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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIADO 
TRIÂNGULO MINEIRO – Campus UBERABA 
MESTRADO PROFISSIONAL EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS 
 
 
 
CLÁUDIA APARECIDA VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
O PROGRAMA 5S COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DA 
QUALIDADE NA AGROINDÚSTRIA DO INSTITUTO FEDERAL DO 
TRIÂNGULO MINEIRO - CAMPUS UBERABA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UBERABA, MG 
2017 
 
 
CLÁUDIA APARECIDA VIEIR A 
 
 
 
O PROGRAMA 5S COMO FERRAMENTA DE GESTÃO DA QUALIDADE NA 
AGROINDÚSTRIA DO INSTITUTO FEDERAL TRIÂNGULO MINEIRO - 
CAMPUS UBERABA 
 
 
 
 
 
Dissertação apresentada ao Programa de Pós 
Graduação Strictu Sensu Mestrado Profissional 
em Ciência e Tecnologia de Alimentos do 
Instituto Federal do Triangulo Mineiro – 
Campus Uberaba, como requisito para a 
conclusão e obtenção do título de Mestre em 
Ciência e Tecnologia de Alimentos. 
 
Orientadora: 
 Profª. Dra. Deborah Santesso Bonnas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UBERABA, MG 
2017 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico às minhas filhas, joias 
valiosas, Jade e Agatha, pela 
oportunidade de convivência 
e amor incondicional. 
 
 
GRATIDÃO ESPECIAL 
 
Gratidão a Deus, Pai, a Jesus, Filho e ao Espírito Santo pela comunhão divina Universal 
que me guia e me indica sempre o caminho reto que procuro seguir. 
Ao avô, amigo e irmão de todas as horas, José Armando, nosso Zé, pela dedicação, 
benevolência e amor às meninas e a mim. 
Às filhas amadas, Jajá e Bêlo, pela oportunidade de ser mãe de duas pessoas tão lindas 
que muito tem me ensinado a viver. 
Ao meu Norinho, Wellington pela alegria que acrescenta em nossas vidas. 
Ao estimado amigo Paulo Zago, pelo carinho e cuidados dispensados a mim. 
Ao meu pai amado, pessoa simples de um coração bondoso, que hoje reside em outra 
dimensão mas que vive no meu coração e lembranças. Me deixou de herança o melhor de sua 
alma como exemplos de humildade e amor a Deus! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À minha orientadora Profª Dra. Deborah Santesso Bonnas, pela orientação, incentivo, 
paciência e contribuições importantes na realização desta dissertação. 
 À Profª Dra. Marlene Jerônimo pelo apoio, carinho e disponibilidade nas horas de 
incertezas no desenvolvimento deste trabalho. 
 À Sandra Elias de Oliveira pelo auxílio na condução da realização do trabalho prático.
 Aos Alunos e alunas Juliano Teodoro Tronconi, João Pedro Teixeira Justino, Diego 
Francisco Barroso Abreu, Ana Júlia Gandra Rocha, Paloma Carolina de Carvalho e Josylene 
Aparecida Nascimento de Oliveira, pela contribuição e por fazerem parte do comitê de 
manutenção do trabalho. 
 À Coordenadora do Mestrado Profª Dra. Fernanda Jardim pela atenção, disponibilidade 
e presteza. 
 Aos membros da banca pelas considerações, correções e comentários. 
 Ao Instituto Federal do Triangulo Mineiro – Campus Uberaba pela oportunidade de 
realização do curso. 
 A todos aqueles que contribuíram para a realização desta Dissertação e a todos que 
fazem e fizeram parte desta jornada de crescimento profissional e espiritual. 
Expresso aqui a minha eterna gratidão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O sucesso na implementação dos programas de qualidade depende de se fazer uma gestão 
eficiente do ambiente como um todo. Para tanto deve-se preparar a organização para a 
implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade. O Programa 5S oferece um método para 
aplicação de cinco atividades básicas que possibilitam a mudança de comportamento das 
pessoas e consequentemente do ambiente em que elas trabalham, criando uma base para que a 
gestão da qualidade possa ser implantada com sucesso. O presente estudo foi realizado nas 
Plantas de Processamento de laticínios e vegetais do setor de Agroindústria, situada no Instituto 
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro – Campus Uberaba, com o 
objetivo de implantar o Programa 5S como Ferramenta de Gestão da Qualidade. O trabalho 
caracterizou-se como uma pesquisa-ação, cujo envolvimento da pesquisadora foi constante 
durante todo o processo de investigação e implantação. O trabalho adotou um estudo descritivo 
através de diagnóstico, por meio da aplicação de uma lista de verificação para avaliação atual 
do local. Posteriormente elaborou-se o plano de ação 5W1H descrevendo-se o planejamento 
das etapas de implantação considerando cada um dos sensos do 5S para adoção das melhorias 
nas plantas de processamento. A partir dos resultados obtidos por meio do diagnóstico inicial, 
concluiu-se que os setores avaliados encontravam-se em desconformidade em relação ao que 
preconiza o programa 5S. A implantação do programa 5S permitiu elaborar um plano de ação 
que resultou na melhoria geral dos setores referente aos três primeiros Sensos: utilização, 
organização e limpeza. Após implantação formou-se um comitê de manutenção do programa 
com a intenção de não deixar que as melhorias se percam ao longo do tempo. A implantação 
do programa 5S, nos setores de processamento da agroindústria, contribuirá com a aplicação 
dos demais sistemas de gestão da qualidade (Boas Práticas de Fabricação de Alimentos e 
APPCC), preconizados pelos órgãos da saúde. 
 
 
Palavras-chave: 5W1H, laticínio, vegetais, gestão da qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Success in implementing quality programs depends on efficient management of the 
environment as a whole. To this end, the organization must be prepared for the implementation 
of a Quality Management System. The 5S Program provides a method for applying five basic 
activities that enable people to change behavior and, therefore, the environment in which they 
work, creating a basis for quality management to be successfully implemented. The current 
study was carried out at the Dairy and Vegetable Processing Plants of the Agribusiness sector, 
located at the Federal Institute of Education, Science and Technology of the Triângulo Mineiro 
- Campus Uberaba, in order to implanting the 5S Program as a Tool for Quality Management. 
The work was featured as an action research, in which the involvement of the researcher was 
constant during the whole process of investigation and implantation. The study adopted a 
descriptive study through diagnosis, by means of the application of a checklist for the current 
evaluation of the site. Subsequently, the 5W1H action plan was elaborated, describing the 
planning of the implementation stages, considering each one of the 5S senses to adopt 
improvements in the processing plants. From the results obtained through the initial diagnosis, 
it was concluded that the sectors evaluated were in disagreement in relation to what is 
advocated in the 5S program. The implementation of the 5S program allowed the elaboration 
of an action plan that resulted in the general improvement of the sectors related to the first three 
senses: use, organization and cleanliness. After implementation, a program maintenance 
committee was formed with the intention of not letting the improvements be lost over time. The 
implementation of the 5S program, in the agroindustry processing sectors, will contribute to the 
application of the other quality management systems (Good Food Manufacturing Practices and 
HACCP), recommended by the health agencies. 
 
 
Keywords: 5W1H, dairy, vegetables, quality management. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Linha temporal do programa 5S ao longo dos anos. ........................................................... 18 
Figura 2 - Três dimensões do 5S. .........................................................................................................22 
Figura 3 -Fluxograma do Senso de Utilização ..................................................................................... 25 
Figura 4 - Equipamentos e estruturas em desconformidade com os 5S – Instalados na salas de 
processamento do laticínio .................................................................................................................... 44 
Figura 5 - Balanças estragadas empilhadas e embaladora de grãos ..................................................... 45 
Figura 6 – Armário com objetos e alimentos armazenados em desconformidade com o 5S. .............. 46 
Figura 7 - Condimentos em embalagens sujas e com insetos. ............................................................. 46 
Figura 8 - Acúmulo de terra nas tubulações de energia – Sala de guarda de insumos ......................... 47 
Figura 9 - Objetos armazenados em desconformidade com o 5S na Sala do pasteurizador de leite .... 48 
Figura 10 - Desconformidades em relação ao terceiro S. Poeira acumulada nos objetos da sala do 
pasteurizador ......................................................................................................................................... 48 
Figura 11 - Não conformidades observadas na sala de guarda de utensílios ....................................... 49 
Figura 12 - Não conformidades em relação aos três primeiros S observadas no laboratório anexo ao 
laticínio. ................................................................................................................................................. 50 
Figura 13 - Utensílios e objetos organizados na sala de processamento de leite. .................................. 53 
Figura 14 - Caixas organizadoras identificadas com etiquetas. ........................................................... 54 
Figura 15 - Armários instalados na sala de guarda de insumos ........................................................... 55 
Figura 16 - Armário da sala de guarda de insumos com as gavetas identificadas e organizadas ........ 55 
Figura 17 - Gavetas organizadas – Armário da sala de guarda de insumos ......................................... 56 
Figura 18 - Armários organizados e identificados – Sala de guarda de insumos ................................. 56 
Figura 19 - Armário organizado com vidraria e material para análises sob a pia da sala de guarda de 
insumos. ................................................................................................................................................ 57 
Figura 20 - Utensílios organizados – Sala de guarda de utensílios ...................................................... 58 
Figura 21 - Depósito de reagentes organizado e limpo – Sala anexa ao laticínio ................................ 59 
Figura 22 - Sala de guarda de alimentos em desconformidade com o programa 5S. ........................... 63 
Figura 23 - Desconformidades observadas na sala de utensílios e almoxarifado ................................ 64 
Figura 24 - Laboratório de alimentos em desconformidade com o programa 5S ................................ 65 
Figura 25 - Sala de processamento de vegetais. ................................................................................... 66 
Figura 26 - Prateleira da sala de guarda de alimentos organizada após plano de ação ........................ 69 
Figura 27 - Sala de utensílios e almoxarifado após plano de ação ....................................................... 70 
Figura 28 - Armário de vidraria e material para análise de alimentos - Laboratório de análise de 
alimentos ............................................................................................................................................... 72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 .Os termos do 5S e suas derivações ....................................................................................... 20 
Tabela 2–Organização de utensílios em função da disponibilidade para uso ...................................... 27 
Quadro3 - Visão Geral do Programa 5S .............................................................................................. 32 
Tabela 4 -Ferramentas de gestão da qualidade. .................................................................................... 34 
Tabela 5 - Plano de ação 5W1H para a implantação do Programa 5S – Planta Laticínio do IFTM - 
Campus Uberaba ................................................................................................................................... 43 
Tabela 6 - Plano de ação para correção das não conformidades diagnosticadas na avaliação dos quatro 
primeiros Sensos do Programa 5S nas Plantas de Processamento do Laticínio .................................... 52 
Tabela 7 - Plano de ação para implantação do Programa 5S – Planta Processamento de Vegetais ..... 62 
Tabela 8 - Plano de ação para correção das não conformidades diagnosticadas na avaliação dos quatro 
primeiros Sensos do Programa 5S na Planta de Processamento de vegetais – IFTM Uberaba. ........... 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 16 
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................ 18 
2.1 GESTÃO DA QUALIDADE – HISTÓRICO ......................................................................... 18 
2.2 DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA 5S ...................................... 19 
2.3 A ORIGEM DO 5S .............................................................................................................. 21 
2.4 CARACTERIZAÇÃO DOS 5 SENSOS ............................................................................ 22 
2.4.1 Seiri – Senso de Utilização e Descarte ....................................................................... 23 
2.4.2 Seiton – Senso De Ordenação ..................................................................................... 25 
2.4.3 Seiso - Senso de Limpeza ............................................................................................ 28 
2.4.4 Seiketsu - Senso de Higiene e Saúde .......................................................................... 29 
2.4.5 Shitsuke - Senso de Autodisciplina ........................................................................... 30 
2.5 IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA 5S COMO PRÉ-REQUISITOS PARA 
IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE .................... 33 
2.6 FERRAMENTAS DE APOIO À IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO DA 
QUALIDADE .................................................................................................................................. 33 
2.7 MELHORIA CONTÍNUA – PDCA .................................................................................. 34 
2.7.1 Melhoria continua - 5W2H ......................................................................................... 35 
2.7.2 A aplicação do Programa 5 S na área alimentícia .................................................... 36 
3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................... 37 
3.1 ETAPAS PRINCIPAIS DO PROGRAMA 5S .................................................................. 38 
3.1.1 Preparação ................................................................................................................... 38 
3.1.2 Implantação ................................................................................................................. 39 
3.1.3 Manutenção.................................................................................................................. 39 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................. 40 
4.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTUDO ........................................................................ 40 
4.1.1 Planta deProcessamento do Laticínio (lay out) .............................................................. 40 
4.1.2 Planta de Processamento de Vegetais ............................................................................... 41 
4.2 PLANEJAMENTO DESTINADO À IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5 S NA 
PLANTA DE PRODUÇÃO DE LATICINIOS DO IFTM CAMPUS UBERABA ................... 41 
 
 
4.3 IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S ........................................................................... 43 
4.3.1 Preparativos para o lançamento dos 5S .................................................................... 43 
4.3.2 Aplicação do Check list diagnóstico de avaliação dos três primeiros sensos do 
Programa 5S das plantas de processamento da agroindústria – Setor laticínio .................... 43 
4.3.3 Descrição das não conformidades evidenciadas nas Salas do setor de processamento 
do laticínio .................................................................................................................................... 44 
4.3.4 Descrição das não conformidades evidenciadas na Sala de insumos e embalagens
 45 
4.3.5 Descrição das não conformidades evidenciadas na Área de pasteurizador de leite
 47 
4.3.6 Descrição das não conformidades evidenciadas na Sala de guarda de utensílios .. 48 
4.3.7 Descrição das não conformidades evidenciadas no Laboratório ............................ 49 
4.3.8 Elaboração do plano de ação para o setor de Laticínios .......................................... 51 
4.3.9 Implantação do Programa 5Sno setor de Laticínios ................................................ 52 
4.3.9.1 Sala de processamento........................................................................................... 52 
4.3.9.2 Sala de insumos e embalagens .............................................................................. 54 
4.3.9.3 Sala utensílios ........................................................................................................ 58 
4.3.9.4 Laboratório ............................................................................................................ 59 
4.4 PLANEJAMENTOPARA IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5 S NA PLANTA DE 
PRODUÇÃO DE VEGETAIS DO IFTM CAMPUS UBERABA ............................................... 60 
4.4.1 Aplicação do Check list diagnóstico de avaliação dos três primeiros sensos do 
Programa 5S das plantas de processamento da agroindústria– Setor Vegetais .................... 62 
4.4.1.2 Descrição das não conformidades evidenciadas no Almoxarifado – Utensílios ... 63 
4.4.1.3 Descrição das não conformidades evidenciadas na Área do Laboratório de alimentos
 64 
4.4.1.4 Área de Processamento ......................................................................................... 65 
4.4.2 Elaboração do plano de ação para adequação do setor de processamento de vegetais 
ao Programa 5S ........................................................................................................................... 66 
4.4.3 Implantação do Programa 5S no setor de processamento de vegetais ................... 68 
4.4.3.1 Sala de Insumos e Produtos Prontos ...................................................................... 68 
 
 
4.4.3.2 Almoxarifado e Sala de Utensílios ........................................................................ 69 
4.4.3.3 Laboratório ........................................................................................................... 70 
4.4.3.4 Área de equipamentos ........................................................................................... 72 
4.5 AÇÕES PARA CONTINUIDADE E MANUTENÇÃO DO PROGRAMA .................. 73 
4.5.1 Atuação do comitê de manutenção ............................................................................ 73 
4.5.2. Dificuldades de implantação do programa 5S ................................................................ 74 
4.6 PANORAMA GERAL DOS SETORES EM RELAÇÃO AOS SENSOS AVALIADOS
 75 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 78 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 79 
APÊNDICES ...................................................................................................... 84 
APÊNDICE 1- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ....................... 84 
APÊNDICE 1.2 - QUESTIONÁRIO SOBRE O PROGRAMA 5S ........................................ 86 
ANEXO ............................................................................................................... 88 
ANEXO A -CHECK LIST DE AVALIAÇÃO – DIAGNÓSTICO INICIAL DOS 5S 
APLICADOS NAS PLANTAS DE PROCESSAMENTO DA AGROINDÚSTRIA ................. 88 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A qualidade exigida em processos, produtos e serviços está cada dia mais aparente. 
Desta forma, as indústrias e instituições em geral precisam garanti-la a partir de filosofias, 
metodologias e ferramentas de qualidade (GODOY E MATOS, 2004). O termo qualidade 
apresenta diversos significados e entendimentos para pessoas e locais diferentes. Também, 
pode ser entendido como um atributo de produtos ou de serviços, quando se referir a tudo que 
é produzido pelas pessoas (MOREIRA, 2008). 
Muitas organizações, de finalidades lucrativas ou não, e de acordo com as suas 
próprias características, investem constantemente em programas que apresentam como foco a 
qualidade em seus processos, por entenderem que suas atividades produtivas necessitam 
sempre de melhorias contínuas (MOREIRA, 2008). 
Conforme relata Moreira (2008), as duas últimas décadas testemunharam uma onda de 
inovações em matéria de gestão e práticas de controle para dar condições às empresas 
manterem-se competitivas e atuantes no mercado. Por isso, evidencia-se ser cada vez maior a 
preocupação de conciliar diferentes práticas de gestão. Livramento, Oliveira e Moraes (2015), 
entendem que a expectativa de que sempre vai existir uma nova perspectiva e/ou alternativa ou 
ainda um novo entendimento quanto este ou aquele conceito faz com que as empresas se 
motivem no sentido de buscar sempre estar à frente das outras, independente delas serem 
concorrentes ou não. 
Efetivamente, a gestão da qualidade diz respeito a todas as pessoas envolvidas no 
Sistema de Valores de uma organização. Contudo, a implantação de um modelo de gestão pela 
qualidade enfrenta algumas barreiras, pois propõem novas relações entre os diversos atores do 
processo e prioriza o alcance da Missão e Objetivos Estratégicos da organização, em detrimento 
de benefícios individuais ou locais (VASCONCELLOS et al, 2012). 
O programa 5S não é um processo de gestão da qualidade, mas uma ferramenta para 
atingir o nível desejado de qualidade, por meio de um aprendizado contínuo e da geração de 
um ambiente favorável ao desenvolvimento dos processos empresariais (CAMPOS, 2005). 
Campos (2005), ressalta que tais processos, abordados pelo 5S não são apenas os 
voltados para a qualidade, mas também para diversas iniciativas de melhoria, como por 
exemplo, produtividade, segurança, saúde mental e física, qualidade de vida. 
17 
 
Segundo Santos et al. (2006), vê-se os 5Ss como importante programa participativo e 
propulsor da qualidade, oferecendo conhecimento necessário a todos os participantes para o 
desempenho e manutenção, adequadas às suas funções. 
Diante dessa abordagem e, por ser o 5S um programa integrado, cujos sensos agem 
interligados, proporcionando resultados surpreendentes em todos os aspectos, tanto na vida dos 
participantes quanto no ambiente organizacional, este trabalho teve por finalidade implantar o 
programa 5s como ferramenta de gestão da qualidade na agroindústria do Instituto Federal do 
Triângulo Mineiro -Campus Uberaba, com o objetivo principal de contribuir para uma melhoria 
da qualidade no ambiente de produção de alimentos,com vistas a promover uma adequação 
física e operacional, nos setores de processamento de leite e vegetais, bem como contribuir para 
a formação dos novos profissionais, oportunizando sua participação na implementação do 
programa nesses setores. 
Como objetivos específicos o trabalho buscou elaborar um diagnóstico das condições 
das instalações em relação a essa ferramenta de gestão da qualidade, implementar o programa 
5S e proporcionar a sua manutenção por meio da criação de um Comitê constituído por usuários 
do setor, responsável pela condução do programa. As plantas de processamento de leite e de 
vegetais da agroindústria são utilizadas por acadêmicos e professores para aulas práticas dos 
cursos de graduação em Tecnologia de Alimentos, Curso Técnico em Alimentos, Agronomia e 
Zootecnia e também aulas práticas do curso de Mestrado em Ciência e Tecnologia de 
Alimentos. Além disso os alimentos processados no setor também são consumidos no refeitório 
e em eventos promovidos pelo Instituto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 GESTÃO DA QUALIDADE – HISTÓRICO 
 
Para referenciar o conceito de qualidade é precioso buscar na história, a trajetória que o 
termo ao longo do tempo tem traçado em diversas formas de gerenciamento das ferramentas de 
gestão da qualidade. Atualmente existem numerosos livros, artigos e jornais científicos com o 
título Gestão Total da Qualidade (GTQ). Contudo quase todas estas publicações foram 
produzidas muito recentemente – depois de 1990(SANTOS et al.,2006). 
Antes do termo GTQ aparecer, as designações Qualidade Total ou Controle Total de 
Qualidade eram mormente utilizadas nas publicações ocidentais e a designação Company Wide 
Quality Control era o termo dominante nas publicações japonesas publicadas nos anos de 1970 
e 1980 (SANTOS et al.,2006). 
Embora a gestão de qualidade seja um assunto que ganhou grande notoriedade a partir 
do início da década de 1980, não se trata, contudo, de uma invenção moderna. A história da 
qualidade pode ser narrada de muitas e variadas formas. Um grande número de acadêmicos 
concorda que o conceito ou a filosofia da qualidade existe desde há muito tempo, discordando 
somente quanto ao seu início. Em relação a este ponto os seus argumentos variam, sustentando 
uns que o conceito de qualidade existe desde algumas centenas de anos e outros falam em 
milhares de anos. Para o âmbito dessa pesquisa o período de tempo diz respeito a Figura 1. 
(SANTOS et al.,2006) 
 
Fonte: Gestão da Qualidade – de Deming ao Modelo de Excelência, 2016. 
Figura 1 - Linha temporal do programa 5S ao longo dos anos. 
19 
 
Santos et al. (2006) destaca que a abordagem sistemática da qualidade, ou o 
nascimento do controle de qualidade moderno está associada à década de 1930 com a aplicação 
da carta de controle desenvolvida por Walter A. Shewhart à produção industrial. Santos et al. 
(2006) entende que a noção de qualidade é algo inerente ao ser humano, projetando- se em 
diversos atos, mesmo nos mais corriqueiros e automáticos, da sua vida diária. 
O consumidor que aos sábados circula pelo mercado apalpando as frutas, cheirando as 
ervas e questionando aos vendedores a procura de frutas, peixes e legumes de qualidade, 
rejeitando os produtos que não respeitam os padrões por ele definidos e adotados. A qualidade 
das colheitas, a qualidade das casas e a qualidade das vias de comunicação foram tão 
importantes no passado para o desenvolvimento das comunidades como são hoje (SANTOS et 
al, 2006). 
 
2.2 DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS DO PROGRAMA 5S 
 
O 5S ou Programa 5S como também é conhecido é um conjunto de cinco conceitos 
simples que, ao serem praticados e absorvidos, são capazes de modificar o humor, o ambiente 
de trabalho, a maneira de conduzir as atividades rotineiras e as atitudes. Em um contexto amplo, 
a qualidade de vida (VANTI,1999). 
Considerado por diversos estudiosos como passo inicial e base de sustentação de 
qualquer sistema de gestão da qualidade, o termo 5S tem sua origem nas iniciais de cinco 
palavras japonesas, todas iniciadas com a letra ‘S’. Seiri, Seiton, Seiso, Seiketsu, e Shitsuke 
(LAPA, 2010). Na interpretação dos ideogramas que representam essas palavras, do japonês 
para o inglês, conseguiu-se encontrar palavras que iniciavam com a letra ‘S’ e que tinham um 
significado aproximado do original em japonês. Porém, o mesmo não foi possível com a 
tradução para o português (LAPA, 2008). 
A melhor forma encontrada para expressar a abrangência e profundidade do 
significado desses ideogramas foi acrescentar o termo "Senso de" antes de cada palavra em 
português que mais se aproximava do significado original. Desta forma, o termo original “5S” 
ficou mantido, mesmo na língua portuguesa. Em Português são conhecidos como os Sensos de 
Utilização, Organização, Limpeza, Saúde e Higiene e Senso de Autodisciplina. Esses cinco 
Sensos, conforme ressalta Vanti (1999), podem ser considerados como um princípio 
organizador, mobilizador e transformador de pessoas e organizações. 
20 
 
Lapa (2010), considera que o termo “Senso de” significa "exercitar a capacidade de 
apreciar, julgar e entender". Significa ainda a "aplicação correta da razão para julgar ou 
raciocinar em cada caso particular”. 
 
 
 JAPONÊS INGLÊS PORTUGUÊS 
1º S Seiri Sorting Senso de 
Utilização 
Arrumação 
Organização 
Seleção 
2ºS Seiton Systematyzing Senso de 
Ordenação 
Sistematização 
Classificação 
3º S Seisou Sweeping Senso de 
Limpeza 
Zelo 
4º S Seiketsu Sanitizing Senso de 
Asseio 
Higiene 
Saúde 
Integridade 
5º S Shitsuke Self-disciplining Senso de 
Autodisciplina 
Educação 
Compromisso 
Fonte: Lapa,1998 – Programa de Qualidade 5S 
Tabela 1 .Os termos do 5S e suas derivações 
 
Costa (1996), caracteriza o Programa 5S como um instrumento eficaz para a formação 
de hábitos saudáveis de vida entre os profissionais, alunos e comunidades nas quais estão 
inseridos. A autora enfatiza que por ser uma metodologia de fácil compreensão e aplicação, o 
5S é capaz de produzir resultados expressivos em um prazo relativamente curto, e que o 
programa tem sido desenvolvido de maneira criativa e participativa em muitas organizações, 
compondo uma forma realmente eficaz de se educar para a cidadania. O programa 5S é uma 
filosofia de trabalho que busca gerar a disciplina na empresa através de consciência e 
responsabilidade de todos, de forma a tornar o ambiente de trabalho agradável, seguro, 
produtivo e eficiente (ISHIKAWA, 1989). 
21 
 
 
2.3 A ORIGEM DO 5S 
 
O programa 5S consolidou-se no Japão. Uma ideologia calcada em uma tradição 
passada de pais para filhos como princípios educacionais que os acompanham até a fase adulta. 
É também entendida como uma filosofia de vida, um valor cultural (ZIARESKI, 2011). 
O Japão foi o grande disseminador da qualidade para o mundo. Para Ribeiro (1994), 
depois de ocidentalizada essa prática, também ficou conhecida como house keeping, termo que 
quer dizer “arrumar a casa” e que pode ser praticada em qualquer ambiente. 
Originário do Japão e proposto pela equipe do professor Kaoru Ishikawa, na década 
de 1950, os 5S surgiram logo após a 2ª Guerra Mundial, momento em que o país passava pela 
necessidade de eliminar a sujeira e a desorganização estrutural das fábricas e a destruição das 
cidades deixada pela guerra (ABRANTES,1997). 
 De acordo com Biasoli (2005), os conceitos do programa 5S, adotados pelo povo 
japonês, foi e continua sendo, a base da qualidade total que transformou em menos de 20 anos, 
uma nação destruída pela guerra e sem recursos materiais, numa potência industrial e 
econômica. 
 A prática do 5S objetiva incluir valores de utilização, organização, limpeza, 
padronização e disciplina no local de trabalho (OSADA, 1992). No Japão o método do 
programa 5S foi iniciado nos setores de manufaturas e então difundido para outras indústriase 
setores de variados serviços. O sistema de Produção da Toyota fornece um exemplo bem 
conhecido dos princípios do 5S na prática, as primeiras versões foram baseadas nos 3S e após 
tornou-se 5S (RIBEIRO, 1994). 
Na definição de Silva (2005), o 5S recebe esse nome por se tratar de um programa com 
cinco conceitos diferentes, derivados de palavras japonesas, que exprimem princípios básicos 
da organização, mas que juntos buscam fazer diferença na Gestão de Qualidade Total (Total 
Quality Management – TQM). Grifo (1998) afirma que, os processos de gestão da qualidade, 
implementados pelos japoneses começaram pelo Programa 5S, e que não se trata de um 
programa da qualidade e sim de um instrumento a mais para se atingir o nível de qualidade, 
dentro de um esforço de instrução das pessoas, na busca por um ambiente saudável e de 
educação continuada. 
Os cinco conceitos foram introduzidos no Brasil na década de 1990, através da 
Fundação Cristiano Ottoni, instituição ligada à Universidade Federal de Minas Gerais, e desde 
22 
 
então o seu reconhecimento no mundo empresarial vem sendo difundido e praticado (SILVA, 
1996). Sua aplicação porém, não se limita somente a empresas de manufatura mas tem sido 
utilizado com sucesso em empresas de serviços, em escritórios, supermercados, hospitais, 
escolas, prefeituras e mesmo em residências estendendo para a atmosfera familiar (LAPA, 
2010). 
 
2.4 CARACTERIZAÇÃO DOS 5 SENSOS 
 
França (2004) enfatiza que por ser teoricamente muito simples, as pessoas costumam 
não compreender toda a sua abrangência, restringindo seu alcance ao mundo físico. Perde-se a 
grande oportunidade que o 5S oferece: que é a mudança de conduta das pessoas, quanto aos 
hábitos e atitudes. Entende o autor que, o 5S deve acontecer em três dimensões distintas: física, 
intelectual e comportamental. 
Sendo a parte mecânica a mais fácil de se perceber e executar, muitas vezes, o 
programa se restringe a ela. É importante que as três dimensões citadas sejam bem 
compreendidas, para que todas sejam trabalhadas. A física ou mecânica está ligada às coisas 
materiais, aos objetos que nos cercam. A intelectual, ou dos processos, diz respeito à 
metodologia utilizada para a execução de uma tarefa, à tecnologia aplicada. A comportamental 
está ligada às nossas atitudes, à maneira que reagimos quando expostos a diferentes situações 
no nosso dia a dia. É importante que essas três dimensões caminhem juntas, interligadas entre 
si (FRANÇA, 2004). 
 
Fonte: França, 2009 
Figura 2 - Três dimensões do 5S. 
 
 
23 
 
2.4.1 Seiri – Senso de Utilização e Descarte 
 
Alguns autores chamam Seiri de senso de utilização, outros de Senso de organização, 
seleção. Contudo são apenas termos que não mudam em nada o significado de real desse senso. 
O Seiri, ‘senso de utilização’, consiste em deixar somente o que é extremamente 
necessário. Significa usar recursos disponíveis, com bom senso e equilíbrio, identificando 
materiais, equipamentos, ferramentas, informações e dados necessários e desnecessários, 
descartando ou dando a devida destinação àquilo considerado “inútil” ao exercício das 
atividades (OSADA, 1992). 
Lapa (2010), considera que, ter senso de utilização é identificar materiais, necessários 
e desnecessários, descartando ou destinando ao local certo àquilo considerado útil ao exercício 
das atividades naquele local. 
No entanto, o hábito de guardar é um instinto natural das pessoas e encontramos muitos 
obstáculos quando se deseja descartar algo. Todavia, o critério de sucesso deste senso deve 
transpor barreiras, pois o ponto chave dele é saber identificar "o porquê do excesso" de modo 
que medidas preventivas possam ser adotadas para evitar que o acúmulo destes excessos voltem 
a ocorrer. Na terminologia da Qualidade, esta ação é denominada de "bloqueio das causas" 
(LAPA, 2010). 
 Ribeiro (1994), destaca que para implementar o senso de utilização deve-se realizar 
algumas ações, das quais estão: 
 Analisar tudo que está no local de trabalho; 
 Separar o que é necessário do que não é; 
 Verificar a utilidade de cada coisa e manter o estritamente necessário; 
 Adequar os estoques às necessidades do ambiente; 
 Criar o hábito de compartilhar os materiais de trabalho com os demais; 
 Promover o “Dia da Limpeza ou Descarte”, quando todos devem selecionar os itens 
desnecessários a execução de suas tarefas e dar um destino adequado a eles. 
Ribeiro, (1994) ressalta que “Organizar e selecionar é separar as coisas necessárias das 
que são desnecessárias, dando um destino para aquelas que deixaram de ser úteis para aquele 
ambiente”. 
O benefício do senso de utilização está na liberação de espaço físico, a diminuição de 
acidentes, a diminuição de custos de manutenção, a reutilização de recursos, a melhoria do 
24 
 
ambiente de trabalho, entre outros (KNOREK, 2007). França (2004), considera que o senso de 
utilização traz como benefícios: 
 O bem-estar pessoal; 
 Maior produtividade das pessoas, das máquinas e dos materiais, evitando o retrabalho; 
 Prevenção de acidentes; 
 Boa impressão aos clientes. 
Utilizar os recursos disponíveis dá a esse conceito um sentido amplo, o que significa, 
bom senso e equilíbrio, evitando ociosidades e carências (SILVA, 1996). O Senso de utilização 
pode ser aplicado em casa (na cozinha, na despensa, na geladeira, no quarto das crianças etc.), 
na escola, no lazer etc. Como exemplo, basta verificar aquele espaço da casa onde é colocado 
tudo que não serve, os brinquedos quebrados que não se usam mais, a roupa velha, as revistas 
e jornais que jamais serão lidos novamente, dentre outros exemplos (LAPA, 2010). 
Lapa (1996), amplia o sentido do primeiro Senso e discorre que sua abrangência atinge 
extensões mais profundas além das físicas. Numa outra dimensão, para o autor, ter Senso de 
Utilização é preservar consigo apenas os sentimentos como amor, amizade, sinceridade, 
companheirismo, compreensão, descartando aqueles sentimentos negativos como a mágoa, 
criando atitudes positivas para fortalecer e expandir a convivência, apenas com sentimentos 
valiosos. 
Silva, (1995), destaca que para uma ação imediata, o Senso de Utilização e descarte 
significa manter no ambiente apenas os recursos necessários e sua aplicação pode ser 
demonstrada como no fluxograma (figura 3). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Silva, 1996. 
Figura 3 -Fluxograma do Senso de Utilização 
 
2.4.2 Seiton – Senso De Ordenação 
 
Segundo Osada (1992), “Arrumar significa guardar, tendo em mente a eficiência, a 
qualidade e a segurança, ou seja, procurar a forma ideal de se guardar as coisas”. 
Com a prática do primeiro senso (de utilização) apenas o essencial para a execução 
das tarefas permanecerá no ambiente de trabalho. O próximo passo a ser dado é desenvolver 
um arranjo físico ordenado para organizar de maneira mais funcional o local de trabalho, isto 
é, dispor os recursos eficiente e eficazmente de modo a facilitar o fluxo de pessoas, materiais e 
informação e gerar um sistema de controle visual (KNOREK, 2007). 
O ‘senso de ordenação’ pode ser definido como “um otimizador da área de trabalho”, 
pois consiste em definir critérios e locais apropriados para estocagem, depósitos de ferramentas 
e materiais, armazenamento e fluxo de informações, ou seja, “fazer com que as coisas 
necessárias sejam utilizadas com rapidez e segurança, a qualquer momento” (HABU et al, 
1992). 
Este senso exige que as pessoas pratiquem hábitos do tipo: se ligar, desligue; se 
desarrumar, arrume; se usar, deixe como estava antes; se precisar, deixe fácil de acessar. 
26 
 
Todavia, arrumar somente não é suficiente. Uma metodologia deve ser adotada para assegurar 
a eficiência da sistemática, colocar em ordem, criar um padrão (HABU et al,1992). 
Segundo Ribeiro (1994), para implementar o senso de ordenação, sistematização e 
classificaçãoalguns procedimentos devem ser tomados, dentre eles: 
 Reorganizar a área de trabalho; 
 Classificar os objetos (padronizando por nomes) e guardá-los segundo esta 
classificação; 
 Utilizar cores fortes e etiquetas para identificação; 
 Utilizar quadros de aviso como fonte de informação; 
 Praticar o sistema FIFO, first in first out (ou PEPS, primeiro a entrar primeiro a sair). 
Ordenar é “guardar as coisas necessárias, de acordo com a facilidade de acessá-las 
levando em conta a frequência de utilização, o tipo e o peso do objeto, como também uma 
sequência lógica praticada, ou de fácil assimilação. Quando se tenta ordenar as coisas, 
necessariamente o ambiente fica mais arrumado, mais agradável para o trabalho e, 
consequentemente, mais produtivo” (RIBEIRO, 1994). 
De modo a facilitar o seu uso e manuseio, Lapa (2010), destaca que ter Senso de 
Ordenação é definir locais apropriados e critérios para estocar, guardar ou dispor materiais, 
equipamentos, ferramentas, utensílios, informações e dados, facilitando a procura, localização 
e guarda de qualquer item. Popularmente significa "cada coisa no seu devido lugar". 
Pelo senso de ordenação, os benefícios gerados são inúmeros, pois em um ambiente 
ordenado, o trabalho é mais objetivo, a produtividade é maior e eficiente, reduz-se custos, 
acidentes de trabalho, economiza-se tempo, entre outros benefícios. Este segundo senso busca, 
a otimização do sistema (KNOREK, 2007). 
Para uma “arrumação” bem-sucedida é preciso preparar um desenho (layout) do local 
onde se quer implantar o Senso de Ordenação. O arranjo deve ser simples para que permita 
obter apenas o que se precisa e quando precisa (CAMPOS et al (2011). 
Segundo Patten (2008), o maior desafio é colocar as coisas onde elas melhor atendam 
seu propósito funcional em vez de pôr o local de trabalho em ordem, já que a organização é 
com frequência confundida com o ato de guardar tudo em armários ou gavetas. Há uma evidente 
melhora no fluxo de materiais e o compartilhamento entre os usuários no seu ponto de uso. 
Osada (1992), propõe uma forma de disponibilizar os objetos, conforme mostrado na tabela 02. 
 
 
27 
 
Item Estocagem 
 Coisas usadas com muita frequência 
 
 Coisas usadas constantemente 
 
 
 
 
 Coisas usadas esporadicamente 
 
 
 
 
 Arquivos 
 
 
 Em locais de fácil acesso 
 
 
 Em local onde possam ser facilmente 
retiradas e estocadas e onde possam ser 
descobertas com facilidade 
 
 Certifique-se de colocá-las novamente no 
seu local de origem, ou seja, um quadro 
com silhuetas, codificação por cores, etc. 
 
 Numerados e codificados por cor, tanto na 
prateleira quanto na ordem 
Fonte: Adaptado de Osada, 1992. 
Tabela 2–Organização de utensílios em função da disponibilidade para uso 
 
Ainda como definição de locais apropriados, adota-se como critério a facilidade para 
estocagem, identificação, manuseio, reposição, retorno ao local de origem após uso, consumo 
dos itens mais velhos primeiro, dentre outros (LAPA, 2010). 
Do mesmo modo que o Senso de Utilização, este Senso se aplica no dia-a-dia. Não é 
incomum as cenas de correria pela manhã à procura da agenda, dos documentos, dos cadernos, 
das chaves do carro, dos documentos do carro. Encontrar documentos, recibos, a declaração do 
imposto de renda do ano anterior. Estas e outras cenas são evitáveis com aplicação do Senso de 
Ordenação (LAPA, 2010). 
Ampliando a dimensão do segundo senso, para o autor, ter Senso de Ordenação é 
distribuir adequadamente o tempo dedicado ao trabalho, ao lazer, à família, aos amigos. E ainda, 
não misturar preferências profissionais com as pessoas, ter postura coerente, serenidade nas 
decisões, valorizar e elogiar os atos bons, incentivar as pessoas e não somente criticá-las. 
 
 
 
28 
 
2.4.3 Seiso - Senso de Limpeza 
 
A prática do Senso de Limpeza é eliminar a sujeira ou objetos estranhos com a intenção 
de manter limpo o ambiente (parede, armários, o teto, gaveta, estante, piso), bem como manter 
dados e informações atualizados para garantir a correta tomada de decisões. O mais importante 
neste conceito não é o ato de limpar, mas o ato de "não sujar". Isto significa que além de limpar 
é preciso identificar a fonte de sujeira e as respectivas causas, de forma que se possa bloquear 
as causas (LAPA, 2010). 
O autor discorre que a filosofia principal neste senso não consiste somente no ato de 
limpar, mas no ato de não sujar. Estende-se também este senso para a informação, que deve ser 
armazenada corretamente e atualizada frequentemente para garantir que dados inúteis e 
dispersos não afetem as tomadas de decisões. Quando se tratar de equipamentos a limpeza deve 
ser realizada de forma metódica e encarada como inspeção. Pois, assim, possibilitará a detecção 
de falhas. 
O senso de limpeza e zelo requer comportamentos, como: se sujar, limpe; crie formas 
de não sujar; entre outros. Ampliando o conceito além do físico, ter Senso de Limpeza é 
procurar ser honesto ao expressar, ser transparente, sem segundas intenções com os amigos, 
com a família, com os subordinados, com os vizinhos e etc. (LAPA, 2010). 
E para praticar este senso algumas medidas devem ser tomadas, dentre elas: 
 Educar para não sujar; 
 Todos devem se comprometer com a limpeza de cada um; 
 Descobrir e eliminar as causas da sujeira; 
 Limpeza e clareza na comunicação; 
 Ter em mente que não sujar é mais importante que limpar; 
A implantação deste senso eliminará todo tipo de poluição, sonora (ruídos e gritos), 
visual (bagunça e sujeira) e ambiental (intrigas, fofocas e discussões). 
De acordo com as considerações de Lapa (1998), os benefícios deste senso é 
proporcionar ao ambiente de trabalho melhorias como a capacidade de detectar falhas de 
equipamentos; reduzir a taxa de deterioração dos equipamentos, prolongando a sua vida útil e, 
portanto, uma maior economia; o aumento da autoestima no trabalho, etc. 
Para Ribeiro (1994), o conceito transmitido neste terceiro senso é que limpar deve ser 
uma tarefa presente na rotina do trabalho, mas o não sujar deve ser um hábito. 
 
 
29 
 
2.4.4 Seiketsu - Senso de Higiene e Saúde 
 
O quarto senso denominado Senso de higiene, saúde e integridade, é alcançado com a 
prática dos sensos anteriores. Consiste em garantir ambiente não hostil e livre de agentes 
poluentes, nutrir boas condições sanitárias nas áreas comuns (banheiros, cozinha, restaurantes 
etc.), zelar pela higiene pessoal, gerar e disponibilizar informações e comunicados de forma 
clara e, no sentido mais amplo do senso, ter ética no trabalho e manter relações interpessoais 
saudáveis, tanto dentro quanto fora da empresa (HABU et al,1992). 
Ribeiro (1994), entende que a importância do quarto senso essencial para garantir a 
sustentação dos 3S iniciais, visto que a melhoria da qualidade de vida no trabalho ou no 
ambiente de sua implantação estimula a adesão e comprometimento de todos com a nova 
filosofia e atitude. Para a prática deste senso alguns procedimentos devem ser adotados, dentre 
eles: 
 Ter implementado os três primeiros sensos 
 Valorizar a aparência pessoal e da empresa; 
 Evitar todas as formas de poluição; 
 Manter condições para colocar em prática o controle visual; 
 Cuidar da saúde dos colaboradores (alimentação, exercícios físicos, exames periódicos, 
 Utilização de equipamentos de segurança – EPI, etc.). 
Senso de saúde e higiene significa, para Lapa (2010), criar condições favoráveis à 
saúde física e mental, garantir ambiente não agressivo e livre de agentes poluentes, manter boas 
condições sanitárias nas áreas comuns (lavatórios, banheiros, cozinha, restaurante etc.), zelar 
pela higiene pessoal e cuidar para que as informações e comunicados sejam claros, de fácil 
leitura e compreensão. 
Significa ainda, em sentido mais profundo, ter comportamento ético, promover um 
ambiente saudável nas relações interpessoais, sejamsociais, familiares ou profissionais, 
cultivando um clima de respeito mútuo nas diversas relações. 
França (2004), entende que o Senso promove a segurança e eficiência dos 
funcionários; faz com que a empresa melhore a sua imagem perante o cliente; e ainda promove 
um ambiente mais leve, criativo, quebrando o peso da área de trabalho, através de uso de 
aquários, plantas que auxiliam num clima mais ameno, quadros de paisagens, músicas de 
relaxamento, etc. De certa forma, tudo que possa contribuir positivamente para um bom 
ambiente e de alguma forma desacelerar as pessoas. 
30 
 
O grande benefício desse Senso é a melhora da qualidade de vida no trabalho, a 
melhoria do relacionamento interpessoal, a diminuição do absenteísmo, a melhoria da 
produtividade, etc. Desta forma este senso busca condições favoráveis à integridade tanto física 
quanto mental dos trabalhadores (KNOREK, 2007). 
 
2.4.5 Shitsuke - Senso de Autodisciplina 
 
O senso de autodisciplina, educação e compromisso, como definido por Lapa (1998), 
procura corrigir o comportamento inadequado das pessoas e consiste em uma nova fase, de 
forma que todos deverão adaptar seus hábitos. Todos os envolvidos devem seguir e 
comprometer-se com as normas, os padrões e os procedimentos formais e informais, 
introduzindo os conceitos de melhoria contínua na vida pessoal, profissional, (aquisição de 
conhecimentos) e no ambiente de trabalho como um todo. 
Segundo Habu et al (1992), a consolidação deste senso é que vai determinar a mudança 
de valores e esta deve ser difundida e enraizada em toda organização. Para o autor, este senso 
é o mais trabalhoso de ser praticado, pois envolve mudança de conduta e mudança de costumes. 
O autor entende que é intrínseco do ser humano ser resistente à qualquer mudança. 
Quer seja por medo, comodismo ou interesse, a mudança sempre se apresenta de forma 
complexa de aceitar num primeiro momento. 
Para Campos et al (2011) para implementar este Senso, algumas ações devem ser 
tomadas, dentre elas: 
 Não acobertar erros; 
 Tomar providências mediantes aos erros; 
 Elaborar normas objetivas e claras; 
 Compartilhar visão e valores; 
 Melhorar a comunicação em geral; 
 Educar, não treinar; 
 Criticar de forma construtiva e recebê-las sem tomar como algo pessoal. 
Este é o senso de maior acuidade no 5S. Não que os demais não tenham importância, 
porém por ser este o que trabalha a dimensão social, ou seja, hábitos, valores, comportamentos 
e crenças. De forma abrangente, o Senso de Autodisciplina é o que faz com que os indivíduos 
“aprendam a aprender” (HABU et al 1992). 
31 
 
Os benefícios que este senso traz para a organização são inúmeros. Dentre eles, a 
melhoria do relacionamento interpessoal, aprimoramento pessoal, educação, cortesia, 
compromisso, predisposição ao desenvolvimento de trabalho em grupo devido ao aumento da 
responsabilidade e estimulo a criatividade, melhoria da qualidade devido ao cumprimento das 
normas e padrões, desenvolvimento de um cenário favorável a administração participativa 
(GOMES et al, 1998). 
O 5S aplicado de forma correta é capaz de alterar este sistema de valores, cunhado 
pelas relações dos indivíduos no grupo, pois constitui na organização um ambiente de trabalho 
agradável, onde não só a parte física é alterada e melhorada continuamente, mas também a 
prática dos “bons hábitos” na realização das tarefas e nos relacionamentos intra e interpessoais 
são mantidos e/ou adotados (CAMPOS, 2005). 
Com seus passos simples, envolvendo todos da organização e com resultados 
facilmente mensuráveis, trazendo benefícios para todos tanto na vida pessoal e profissional 
quanto para instituição, o 5S é sem dúvida uma ferramenta importante para conseguir o 
comprometimento de todos, o que é crucial para efetivação de qualquer processo de mudança. 
Ampliando o Senso, ter Autodisciplina significa ainda desenvolver o autocontrole 
(contar sempre até dez), ter paciência, ser persistente na busca dos sonhos, anseios e aspirações, 
respeitar o espaço e a vontade alheia (LAPA, 1996). 
A alteração de hábitos e atitudes pessoais é um dos fatores relevantes e observados em 
alguns trabalhos de implantação do programa. Segundo Jordão (2011) o Senso da 
autodisciplina, última etapa do programa, necessita de todos os envolvidos, uma colaboração 
maior e um esforço para consolidar as melhorias alcançadas com a prática dos “4S” anteriores. 
Esse senso indica o momento em que as pessoas se conscientizam da necessidade de buscar o 
autodesenvolvimento, a ética e a manutenção dos valores reais do trabalho e da vida pessoal. 
 Torquato e Araújo (2008) em um estudo realizado sobre a “avaliação do programa 5S 
numa instituição de ensino”, ressalta que o Programa 5 “S” é uma ferramenta válida para mudar 
hábitos e comportamentos e que a sua adoção contribuiu fortemente para que os alunos 
internalizassem e adotassem a filosofia dos sensos de utilização, ordenação, limpeza, saúde e 
autodisciplina. 
Ribeiro (2009), entende que, com a implantação dos 5S, há uma redução de risco de 
acidente em função da organização e padronização, há uma significante melhoria do layout 
interno, aumenta a produtividade, quanto ao envolvimento e comprometimento, a melhoria 
também é significante, a movimentação excessiva é eliminada com a organização e 
32 
 
padronização. O autor considera que a disciplina é o ponto elevado para a busca de novas 
melhorias no ambiente. Considerada uma ferramenta fácil de aplicar, porém sendo o mais difícil 
à persistência na manutenção do processo, o programa 5S vem sendo adotado por diversas 
modalidades de empresas e instituições desde a sua descoberta. 
Uma visão geral do Programa 5Sé apresentada no Quadro 4, Osada (1992), sobre o 
significado, objetivos e atividades de cada um dos Sensos. 
Quadro3 - Visão Geral do Programa 5S 
 
SIGNIFICADO OBJETIVOS ATIVIDADES 
SEIRI (ORGANIZAÇÃO) 
Distinguir o necessário do 
desnecessário e eliminar o 
desnecessário. 
Estabelecer critérios para eliminar 
o desnecessário e obedecê-los. 
Eliminar o desnecessário. 
Kaisen (programa de melhorias 
continuas) e padronização baseada 
nos aspectos fundamentais. 
Exemplos: 
Limpar a parte externa; 
Organizar o depósito. 
SEITON (ORDEM) 
Definir um arranjo simples que 
permita obter apenas o que você 
precisa, quando precisa. 
Ambiente de trabalho arrumado. 
Layout e arrumação eficientes 
(incluindo qualidade e segurança). 
Aumento da produtividade por 
meio da eliminação do tempo 
gasto procurando as coisas. 
Local de trabalho e equipamentos 
em ordem. 
Eliminar o tempo gasto 
procurando as coisas. 
Exemplos: 
Sistema PEPS de gerenciamento 
de estoques (o primeiro que entra 
é o primeiro que sai); 
Avisos facilmente legíveis. 
SEISO (LIMPEZA) 
Eliminar o lixo. a sujeira e os 
materiais estranhos, tornando o 
local mais limpo. 
Limpeza como uma forma de 
inspeção. 
Não sujar, eliminação total do lixo 
e da sujeira. 
Descobrir os pequenos problemas, 
por meio de inspeções de limpeza. 
Compreender que limpeza é 
inspeção; 
Tratar das causas da sujeira. 
Limpeza mais eficiente. 
Limpeza e inspeção de 
equipamentos e ferramentas. 
Exemplos: 
Divulgação de campanhas de 
limpeza. 
Limpar até os locais que não são 
observados pela maioria das 
pessoas. 
SEIKETSU (HIGIENE) 
Manter as coisas organizadas, 
arrumadas e limpas, incluindo os 
aspectos pessoais e os 
relacionados à poluição. 
Gerenciamento visual inovador, 
para revelar as anormalidades. 
Mudar a percepção das pessoas 
quanto à importância da higiene 
pessoal. 
Gerenciamento visual inovador. 
Codificação por cores. 
Exemplos: 
Placas de temperatura; 
Marcos de inspeção; 
Propiciar instalações adequadas 
para higiene pessoal dos 
funcionários. 
SHITSUKE (DISCIPLINA) Fazer naturalmente a coisa certa. 
Participação total no 
desenvolvimento de bons hábitos 
e locais de trabalhoque sigam as 
regras. 
Comunicação e feedback como 
rotinas diárias. 
As pessoas devem seguir as regras 
e os procedimentos estabelecidos. 
5S em um minuto. 
Comunicação e feedback. 
Responsabilidade individual. 
Exemplos: 
Horário para exercícios; 
Uso de sapatos de segurança. 
33 
 
Fonte: Osada, 1992 
2.5 IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA 5S COMO PRÉ-REQUISITOS PARA 
IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS DE QUALIDADE E PRODUTIVIDADE 
 
Sendo uma filosofia base para criar sistemas de qualidade e aumento de produtividade, 
destaca-se a importância da filosofia dos 5S para preparação de implantação de programas de 
qualidades nas organizações. Nesse sentido, evidencia-se, segundo Silva (1994), que os 5S 
podem criar um ambiente propício à implantação de programas de qualidade e produtividade. 
Para Godoy e Matos (2004), a importância do programa 5S se dá pelas profundas 
mudanças que a filosofia gera no ambiente, pela simplicidade de compreensão, por ser de fácil 
aplicação e gerar resultados visíveis e imediatos. Os 5S também constitui a base para a 
implementação de um sistema de gestão bem estruturado e pode ser aplicado em qualquer 
organização. 
 
2.6 FERRAMENTAS DE APOIO À IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO 
DA QUALIDADE 
 
As ferramentas de gestão representam um conjunto de práticas disponíveis para o uso 
no sistema de gestão da qualidade total das organizações. Tais métodos são implantados pelas 
diversas áreas da empresa ou instituição à medida que surgem necessidades específicas 
(BALLESTERO-ALVAREZ, 2010). 
 
FERRAMENTAS O QUE É PARA QUE UTILIZAR 
FOLHA DE 
VERIFICAÇÃO 
Planilha para a coleta de dados 
Para facilitar a coleta de 
dados pertinentes a um 
problema 
DIAGRAMA DE 
PARETO 
Diagrama de barra que ordena as 
ocorrências do maior para o 
menor 
Priorizar os poucos, mas 
vitais. 
34 
 
DIAGRAMA DE 
CAUSA 
E EFEITO 
Estrutura do método que 
expressa, de modo simples e fácil, 
a série de causa de um efeito 
(problema) 
Ampliar a quantidade de 
causas potenciais a serem 
analisadas 
DIAGRAMA DE 
DISPERSÃO 
Gráfico cartesiano que representa 
a relação entre duas variáveis 
Verificar a correlação entre 
duas variáveis 
HISTOGRAMA 
Diagrama de barra que representa 
a distribuição da ferramenta de 
uma população 
Verificar o comportamento 
de um processo em relação à 
especificação 
FLUXOGRAMA 
São fluxos que permite a visão 
global do processo por onde passa 
o produto 
Estabelecer os limites e 
conhecer as atividades 
GRÁFICO DE 
CONTROLE 
Gráfico com limite de controle 
que permite o monitoramento dos 
processos 
Verificar se o processo está 
sob controle 
BRAINSTORMING 
É um conjunto de ideias ou 
sugestões criado pelos membros 
da equipe que permite avanços na 
busca de soluções 
Ampliar a quantidade de 
opções a serem analisadas. 
5W1H 
É um documento de forma 
organizada para identificar as 
ações e a responsabilidade de 
cada um. 
Para planejar as diversas 
ações que serão 
desenvolvidas no decorrer 
do trabalho. 
Fonte: Campos, 1999. 
Tabela 4 -Ferramentas de gestão da qualidade. 
 
2.7 MELHORIA CONTÍNUA – PDCA 
 
De acordo com Xenos (2004), o melhoramento de processo é feito pela definição de 
metas para a sua manutenção constante. O método universal para atingir as metas é o giro 
35 
 
sistemático do ciclo PDCA. Este método foi defendido pelo americano William Edwards 
Deming (BALLESTERO-ALVAREZ, 2010). 
O ciclo do PDCA é utilizado para controlar o processo, com as funções básicas de 
planejar, executar, verificar e atuar corretamente. Para cada uma dessas funções, existe uma 
série de atividades que devem ser realizadas. O sucesso na aplicação das técnicas de gerência 
de processos depende de essenciais e invisíveis insumos: a motivação e o comprometimento de 
todos os propósitos estabelecidos. O uso das ferramentas nessas atividades tem o objetivo de 
facilitar a execução das funções, além de dar agilidade e evitar desperdiçadores de tempo 
(CAMPOS, 1999). 
Cada letra do ciclo corresponde a um termo do vocabulário americano que se traduz 
em: 
P – PLAN (Planejar) Antes da execução de qualquer processo as atividades devem ser 
planejadas, com as definições de onde se quer chegar (meta) e do caminho a seguir (método). 
 D – DO (Executar) É a execução do processo com o cuidado do registro de dados que permitam 
o seu controle posterior. Nesta fase é essencial o treinamento. 
C – CHECK (Verificar) Fase de monitoração e avaliação, onde os resultados da execução são 
comparados com o planejamento (metas e métodos) e registrados os desvios encontrados 
(problemas). 
A – ACTION (Atuar Corretivamente) Definição de soluções para os problemas encontrados 
com contínuo aperfeiçoamento do processo. 
 
2.7.1 Melhoria continua - 5W2H 
 
Rossato (2016) afirma que o método 5W1H auxilia na organização com a identificação 
de ações e responsabilidades de forma precisa, definindo as ações e responsabilidades de 
execução para uma tarefa. A ferramenta 5W1H é composta dos seguintes levantamentos: 
a) WHAT - O que será feito (etapas); 
b) HOW - Como deverá ser realizada cada tarefa/etapa (método); 
c) WHY - Por que deve ser executada a tarefa (justificativa); 
d) WHERE - Onde cada etapa será executada (local); 
e) WHEN - Quando cada uma das tarefas deverá ser executada (tempo); 
 f) WHO - Quem realizará as tarefas (responsabilidade). 
g) HOW MUCH - Quanto custa (quanto custará para executar a ação). 
 
36 
 
 
2.7.2 A aplicação do Programa 5 S na área alimentícia 
 
Lazzarotto et al (2011) aplicaram o programa 5S no Laboratório de Industrialização de 
Vegetais da Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Medianeira com o intuito de 
verificar as deficiências do laboratório, em pelo menos quatro dos cinco sensos avaliados. 
Buscando a partir da implantação do Programa 5S padronizar e melhorar os procedimentos 
realizados no mesmo. De acordo com a avaliação feita, dos cinco sensos avaliados, quatro 
apresentaram médias inferiores a 7, e apenas o senso de limpeza obteve média acima de 8, 
constatando a deficiência da disciplina do local em estudo. 
 Lançanova et al (2011) utilizaram a Ferramenta 5S em uma Panificadora de Laranjeiras 
do Sul-Paraná com o objetivo de implantar os três primeiros sensos em uma panificadora do 
município de Laranjeiras do Sul, a fim de melhorar a organização. Após a implantação, a autora 
concluiu que as mudanças viabilizaram uma melhor organização de materiais, reduzindo o 
tempo de preparo e facilitando assim o trabalho. 
Brumano et al (2014), realizaram um estudo de caso sobre implantação de programa 5S 
em uma usina de beneficiamento de leite de pequeno porte, utilizando-o como base para 
implantação dos programas exigidos pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, 
órgão federal de fiscalização de indústrias de origem animal. Os autores concluíram que esse 
trabalho permitiu apresentar a importância do Programa 5S para o desenvolvimento da 
qualidade na empresa e que os resultados mostraram uma melhoria geral dos setores no que diz 
respeito aos cinco sensos do programa, resultando na diminuição do número de não 
conformidades. 
Também em uma unidade de laticínio, Silva (2010) propôs o 5S como modelo de gestão 
da qualidade para entreposto de captação de leite. O trabalho foi realizado seguindo a 
metodologia de implantação do programa 5S nos ambientes de processamentos, laboratório e 
áreas administrativas, com o objetivo de melhorar os ambientes e criar hábitos adequados e 
comprometimento dos funcionários da empresa. 
Rossato et al (2016) desenvolveram um estudo com o objetivo de propor estratégias para 
implantação do Programa 5S em uma Cooperativa do segmento do agronegócio, visando, após 
a implantação a otimização da eficácia e a flexibilidade por meio de planejamento, organização 
e compreensão de cada atividade. 
 
37 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
Parao estudo foi utilizado o método da pesquisa-ação que, segundo Tauchen (2007), 
consiste no engajamento do pesquisador com o trabalho, procurando soluções práticas para os 
problemas reais, advindos no decorrer do projeto de pesquisa. 
Dessa forma, o trabalho caracterizou-se como pesquisa-ação, uma vez que a 
pesquisadora participou de todas as fases da pesquisa, desde a identificação da situação 
problema ao desenvolvimento das etapas de implantação da solução do problema identificado, 
oferecendo diretivas junto ao estudo e conduzindo a organização, para a melhoria do seu 
ambiente, através do programa 5S. 
A metodologia aplicada para a implantação do Programa 5S como Ferramenta de 
Gestão da Qualidade nas plantas de Processamento de Agroindústria do Instituto Federal foi 
dividida em dois momentos. 
 O estudo foi realizado em duas, das três plantas de processamento da agroindústria, do 
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro – Campus Uberaba, 
no período de junho a dezembro de 2016. 
No primeiro momento, procedeu-se a descrição do ambiente e dos seus setores 
distintos, em seguida, elaborou-se o cronograma de implantação do 5S, com o intuito de 
estruturar as sequências das ações a serem realizadas. 
A agroindústria é composta por três unidades de processamento de alimentos, sendo 
uma planta de processamento de laticínios, uma planta de processamento de vegetais e a planta 
de abate e processamento de carnes. Esta última planta não foi objeto do estudo em função da 
indisponibilidade de tempo e recursos disponíveis. No setor de carnes o programa poderá ser 
implementado posteriormente. 
As três plantas de processamento da agroindústria são utilizadas para produção 
didática de alimentos, pelo fato de ser local das aulas práticas para os cursos Técnico em 
Alimentos, Graduação em Tecnologia de Alimentos e Mestrado Profissional em Ciência e 
tecnologia de alimentos, também em Ciência e Tecnologia de Alimentos e aula práticas dos 
cursos de Agronomia e Zootecnia. O setor também é responsável pelo processamento de alguns 
alimentos destinados ao refeitório e para eventos promovidos pela Instituição. 
A agroindústria contava com três funcionários na época do estudo, sendo um servidor 
fixo que é também o coordenador do setor, uma funcionária terceirizada e a então pesquisadora 
que no período da execução do trabalho também fazia parte do quadro de funcionários do setor.
38 
 
 Para a implantação do Programa 5S, foi utilizada a metodologia adaptada de França 
(2004), a qual apresenta os passos guia para a implantação do programa nas plantas de 
processamento da agroindústria. 
O material utilizado para esta atividade foi uma máquina fotográfica, caderno, folhas 
de check list e caneta para diagnosticar a situação antes do trabalho executado. 
 
3.1 ETAPAS PRINCIPAIS DO PROGRAMA 5S 
 
Elaborou-se o cronograma de implantação do Programa 5S de acordo com a atualidade 
do setor em estudo, o qual foi composto por três etapas principais, que são: preparação, 
implantação e manutenção. 
Para implantação do Programa 5S foi utilizado o método PDCA, onde montou-se um 
plano de ação 5W1H (variação do 5W2H), descrevendo o planejamento das etapas de 
implantação considerando cada um dos sensos do 5S. 
 
3.1.1 Preparação 
Primeira etapa a ser estabelecida para a implantação dos 5Ss, dividida nas seguintes fases: 
a) Sensibilização das pessoas envolvidas - a sensibilização das pessoas envolvidas foi 
feita através de pequenas reuniões e palestras, apresentando-lhes os fundamentos e 
benefícios dos 5Ss, os resultados de outras organizações e o modelo básico de 
implantação; 
b) Estruturação do comitê dos 5Ss - formado pela pesquisadora exercendo a função de 
facilitadora, pela funcionária exercendo a função de colaboradora e por alunos do 
primeiro período do curso de Tecnologia de Alimentos com a função de mantenedores 
do programa após a implantação. O comitê discutiu a melhor estratégia de implantação 
e a forma mais adequada de ação para que se fosse ajustado à filosofia dos 5S e para a 
sua manutenção periódica. 
c) Registro da situação atual - Check list – utilizando um modelo de check list adaptado 
de Sousa et al (2013), (anexo A), para documentação e avaliação dos setores do estudo, 
em relação aos 4 primeiros ‘S’ do programa 5S, registrando com fotos e anotações a 
situação atual, destacando os pontos das não conformidades das plantas de produção da 
agroindústria, visando criar um material para sensibilização dos colaboradores do setor, 
bem como relatar a evolução dos 5S no decorrer de sua implantação; 
39 
 
d) Plano de implantação – definiu-se os objetivos e as metas a serem alcançadas dentro 
do plano de ação para que esses fossem cumpridos; 
 
3.1.2 Implantação 
Segunda etapa do processo, que consistiu nas fases necessárias para implantar os 4 primeiros 
S nas plantas de processamento da agroindústria. Sendo divididas em: 
a) Preparativos para o dia do lançamento dos 5Ss - após consolidado o plano de 
implantação, a próxima fase foi o dia do lançamento dos 5Ss. Foi definido o mês 
de julho para o lançamento para que coincidisse com as férias letivas, pois assim as 
áreas de implantação do programa não seriam utilizadas para ministrar aulas e 
estariam livres para a realização dos trabalhos. Para os preparativos foi 
providenciado vassouras, baldes, rodos, sacos para lixo, produtos de limpeza 
equipamentos adequados de proteção individuais e máquina fotográfica, para 
registros. 
b) Dia do lançamento dos 5S - este evento é de suma importância por ser o marco do 
início dos 5Ss. Foi definido o dia 11 de julho de 2016 para esta atividade. Nesta 
data, a pesquisadora saiu em visita aos locais selecionados onde seria feita a 
implantação do programa 5S. O material utilizado para esta atividade foi uma 
máquina fotográfica, caderno, folhas de check list e caneta para diagnosticar a 
situação antes e depois do trabalho executado. 
c) Resultados - os resultados e as melhorias, depois da implantação do programa, 
puderam ser visualizados através de fotos. Esse material será utilizado para 
demonstrar e divulgar as melhorias ocorridas no ambiente, assim como a evolução 
ou alguns problemas dos 3 primeiros ‘S’ que possam voltar a ocorrer, caso a 
manutenção das atividade diárias não sejam eficientes. 
 
3.1.3 Manutenção 
Ultima etapa a ser cumprida, consistindo na melhoria contínua da filosofia dos 5S. 
a) Ações para manutenção e continuidade do Programa. 
 
A formação do comitê deu-se início a partir de uma palestra proferida pela 
pesquisadora, sugerida por uma Professora do curso de graduação de Tecnologia de Alimentos 
a seus alunos do primeiro período, com o intuito de envolvê-los e sensibilizá-los quanto ao 
40 
 
desenvolvimento da pesquisa já que como alunos eles são os principais usuários das plantas de 
processamento da Agroindústria. Antes da palestra foi aplicado aos alunos um questionário com 
09 perguntas objetivas sobre o programa 5S e após a participação eles fizeram um segundo teste 
para validar a absorção do conhecimento sobre o tema (Apêndice 1,2). 
Após a palestra e realização dos testes a pesquisadora fez o convite para a formação 
da equipe do comitê de manutenção da implantação do programa. O convite se estendeu aos 12 
alunos presentes, sendo que 5 deles demonstraram interessem em participar. Os alunos que 
aceitaram o convite para participar do comitê de manutenção assinaram um Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 1). 
Treinamento constante - consiste em continuar motivando os envolvidos no trabalho, 
para o progresso dos 5S no ambiente, buscando-se, sempre, a melhoria contínua, através de 
auditorias, reuniões, palestras e treinamento aos novos integrantes da instituição. A ideia é que, 
após consolidado o comitê de manutenção do programa 5S implantado nas plantas de 
processamento da agroindústria,a pesquisadora faça o acompanhamento junto aos alunos, 
coordenando-os e acompanhando a evolução do trabalho. Após a formação do comitê, para dar 
início à sensibilização do grupo, a pesquisadora realizou uma reunião com os alunos para 
apresentar o Programa 5S, destacando os benefícios do mesmo, com o objetivo de preparar a 
equipe para o programa. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
4.1 DESCRIÇÃO DO LOCAL DO ESTUDO 
 
4.1.1 Planta de Processamento do Laticínio (lay out) 
 
A planta de processamento do laticínio é composta por três salas de processamentos 
onde acontecem as aulas práticas do curso de Tecnologia de Alimentos, Bacharelado em 
Zootecnia, Engenharia Agronômica, Mestrado Profissional e Técnico em Alimentos, a 
fabricação de derivados lácteos como, queijos, doces de leite e iogurte; uma sala de 
armazenamento de insumos; uma sala de guarda de utensílios; uma área comum onde está 
instalado um pasteurizador de leite desativado, três câmaras de refrigeração, sendo uma delas 
desativada e uma sala do lado externo onde são realizadas as análises rotineiras do leite. 
 
 
41 
 
4.1.2 Planta de Processamento de Vegetais 
 
A composição da planta de processamento de vegetais é feita por um ambiente 
ampliado, onde são instalados vários equipamentos utilizados na produção de polpas de frutas 
desidratadas, minimamente processados, doces e conservas. No local existem mais três 
ambientes, sendo cada um utilizado para uma função, sendo um laboratório para as análises dos 
alimentos produzidos nas aulas práticas; uma sala de guarda de insumos e produtos prontos e 
um almoxarifado, local de guarda de materiais de limpeza, descartáveis e utensílios, além de 
duas câmaras, uma de congelamento e outra desativada que é utilizada para guardar objetos 
variados. 
 
4.2 PLANEJAMENTO DESTINADO À IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5 S NA 
PLANTA DE PRODUÇÃO DE LATICINIOS DO IFTM CAMPUS UBERABA 
 
A partir das reuniões iniciais, a pesquisadora responsável pela implantação estabeleceu 
um cronograma, descrevendo o planejamento das etapas iniciais de implantação do programa 
5S da planta de processamento de leite e derivados lácteos. As etapas estão descritas na tabela 
5, utilizando o plano de ação 5W1H. O plano de ação 5W1H permite considerar todas as tarefas 
a serem executadas ou selecionadas de forma cuidadosa e objetiva, assegurando sua 
implementação de forma organizada. 
O quê? Onde? Por quê? Quando? Quem? Como? 
Reunião para 
definir os locais 
de implantação 
Sala de aula da 
agroindústria 
Definir 
responsabilidades 
Julho de 2016 
 
 
 
Pesquisadora 
e Colaboradora do 
setor 
Definir locais para 
começar o trabalho e 
as atividades 
específicas de cada 
membro 
Diagnóstico do 
local – Check 
list 
-Sala de 
processamento 
Sala de insumos e 
embalagens; 
-Sala utensílios; 
-Área do 
pasteurizador de 
leite, 
Laboratório 
Realizar 
levantamento das 
não conformidades 
 Pesquisadora 
 
Realizando visitas in 
loco e apontando as 
Não conformidades 
Palestra sobre o 
programa 5S 
Sala de aula da 
agroindústria 
Para capacitar os 
alunos que formam 
o comitê de 
manutenção do 
programa 
Julho e novembro de 
2017 
Teoria do 5S e 
apresentação do 
diagnóstico 
42 
 
Aplicação do 
primeiro senso: 
Utilização 
Descarte 
 
-Sala de 
processamento 
Sala de insumos e 
embalagens; 
-Sala utensílios; 
-Área do 
pasteurizador de 
leite, 
Laboratório 
 
Manter no 
ambiente apenas o 
que é necessário 
para a execução 
das atividades no 
ambiente de 
processamento de 
leite 
 
Julho/agosto de 2016 
 
 
 
Pesquisadora e 
Colaboradora do setor 
 
- Separando o que é 
útil do inútil. 
- Realizando descarte 
consciente do material 
inutilizado 
- Descartando o que 
não tem utilidade 
- Armazenando em 
ambiente próprio; 
- Solicitando reparos 
Aplicação do 
segundo senso: 
Ordenação 
Organização 
 
Organizar os 
materiais que serão 
utilizados nas 
atividades de 
forma criteriosa e 
identificá-los 
 
 
 
Organizando 
materiais conforme 
utilidade e 
funcionalidade de uso 
Ex.: 
- embalagens 
separadas de insumos 
e em locais fechados e 
identificados – gavetas 
com termômetros 
identificadas; 
Gaveta identificada 
com jalecos, toucas, 
luvas e aventais 
descartáveis 
Aplicação do 
terceiro senso: 
Limpeza 
 
Higienizar 
utensílios, 
armários, 
equipamentos, 
piso, teto, paredes 
 
 
 
Julho/agosto de 2016 
 
 
 
Cumprindo de acordo 
com orientação de 
normas de 
higienização para 
ambientes de laticínio 
a ordem sequencial da 
limpeza; utilização de 
produtos de acordo 
com especificidade do 
ambiente e utensílios; 
limpando 
equipamentos que não 
possam ser 
descartados ou 
enviados para outro 
lugar 
Auditorias 
 
Plantas de 
processamento do 
laticínio 
 
Avaliação dos 
resultados 
 
Novembro de 
2017/dezembro e 
periodicamente 
Pesquisadora e comitê 
 
A partir de um roteiro 
padrão para verificar 
possíveis problemas 
dos 3 primeiros ‘S’ 
voltem a ocorrer nos 
setores: sujeira, 
conservação e 
desgastes de 
identificações. 
Ações corretivas 
 
Para atuar nas não 
conformidades 
apresentadas nas 
auditorias 
Dezembro 
/2017/janeiro/2018 e 
periodicamente 
Pesquisadora e Comitê 
de manutenção 
 
Definir ações para 
atuar nas correções 
necessárias 
43 
 
Aplicação do 
quinto senso: 
Autodisciplina 
Desenvolver 
habilidades como 
disciplina e 
comprometimento 
 
Após implantação 
manutenção e 
consolidação dos 4 S, 
e sempre 
 
Todos 
 
Cumprindo 
procedimento, 
definição das 
responsabilidades, 
promoção da auto 
inspeção e 
autocontrole, melhoria 
contínua pessoal e dos 
setores. 
Fonte: A autora 
Tabela 5 - Plano de ação 5W1H para a implantação do Programa 5S – Planta Laticínio do IFTM - Campus 
Uberaba 
 
4.3 IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S 
 
As próximas etapas do processo consistiram nas fases necessárias para implantar os 
5S nas plantas de processamento de leite da agroindústria divididas em: 
 
4.3.1 Preparativos para o lançamento dos 5S 
 
Após consolidado o plano de implantação, a próxima fase foi o dia do lançamento do 
5S. Foi providenciado, vassouras, baldes, rodos, sacos para lixo, produtos de limpeza 
equipamentos adequados de proteção individuais e máquina fotográfica, para registros, 
 Dia do lançamento dos 5S 
Após essas definições foi estabelecido o Dia do lançamento dos 5S.Este evento foi de 
grande importância, por ser o marco do início do programa. Foi definido o dia 11 de julho de 
2016 para esta atividade. 
Nesta data, a visita se deu aos locais selecionados para a implantação do programa 5S. 
 
4.3.2 Aplicação do Check list diagnóstico de avaliação dos três primeiros sensos do 
Programa 5S das plantas de processamento da agroindústria – Setor laticínio 
 
Utilizando o modelo de Check list, proposto por Sousa et al (2013), em julho de 2016 
foi realizado o diagnóstico de cada um dos setores que fazem parte da planta de processamento 
do laticínio: sala de insumos e embalagens, os setores de produção de queijos, manteiga e 
requeijão, doce de leite e pasteurização de leite, sala de guarda de utensílios e laboratório. Nesse 
diagnóstico foram identificados os principais pontos de não conformidade existentes na 
estrutura, nos procedimentos, e na organização do setor. 
44 
 
O modelo do check list diagnóstico de avaliação do programa 5S realizado nas plantas 
de processamento do laticínio e vegetais da agroindústria do IFTM Campus Uberaba está 
apresentado no Anexo A. 
 
4.3.3 Descrição das não conformidades evidenciadas nas Salas do setor de 
processamento do laticínio 
 
Quanto ao Senso de Utilização, de forma geral, nas salas de processamento foram 
identificados alguns equipamentos industriais (Figura 4), como uma iogurteira, um tacho de 
doce de leite e uma batedeira, sem utilização há muito tempo.

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