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UNIRV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE FACULDADE DE DIREITO TEORIA GERAL DAS PROVAS EM DIREITO PROCESSUAL CÍVIL ACADÊMICAS: ALESSANDRA DELFINO LOPES ALINE NUNES PEREIRA AMANDA VIEIRA DA SILVA ANA CLARA VARELA FRANCO MENDES ANAZIA EMANUELLE PEREIRA MAGALHÃES PROFESSOR: MURILO COUTO LACERDA Trabalho acadêmico apresentado à UniRV - Universidade de Rio Verde, como parte das exigências para obtenção de nota da última avaliação. RIO VERDE – GO 2021 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 3 2 FASE INSTRUTÓRIA .................................................................................................................. 3 3 MEIOS DE PROVA ...................................................................................................................... 4 4 OBTENÇÃO DE PROVAS .......................................................................................................... 4 5 CLASSIFICAÇÕES DAS PROVAS ............................................................................................ 4 5.1 QUANTO AO OBJETO PODEM SER DIRETAS OU INDIRETAS ................................... 4 5.2 QUANTO AO SUJEITO A PROVA PODE SER PESSOAL OU REAL ............................. 5 5.3 QUANTO À FORMA, PODE SER ORAL OU ESCRITA ................................................... 5 6 OBJETO DAS PROVAS ............................................................................................................... 5 7 FATOS QUE NÃO PRECISAM SER PROVADOS .................................................................... 5 7.1 NOTÓRIOS ............................................................................................................................ 6 7.2 AFIRMADOS POR UMA PARTE E CONFESSADOS PELA PARTE CONTRÁRIA ...... 6 7.3 OS ADMITIDOS NO PROCESSO COMO INCONTROVERSOS ...................................... 6 7.4 EM CUJO FATOR MILITA PRESUNÇÃO LEGAL DE EXISTÊNCIA OU DE VERACIDADE ............................................................................................................................ 6 8 MOMENTOS DA PROVA ........................................................................................................... 6 9 ÔNUS DA PROVA ....................................................................................................................... 7 10 INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA ......................................................................................... 7 11 VALORAÇÃO DAS PROVAS .................................................................................................. 8 12 HIERARQUIA DAS PROVAS ................................................................................................... 8 13 PROVAS ILÍCITAS .................................................................................................................... 9 14 CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 9 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................. 10 3 1 INTRODUÇÃO As provas é o meio pelo qual se provam os fatos descritos no processo pelas partes, além de ser um direito fundamental assegurado pela constituição federal. A teoria das provas se inicia na Fase instrutória, onde são produzidas as provas, conforme prescrito no novo Código de Processo Civil. Devem ser usados como prova apenas meios legais, que não venha ferir a lei. “As afirmações do autor podem ou não corresponder à verdade. E elas ordinariamente se contrapõem às afirmações de fato feitas pelo réu em sentido oposto, as quais, por sua vez, também podem ou não ser verdadeiras. As dúvidas sobre a veracidade das informações (...) constituem questões de fato que devem ser resolvidas pelo juiz, à vista da prova dos fatos pretéritos relevantes.” CINTRA, PELLEGRINI E DINAMARCO (Teoria Geral do Processo 2007) Portanto entendesse que as provas são os meios utilizados para formar o convencimento do juiz a respeito de fatos controvertidos que tenham relevância ao processo. As provas têm como base os princípios do contraditório, da ampla defesa e do acesso à justiça. 2 FASE INSTRUTÓRIA Fase do processo designada especialmente para a produção de provas, momento em que as partes apresentam provas que comprovem que os fatos alegados por elas são verdadeiros. A apresentação das provas é necessária desde a petição inicial, porém há uma etapa do processo destinada para a produção probatória que tem início logo após o saneamento processual e pode terminar com uma audiência de instrução e julgamento. A controvérsia, desta forma, pode ser exclusivamente de direito, quando não há necessidade de provas ou pode ser de fatos controvertidos, na qual o juiz dará às partes a oportunidade de comprová-los. Para o doutrinador Marcus Vinícius Rios Gonçalves, "as provas são os meios utilizados para formar o convencimento do juiz a respeito da existência de fatos controvertidos que tenham relevância para o processo." 4 3 MEIOS DE PROVA Entende-se como meios de provas todas as formas utilizadas pelas partes, para trazer a verdade ao conhecimento do juiz. Eles servem como uma ligação entre as provas e a demanda judicial. Os meios de provas mais utilizados são as provas documental, testemunhal e parcial. De acordo com o artigo 332 do código de processo civil, “Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a defesa.” Os meios de provas devem seguir os princípios da moralidade e lealdade, além serem obtidos de forma legal, caso não siga os requisitos expostos, as provas serão consideradas ilegítimas e não serão aproveitadas no processo. 4 OBTENÇÃO DE PROVAS A obtenção de provas é o instrumento usado pela autoridade judiciária com o objetivo de investigar e recolher os meios de provas. A obtenção das provas e o caminho para se chegar à prova. Podemos dizer que os meios de obtenção de prova só serão úteis para convencer o magistrado, caso o resultado do ato seja relevante e tenha relação com os fatos alegados pelas partes. A diferença entre meios de provas e obtenção de prova é que os meios é a forma usada para convencimento do magistrado, já a obtenção é o procedimento realizado para chegar até elas. 5 CLASSIFICAÇÕES DAS PROVAS 5.1 QUANTO AO OBJETO PODEM SER DIRETAS OU INDIRETAS • Diretas: verifica-se que dá ser ao fato que pretende demonstrar, como o recibo ao pagamento ou o instrumento ao contrato. • Indiretas: verifica-se que são aquelas onde não se prestam a demonstrar diretamente o fato a ser provado, mas algum outro fato a ele ligado e que, por meio de induções ou raciocínios, poderá levar à conclusão desejada. Exemplo: testemunhas que declaram estar o litigante viajando, em determinada data, e em razão disso não podendo ser ele o autor da conduta lesiva. 5 5.2 QUANTO AO SUJEITO A PROVA PODE SER PESSOAL OU REAL • Prova pessoal: verifica-se que é aquela prestada por uma pessoa a respeito de um fato, como a ouvida de testemunhas ou o depoimento pessoal das partes; • Prova real: verifica-se que é obtida pelo exame de determinada coisa, como a inspeção judicial ou também a perícia feita sobre ela. 5.3 QUANTO À FORMA, PODE SER ORAL OU ESCRITA • Oral: refere-se que é a colhida verbalmente, como os depoimentos das partes e das testemunhas; • Escrita: pode se dizer que a prova escrita é a que vem redigida, como os documentos e perícias. 6 OBJETO DAS PROVAS O objeto da prova são os fatos adequados e relevantes para o julgamentodo processo, são aqueles necessário para resolver o litigio. É importante lembrar que os fatos que são de conhecimento geral, não estão sujeitos a provas, assim como os fatos que possuem presunção de legalidade. Para que o juiz profira o julgamento, é preciso que forme sua convicção a respeito dos fatos e do direito controvertidos das partes. Para que se convença do direito, não é preciso que as partes apresentem as provas, pois ele o conhece, salvo nas hipóteses do art. 376, em que pode exigi-las para seu conhecimento. Quando a parte alegar direito específico, o juiz não tem obrigação de conhecê-lo, nestes casos a parte deve provar que, o direito alegado está previsto legalmente. O artigo 376 do código de processo civil, prevê que, “A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar." 7 FATOS QUE NÃO PRECISAM SER PROVADOS São aqueles que não tem nenhuma relevância para o desfecho do processo, porém há alguns fatos relevantes que não precisam ser comprovados. O artigo 374 do código de processo civil nos traz alguns deles. 6 7.1 NOTÓRIOS São os fatos de conhecimento geral da comunidade em que o processo está ocorrendo. Não há necessidade de que o mundo a conheça, desde que aquela região tenha conhecimento daquele fato. Temos como relevante exemplo, o feriado nacional de 25 de dezembro, toda população tem conhecimento de que nessa data o feriado representa o Natal. 7.2 AFIRMADOS POR UMA PARTE E CONFESSADOS PELA PARTE CONTRÁRIA São os casos em que a parte contraria confesse o fato alegado pela outra parte, sendo assim não há necessidade de que aquele fato seja comprovado, somente as alegações não confessadas que precisam de provas. A confissão afasta a dúvida a respeito dos fatos alegados pela outra parte, não havendo sentindo a busca da comprovação do fato. 7.3 OS ADMITIDOS NO PROCESSO COMO INCONTROVERSOS Os fatos incontroversos tem grande semelhança com fato citado anteriormente. Os fatos incontroversos são aqueles, sobre o qual se estabelece uma verdade alegada por uma parte e confirmada pela parte contraria, sendo assim também não há necessidade de provar o fato. 7.4 EM CUJO FATOR MILITA PRESUNÇÃO LEGAL DE EXISTÊNCIA OU DE VERACIDADE Não há necessidade de provar os fatos sobre os quais há presunção legal de existência ou de veracidade. Existem dois tipos de presunção que pode ser estabelecida por lei, sendo elas a absoluta e a relativa. Na presunção absoluta nenhuma prova admitirá que seja contrária ao fato alegado, já a relativa aquele que alega o fato não precisa comprova-lo, porem a outra parte poderá provar o contrário. 8 MOMENTOS DA PROVA Existem três momentos da prova, sendo eles: • Requerimento, realizado pelo autor na petição inicial e pelo réu é realizado na contestação. 7 • Deferimento, realizado na fase saneadora do processo, o juiz decidira sobe a realização do exame pericial e deferira as provas que deverão ser produzidas na audiência de instrução e julgamento. • Produção, realizado na audiência de instrução e julgamento como prova oral, porém as provas documentais por exemplo podem ser produzidas desde a petição inicial. 9 ÔNUS DA PROVA Ônus da prova se refere a quem tem o compromisso de provar determinado fato em um processo, portanto ônus é o encargo de trazer elementos capazes de comprova uma alegação. De acordo com Dinamarco (2005) “Ônus da prova é o encargo, atribuído pela lei a cada uma das partes, de demonstrar a ocorrência dos fatos de seu próprio interesse para as decisões a serem proferidas no processo.” Sendo assim no âmbito jurídico aquele que possui o ônus da prova está encarregado de comprovar o seu interesse e os fatos que o favorecem no processo. O artigo 319, inciso VI do código de processo civil descreve que, “o pedido com as suas especificações”, ou seja, a petição inicial deverá ser instruída das provas que demonstrem a verdade dos fatos alegados pelo autor. Outro artigo do código que dispõe sobre o ônus da prova é o 373, cumpre ao autor a prova dos fatos constitutivos do seu direito e ao réu a prova da existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. 10 INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA A inversão do ônus da prova é uma das maneiras de facilitar a defesa dos interesses das partes, especialmente no âmbito jurídico. Quando ocorre inversão do ônus da prova é preciso supor que, aquele que vai assumir o ônus terá a possibilidade de cumpri-lo. Inversão do ônus prova significa imposição de uma perda, e não uma transferência do ônus. É importante afirmar que somente deve ocorrer quando o réu tem a possibilidade de demostrar na ação a não existência do fato constitutivo não permite por si só a inversão do ônus da prova. A inversão do ônus da prova é imperativo de bom senso quando para o autor e impossível ou muito difícil de provar o fato constitutivo, porém ao réu e viável, ou mais fácil prova sua inexistência. Essa inversão pode se dar por força de disposição legal, por convenção das partes, ou por decisão judicial. 8 11 VALORAÇÃO DAS PROVAS O sistema adotado pela legislação brasileira é o da persuasão racional ou do livre convencimento. Porém ainda que seja um livre convencimento deve ser racional conforme as provas descritas no processo. O artigo 371 do código de processo civil traz que, "o juiz apreciará a prova constante nos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento." O instrumento de valoração da prova deve se encontrar nos autos do processo, onde o juiz tem o dever de justifica e motivar sua decisão. É importante lembrar que as provas não possuem um valor determinando, seu peso é considerado única e exclusivamente pelo juiz. “Vige em nosso sistema o princípio do livre convencimento motivado ou da persuasão racional, segundo o qual compete ao Juiz da causa valorar com ampla liberdade os elementos de prova constantes dos autos, desde que o faça motivadamente, com o que se permite a aferição dos parâmetros de legalidade e de razoabilidade adotados nessa operação intelectual.” (Relator Ministro Menezes 2008). 12 HIERARQUIA DAS PROVAS De um modo geral a legislação estabelece que, não há hierarquia entre as provas, durante o processo não há uma prova que tenha valor maior do que a outra, todas elas são analisadas da mesma forma. O juiz pode chegar à solução do processo levando em consideração a prova que considerar relevante. Devemos nos atentar que, apesar de não existir hierarquia entre as provas, pode se haver algumas exceções que, mesmo que não expressa claramente no ordenamento jurídico há artigos no código de processo civil que nos traz a possibilidade de uma valoração das provas. Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe a falta. Art. 444. Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível a prova testemunhal quando houver começo de prova por escrito, emanado da parte contra a qual se pretende produzir a prova. 9 Nas duas hipóteses dos artigos citados podemos observar que a lei pode obrigar a utilização de certos meios de prova, deste modo valorizando o entre as demais. Sendo assim fica claro que, todas as provas relevantes para processo terão o mesmo peso e serão analisadas da mesma forma, exceto nas exceções. 13 PROVAS ILÍCITAS Provas ilícitas são provas adquiridas por meios ilícitos, ou seja, por meios inadmissíveis pela lei. Há uma grande preocupação na proibição de provas ilícitas não só no processo civil mais em todos os processos jurídico existentes. Caso haja qualquer tipo de prova ilícita ou adquirida de forma ilícita, a mesma não será aceita e não terá relevância para o processo. O artigo 5°LVI da constituição federal nos traz que, “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”. As partes podem alegar todos os meios de provas legais possíveis, desde que, não seja adquirido de forma ilícita. A ilicitude da prova pode ocorrer de duas maneiras, sendo a própria prova ilícita, ou na obtenção da prova por meio ilícito. A prova ilícita só será aceita no caso de benefício do autor. 14 CONCLUSÃO As provas são fundamentais para provar todos os fatos alegados pelas partes em um processo, desde que seja assegurado pela constituição federal e pelo código de processo civil, pois e por esse meio que o juiz fara as comparações e dará as conclusões resolutórias do processo. A teoria das provas define que o autor ou réu que as alegar em juízo, deverão prova-las, caso contrario o fato constitutivo alegado deixará de existir, pondo fim ao direito material e fazendo como que, o julgador regue o direito de quem alegou o fato. 10 REFERÊNCIAS https://www.paginasdedireito.com.br https://ebradi.jusbrasil.com.br https://isabelatm.jusbrasil.com.br https://www.direitoprofissional.com https://lucasnascimento36.jusbrasil.com.br https://ambitojuridico.com.br https://www.direitonet.com.br https://www.paginasdedireito.com.br/ https://ebradi.jusbrasil.com.br/ https://isabelatm.jusbrasil.com.br/ https://www.direitoprofissional.com/ https://lucasnascimento36.jusbrasil.com.br/ https://ambitojuridico.com.br/ https://www.direitonet.com.br/
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