Buscar

Fisiologia da gestação II

Prévia do material em texto

Fisiologia da gestação
· Fisiologia II (Perfil endócrino)
 Complexo luteotrófico fetal e funções do corpo lúteo
*após a ovulação que tem-se o corpo lúteo
· Progesterona
· Secreção primaria de progesterona pelo corpo lúteo, fundamental para manutenção da gestação 
· Fontes adicionais de progesterona em algumas espécies
· Éguas (formação de CL acessórios ou secundários e placenta)
· Ovelhas (placenta)
· Hormônios da gestação 
· P4:
Efeitos da P4 ocorrem após a preparação estrogênica (que ocorre na fase folicular) e após a ovulação tem a interferência da P4 terminando a maturação endometrial para ocorrer a atividade das glândulas e produção do histotrofo, receber o embrião para implantação. 
· E2 – proliferação do epitélio e crescimento dos ductos das glândulas endometriais (fase folicular)
· P4 + E2 – a P4 auxilia nas ramificações das glândulas endometriais produção de material mucoso e espesso (histotrofo) que associado ao fluido tubárico, secreções cervicais e células de descamação do epitélio endometrial, servem para nutrição do embrião antes da implantação 
· P4 – responsável pelo ganho de peso materno, reduz metabolismo durante gestação. Aumenta apetite, animal fica mais sedentário, letárgico. Também mantem o ambiente uterino quiescente (não reage a outro estímulos hormonais, para não ocorrer contratilidade).
*apenas equinos mantem o tônus, por isso tem migração mais demorada.
· Prolactina:
Hormônio luteotrofico (mantem vida útil do CL)
Importante no período gestacional e principalmente no terço final, relacionado a lactação, preparo da glândula mamaria. 
Produzida pelo corpo lúteo e hipófise
Promove ativação de enzimas como a colesterol sintetase nas células luteinicas, induz aparecimento e manutenção de receptores para LH
Inibe degradação da P4 pela diidroxiprogesterona.
E2 tem relação com produção de prolactina, relacionado com a pseudociese* 
*metaestro, diestro prolongado, muito tempo com predomínio de P4 e quando ela reduz o E2 aumenta e induz a produção de prolactina, que se depara com níveis séricos de P4 ainda presente, o que causa efeitos psíquicos de maternidade.
Prolactina foi produzida devido ao agrupamento folicular, aumenta os níveis de E2, organismo entende que deve-se produzir prolactina, para não ocorrer a luteolize de imediato.
· Relaxina:
Também produzida pelo CL em situação de luteolise em vaca, porca e primaras e pela placenta em gatas cadela (20 dias antes do parto) e égua (70 dias antes do parto). 
Promove distensão, relaxamento dos ligamentos pélvicos. Miométrio intercala relaxamento e contração. 
As contrações começam do ápice em direção a cervix para impulsionar o feto.
Secretado no final da gestação, próxima ao momento do parto.
Promove relaxamento cervical, da sínfise púbica (e sua abertura), tecidos e ligamentos pélvicos
*sacro mais evidente, cauda mais elevada, musculatura mais relaxada – proximidade do parto.
· E2:
Importante pro parto, lactação, preparação uterina.
Responsável pela multiplicação das células epiteliais uterinas (endométrio) e extensão da região glandular.
Hipertrofia das células da musculatura lisa uterina, para permitir o crescimento fetal.
Aumenta próximo ao parto, pois também tem relação com a hipersensibilidade miometrial. Aumenta as proteínas contrateis do útero (actina e miosina).
Sintetiza colágeno e glicosaminaglicana, colágeno está no tampão cervical, que se dissolve para o parto com auxílio do E2, devido a produção de enzimas que dissolvem esse colágeno. 
· Lactogênio placentário (somatotrópica Coriônica):
Importante principalmente em primatas e pequenos ruminantes.
Efeito somatotrófico (aumenta conversão de proteínas) e lactogênico (favorece lactação, age junto com a prolactina)
Função semelhantes a hormônios de crescimento e prolactina, crescimento do alvéolo da glândula mamaria. 
*junto com prolactina.
· Gonadotrofina coriônica humana:
Dosado nas mulheres para fazer diagnostico de gestação precoce (BHCG), sintetizado em torno de 9 dias de gestação, relacionado com a implantação.
Luteotrofico nos primatas, mantem vida útil do corpo luteo, importante no reconhecimento materno.
· Equinos:
- 3 fontes de P4
Placenta, CL secundário ou acessório (eCG), CL primário (oriundo da ovulação). 
Em torno de 33 – 35 dias tem produção da gonadotrofina coriônica equina, produzida pelos cálices endometriais (início da formação dos anexos placentários, as células do trofoblasto começam a se relacionar com o endométrio). Tem função de FSH (recruta folículos – prod. E2) e LH (luteolisação de folículos pré formados, formam pequenos CL = CL secundario). Dura em torno de 70 a 90 dias, que é quando começa a degradação dos cálices endometriais, então acaba o estimulo.
Após isso a placenta assume a produção de E2
*a partir dos 150 dias não tem eCG, queda da P4, permanece em níveis basais pela produção da placenta. Não tem concentração sérica, mas permanece na placenta. Próximo do parto P4 sai da placenta e atinge níveis séricos.
A placenta consegue produzir a P4 devido a 2 enzimas (delta 4 – 5 isomerase, 3-β-OH-desidrogenase) que convertem pregninolona em P4
eCG: 
Função de LH – luteinizou os folículos antrais, produção é sempre constante. 
Função de FSH – ativação de outros folículos (pré-antrais para antrais). Tem produção de estrógeno. 
Pode ter sinais de cio estando gestante devido ao eCG 
*Não se deve usar esse cio
Diagnostico de gestação nos equinos é precoce.
Mesmo com a queda do eCG o E2 continua aumentando, isso se deve a produção placentária. É benéfico para o feto equino, é captado e no fígado fetal é convertido em equilina que favorece o crescimento do feto = bem estar fetal.
· Ruminantes:
· Bovinos – Principal fonte de P4 é o CL oriundo da ovulação, placenta tem pequena produção
· Ovinos – CL oriundo da ovulação, porem a partir de 50 dias a placenta começa a produzir e secretar P4 e a partir de 60 dias ela assume essa produção 
Bov:
 
______ P4
............ Prolactina
- - - - - - E2
No parto pico de E2, dias após decai, Prolactina permanece em níveis basais, se eleva pelo estimulo do E2 e também tem pico no parto
Ovinos:
Ovinos também possuem as enzimas que nas éguas convertem pregninolona em P4. 
P4 aumenta com CL, em seguida pela produção de placenta, alcança um platô, decair próxima ao parto.
E2 e Prolactina permanecem em níveis basais, na ovelha prolactina aumento um pouco antes do E2, diminuição da P4 que causa estimulo para produção de Prolactina. E2 e prolactina atinge pico no parto e dias após declinam.
Caprino: 
Semelhante ao das vacas. Depende apenas do CL, sem outra fonte de P4. 
Dosagem de P4 também serve como diagnostico gestacional. 21 dias após IA ou cobertura. Aumenta, atinge platô e decai no parto.
*luteolize o ovariectomia perde a gestação, assim como na vaca
E2 circulante é mais alto nessa espécie, tem pseudo gestação (diferente das cadelas, ocorre devido a hiperplasia cística no endométrio pelo estimulo do E2, ovulam, não ocorre fecundação, E2 demora a diminuir, gera sensibilidade no endométrio, desenvolve cistos, não cicla, tem aumento de volume no abdômen, apenas parece gestante). 
Aumento gradual de E2 de 30 a 40 dias de gestação, pico de 600 pg/mL antes do parto.
Suinos:
Ovulam vários oócitos, não tem produção placentária, no inicio possui mais E2 que outras espécies, produzidos pelos próprios embriões, isso é importante para o reconhecimento materno. 
 - Se a femea não emprenha, tem queda da P4 entra 15-16 dias, para se preparar para novo ciclo.
Se emprenhar ocorre luteinização dos CL, que persiste, aumenta P4 durante gestação, decai próxima ao parto. CL mantem gestação, n° de embriões influencia na produção de P4.
*P4 para manter a gestação é de 6ng/mL
Concentrações altas de P4 não é benéfico.
- Concentração de E2 é constante em níveis basais durante a gestação, aumenta no parto, decai P4, pico de E2 no parto, declínio após o parto. Concentração de sulfato de estrona pode ser dosado aos 20 – 30 dias, para diagnostico. 
*cerda = suíno
Cadelas:
Fase luteinica prolongada (70 a 80 dias), concentração de P4 é semelhantea femea gestante, então não se realiza diagnostico por dosagem sérica. CL dependente, não tem outra fonte de P4, luteolize, ovariectomia, etc, perde a gestação em torno de 24 a 72h. 
Tem fase luteotrofica pela produção de prolactina, um pouco antes das demais espécies. Com a produção da prolactina, é mais difícil de ocorrer luteolize. 
*Produz prolactina antes.
 E2: 
5 a 6 semanas de gestação ainda esta em níveis basais, do final da gestação até o parto aumenta lentamente, decai após o parto. Responsável pelo crescimento mamário, relaxamento da cervix. 
*prolactina começa a subir e mantem a função do CL, então desacelera a queda da P4
 Prolactina
Aumenta na primeira metade da fase luteínica, em femeas prenhes ou não (o que favorece a pseudociese, pois o perfil de prolactina é o mesmo em gestação ou não). 
Na segunda metade da fase luteinica, aumenta mais a prolactina (na prenhes).
Pico de prolactina e o declínio da P4 ocorrem de 1 a 2 dias antes do parto.
É a responsável pelo cresimento e manutenção do corpo luteo (luteotrofico). 
Gatas:
Ovulação ocorre de 23 a 30h após a cobertura, 1° a 4° semana de gestação tem aumento de p4 (aumento rápido), após 1° mês tem queda gradativa. 2 dias antes do parto tem queda abrupta. 
No final da gestação aumento de E2, pico no parto, declínio pós parto.

Continue navegando