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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO BAIANO PROJETO DE PESQUISA INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS PARA RESGATE DE VIDAS ESCOLARES PÓS PANDEMIA JOÃO HERMANO SILVA DOS SANTOS JOÃO PESSOA - PB ABRIL – 2021 2 PROJETO DE PESQUISA INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO RESGATE DE VIDAS ESCOLARES PÓS PANDEMIA Projeto de pesquisa apresentado à Comissão de Seleção do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos em Educação e Políticas Públicas da Universidade Federal do Recôncavo Baiano. Nome completo do(a) Mestrando(a): João Hermano Silva dos Santos Linha de pesquisa: Direitos Humanos em Educação e Políticas Públicas Sugestão de Orientador(a): JOÃO PESSOA - PB MARÇO - 2021 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 JUSTIFICATIVA 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral 3.2 Objetivos específico 4. DEFINIÇÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR/EDUCACIONAL 4.1 Papel do Psicólogo Escolar 4.2 Objetivos da Psicologia Escolar 4.3 A institucionalização de Políticas Públicas para as Diversidades Socioculturais 4.4 Possibilidades de práticas para um Sistema de Apoio 4.4.1 Ter um ritmo de conexões 4.4.2 Descobrir como podemos ajudar 4.4.3 Estabelecer acordos 4.4.4 Oferecer escuta quando estiver feliz 4.5 Psicologia da Educação 5 METODOLOGIA 5.1 Instrumentos de coleta de dados 5.2 Ações dos professores 4 1. INTRODUÇÃO O projeto – Intervenções Psicossociais no resgate de vidas escolares, nos proporciona uma investigação minuciosa numa comunidade escolar de João Pessoa - PB, onde os alunos de uma Escola Pública encontram-se com dificuldades de acompanhar as novidades tecnológicas, sendo assim, trazemos como proposta uma intervenção de acolhimento das famílias em vivências educacionais, propondo cursos de aperfeiçoamentos tecnológicos de alunos e responsáveis por estes. Este projeto é de grande relevância na propagação de novas habilidades de aprendizagem dos alunos e familiares juntos na escola. Através deste trabalho com os pais, será utilizado saberes da atuação psicológica, acompanhado do saber pedagógico, na tentativa de promover o desenvolvimento das vivências tecnológicas. Durante as intervenções, serão trabalhadas diferentes temáticas que permeiam o cotidiano escolar, sendo trabalhados temas como: Ensino Híbrido, Ensino Remoto, Realidade Aumentada, Google Crassam, Projeto de Vida, e Coult, afetividade, aprendizagem e qualidade de vida no trabalho. Já com a família, serão trabalhadas temáticas como: família e escola, limites e afetividade, políticas públicas e direitos humanos. Esses temas recebem destaque na literatura da Psicologia Escolar, como sendo relevantes para a atuação dos profissionais em educação nos tempos de pós pandemia (CFP, 2013; CASSINS, 2007). Deste modo, a proposta surge na tentativa de estabelecer a prática, o diálogo em permitir a troca de conhecimento com toda comunidade escolar, especialmente no que concerne os aluno, pais e professores, estabelecendo a mediação entre a escola e as novas metodologias a partir de um ensino crítico que deve ser percebido como fator de mudanças e transformação da realidade virtual na qual os atores da instituição escolar estão inseridos (BOCK; FURTARDO; TEIXEIRA, 2001). 2. JUSTIFICATIVA As novas metodologias tem como objetivo proporcionar o desenvolvimento global do estudante, especialmente desenvolvendo ações com toda a equipe escolar. Para conseguir esse objetivo, os profissionais precisam se desvincular de um modelo ultrapassado de atuação e adotar um modelo de atuação voltado para o contexto tecnológico. O sofrimento de pessoas e grupos da sociedade, está sendo manifestada na escola através de comportamentos de violência, sentimentos de impotência, fatalismo e alienação diante dos mecanismos de exploração e opressão que de diferentes politicas estão sendo vivenciados na escola, e que nem sempre são percebidos (CFP, 2008). Diante disso, esse projeto justifica-se pela necessidade de aplicação das temáticas como: limites, sexualidade, drogas, identidade, afetividade, emoções, entre outros que circunscrevem o espaço escolar, com a finalidade de instrumentalizar os alunos, professores e pais para a apropriação coletiva do conhecimento, que possibilitará melhores condições de inserção positiva no contexto escolar, bem como políticas públicas na sociedade como um todo (CASSINS, 2007; CFP, 2013). Por fim, cabe destacar, que as intervenções com os alunos contemplam temas para além do âmbito psicológico, trazendo a abordagem de questões sociais como proposto pelos Parâmetros Base Nacional Comum Curricular (BNCC), sob a ótica dos Temas Transversais, 5 na tentativa de problematizar temáticas sociais que contribuirão para a aprendizagem e reflexão em direitos humanos nos alunos. 3. OBJETIVOS 3.1 Objetivo Geral Realizar diagnósticos psicossociais de alunos em situação escolar na busca de identificar conflitos, tensões e habilidades nos equipamentos eletrônicos. 3.2 Objetivos específico Identificar e resolver possíveis deficiências de aprendizagem em virtude da pandemia; Reduzir comportamentos disfuncionais do corpo discente que prejudicam a dinâmica de aprendizagem; Proporcionar formação continuada de professores e alunos nas plataformas Moodle; Fomentar a participação da família no processo ensino-aprendizagem dos alunos. O psicólogo escolar utiliza seus conhecimentos teóricos e práticos nas escolas, buscando a promoção da cidadania, diminuindo o distanciamento entre a família, a escola e a sociedade. Assim, reforça estratégias para que haja a participação dos pais, juntamente com a instituição (MINGHETTI; KANAN, 2010). Dessa forma, o psicólogo escolar precisa criar formas de reflexão, englobando alunos, professores e especialistas, pois, assim, pode-se trabalhar com as relações e paradigmas existentes no ambiente escolar, “[...] pensando em maneiras de lidar com as situações cotidianas.” (MARTINS, 2003). 4. INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO NO BRASIL Desde a época de Colônia e Império que a educação brasileira já enfrentava graves problemas de ordem político-econômica e administrativa. Com uma sociedade aristocrática de modelo econômico agrário com mão de obra escrava e um precário sistema de arrecadação tributária eram parcos os recursos destinados à educação. De acordo com ARANHA (1996) primeiro sistema de educação existente no Brasil foi organizado pelos padres jesuítas e durou aproximadamente 210 anos desde sua chegada ao Brasil em 1549 com Tomé de Sousa, até a Reforma Pombalina que os expulsou de Portugal e do Brasil. Com a chegada de D. João VI ao Brasil em 1808, o Brasil se tornou sede da coroa portuguesa e algumas medidas foram implantadas no campo da educação como a criação da Biblioteca Real, do Museu Nacional e de várias faculdades na área de: Medicina, Engenharia, Direito e Artes, dentre outras que deram uma nova roupagem à educação brasileira, conforme WEREBE (2004). No entanto, esse incentivo dado à educação superior só contemplou a classe aristocrática que não precisava mais enviar seus filhos para estudar na universidade de Coimbra em Lisboa. As últimas décadas do século XIX foram marcadas por transformações sociais, econômicas, políticas e culturais que resultaram na Abolição da Escravidão em 13 de maio de 1888, seguida pela queda do Império e Proclamação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca em 15 de novembro de 1889. Ambos os acontecimentos decorreram da luta de um grupo de abolicionistas e republicanos que estudaram em Universidades da Europa e foram influenciados pelos princípios iluministas e pelos ideais de Liberdade, Fraternidade e Igualdade que inspiraram a Revolução Francesa em 1789. 6 Considerando as lutas empreendidas pela sociedade, em particular pelos educadores e demais profissionais e pesquisadores da Educação Infantil, em prol dos direitos das crianças menores de seis anos e por uma educação que as considerem em suas dimensões biológicas, psicológicas, intelectuais, afetivas e sócio-histórico-culturais, não se pode permitir que políticas alheias aos interesses da população brasileira se sobreponham à sua democracia. Para tanto, é necessárioque todos os envolvidos no processo educacional estejam atentos quanto à ideologia neoliberal presentes nas entrelinhas desses programas que prometem resolver os problemas apelando à participação social, à solidariedade e ao voluntariado, pois aí estão presentes, mesmo que de forma camuflada, políticas puramente assistencialistas. 4. DEFINIÇÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR/EDUCACIONAL A Psicologia Escolar tem como referência conhecimentos científicos sobre o desenvolvimento emocional, cognitivo e social, utilizando-os para compreender os processos e estilos de aprendizagem e direcionar a equipe educativa na busca de um constante aperfeiçoamento do processo ensino/aprendizagem. Sua participação na equipe multidisciplinar é fundamental para respaldá-la com conhecimentos e experiências científicas atualizadas na tomada de decisões de base,como a distribuição apropriada de conteúdos programáticos (de acordo com as fases de desenvolvimento humano), seleção de estratégias de manejo de turma, apoio ao professor no trabalho com a heterogeneidade presente na sala de aula, desenvolvimento de técnicas inclusivas para alunos com dificuldades de aprendizagem e/ou comportamentais, programas de desenvolvimento de habilidades sociais e outras questões relevantes no dia-a-dia da sala de aula, nas quais os fatores psicológicos tenham papel preponderante. 4.1 Papel do Psicólogo Escolar O psicólogo escolar desenvolve, apoia e promove a utilização de instrumental adequado para o melhor aproveitamento acadêmico do aluno a fim de que este se torne um cidadão que contribuam produtivamente para a sociedade.Cabe também ao psicólogo escolar desenvolver atividades direcionadas com alunos, professores e funcionários e atuar em parceria com a coordenação da escola,familiares e profissionais que acompanham os alunos fora do ambiente escolar.A partir de uma visão sistêmica, age em duas frentes: a preventiva e a que requer ajustes ou mudanças. Desta forma, contribui para o desenvolvimento cognitivo, humano e social de toda a comunidade escolar. 4.2 Objetivos da Psicologia Escolar O trabalho do psicólogo escolar/educacional tem como diretriz o desenvolvimento do viver em cidadania. Busca instrumentos para apoiar o progresso acadêmico adequado do aluno, respeitando diferenças individuais. É pautado na promoção da saúde da comunidade escolar a partir de trabalhos preventivos que visem um processo de transformação pessoal e social. Para tanto, baseia-se nos conhecimentos referentes aos estágios de desenvolvimento humano, estilos de aprendizagem, aptidões e interesses individuais e a conscientização de papéis sociais. 4.3 A institucionalização de Políticas Públicas para as Diversidades Socioculturais Uma diretriz importante, que podemos denominar de transversalidade das diferenças, foi materializada com a criação da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e 7 Diversidade (SECAD, 2004), em atendimento a uma demanda dos movimentos e sujeitos das diversidades: enfrentamento do racismo contra a população negra; gênero e sexualidade; à educação de jovens e adultos; educação do campo; educação escolar indígena; educação escolar quilombola; educação especial; medidas socioeducativas; educação de pessoas encarceradas; educação ambiental e da população atendida por programas de renda mínima. 4.4 Possibilidades de práticas para um Sistema de Apoio 4.4.1 Ter um ritmo de conexões Criar uma frequência para oferecer escuta as pessoas da comunidade escolar. Mesmo que pareça não ter nada incomodando é sempre bom exercitar a conexão consigo para investigar como estão os sentimentos. Tente marcar dias e horas da sua semana para buscar e oferecer apoio para alguém e se mantenha firme no ritmo. Este movimento pode ajudar a estar mais atento para si e ter maior consciência dos desafios a enfrentar. 4.4.2 Descobrir como podemos ajudar Olhe para os tipos de conversa que ajudam você a se organizar. Igualmente, tente identificar as maneiras de dialogar que podem atrapalhar, como desdenhar a importância da história que se está escutando ou falar de algum caso pessoal ao escutar um desabafo. Descubra esses aspectos e expresse claramente para as pessoas que você vai solicitar escuta. 4.4.3 Estabelecer acordos Deixe claro para as pessoas que você quer esta forma de escuta e conexão. Construa esquemas em que se possa pedir apoio quando for mais urgente, quando você está mais irritado, quando está triste ou cansado demais. Quando a irritação aparece, é sempre bom ter alguém que entenda o acordo de escuta para que não pense que é apenas uma reclamação, mas um pedido de apoio para organizar seus sentimentos e conectar com a nutrição da vida. 4.4.4 Oferecer escuta quando estiver feliz Nos momentos em que estiver se sentindo bem, pense em alguém que pode estar precisando de apoio e pergunte simplesmente como ele está se sentindo. Muitas pessoas não conseguem fazer o movimento de pedir apoio, por isso oferecer escuta empática pode ser importante. Este movimento fortalece as ligações do sistema e cria confiança e sentimento de cuidado pela comunidade. 5. METODOLOGIA Este projeto terá início a partir do mês de agosto de 2021, tendo continuidade durante todo o ano letivo de 2022, abrangendo toda a comunidade escolar. Com participação dos especialistas nas orientações metodológicas dos encontros grupais mensais, com datas previamente estabelecidas, em que serão estabelecidas diferentes temáticas através de palestras, rodas de conversa, intervenções verbais, confecção de cartazes, dinâmicas, debates sobre filmes ou músicas. Após a intervenção psicológica, os educadores trabalharão com os alunos a temática proposta de acordo com seu planejamento. Já com o corpo docente, serão aproveitados os espaços do planejamento mensal para realizar palestras com discussões de assuntos que permeiam o cotidiano dos professores. Por fim, com a família, serão realizados encontros bimestrais em que serão discutidas através de palestras ou rodas de conversa, temáticas relacionadas ao universo família e alunado. 8 5.1 Instrumentos de coletas de dados A observação atenta dos detalhes que coloca pesquisador dentro do cenário de forma que ele possa compreender a complexidade dos ambientes psicossociais, ao mesmo tempo em que lhe permite uma interlocução mais competente (ZANELLI, 2002). As funções essenciais da observação estão associadas à identificação de prestações/rendimentos menos eficazes permitindo ao professor fornecer informação de retorno sobre a performance ou sobre o resultado ao aluno, e., o feedback pedagógico o que contribui para o aperfeiçoamento da sua prestação e, como tal, produz efeitos benéficos no processo de aprendizagem (ARANHA, 2007). A entrevista é um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações sobre determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. Trata-se de um procedimento utilizado na investigação social, coleta de dados, para ajudar no diagnóstico ou no tratamento de um problema social. Sendo que é um importante instrumento de trabalho em vários campos das ciências sociais ou de outros setores de atividades, como o da sociologia, antropologia, psicologia social, política, serviço social, jornalismo, relações públicas, pesquisa de mercado e outras (MARCONI; LAKATOS, 2007). ATIVIDADES 1. Ações dos professores Além de trabalhar os valores dentro de sua disciplina, cada professor, irá desenvolver metodologias para desenvolver as ações do projetos através de textos, mensagens, oficinas com temas relacionados ao resgate de valores, nas turmas onde serão feitos comentários, opiniões e produções contextualizadas. Matemática: gráficos e estatísticas das consequências da violência no estado e no país. Língua Portuguesa: conceito e dramatização da realidade de um dos valores e produções textuais. Inglês: tradução de letras de musicas, elaboração de história em quadrinhos e dicionário de acordo com o tema selecionado. Geografia: valorização das relações entre as pessoas e textos sobrevalores. História: relatório sobre filmes assistidos. Ciências: valores ambientais. Arte: confecção de cartazes para a decoração da escola visando à observação do trabalho cooperativo. Ensino religioso: arrecadar de material doação para as famílias carentes da própria comunidade escolares, Educação física: expressão corporal. 9 1° Etapa: ( 12 a 31 de Agosto) Do dia 12/08 até 31/09 Leitura, pesquisa, a violência e confecções de cartazes, trabalhando o tema resgatando valores, conscientizando o respeito e dignidade. Com isso, procurar descobrir as necessidades, as dificuldades da família e dos discentes tais como: saneamento básico, qualificação profissional e desemprego, falta de equipamentos tecnológicos, acesso a internet. 2º etapas – Apresentação aos gestores a conclusão das pesquisas; ( 07/ 09 a 30/09. Procurar alternativas de resolução das dificuldades e das necessidades encontradas na família. Neste sentido, os problemas serão encaminhados para quem de direitos. Exposição dos trabalhos 3º Etapa (01 a 30/09 Setembro) Desfile Cívico com o tema: Resgatando Vidas escolares. Conversa informal sobre a importância dos valores no nosso dia a dia e no contexto escolar e social, histórico, cultural, religioso. Apresentação de slides sobre o tema resgatando valores Passeata tema: Diga não a violência sim a Paz. Palestra para os educando e seus familiares TEMA: Resgatando Vidas: amizade, honestidade, justiça, respeito, solidariedade, dignidade e paz. 4º etapa- ( outubro a dezembro) Semana da criança-outubro: Novembro - Mostra cultural: exposição de artesanatos, trabalhos, poemas, desenhos, danças, e apresentação de corais, etc.; Mostra aberta na comunidade escolar do bairro- ( novembro) Dezembro - Natal de paz e amor. Este projeto abrangerá toda a comunidade escolar, com participação efetiva dos alunos e professores do Ensino Fundamental I e II e da EJA, divididos e organizados por tópicos: Amor; Amizade; Bondade; Compaixão; Coragem; Honestidade; Esperança; Fé; Felicidade; Generosidade; Humildade; Inteligência; Justiça; Obediência e Disciplina; Paciência; Paz; Respeito; Responsabilidade; Solidariedade. FREIRE, Paulo. Educação como Prática da Liberdade. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1975. VYGOTSKY, L.S. El desarrolo de los processos psicológicos superiores. Madrid: 10 Crítica, 1979. WEREBE, Maria José Garcia. A educação. In: HOLANDA, Sérgio Buarque de. (Dir.). História Geral da Civilização Brasileira. O Brasil monárquico v. 6: declínio e queda do imperador. 6.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. ● 7. Recursos Tecnológicos Seguem as descrições de algumas dessas tecnologias: • Material impresso: apresentado normalmente em uma linguagem voltada para a assimilação e reflexão, favoráveis ao aprendizado autoinstrutivo, necessita abranger atividades de produção e assimilação de conhecimento. Os textos são preparados de forma objetiva, sendo distribuídos aos alunos previamente, assim muitos poderão aos poucos apoderar-se dos conhecimentos dispostos, além de auxiliar nos momentos em que o aluno estiver off-line; utilizando melhor o tempo disponível. Todavia, não deve ser a única forma de estudo, pois não apresenta interatividade. • E-mails: correio eletrônico – pode ser empregado para enviar, periodicamente, informações com conteúdos que devem ser lidos, interpretados e respondidos. É uma forma de comunicação assíncrona, não sendo realizada simultaneamente entre receptor e emissor; • Chat (bate-papo): comunicação instantânea (síncrona), na qual se deve estabelecer um horário para que todos do mesmo grupo participem. É conversação textual em tempo real entre pessoas conectadas a um servidor que remaneja as mensagens enviadas. Hoje existem também os chats com facilidades gráficas, que aceitam manifestar emoções, emitem sons (limitados) como alertas e outros. Caracteriza-se como uma ferramenta um tanto complexa, em razão de depender da inter-relação de inúmeros fatores que surgem da situação. É imprescindível que professores e/ou monitores observem as indicações que os alunos expressam em vários espaços do ambiente do curso. Segundo Moran (2000), o importante é a credibilidade do professor/monitor, sua capacidade de estabelecer laços de empatia, de afeto, de colaboração, de incentivo, mantendo o equilíbrio entre flexibilidade, o foco das atividades propostas e o objetivo principal das informações e conteúdos propostos. As afinidades interpessoais e afetivas são intensamente comprovadas quando as atitudes são sobrecarregadas de valores como respeito, reciprocidade e confiança entre os participantes. A probabilidade de compartilhar no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) é extremamente importante, pois é na troca de experiências, reflexões e sentimentos entre os alunos que se fortalece o trabalho coletivo e colaborativo. O monitor, nesse contexto, atua como mediador, promovendo ações investigativas, resolução de dúvidas sobre o uso dessa ferramenta. • Fórum: é um espaço virtual específico na internet, onde se processa a interação assíncrona. Ressalta-se aqui uma ferramenta que representa o ambiente presencial, em razão de possibilitar que professores, monitores e alunos interajam constantemente, facilitando assim 11 o ensino e a aprendizagem. A expectativa desse ambiente é intensa participação, de forma que os participantes compartilhem entre si experiências e conhecimentos. Por meio de questões e temas para discussão sugeridos pelos tutores e monitores, os alunos são estimulados a refletir sobre os diversos assuntos e a aprofundar temas elegidos; • Vídeo: Cada uma das mídias pode ser descrita de acordo com a direção dos sinais de vídeo e áudio. • Videoconferência: O aluno pode assistir às aulas e interagir com os professores durante a transmissão. As aulas são transmitidas simultaneamente para vários alunos, que podem estar em qualquer lugar do país e do mundo, e exige a presença dos alunos na sala de aula em horários determinados, pois trabalha no modo síncrono. As aulas podem ser acompanhadas em casa ou em salas para videoconferência em universidades ou empresas. • Teleconferência: Mais utilizada na transmissão via satélite, pois apesar de exigir um equipamento de alto custo para transmissão, demanda uma tecnologia de pouco custo para recepção (antena parabólica, receptor e aparelho de TV). RISCOS E BENEFÍCIOS Considera-se que toda pesquisa envolvendo seres humanos envolve risco. O dano eventual poderá ser imediato ou tardio, comprometendo o indivíduo ou a coletividade. 1 - Não obstante os riscos potenciais, as pesquisas envolvendo seres humanos serão admissíveis quando: a) oferecerem elevada possibilidade de gerar conhecimento para entender, prevenir ou aliviar um problema que afete o bem-estar dos sujeitos da pesquisa e de outros indivíduos: b) O risco se justifique pela importância do benefício esperado; c) quando o benefício seja maior, ou no mínimo igual, a outras alternativas já estabelecidas para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento. 2 - As pesquisas sem benefício direto ao indivíduo, devem prever condições de serem bem suportadas pelos sujeitos da pesquisa, considerando sua situação física, psicológica, social e educacional. 3 - O pesquisador responsável é obrigado a suspender a pesquisa imediatamente ao perceber algum risco ou dano à saúde do sujeito participante da pesquisa, consequente à mesma, não previsto no termo de consentimento. Do mesmo modo, tão logo constatada a superioridade de um método em estudo sobre outro, o projeto deverá ser suspenso, oferecendo-se a todos os sujeitos os benefícios do melhor regime. 4 - O Comitê de Ética em Pesquisa da instituição deverá ser informado de todos os efeitos adversos ou fatos relevantes que alterem o curso normal do estudo. 5 - O pesquisador, o patrocinador e a instituição devem assumir a responsabilidade de dar assistência integral às complicações e danos decorrentes dos riscos previstos. 6 - Os sujeitos da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano previsto ou não no termode consentimento e resultante de sua participação, além do direito à assistência integral, têm direito à indenização. 12 7 - Jamais poderá ser exigido do sujeito da pesquisa, sob qualquer argumento, renúncia ao direito à indenização por dano. O formulário do consentimento livre e esclarecido não deve conter nenhuma ressalva que afaste essa responsabilidade ou que implique ao sujeito da pesquisa abrir mão de seus direitos legais, incluindo o direito de procurar obter indenização por danos eventuais. 8) O Psicólogo Escolar deve ter em vista a possibilidade de atuação clínica nesse contexto para aqueles que necessitam desse tipo de intervenção. 9) Para a atuação do Psicólogo Escolar ser respeitada por outros profissionais que atuam na escola, esta deve ser disciplinadora. 10) Diferentemente do que ouve-se falar corriqueiramente em uma prática voltada ao “aluno problema”, a atuação do psicólogo escolar deve pautar tendo em vista toda a comunidade escolar (estudantes, profissionais e família). 11) As expectativas de intervenção do psicólogo vêm demonstrando que a sociedade ainda espera do profissional a função de ajustar os estudantes ao sistema e, ao responder a esse tipo de demanda, o psicólogo se compromete com a reprodução das relações instituídas e funciona como legitimador da desumanização do homem, quando seu trabalho reproduz ou mantém a exclusão. 12) Durante muito tempo, a única prática do psicólogo conhecida por educadores foi centrada no modelo médico de atendimento de crianças em clínicas de psicologia, por isso que não é possível a prática do psicólogo escolar. 13) Ao psicólogo escolar cabe a função de contribuir, junto com educadores, para a promoção da aprendizagem e do desenvolvimento das crianças, a partir de uma perspectiva mais integral do sujeito do que vem enfatizando a escola. 14) A Psicologia Escolar apresenta o objetivo de contribuir para otimizar o processo educativo, entendido este como complexo processo de transmissão cultural e de espaço de desenvolvimento da subjetividade. 15) Um olhar atento ao desenvolvimento integral dos estudantes permite ao psicólogo estruturar um trabalho de orientação a alunos e pais, seja de forma individualizada, seja de forma grupal, que contribua para o desenvolvimento almejado. 16) O psicólogo pode sugerir, delinear e coordenar estratégias de intervenção direcionadas a potencializar o trabalho em equipe. 17) O mais importante na atuação do psicólogo no contexto escolar é entender o aluno que lhe é encaminhado, uma vez que é desnecessário considerar os aspectos relacionados à família, ao clima na sala de aula, às práticas pedagógicas que estão envolvidos para o bom aproveitamento escolar do estudante. CRONOGRAMA Atividades AGO SET OUT NOV DEZ Entrevistas com professores, alunos e família X Intervenção psicológicas com professores X X Intervenção psicológicas com alunos X X X Intervenção psicológicas com a família X X X Encerramento letivo X 13 RESULTADOS ESPERADOS Os resultados esperados a partir deste projeto em EDH( ), é que alunos professores e toda comunidade escolar saibam identificar situações de vulnerabilidade social, identificar refletir para as mudanças, bem como, organizar novas perspectivas de convivência harmoniosa em sociedade, promover e incentivar situações relacionadas com a intolerância e os preconceitos. Espera-se com esse trabalho, promover um ambiente educacional de excelência dos direitos humanos em políticas públicas, onde os professores, alunos e familiares possam em momentos formativos seres protagonistas das mudanças no projeto mais solidários e humano, numa percepção de respeito integral as diferenças. Esperamos ainda que, haja uma adesão, um envolvimento e participativa por parte do corpo docente e demais funcionários da escola. Outro fato importante é a percepção por parte dos alunos(as) com responsabilidade no tratamento com o outro. Serem também capazes de identificar as características dos tipos de violências, o que é violência, como: bullying, violência de gênero entre outras, estas passando a serem multiplicadores da divulgação dos direitos e deveres dos cidadãos. CONCLUSÃO DO PROJETO A culminância do nosso trabalho acontecerá na semana de 16 a 20 de novembro com alunos e professores numa exposição cultural a qual será realizada por cada turma relacionando os temas abordados pelos mesmos. Os aluno deverão apresentá-los em forma de peça teatral, , jograis e ações representadas através de painel fotográfico e cartazes, materiais recicláveis e slide... AVALIAÇÃO Avaliar os avanços que os alunos demonstrarem durante as atividades pesquisa, levantamento de dados, elaboração dos trabalhos, produções coletiva de textos, apresentação de seminários, a participação na palestra, possíveis transtornos psicológicos, timidez, entre outras atividades/problemas desenvolvidos. REFERÊNCIAS ARANHA, M. S. F. Educação inclusiva: transformação social ouretórica?. In: OM Inclusão: intenção e realidade. Marília, SP: Fundepe Publicações, 2004. BOCK, A. M. M.; FURTARDO, O.; TEIXEIRA, M.L.T. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 2001. CASSINS, A. M. Manual de psicologia escolar-educacional. Curitiba: Gráfica e Editora Unificado, 2007. 14 Conselho Federal de Psicologia (CFP). Referências técnicas para a atuação de Psicólogas(os) na Educação Básica. Brasília: CFP, 2013. Conselho Federal da Psicologia (CFP). Ano da Psicologia na Educação: textos geradores. Brasília: CFP, 2008. MARCONI. M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1999. MARTINS, J. B. A atuação do psicólogo escolar: multirreferencialidade, implicação e escuta clínica. Psicologia em estudo, Maringá, v. 8, n. 2, p. 39-45, 2003. MINGHETTI, L. R.; KANAN, L. A. Atuação do psicólogo no contexto escolar. Visão geral, Joaçaba, v. 13, n. 2, p. 419-440, jul./dez. 2010. WEREBE, Maria José Garcia. A educação. In: HOLANDA, Sérgio Buarque de. (Dir.). História Geral da Civilização Brasileira. O Brasil monárquico v. 6: declínio e queda do imperador. 6.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. ZANELLI, J. C. Pesquisa qualitativa em estudos da gestão de pessoas. Estudos de Psicologia, v. 7, p. 79 - 88, 2002. Cf. Revista Brasileira de Educação (RBE), Rio de Janeiro, vol. 24, Epub Apr 25, 2019. . Veja-se também entrevista da autora, com foco na atuação da SECAD/SECADI: . <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141324782019000100212&lng=en &nrm=iso&tlng=pt>. <http://www.anped.org.br/news/entrevista-rbe-denise-carreira-usp-execucao-orcamentaria-das -politicas-de-diversidade-nos>. 15 ANEXOS CRONOGRAMA INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO ESCOLAR 2021/2022 MÊS DATA TEMÁTICA PROFESSORES FEVEREIRO Motivação e aprendizagem MARÇO Formação Continuada dos profissionais da Educação ABRIL Problemas/Transtornos de aprendizagem ALUNOS Emoções (Fundamental I) / Projeto de vida (Fundamental II e EJA) MAIO EJA (NOITE) Emoções (Fundamental I) / Projeto de vida (Fundamental II e EJA) JUNHO Fundamental I e II (MANHÃ) Fundamental I e II (TARDE) EJA (NOITE) Drogas (Fundamental I, II e EJA) JULHO Fundamental I e II (TARDE) Fundamental I e II (MANHÃ) EJA (NOITE) Limites e Incivilidades (Fundamental I, II e EJA) AGOSTO Fundamental I e II (TARDE) Fundamental I e II (MANHÃ) EJA (NOITE) Sexualidade (Fundamental I e II e EJA) SETEMBRO Fundamental I e II (TARDE) Fundamental I e II (MANHÃ) EJA (NOITE) Importância da escola (Fundamental I e II e EJA) OUTUBRO Fundamental I e II (TARDE) Fundamental I e II (MANHÃ) EJA (NOITE) Construção da identidade / Participação social / Transição Escolar NOVEMBRO Fundamental I e II (TARDE) Fundamental I e II (MANHÃ) EJA (NOITE) PAIS MAIO Família e Escola 16 AGOSTO Limites/Prevenção NOVEMBRO Capacitação ENTREVISTAS ENTREVISTAS COM EQUIPE TÉCNICA (Questionário) 1 ) Qual a forma mais comum de indisciplina e agressividade que acontecem no contexto escolar? 2 ) Em relação ao corpo docente, existem relatos de violência entre professores ealunos? 3 ) Quais as características de uma "turma difícil"? 4 ) Percebeu-se um aumento significativo na violência dentro das escolas nos últimos anos? Justifique. 5 ) Como é a participação da família na escola? 6 ) Existe alguma forma de punição para aqueles aluno-problema, quais? 7 ) Na sua experiência o que proporciona a indisciplina e agressividade na sala de aula? 8 ) Como é a administra de uma Escola Pública Municipal? 9 ) Quais são procedimentos quando uma criança ou adolescente agride outra? 10) Quais são os requisitos para que o professor possa usar para evita a indisciplina e agressividade na sala de aula? 11) Qual as dificuldades que vocês encontram na Educação dos alunos? ENTREVISTA COM A PSICÓLOGA (Questionário) 1) Qual é o papel do psicólogo escolar? 2) Qual foi a maior dificuldade que você encontrou na escola? 3) Pra você, qual a abordagem tem maior relevância na escola? 4) Como é feita a integração família/escola? 5) Na sua opinião, o que melhoraria o trabalho do psicólogo escolar? 6) Quais são as demandas existentes na escola? 7) Como é o convívio sistemático com os profissionais da escola? 8) Na sua concepção, qual a importância do psicólogo escolar? 9) Com sua experiência, qual seria a diferença entre o psicólogo escolar da rede pública e o psicólogo da rede privada? 10) O que você aconselharia para o psicólogo escolar iniciante? ENTREVISTA COM ALUNOS (Questionário) 17 1 ) Você já brigou com algum colega ou professor na escola? Relate sua experiência: 2 ) O que é violência pra você? 3 ) O que o professor(a) ou coordenadora fazem quando você ou um colega brigam ou fazem bagunça na sala? 4 ) Em que momentos sua família vem na escola? 5 ) Com quem você mora? 6 ) Você se considera uma pessoa agressiva, por que? 7 ) O que você acha que causa as brigas na sala de aula? 8 ) Se você fosse o diretor(a) qual seria a punição para quem atrapalhasse a aula com bagunça? 9) Você divide seus conhecimentos com os outros, por que? 10 ) Você já reprovou algum ano? O que acha que levou você a reprovar? 11) Quais os equipamentos tecnológicos que você tem? ENTREVISTA COM OS PAIS (Questionário) 1 ) Como você vê os relatos de indisciplina e agressividade dentro das escolas? Como mãe você se preocupa? 2 ) Seu filho(a) já foi vítima de agressão em algun momento na escola? 3 ) Como você julga sua participação na escola do seu filho? 4 ) Você concorda com os procedimentos usados nas aulas pelos professores 5 ) Se você fosse Professor como você resolveria o problema da aprendizagem na escola? 6 ) Como é sua rotina na sua casa? 7 ) Como seus pais participam das suas tarefas escolares? 8 ) Qual é a sua contribuição na educação de seu filho(a)? 9 ) Você participa das reuniões quando solicitado? 10)Você concorda que os alunos que não fazem as tarefas tenham punição? 11) Quais equipamentos tecnológicos você possui? 12) Você tem computador, internet? Como é a velocidade da sua internet? 13) Para você qual é sua maior dificuldade em aprender no Ensino remoto ou on-line? 18 TEMA: INTERVENÇÕES PSICOSSOCIAIS RESGATANDO VIDAS ESCOLARES: AMIZADE, HONESTIDADE, JUSTIÇA, RESPEITO, SOLIDARIEDADE, DIGNIDADE PAZ, ÉTICA, POLÍTICAS PÚBLICAS, DIREITOS HUMANOS. Áreas a serem trabalhadas – Fundamental I ,II e a EJA. Fundamental I- Polivalente 1º ano- Eglá Costa Amorim 2º ano- Sandro de Souza – Amizade 3º ano- Euvira Alves e Luzia Cristina- Bondade 4º ano- Douglas Kewlen e Mariam do Carmo- Honestidade 5º ano-Verônica Paixão e Mõnica Cristina – Esperança Sala de Inclusão: Edileusa Santos Fundamental II e EJA – Direitos Humanos e Políticas Públicas Áreas da Linguagem: Alberto Lucena e Sandra Francisca Joseane Nunes– Inglês Verônica Lucia e Cleone - Artes Áreas das Exatas e Natureza: Mariana Costa e Alex Augusto- matemática Ciências: Manoel Fausto, Cristiana e Eliane- Áreas das Humanas: Evânia Flores e Suêlia– História Rizoneide e Maria da Conceião – Geografia - Ensino Religioso - Damião Rodrigues Educação física- Marcio Antonio, Sergio e Jose Andrade Coordenadores: Mario Jorge ( Supervisora) e Mauro Santos ( Assistente Social) Francisco Sales Diretores: Gestor Administrativo: Claudio Barbosa Gestor Pedagógico Marlene Apolinário Apoio: Eunice Mendes; Thiago Augusto; Marcia Joseane; Mônica Ferreira; Izabel Vaconcelos; Claudia Vicente. Observação Lembramos que os nomes desses profissionais são fictícios.
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