicos, inclusive pode ser até mesmo de ordem hereditária. O que se sabe é que ela se inicia com um episódio de grande estresse, porém, mesmo depois da resolução do problema, o enfermo continua sentindo os sintomas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a depressão é um transtorno mental que pode ser identificado por características como:  
· Mudanças no humor
· Oscilações entre sentimentos de culpa e baixa autoestima
· Perda de interesse em realizar atividades cotidianas que antes eramprazerosas
· Perda de prazer 
· Distúrbios do sono ou de apetite.
No Brasil, a depressão no trabalho tem sido um problema bastante sério. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 11,5 milhões de brasileiros sofrem de depressão e é o país com maior prevalência desta doença na América Latina. A depressão é um questão que tem chamado cada vez mais atenção pois tem se tornado uma doença bastante comum em vários países e isso tem deixado a OMS em alerta. 
Confira alguns dos sinais mais comuns de uma pessoa com depressão:
· Baixo astral ou tristeza
· Perda de interesse em atividades cotidianas
· Problemas para dormir ou insônia
· Mudança de peso e apetite
· Dificuldade em planejar atividades diárias
· Dificuldade de concentração
· Indecisão
· Esquecimento.
doenças causadas por vírus ou bactérias
Existem inúmeras doenças causas por vírus ou bactérias que estão relacionados por conta da exposição a locais insalubres, mas nem sempre as doenças por vírus e bactérias são adquiridos pelo trabalhador em seu local de trabalho, abaixo vamos destacar algumas doenças adquiridas por vírus ou banctérias: 
Gripe e resfriado comum
Embora causados por vírus diferentes, seus sintomas são semelhantes: coriza, obstrução nasal, tosse e espirro; a febre geralmente só aparece nos casos de gripe.
Ambas as doenças são transmitidas por gotículas eliminadas pelas vias respiratórias. Recomenda-se apenas repouso, boa alimentação, ingestão de uma grande quantidade de líquidos e se necessário, antitérmicos e descongestionantes. 
Sarampo, catapora, rubéola e caxumba
Estas doenças também são transmitidas por saliva, gotículas eliminadas pela tosse por exemplo, atacando geralmente crianças.O doente deve ficar de cama, em isolamento e receber boa alimentação. Deve ficar também sob orientação médica, para ser atendido prontamente no caso de infecções bacterianas. A rubéola é perigosa quando contraída por mulheres grávidas, pois o vírus pode provocar anomalias no embrião (catarata, surdo - mudez e doenças cardíacas, entre outras).
Febre Amarela
É causada por um vírus transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, provocando febre, vômito e lesões no fígado. A profilaxia é feita através do combate ao mosquito e da vacinação.
Hepatite a Vírus
É uma inflamação do fígado que pode ser causada também por outros parasitas ou substâncias químicas. A transmissão ocorre por água e alimento contaminados, principalmente quando há falta de instalações sanitárias adequadas, por transfusões de sangue contaminados, por seringas e agulhas de injeção mal esterilizadas. A evolução costuma ser benigna, mas a presença do médico é necessária e o doente deve ficar isolado, em repouso com boa alimentação.
Dengue
Também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são: febre alta durante 3 dias, dores no corpo e nos olhos, cansaço e falta de apetite, podendo haver também erupções na pele semelhante ao sarampo. A dengue não tem tratamento específico, o doente deve ficar de reouso, ingerir muitos líquidos e tomar medicamentos para a dor e febre (que não contenham Ácido Acetil Salicílico) A prevenção é a mesma para a febre amarela.
Quem já teve dengue, mesmo que de forma assintomática, ou é portador de doenças crônicas, como diabete, a artrite reumatóide ou o lupus, está sujeito a contrair a Dengue Hemorrágica, Ela é causado por outro vírus e começa como a dengue porém depois que a fase febril acaba, os sintomas se agravam, ocorrendo queda da pressão arterial, hemorragias na pele, intestino e gengivas, ocorre o aumento do tamanho do fígado. Caso não haja assistência médica, a doença pode levar o paciente à morte em 10% dos casos
AIDS
A síndrome da imunodeficiência adquirida é causada pelo vírus HIV ou vírus da imunodeficiência humana, que ataca células do sistema imunológico, responsável pelo reconhecimento e combate dos agentes estranhos (bactérias, vírus, etc.) que invadem o organismo. A principal célula atacada é o linfócito T4. Devido a deficiência do sistema imunológico, os aidéticos, estão sujeitos a infecções por germes chamados oportunistas, que não causam problemas à pessoas com saúde normal.
Já as doenças provocadas por bactérias, são sensíveis à antibióticos, estes quando usados sob prescrição médica, constituem uma excelente arma contra doenças bacterianas. Essas doenças são transmitidas por gotículas de saliva (tuberculose, lepra, difteria, coqueluche), por contato com alimento ou objeto contaminado (disenteria bacilar, tétano, tracoma) ou por contato sexual (gonorréia, sífilis).
Tuberculose
É causada pelo bacilo de Koch (Mycobacterium tuberculosis), atacando os pulmões. O tratamento é frito com antibióticos e as medidas preventivas incluem vacinação das crianças com BCG, abreugrafias periódicas e melhoria dos padrões de vida das populações mais pobres.
Lepra ou hanseníase
É transmitida pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae) e causa lesões na pele e nas mucosas. Quando o tratamento é feito a tempo a recuperação é total.
Tétano
É produzido pelo bacilo do tétano (Clostridium tetani), que pode penetrar no organismo por ferimentos na pele provocado uma vez que o indivíduo seja cortado por instrumentos não esterilizados. É uma doença perigosa, que pode levar o indivíduo à morte, sendo por isso obrigatória a vacinação. Cuidados médicos em casos de ferimentos profundos são essenciais. Pode ser necessária a aplicação do soro antitetânico.
Tracoma
É uma inflamação da conjuntiva e da córnea que pode levar à cegueira. A doença é causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, de estrutura muito simples, semelhante a um vírus, e a transmissão se dá por contato com objetos contaminados. A profilaxia inclui uma boa higiene pessoal e o tratamento é feito com sulfas e antibióticos.
Disenterias bacterianas
Constituem a principal causa de mortalidade infantil nos países subdesenvolvidos, onde as classes mais pobres vivem em péssimas condições sanitárias e de moradia. São causadas por diversas bactérias como a Shigella e a Salmonella, e pelos bacilos patogênicos.
Essas doenças são transmitidas pela ingestão de água e alimentos contaminados, exigindo todas pronto atendimento médico. Sua profilaxia só pode ser feita através de medidas de saneamento e melhoria das condições sócio - econômica das camadas menos favorecidas da população.
Gonorréia ou blenorragia
É causada por uma bactéria, o Gonococo (Neisseria gonorrheage), transmitida por contato sexual. Provoca ardência, corrimentos pela uretra. Seu tratamento deve ser feito sob orientação médica pois exige o emprego de antibióticos.
Sífilis
É provocada pela bactéria Treponema pallidium, que também é transmitida pelo contato sexual. Um sinal característico da doença é o aparecimento, próximo aos órgãos sexuais, de uma ferida de bordas endurecidas, indolor, o "cancro duro", que regride mesmo sem tratamento. Entretanto, essa regressão não significa que o indivíduo esteja curado, sendo absolutamente necessários diagnósticos e tratamento médicos, pois a doença tem sérias consequências, atacando diversos órgãos do corpo, inclusive o sistema nervoso.
Meningite meningocócita
É uma infecção das meninges. É causada pelo meningococo, os sintomas são febre alta, náuseas, vômitos e rigidez dos músculos da nuca. O doente deve ser hospitalizado imediatamente e submetido a tratamento por antibióticos, pois a doença pode ser fatal. É transmitida por espirro, tosse ou fala, sendo importante a notificação à escola caso uma criança contraia.
É importante destacar que tanto no caso das doenças profissionais como das doenças dos trabalhador, podem ser aplicados casos que caracterizam acidente de trabalho e também possibilitam que o trabalhador receba auxílio-acidente ou aposentadoria por invalidez.
Aqui vamos destacar ainda que um estudo conduzido pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) indicou que mais de 520 mil brasileiros pediram afastamento do trabalho por auxílio-doença, ocorreram entre os anos de 2012 e 2018. Isso significa um total de 40 mil dias ausentes por conta de problemas de saúde, muitas vezes geradosno próprio local de trabalho.
Uma coisa é importante salientar, que existem doenças, que não são consideradas como doenças do trabalho, são elas:
1. doença degenerativa;
1. doença inerente ao grupo etário;
1. doença que não produza incapacidade laborativa;
a doença endêmica adquirida por segurado habitante da região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. 
Em caso excepcional, constatando-se que a doença não está incluída na relação prevista acima e que resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la como acidente de trabalho.
Seguindo, no artigo 21, equiparam-se ao acidente do trabalho, para efeito desta Lei:
1. o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
1. o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de trabalho, em consequência de:
1. ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
1. ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
1. ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
1. o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de trabalho, em consequência de:
3. ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
3. ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
3. ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho. 
3. ato de pessoa privada do uso da razão;
3. desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
1. a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício da sua atividade;
1. o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
1. na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autorização da empresa;
1. na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
1. em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
1. no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados à refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício de trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior. 
Classificação dos Riscos Ambientais e as Doenças Relacionadas ao Trabalho
A PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), relaciona os riscos ocupacionais por classificação, sendo assim, riscos: 
a) físicos, 
b) químicos, 
c) biológicos, 
d) ergonômicos e
e) acidentes. 
Neste caso, não é somente a natureza do trabalho, mas também o ambiente onde ele é desenvolvido, que contribui para que haja uma maior ou menor exposição aos riscos. Buscando evitar os acidentes ou doenças, a legislação trabalhista busca estabelecer limites de intensidade ou tempo de exposição aos riscos, independente de qual deles seja. 
CARACTERIZAÇÕES DO ACIDENTE DO TRABALHO
O acidente de trabalho requer uma averiguação da condição do trabalhador acidentando, este procedimento, ocorre através da perícia médica realizada pelo setor de benefícios do INSS. 
É nesta perícia que verifica se o segurado tem ou não o direito à habilitação do benefício acidentário. 
FATORES CAUSAIS DO ACIDENTE DE TRABALHO
Existem 4 fatores que propiciam as condições que levam aos acidentes, são eles: 
ATO INSEGURO
O ato inseguro é o modo pelo qual o próprio trabalhador se expõe, consciente ou não, ao acidente. Isso acontece normalmente em virtude da violação de uma ordem ou procedimento. 
Segundo as estatísticas, 80% dos acidentes de trabalho eram oriundos de atos inseguros.
São exemplos de atos inseguros:
· levantamento impróprio de carga;
· brincadeiras grosseiras;
· manutenção de máquinas em movimento;
· danificação ou não uso de EPI;
· execução de serviços para os quais não está autorizado;
· uso de equipamentos de maneira imprópria;
· sobrecarregar (andaime, veículo etc.);
· trabalhar ou operar à velocidade insegura;
· saltar de um ponto elevado do veículo ou plataforma.
CONDIÇÃO INSEGURA
A condição insegura é considerada a falha física, no local de trabalho, e acaba comprometendo a segurança do trabalhador. 
São exemplos de condições inseguras:
· proteção mecânica inadequada;
· condição defeituosa do equipamento;
· projeto ou construção inseguros;
· empilhamento instável;
· escadas ou pisos defeituosos ou escorregadios.
FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA
São características pessoais, íntimas, que não podem ser mudadas com treinamento. São necessários outros meios, como o acompanhamento social, a análise psiquiátrica ou a mudança de função. 
São exemplos de fator pessoal de insegurança:
· falta de conhecimento;
· falta de experiência ou especialização;
· fadiga;
· alcoolismo e toxicomania.
TEORIA DA MULTICAUSALIDADE
A teoria da multicausalidade indica que o acidente dificilmente tem uma causa única, mas sim que é o somatório de falhas, sejam elas: humana e/ou material, ocorrendo pela soma de várias situações, que participam simultaneamente desencadeando os acidentes. 
Se, por um lado, a identificação de todas as causas do acidente do trabalho é considerada difícil, mais dificuldades ainda teremos para diagnosticar a doença do trabalho porque é mais complexo relacionar os sintomas com a atividade laboral, o início do processo de instalação até a confirmação do diagnóstico. Neste caso, o nexo de causa e efeito pode confirmar uma doença profissional.
ACIDENTES DE TRABALHO E OS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS
 AUXÍLIO-DOENÇA
O auxílio-doença é um benefício concedido ao segurado que por doença ou acidente é impedido de trabalhar, por mais de 15 dias consecutivos. 
Quando ocorre a necessidade de realizar o afastamento por auxílio-doença, para trabalhadores regidos pela CLT, os primeiros 15 dias são pagos pela empresa, e os demais dias, a partir do 16º dia de afastamento pela Previdência Social. 
Em casos em que o beneficiário é um contribuinte individual (profissionais liberais, autônimos, empresários, entre outros), a previdência social efetuará o pagamento de todo o período da doença ou do acidente (desde que o trabalhador tenha requerido o benefício). 
Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social por, no mínimo, 12 meses. Esse prazo não será exigido em caso de acidente de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho). 
A concessão de benefício de auxílio-doença, acontece através da comprovação da incapacidade em exame realizado pela perícia médica da Previdência Social. 
Terá direito ao benefício, sem a necessidade de cumprir o prazo mínimo de contribuição e desde que tenha qualidade de segurado, o trabalhador acometido de: 
· tuberculose ativa,
· hanseníase,
· alienação mental, 
· neoplasia maligna,
· cegueira,
· paralisia irreversível e incapacitante, 
· cardiopatia grave, 
· doença de Parkinson, 
· espondiloartrose anquilosante,
· nefropatia grave, 
· doençade Paget (osteíte deformante) em estágio avançado,
· síndrome da deficiência imunológica adquirida (AIDS) ou 
· contaminado por radiação (comprovada em laudo médico). 
Quando um trabalhador recebe o benefício do auxílio-doença, a Previdência oferece um programa, que se chama: reabilitação profissional. Este programa tem o objetivo de oferecer, aos segurados incapacitados para o trabalho (por motivo de doença ou acidente), os meios de reeducação ou readaptação profissional para o seu retorno ao mercado de trabalho. 
Neste caso, os segurados são atendidos por uma equipe multidisciplinar, formada por: médicos, assistentes sociais, psicólogos, sociólogos, fisioterapeutas e outros profissionais. 
Após a conclusão do programa de reabilitação profissional, a Previdência Social emite um certificado indicando a atividade para a qual o trabalhador foi capacitado profissionalmente.
Além do programa de capacitação são oferecidos aos segurados, alguns recursos materiais, tais como: próteses, órteses, taxas de inscrição em cursos profissionalizantes, instrumentos de trabalho, implementos profissionais e auxílios-transportes e alimentação.
O trabalhador vítima de acidente de trabalho terá prioridade de atendimento no programa de reabilitação profissional. Não há prazo mínimo de contribuição para que o segurado tenha direito à reabilitação profissional. 
Quando um trabalhador que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico periódico e participar do programa de reabilitação profissional prescrito e custeado pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso. 
Não tem direito ao auxílio-doença quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resulta do agravamento da enfermidade. 
Quando o trabalhador perde a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só são consideradas para concessão do auxílio-doença após nova filiação à Previdência Social, tendo de haver ao menos quatro contribuições que, somadas às anteriores, totalizem no mínimo 12. 
O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez. O valor do benefício corresponde a 91% do salário de benefício. 
AUXÍLIO-ACIDENTE
O auxílio acidente é um benefício pago ao trabalhador que sofreu um acidente e ficou com sequelas que reduzem a capacidade de trabalho. 
Para concessão do auxílio-acidente não é exigido tempo mínimo de contribuição, mas o trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de continuar desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da Previdência Social. 
O auxílio-acidente, por ter caráter de indenização, pode ser acumulado com outros benefícios pagos pela Previdência Social, exceto aposentadoria. O benefício deixa de ser pago quando o trabalhador se aposenta. 
O pagamento dar-se-á a partir do dia seguinte em que cessa o auxílio-doença. O valor do benefício corresponde a 50% do salário de benefício que deu origem ao auxílio-doença, corrigido até o mês anterior ao do início do auxílio-acidente.
Unidade III – Ergonomia 
Capítulo 1 – Tipos de Ergonomia 
EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA
Provavelmente na época do homem das cavernas já se pensava em adaptar o trabalho às suas condições físicas, pois escolheu uma pedra num formato anatômico para não se ferir. Isso é ergonomia.
Historicamente, o termo ergonomia foi utilizado pela primeira vez em 1857, pelo polonês W. Jastrzebowski, que publicou o "Ensaio de ergonomia ou ciência do trabalho baseada nas leis objetivas da ciência da natureza". 
Nesta publicação se tratou a maneira para mobilizar quatro aspectos da natureza, sendo eles: 
· natureza físico-motora,
· natureza estético-sensorial, 
· natureza mental-intelectual e 
· natureza espiritual-moral. 
Uma das ideias básicas de Jastrzebowski é a proposição-chave de que estes atributos humanos se declinam e deflacionam devido ao seu uso excessivo ou insuficiente. 
Nesta concepção, não foram levadas em consideração as características e as capacidades humanas. Portanto, surgiu a nova ciência, a ergonomia, que uniu esforços entre a tecnologia, as ciências humanas e biológicas. 
Os resultados desse esforço interdisciplinar foram tão frutíferos que foram aproveitados pela indústria no pós-guerra. A indústria já sabia onde implantar essa nova ciência, pois, com a revolução industrial de Taylor, Fayol e Ford, iniciaram uma série de problemas, tais como: 
· impossibilidade de conseguir um único e correto método de trabalho;
· alienação do trabalhador no processo decisório;
· seleção física e psicológica rigorosíssimas;
· trabalho exaustivo até a fadiga;
· isolamento do trabalhador numa só posição;
· desencadeamento de distúrbios osteomusculares por sobrecarga funcional; • redução das possibilidades funcionais do trabalhador;
· entre outros.
No ano de 1947, foi criada a primeira sociedade de ergonomia do planeta, a “Ergonomics Research Society”, nascendo, assim, a corrente de ergonomia de fatores humanos (HUMAN FACTORS and ERGONOMICS ou HFE).
 
Entre 1960 e 1980, ocorreu um crescimento da ergonomia, expandindo-se pois o meio industrial tomou consciência da sua importância na concepção dos produtos e dos sistemas de trabalho (equipamentos, ferramentas, ambiente, postura do trabalhador, organização do trabalho etc.).
A ergonomia passou por quatro fases sendo elas: a primeira é pós-guerra, que está voltada mais às questões físicas do ambiente de trabalho e às questões fisiológicas e biomecânicas. Já na segunda fase ocorre uma melhor compreensão da relação entre o homem e seu ambiente, é a fase do ambiente físico (ruído, iluminação, vibração etc.). 
Na terceira fase, a ergonomia da interface com o usuário, pois ocorre a informatização dos processos e produtos. E por fim, a quarta fase, na qual a visão é macro, focada no homem, a organização, o ambiente e a máquina como um todo em um sistema mais amplo.
A ERGONOMIA NO BRASIL
A ergonomia dividiu-se no Brasil em três momentos, os primórdios, a fase universitária e a fase de disseminação junto ao mercado, são eles:
· Primórdios: O Professor Sérgio Penna Kehl, da escola Politécnica da USP, foi um dos primeiros brasileiros a ensinar ergonomia. Ele abordou um tópico chamado “O Produto e o Homem”. Acreditando na ergonomia, fundou o GAPP (Grupo Associado de Pesquisa e Planejamento), que oferece às empresas uma consultoria em ergonomia. Após a Engenharia de Produção, as escolas de Desenho Industrial, Design e Psicologia também incluíram nas suas grades a disciplina de Ergonomia.
· A Fase Universitária: após a fase de Sérgio Penna Kehl, várias universidades como COPPE, ESDI e a FGV também incluíram a ergonomia como disciplina. Nasceram também pós-graduações, mestrados e doutorados em Engenharia de Produção, Medicina, Psicologia, Design, Fisioterapia, entre outras áreas.
· Fase de Disseminação: com o crescimento da formação em ergonomia, cresceram em quantidade e qualidade os profissionais que oferecem consultoria para empresas dos mais diversos seguimentos. Um impulso foi a criação da ABERGO (Associação Brasileira de Ergonomia) e da Comissão de Ergonomia no Ministério do Trabalho e Emprego.
Capítulo 2 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ERGONOMIA 
NO MÉTODO DE TRABALHO
O método de trabalho é um dos principais causadores de problemas ergonômicos, contudo podemos minimizá-los aplicando uma regra básica de utilização do corpo para o trabalho, como descritas a seguir: 
· As duas mãos devem começar e completar os movimentos de uma só vez: ocorrerá um melhor rendimento e maior conforto se a mão direita e a esquerda pegarem os componentes simultaneamente e se colocarem simultaneamente no local de montagem.
· Os movimentos dos braços devem ser executados de forma simétrica, em direções opostas, simultaneamente: isso facilitará a manutenção do eixo corporal na posição vertical sem desvios.
· Os movimentos das mãos devem ser facilitados e simplificados: os diversos elementose/ ou movimentos de trabalho devem ser simplificados e facilitados, para facilitar a atividade do trabalhador.
· Usar força da gravidade para o transporte de peças: a força da gravidade pode facilitar a condução das peças, evitando sobrecarga física do trabalhador.
· Dar preferência aos movimentos angulares contínuos ao invés dos de linha reta com mudança brusca de direção; os movimentos em arco são bem mais rápidos, fáceis e precisos do que os retilíneos: nos movimentos em semicírculos economizam energia e produzem o mesmo.
· O corpo deve trabalhar na vertical: nesta posição o gasto energético é mínimo e esta posição é fisiológica.
Nas Ferramentas, Dispositivos e Postos de Trabalho:
· Deverá haver um local fixo, definido, para as ferramentas e materiais: logo o trabalhador memorizará o esquema do posto de trabalho e realizará seu trabalho mais facilmente.
· Situar as ferramentas e materiais na ordem de sua utilização: isso evitará que o trabalhador desloque seu corpo para fora do eixo natural, evitando movimentos que possam ser nocivos. 
· Sempre que possível, transferir para dispositivos o trabalho de segurança, fixar e sustentar as peças: quando a mão humana é utilizada para segurar algum dispositivo, é melhor fixá-lo em uma morsa, por exemplo.
· Combinar duas ou mais ferramentas, se necessário: o estudo da tarefa é fundamental para definir as melhores ferramentas.
· Adequar a empunhadura das ferramentas, de forma a fazer contato com toda superfície da mão: para superfícies verticais os cabos devem ser em pistolas; para superfícies horizontais, retos.
· Evitar esforços manuais em pinça, somente admiti-los para atividade de precisão: o trabalhador que realiza o movimento de pinça forçado é mais suscetível a distúrbios de membros superiores.
· Evitar trabalhos na parte de trás de uma peça: esses movimentos costumam ocasionar movimentos de compressão nervosa e fora do eixo natural.
· Prover iluminação adequada à exigência visual da tarefa: evita desperdício de tempo na realização da tarefa.
· Acertar o plano de trabalho individualmente para cada operador: cada tipo de trabalho ou peso da peça tem uma altura adequada. Por exemplo: A altura do trabalho pesado é o osso púbis do operador, trabalhos moderados são no cotovelo e trabalhos leves ou de empenho visual são a 30cm dos olhos.
· Distribuir o trabalho de acordo com a capacidade das pernas, dedos e mãos: as pernas devem ser utilizadas para fazer força. A movimentação precisa é realizada pelos membros superiores e mãos, punhos retos e dedos devem realizar movimentos precisos e delicados.
POSTURAS DO CORPO
A postura é o estudo do posicionamento do corpo e de suas partes.
Normalmente nós fazemos uso de três posturas básicas, que são: deitado, sentado e em pé. 
E utilizamos nossa força muscular para a manutenção delas, podendo ser adequadas ou não.
As posturas inadequadas que os trabalhadores adquirem, na maioria das vezes, são causadas por postos de trabalho e equipamentos inadequados e por exigências da tarefa, que geram dores corporais, afastamentos do trabalho e doenças ocupacionais. Vamos entender as diferentes situações de má postura que geram consequências ao trabalhador: 
· Trabalho estático que envolve postura parada por longos períodos.
· Trabalho com esforço físico intenso.
· Trabalhos com o tronco inclinado e/ou rodado.
Posição Deitada
É a posição mais adequada para o repouso, pois o sangue flui livremente por todo corpo, não há tensão muscular, contribuindo para eliminação de resíduos metabólicos e toxinas musculares. Não é a uma posição indicada para o trabalho, pois os movimentos tornam-se difíceis e fatigantes.
Posição em Pé
É bastante vantajosa, pois permite o uso dinâmico das pernas, braços e tronco. Porém é bastante fatigante quando é necessário ficar parado, pois a musculatura faz contração estática para manutenção da postura.
Posição Sentada
O trabalho muscular do dorso e do ventre é responsável por manter essa postura. Podemos citar algumas vantagens em relação à posição em pé, sendo uma delas a liberação dos pés e pernas para realizar tarefas como o acionamento de pedais.
Inclinação da Cabeça para Frente
No trabalho, inclinar a cabeça para frente é inevitável, o aparecimento de dores no pescoço e ombros e fadiga na região cervical também são. Vamos ver alguns fatores que facilitam essas queixas: a permanência prolongada, o assento muito alto, mesa muito baixa, cadeira longe da área de trabalho e uso de equipamentos específicos de precisão são os principais.
Características dos movimentos
Para fazer um determinado movimento, diversas combinações de contrações musculares podem ser utilizadas, cada uma delas tendo diferentes características de velocidade, precisão e movimento. Um trabalhador experiente fatiga-se menos porque aprende a usar aquela combinação mais eficiente em cada caso, economizando energia. 
Neste caso, os movimentos podem ser:
· Precisão: são realizados pelas pontas dos dedos quando é utilizado punho, cotovelo e ombro. Esses movimentos ganham força, porém são prejudicados na precisão.
· Ritmo: são movimentos suaves, curtos e rítmicos; acelerações bruscas e rápidas mudanças de direção causam fadiga.
· Movimentos Retos: são movimentos em torno das articulações, são mais difíceis e imprecisos. Exigem uma integração complexa entre articulações e músculos.
· Terminações: são movimentos que exigem posicionamentos precisos, com acompanhamento visual. São difíceis e demorados.
Movimentos de Puxar e Empurrar
Para realizar movimentos de puxar e empurrar são necessários diversos fatores, como postura, dimensões antropométricas, sexo, altura do objeto que será puxado ou empurrado, atrito do sapato com o chão, entre outros. Iida (2005) destaca que um homem tem capacidade entre 20 e 350 kgf (aproximadamente). Se utilizarmos os ombros, esses kgf podem até dobrar.
Alcance Vertical
Dores e fadiga são consequências de movimentos acima da linha dos ombros, podendo causar tendinite de bíceps e de outros músculos. O tempo máximo de manutenção do braço acima de 30 cm da bancada de trabalho é de 4 minutos. Quanto mais alto, menor o tempo de limite.
Alcance Horizontal
O alcance horizontal com peso nas mãos exige maior contração muscular, com o objetivo de contrabalançar o movimento do peso. Tanto na horizontal quanto na vertical os braços têm pouca resistência muscular em manter cargas estáticas.
ANTROPOMETRIA 
É o estudo das medidas físicas do corpo, bastante importante para a indústria, pois utiliza essas medidas para realizar uma produção coesa para um público-alvo. Antigamente utilizavam-se destes estudos para delimitar uma população em peso e altura, mais tarde observou-se também o alcance dos movimentos. E hoje podemos estudar antropometricamente um braço para dimensionar o comprimento de uma manga, por exemplo.
Variações nas Medidas
Diferenças entre sexos
No que diz respeito a diferença entre os sexos, desde que nascemos homens e mulheres, apresentam diferenças, que continuam durante toda vida. 
Quando adulto, fica são marcantes as características dos homens, que apresentam ombros mais largos, tórax maior, clavículas mais longas e escápulas mais largas, com bacia levemente mais estreita, além de cabeça maior, braços mais longos e pés e mãos maiores. 
As mulheres, em contra partida, têm ombros estreitos, tórax menor e arredondado, bacia mais larga e estatura de 6 a 11% menores que os homens. Uma diferença bastante importante é a proporção de músculos e gorduras: os homens têm mais músculos que gordura e as mulheres mais gorduras que músculos.
Variação Étnica
vários estudos realizados durante décadas comprovam a influência da etnia nas variações das medidas. Muitos produtos foram exportados e não tiveram tanta aceitação, pois na sua criação não foram levados em consideração os estudos antropométricos do país importador. Hoje, o problema se tornou mais grave com o livre comércio internacional. 
Podemos citar alguns exemplos: os árabes têm membros relativamente mais longos que os europeus, enquanto os orientais os têm mais

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